A extraordinária iniciativa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) em realizar mutirões assistenciais em conjunto às suas jornadas científicas reaproximou com grande intensidade a cirurgia reparadora da realidade diária do cirurgião plástico. Além, obviamente, de resolver eventuais demandas em cirurgia reparadora e de alta complexidade, o mutirão assistencial permite a disseminação de conhecimentos nas diversas regiões do país e estimula o cirurgião na solução de casos difíceis e, praticamente, o obriga a retomar o estudo e a atualização científica.
Como em diversas situações ao redor do globo, contando com a participação de vários colegas brasileiros, a realização de missões cirúrgicas tem permitido a coleta de informações e dados de grande valor científico, mesmo em doenças relativamente raras.
Tem-se, assim, uma maneira objetiva de se criar protocolos de conduta e utilizar as informações colhidas de uma forma completa. Em outras palavras, não basta apenas resolver o problema cirúrgico de pacientes naquele determinado momento e local. Deve-se aproveitar esta experiência concentrada em sua plenitude, incluindo o desenvolvimento de estudos científicos e a publicação dos mesmos.
Seria excepcional conhecer a conduta proposta por um consenso de cirurgiões membros de nossa Sociedade no tratamento de patologias cirúrgicas, a evolução destes casos e as recomendações obtidas com base na experiência adquirida.
A Revista Brasileira de Cirurgia Plástica convida os membros da SBCP a refletirem e criarem estudos científicos prospectivos agregados ao tratamento cirúrgico, nesta elogiável iniciativa já em pleno andamento.