INTRODUÇÃO
A mastectomia contralateral profilática (MCP) tem intenção de reduzir risco de câncer
na mama contralateral em pacientes selecionadas com câncer de mama unilateral.
Conforme o Consenso da Sociedade Americana de Cirurgiões da Mama, os pacientes de
alto risco e com indicações para a MCP são1:
Teste genético positivo para mutações dos genes BRCA1 e BRCA2;
Forte história familiar (parentes de primeiro grau);
História de irradiação torácica antes dos 30 anos de idade.
Entre as pacientes que tem câncer de mama unilateral que não se enquadram nesta
categoria de alto risco, estudos mais recentes demonstram que a chance de
desenvolver câncer contralateral varia de 0,2-0,75%/ano e em algumas series de até
6,5% em 15 anos. O benefício de sobrevida da MCP nestas pacientes é bastante
controverso2-4.
Contudo, nos últimos anos houve grande aumento da indicação da MCP neste grupo.
Aumentos de até 300% nas indicações foram apresentados por instituições de
referência com base no Surveillance, Epidemiology and End Results
(SEER)3-5.
Apesar dos avanços nas terapias adjuvantes permitindo cirurgias conservadoras da mama
com câncer, muitos mastologistas e pacientes têm optado pela mastectomia terapêutica
associada à MCP, mesmo não havendo benefício oncológico para tal1,6.
Um dos fatores mais importantes para esse movimento é a possibilidade de reconstrução
mamária imediata aliada ao medo superestimado do câncer na mama contralateral.
Soma-se ainda o desejo estético e pela simetria1,4-8.
De fato, a reconstrução bilateral possibilita resultado estético favorável. Supõe-se
maiores índices de satisfação, mas poucos estudos de longo prazo permitem a
comparação da reconstrução bilateral com a simetrização após cirurgias conservadoras
e mastectomia unilateral terapêutica1,4,7,9,10.
Possíveis desvantagens da MCP como tratamento preventivo são os custos as pacientes
que optaram pela MCP e, como a maioria decide pela mastectomia e econstrução
bilateral, há maior morbidade3,11.
OBJETIVO
Avaliar pacientes submetidas à mastectomia contralateral profilática quanto às
indicações e complicações após a reconstrução imediata.
MÉTODO
Com estudo retrospectivo dos prontuários, foram selecionadas 38 pacientes atendidas
pelo autor em seu consultório privado, em Florianópolis, SC, submetidas à
reconstrução mamária por câncer no período de novembro de 2015 a fevereiro de 2017.
Como critério foram excluídas as pacientes submetidas à reconstrução mamária tardia,
e incluídas pacientes submetidas à reconstrução imediata, bilateral após mastectomia
contralateral profilática no mesmo tempo da mastectomia terapêutica, totalizando 13
pacientes (Tabela 1).
Tabela 1 - Indicação da mastectomia contralateral profilática.
Paciente |
Idade |
Indicação |
1 |
45 |
Ansiedade de nova neoplasia |
2 |
66 |
Simetria |
3 |
33 |
Forte história familiar (irmã com teste
genético positivo) e risco acumulado pela idade
|
4 |
33 |
Simetria, ansiedade de nova neoplasia e
risco acumulado pela idade
|
5 |
37 |
Simetria e risco acumulado pela
idade
|
6 |
58 |
Ansiedade de nova neoplasia |
7 |
47 |
Forte história familiar de mama e
simetria
|
8 |
32 |
Simetria e risco acumulado pela
idade
|
9 |
52 |
Simetria e ansiedade de nova
neoplasia
|
10 |
55 |
Neoplasia lobular e ansiedade de nova
neoplasia
|
11 |
31 |
Simetria e risco acumulado pela
idade
|
12 |
43 |
Forte história familiar e ansiedade de
nova neoplasia
|
13 |
48 |
Forte história familiar |
Tabela 1 - Indicação da mastectomia contralateral profilática.
A indicação da mastectomia terapêutica com preservação ou não do complexo
areolopapilar (CAP) foi definida pelos mastologistas conforme critérios clínicos e
patológicos de cada paciente. A MCP com e sem preservação do CAP também foi indicada
conforme critérios oncológicos e discussão com a paciente. Nenhuma paciente realizou
teste genético previamente à cirurgia.
Todas as pacientes foram adequadamente instruídas e assinaram o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido autorizando o uso de seus dados de prontuário sob
responsabilidade e sigilo médico.
RESULTADOS
O tempo médio de seguimento destas pacientes submetidas à mastectomia bilateral com
reconstrução imediata foi de 6 meses e 18 dias. A idade variou entre 32 e 66 anos
(média 44 anos e 7 meses) e índice de massa corporal (IMC) médio
23,52kg/m2. O CAP foi preservado em 4 pacientes na mama com câncer.
Em 7 pacientes foi preservado o CAP da mama contralateral, as outras 6 pacientes
optaram pela exérese do CAP contralateral buscando simetria entre as mamas.
A técnica utilizada para a reconstrução foi a prótese de mama para 9 pacientes e o
expansor temporário para 4 pacientes. Não foram realizadas reconstruções autólogas
neste grupo.
Tempo de internação para todas as pacientes foi de até 24 horas.
Entre as indicações da MCP, apenas 4 pacientes apresentavam critério considerado de
alto risco, que foi a forte história familiar de câncer de mama. Outros motivos
levantados em discussão com as pacientes foram: 6 pacientes referiram ansiedade e
medo neoplasia na mama contralateral, 5 seguiram orientação da mastologia pelo risco
acumulado pela idade e 7 pacientes manifestaram intenção da MCP visando simetria
(Figuras 1 e 2).
Figura 1 - 33 anos, Mastectomia poupadora de pele à esquerda por Carcinoma
Ductal Invasor e Mastectomia contralateral profilática poupadora de CAP.
Reconstrução bilateral com próteses anatômicas perfil altura e projeção
alta 375ml . Fotos de Pré e Pós-operatório 8 meses
Figura 1 - 33 anos, Mastectomia poupadora de pele à esquerda por Carcinoma
Ductal Invasor e Mastectomia contralateral profilática poupadora de CAP.
Reconstrução bilateral com próteses anatômicas perfil altura e projeção
alta 375ml . Fotos de Pré e Pós-operatório 8 meses
Figura 2 - 52 anos, Mastectomia poupadora de pele à esquerda por Carcinoma
Ductal Invasor e Mastectomia contralateral profilática sem preservação
do CAP por opção da paciente. Reconstrução bilateral com próteses
anatômicas perfil altura e projeção moderada 330ml . Fotos de Pré e
Pós-operatório 7 meses.
Figura 2 - 52 anos, Mastectomia poupadora de pele à esquerda por Carcinoma
Ductal Invasor e Mastectomia contralateral profilática sem preservação
do CAP por opção da paciente. Reconstrução bilateral com próteses
anatômicas perfil altura e projeção moderada 330ml . Fotos de Pré e
Pós-operatório 7 meses.
Não ocorreram complicações maiores que necessitaram reoperação. Houve um caso de
celulite que necessitou tratamento com antibióticos, sendo que esta mesma paciente
teve necrose parcial do CAP tanto da mama com câncer quanto da mama contralateral.
Uma paciente necessitou drenagem de hematoma na mama ipsilateral após 8 dias de
pós-operatório e após 20 dias desenvolveu seroma pequeno que foi devidamente
aspirado.
Foram registradas ainda necrose parcial do CAP em mais uma paciente e outros 2 casos
de necrose parcial do CAP contralateral (Figura 3).
Figura 3 - 66 anos, mastectomia direita por carcinoma ductal invasor, evoluiu
com necrose parcial da mama contralateral submetida à mastectomia
profilática. Reconstrução bilateral com próteses anatômicas, altura e
projeção moderadas de 295ml. Fotos de Pré, 40 dias e 6 meses de
Pós-operatório.
Figura 3 - 66 anos, mastectomia direita por carcinoma ductal invasor, evoluiu
com necrose parcial da mama contralateral submetida à mastectomia
profilática. Reconstrução bilateral com próteses anatômicas, altura e
projeção moderadas de 295ml. Fotos de Pré, 40 dias e 6 meses de
Pós-operatório.
Com isso, observamos apenas complicações menores sem necessidade de reoperação em
4
das 13 pacientes (30,76%) e total de 8 complicações em 26 mamas reconstruídas
(30,76%).
DISCUSSÃO
Os últimos anos mostraram aumento das cirurgias de reconstrução após mastectomia
profilática tanto bilateral quanto unilateral contralateral à mastectomia
terapêutica. Em extensas revisões dos dados do National
Cancer Institute (NCI), e do National Cancer Data
Base (NCDB) foram observados aumentos de quase 4 vezes na taxa de
MCP2,5.
Ocorre também a queda da taxa de cirurgias conservadoras, mas sem um aumento
correspondente de mastectomia unilateral como seria esperado. Sessenta e um porcento
das nossas reconstruções foram bilaterais e imediatas, convergindo com a literatura.
Ou seja: as pacientes elegíveis para cirurgia conservadora estão optando cada vez
mais pela mastectomia bilateral ao invés da mastectomia unilateral ou cirurgia
conservadora2,5.
A análise de perfil epidemiológico na literatura indica pacientes cada vez mais
jovens e de maior nível socioeconômico6,9,12. Segundo Sabel et al.6, a idade é um fator preditor altamente significativo de não
apenas indicação da mastectomia, mas também a opção pela MCP
(p<0,0001)6.
Principalmente nas mulheres abaixo de 40 anos, quando 2/3 optam pela cirurgia
terapêutica e MCP5,6.
No nosso grupo de pacientes todas foram submetidas à reconstrução com prótese ou
expansor. Sem dúvida este método prepondera de 71-96% na maioria dos serviços6,9,11,12.
A discussão com a paciente mostra que fatores como medo de desenvolver doença na mama
contralateral, receio em manter o seguimento frequente por imagem e até influência
da mídia, como o “Efeito Angelina Jolie”, são altamente impactantes em sua
decisão6, mesmo que a paciente superestime
seu risco ou interprete mal o benefício da mastectomia bilateral
versus a cirurgia conservadora4-6.
Entre nossas pacientes, apenas 4 (30%) tiveram indicação por alto risco de doença
contralateral (forte história familiar), mas todas do grupo referiram um ou mais
motivos (simetria, ansiedade, risco acumulado) como fatores relevantes na decisão
pela MCP. Estudos sugerem que atualmente 60-70% das MCP são realizadas em pacientes
sem critérios de alto risco. É unânime o aumento da indicação da MCP sem benefício
oncológico para tal - citando um “paradoxo oncológico”1,2,5,6,9-11.
O consenso do Colégio Americano de Cirurgiões da Mama sugere que a MCP deve ser
desencorajada para pacientes que não tenham alto risco de doença na mama
contralateral. Entretanto, segundo o mesmo consenso, a MCP pode ser considerada em
situações de dificuldade no seguimento da mama contralateral, na busca pela simetria
e no manejo da ansiedade extrema1. O objetivo
da paciente, suas preferências e valores devem ser incluídos na discussão tanto do
mastologista quanto do cirurgião plástico4,8,10.
Existem poucos trabalhos detalhados que comparam a incidência de todas as
complicações maiores e menores de reconstrução após MCP. Quando analisadas
complicações maiores (que necessitam reoperações e/ou internações prolongadas) e
taxa de mortalidade é consenso que a reconstrução bilateral imediata tem maior
incidência que mastectomias sem reconstrução, mastectomia unilateral e cirurgias
conservadoras9,11-13.
Miller et al.11 avaliaram 600 pacientes e
encontraram 26,8% de complicações na mastectomia unilateral e 41,6% na MCP. Entre
as
complicações mais frequentes na MCP estão a celulite/infecção que requer antibiótico
(21,1%), perda do expansor ou implante (17,3%), dificuldade cicatricial/necrose
parcial (15,1%). Na série que apresentamos as complicações mais frequentes foram
necrose parcial do CAP contralateral (23,08%) e necrose parcial do CAP ipsilateral
(15,38%).
Muitos trabalhos de referência não especificam a ocorrência de necrose do CAP. Nas
revisões mais antigas as mastectomias não poupavam o CAP e, às vezes, nem a pele -
ficando difícil estabelecer pela literatura, taxa confiável desta complicação após
reconstrução na MCP e na mastectomia terapêutica simultaneamente.
Obviamente, o risco de complicações é maior na reconstrução mamária após a
mastectomia bilateral do que na unilateral, entretanto, devemos avaliar as
indicações do procedimento: risco de câncer contralateral, dificuldade no
seguimento, desejo pela simetria e redução da ansiedade11-13.
A literatura tem mostrado benefícios significativos a curto prazo na qualidade de
vida, mesmo que não haja comprovação no aumento de sobrevida para pacientes não
mutadas5,7,9. Spear et
al.7, em 2008, já demonstraram que
praticamente todas as pacientes de reconstrução após mastectomia profilática
declararam que se submeteriam novamente ao procedimento.
Boughey et al.9 também mostraram que a longo
prazo (10 e 20 anos) 84% das pacientes fariam novamente a MCP. Também observaram uma
alta taxa de satisfação entre pacientes que fizeram apenas MCP, as que fizeram
reconstrução e até mesmo no grupo de pacientes que teve complicações que
necessitaram reoperações. A reconstrução está associada a aumento da autoestima,
feminilidade, e aceitação corporal9,10.
Outros autores referem que as maiores queixas e insatisfações (21-33%) da
reconstrução bilateral estão relacionadas às complicações, resultado estético,
número de procedimentos não previstos, que foram piores que o esperado2,10,11.
Entretanto, cabe ainda o questionamento sobre se uma mama saudável deva ser colocada
em risco, visando a simetria sem o benefício oncológico.
Sabemos que a reconstrução mamária, especialmente com próteses, a longo prazo não
é
um procedimento inócuo. Possibilidade de contratura, dores crônicas, atrofia
muscular, necessidade de lipoenxertias frequentes não têm o impacto do câncer, mas
podem gerar até mais intervenções e custo que a cirurgia conservadora. Quase 40% dos
pacientes precisam uma ou mais cirurgias além das previamente planejadas - sendo
esse o principal fator de insatisfação com a reconstrução bilateral2,3,5,6.
Quanto à reconstrução, a busca pela excelência estética trouxe uma consideração
abordada por Spear14 em editorial publicado
recentemente: “Viramos refém do nosso sucesso”. A possibilidade da reconstrução
mamária é um dos fatores mais importantes na decisão pela MCP4,5,9. Devemos alinhar
orientação de alta qualidade para decisões e expectativas realistas2.
Cabe ao cirurgião plástico apresentar à paciente vantagens e desvantagens, taxas de
complicações que variam de 7-60%2,11, limitações do
resultado estético e de simetria com necessidade de múltiplos procedimentos ao longo
da vida, risco de operar a mama sadia em que a paciente superestima o risco de nova
doença.
Ainda são necessários estudos comparativos a longo prazo de satisfação, qualidade
de
vida, custos, reoperações e refinamentos comparando reconstrução ipsilateral e
simetrização (quando necessária) após cirurgia conservadora, mastectomia unilateral
e reconstrução após mastectomia bilateral (terapêutica e MCP).
CONCLUSÕES
A realização da mastectomia contralateral profilática tem aumentado, sendo que as
indicações transcendem o ponto de vista oncológico, com impacto direto na atuação
do
cirurgião plástico quanto aos aspectos que envolvem a reconstrução, tanto no
planejamento quanto suas complicações.
COLABORAÇÕES
RDR
|
Análise e/ou interpretação dos dados; análise estatística; concepção e
desenho do estudo; realização das operações; redação do manuscrito ou
revisão crítica de seu conteúdo.
|
ELMP
|
Aprovação final do manuscrito.
|
REFERÊNCIAS
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PMID: 27219249 DOI: http://dx.doi.org/10.1097/PRS.0000000000002145
1. Serviço de Cirurgia Plastica, Hospital de
Caridade, Florianópolis, SC, Brasil.
2. Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, São
Paulo, SP, Brasil.
Autor correspondente: Raidel Deucher Ribeiro, Av. Osvaldo Rodrigues
Cabral, 1570, sala 208, Centro - Florianópolis, SC, Brasil. CEP 88015-710.
E-mail: dr. raidel@gmail.com
Artigo submetido: 6/3/2017.
Artigo aceito: 9/5/2017.
Conflitos de interesse: não há.