INTRODUÇÃO
A mamoplastia de aumento é o procedimento cirúrgico cosmético mais realizado nos EUA
e o segundo no Brasil e no mundo1,2. A simastia é uma
complicação infrequente, definida como o mal posicionamento medial dos implantes,
que se aproximam excessivamente ou cruzam a linha média, ocasionando a perda do
sulco intermamário3-5. Apesar de haver raras causas congênitas, a
simastia é geralmente resultado de uma complicação da mamoplastia de aumento com
implantes.
Não existem relatos na literatura sobre a incidência de simastia iatrogênica5. O diagnóstico é essencialmente clínico. Deve
ser considerado que há um espectro de intensidade dos sintomas, de casos leves,
que
passam despercebidos, a casos graves com importantes repercussões psicossociais.
Os principais fatores associados são a dissecção excessiva da loja do implante em
direção ao esterno, a divisão em excesso da inserção medial do músculo peitoral
maior, o uso de implantes de diâmetro ou volume excessivo, a simastia congênita
e a
presença de feixes laterais do músculo peitoral menor anômalos4. Alguns fatores geralmente podem ser controlados pelo
cirurgião, podendo a simastia iatrogênica ser evitada por meio de uma dissecção
medial sutil, evitando implantes de volumes excessivos ou seu posicionamento muito
próximo da linha média4-6.
Complicações como seromas, hematomas, coleções infecciosas ou outros fatores que
levem ao aumento da pressão da loja ou até mesmo lise da adesão dos tecidos da
região medial da loja também aumentam o risco de simastia.
OBJETIVO
Descrever a experiência e a abordagem no tratamento cirúrgico da simastia
iatrogênica.
RELATO DO CASO
Trabalho tipo série de casos. Duas pacientes foram submetidas à correção cirúrgica
de
simastia pós mamoplastia de aumento com implantes.
Paciente 1
28 anos, foi submetida a mamoplastia de aumento com implantes de silicone
(retroglandulares) perfil alto de 280 ml em 2008, por outro cirurgião. Evoluiu
com simastia. Em 2009, foi submetida, pelo mesmo cirurgião, a mudança de plano
para retromuscular. Evoluiu com recorrência da simastia (Figuras 1 e 2).
Figura 1 - Paciente com simastia visível mesmo em situação estática.
Figura 1 - Paciente com simastia visível mesmo em situação estática.
Figura 2 - Perda total do sulco intermamário em manobra dinâmica.
Figura 2 - Perda total do sulco intermamário em manobra dinâmica.
Em 2016, foi submetida à correção cirúrgica da simastia pelo autor sênior deste
artigo. Uma faixa vertical sobre o esterno, de aproximadamente 4 cm de largura,
foi traçada (Figura 3). A via de acesso
utilizada foi a do sulco inframamário, sobre cicatriz prévia. Os implantes foram
retirados (Figura 4) e a cápsula, nas suas
faces anterior e posterior, foi escarificada por eletrocauterização (potência
40, modo cauterização, eletrocautério marca Valleylab®).
Figura 3 - Marcação de faixa sobre o esterno.
Figura 3 - Marcação de faixa sobre o esterno.
Figura 4 - Retirada dos implantes. Escarificação das superfícies das
cápsulas. Início dos pontos de adesão.
Figura 4 - Retirada dos implantes. Escarificação das superfícies das
cápsulas. Início dos pontos de adesão.
Foram realizadas suturas de adesão com nylon 3-0 entre superfície anterior e
posterior da cápsula (junto à fáscia pré-esternal) (Figura 5). Foram confeccionadas 4 linhas com 6 pontos cada,
compreendendo uma faixa vertical de aproximadamente 4 cm de largura. Implantes
redondos de projeção super alta de 420ml foram inseridos no mesmo plano (Figura 6). No pós-operatório de 60 dias,
obteve-se delimitação e separação das lojas com uma melhora no posicionamento
dos implantes (Figura 7).
Figura 5 - Fechamento total do espaço entre as duas lojas.
Figura 5 - Fechamento total do espaço entre as duas lojas.
Figura 6 - Pós-colocação de implante à esquerda (vista superoinferior).
Observa-se delimitação da loja esquerda mantendo implante
lateralizado.
Figura 6 - Pós-colocação de implante à esquerda (vista superoinferior).
Observa-se delimitação da loja esquerda mantendo implante
lateralizado.
Figura 7 - Pós-operatório de 60 dias. Implantes adequadamente lateralizados,
mesmo com manobra pressionando-os medialmente.
Figura 7 - Pós-operatório de 60 dias. Implantes adequadamente lateralizados,
mesmo com manobra pressionando-os medialmente.
Paciente 2
19 anos, foi submetida à mamoplastia de aumento com implantes de 300ml,
retromusculares, redondos, de projeção alta, em janeiro de 2016 pelo autor
sênior do artigo, evoluindo com seroma e infecção do sítio operatório, com
necessidade de remoção dos implantes. Seis meses após foi submetida à nova
mamoplastia de aumento, com implantes de mesmo volume, mantendo-se o plano
retromuscular, evoluindo com simastia (Figura 8).
Figura 8 - Perda total do sulco intermamário pós-mamoplastia de aumento com
implantes.
Figura 8 - Perda total do sulco intermamário pós-mamoplastia de aumento com
implantes.
O exame tomográfico mostrou união total das lojas e medialização dos implantes
(Figura 9). Uma abordagem em 2 tempos
foi proposta: num primeiro procedimento os implantes foram removidos, com a
criação de novo sulco medial pela mesma técnica (escarificação das superfícies
das cápsulas, criando-se uma faixa de separação entre as lojas de
aproximadamente 4 cm, e suturas de adesão com nylon 3-0) (Figuras 10 e 11).
Após três meses, implantes redondos de projeção super alta, volumes de 280ml
foram colocados no mesmo plano, obtendo-se correção da simastia e adequado
resultado estético (Figura 12).
Figura 9 - Tomografia mostra unificação das lojas dos implantes.
Figura 9 - Tomografia mostra unificação das lojas dos implantes.
Figura 10 - Transoperatório. Perda completa da separação entre as
lojas.
Figura 10 - Transoperatório. Perda completa da separação entre as
lojas.
Figura 11 - Pontos de adesão entre as cápsulas.
Figura 11 - Pontos de adesão entre as cápsulas.
Figura 12 - Esquerda: pós-retirada dos implantes e confecção do sulco
intermamário. Pós-recolocação dos implantes (70 dias
pós-operatório).
Figura 12 - Esquerda: pós-retirada dos implantes e confecção do sulco
intermamário. Pós-recolocação dos implantes (70 dias
pós-operatório).
Para ambas as pacientes, não houve recorrência, com períodos de observação de 9 e
11 meses, respectivamente, para os casos 1 e 2.
DISCUSSÃO
A identificação de fatores de risco para simastia no pré-operatório e os cuidados
no
transoperatório são fundamentais para evitar sua ocorrência. A dissecção medial
não
deve ultrapassar a distância horizontal de 1,5 a 3 cm do ponto médio entre o ângulo
do esterno e o processo xifoide5.
Implantes não devem ter suas dimensões extrapoladas, já que a literatura mostra que
a
grande maioria dos casos de simastia estão associados a implantes de diâmetros
ou
volume excessivos4,5,7. O defeito causador da simastia normalmente encontra-se na porção
central, sendo que casos de simastia nas porções superior e inferior são mais
raros5.
O diagnóstico, na maioria dos casos, é evidente e bem definido em até 6 meses após
o
procedimento primário. Em casos mais tênues, manobras como a pressão lateral de
ambos implantes salientam a projeção anterior dos implantes na região
pré-esternal4,5. Poucos são os trabalhos encontrados na
literatura sobre simastia, e a sua maioria é constituída por séries de casos (Tabela 1).
Tabela 1 - Artigos encontrados na literatura sobre simastia.
Autor |
Ano |
Revista |
N de casos |
Becker |
2005 |
Plastic Reconstrutive Surgery |
5 |
Spear |
2006 |
Plastic Reconstrutive Surgery |
20 |
Spear et al.13 |
2009 |
Plastic Reconstrutive Surgery |
23 |
Moliver et al.4 |
2015 |
Aesthetic Surgery Journal |
18 |
Tabela 1 - Artigos encontrados na literatura sobre simastia.
Tais trabalhos propõem diferentes técnicas cirúrgicas para tratamento. Há certa
concordância que a abordagem deve ser realizada por via periareolar ou inframamária,
dependendo da incisão prévia, para um adequado campo operatório. Capsulorrafia
simples pode ser efetiva e consiste basicamente na sutura medial entre os bordos
anterior e posterior da cápsula medial, mas, apesar da simplicidade, seu uso não
é
muito recomendado pelo grande número de casos de recorrência relatados7,8.
A capsulotomia lateral e/ou superior pode ser associada para diminuir a tensão no
bordo medial. Outra opção cirúrgica simples é o uso de suturas transcutâneas
pré-esternais. Seu uso é discutível, já que a área é de alto risco para a formação
de queloides, principalmente em pacientes com tons de pele mais escuros, sendo
indicado evitar ao máximo cicatrizes na região.
Técnicas mais complexas de capsulorrafia foram descritas para diminuir o risco de
recorrência. Ao invés da simples sutura, é possível confeccionar retalhos anterior
e
posterior, com sobreposição dos mesmos no bordo medial da mama, para maior
sustentação, contudo a execução depende de uma cápsula bem definida e madura8,9. Outra opção para maior sustentação medial é o uso de matriz dérmica
acelular em faixa, com formato de “C”, fixado medialmente. Tal técnica é simples,
mas acrescenta custo ao procedimento, com benefícios questionáveis10.
A substituição do plano dos implantes pode ser uma tática de tratamento. Implantes
retroglandulares podem ser realocados para lojas retromusculares, propiciando
melhor
cobertura do implante11,12. Implantes retromusculares podem ser
realocados para loja retroglandular, desde que haja cobertura subcutânea
suficiente6.
Quando não há cobertura suficiente, pode-se tentar o reposicionamento dos implantes
em um plano intermediário. Spear et al.13
descreveram bons resultados estéticos na sua série de 23 pacientes com implantes
subpeitorais graças à criação de lojas “neosubpeitorais”, um novo plano anterior
a
cápsula e posterior ao músculo peitoral maior, não havendo nenhum caso de
recorrência.
Nossa proposta de correção utilizou suturas entre as cápsulas anterior e posterior
sob o sulco medial, associada à escarificação das suas superfícies. Esta associação
resultou numa boa aderência entre os planos. Por não haver suturas transcutâneas,
evitamos o risco de formação de queloides. Entendemos ter sido fundamental, para
favorecer a aderência entre as superfícies das cápsulas, a escarificação das mesmas.
Utilizou-se a eletrocauterização com o objetivo de promover um processo inflamatório
local e aumentar a possibilidade de aderências.
Em relação à paciente do caso 1, por haver ptose mamária, avaliou-se a necessidade
de
associação às mastopexia. Devido à complexidade no manejo de diversas variáveis,
ao
risco de desvascularização da mama, optamos por corrigir apenas a simastia, propondo
a mastopexia em segundo tempo, conforme a necessidade.
Observamos que a adesão da pele à região pré-esternal na porção medial das mamas,
e a
criação do novo sulco, reduziu o excedente de pele. Atribuímos a isso uma explicação
matemática: a pele, numa situação de simastia, vista numa posição tomográfica
(caudo-cranial), forma uma linha quase reta entre os mamilos. Com a correção da
simastia, parte da pele excedente é recrutada, ao se refazer a correta curvatura
dos
polos mediais das mamas. Observamos inclusive que houve uma medialização dos
complexos aréolo-papilares. Tal manejo demonstrou-se bem sucedido, obtendo-se
um bom
resultado estético, com a paciente satisfeita após o primeiro tempo cirúrgico,
não
sendo solicitada uma segunda intervenção até o momento.
A paciente 2 apresentava significativo comprometimento psicológico, em função de três
intervenções cirúrgicas malsucedidas. Desta forma, a manutenção de uma boa relação
médico-paciente foi fundamental para o sucesso terapêutico do caso.
A literatura sugere que em determinados casos de simastia de difícil resolução, a
retirada das próteses em um primeiro momento é a melhor opção, pois pode, de
imediato, melhorar o aspecto estético ao devolver à paciente, no mínimo, o retorno
próximo à sua anatomia antes da mamoplastia de aumento13. Ao se recolocar os implantes, optamos por utilizar aqueles
de projeção super alta, por terem um diâmetro de base menor, em comparação com
os de
projeção alta, ocupando, portanto, menor espaço horizontal.
CONCLUSÃO
A simastia iatrogênica é uma condição rara, porém com graves repercussões para a
paciente. Sua prevenção é fundamental. É difícil concluir qual a melhor técnica
para
a correção dessa condição uma vez que poucos estudos foram publicados, com um
número
pequeno de casos. Embora nossa série de casos seja modesta, considerando que
trata-se de uma condição relativamente rara, conseguimos resolver, com a técnica
descrita, um problema complexo e com alto índice de recidiva.
COLABORAÇÕES
MP
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Análise e/ou interpretação dos dados; análise estatística; aprovação
final do manuscrito; concepção e desenho do estudo; realização das
operações e/ou experimentos; redação do manuscrito ou revisão crítica de
seu conteúdo.
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FBF
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Análise e/ou interpretação dos dados; análise estatística; aprovação
final do manuscrito; concepção e desenho do estudo; realização das
operações e/ou experimentos; redação do manuscrito ou revisão crítica de
seu conteúdo.
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EMZ
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Análise e/ou interpretação dos dados; análise estatística; aprovação
final do manuscrito; concepção e desenho do estudo; realização das
operações e/ou experimentos; redação do manuscrito ou revisão crítica de
seu conteúdo.
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BDMG
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Análise e/ou interpretação dos dados; análise estatística; aprovação
final do manuscrito; concepção e desenho do estudo; realização das
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FMFN
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Análise e/ou interpretação dos dados; análise estatística; aprovação
final do manuscrito; concepção e desenho do estudo; realização das
operações e/ou experimentos; redação do manuscrito ou revisão crítica de
seu conteúdo.
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LMP
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Análise e/ou interpretação dos dados; análise estatística; aprovação
final do manuscrito; concepção e desenho do estudo; realização das
operações e/ou experimentos; redação do manuscrito ou revisão crítica de
seu conteúdo.
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RSW
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Análise e/ou interpretação dos dados; análise estatística; aprovação
final do manuscrito; concepção e desenho do estudo; realização das
operações e/ou experimentos; redação do manuscrito ou revisão crítica de
seu conteúdo.
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PBE
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Análise e/ou interpretação dos dados; análise estatística; aprovação
final do manuscrito; concepção e desenho do estudo; realização das
operações e/ou experimentos; redação do manuscrito ou revisão crítica de
seu conteúdo.
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REFERÊNCIAS
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Plastic Surgeons. 2017 [cited 24 May 2017]. Available from: https://www.plasticsurgery.org
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Porto Alegre, RS, Brasil.
3. Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo, RS,
Brasil.
4. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande
do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.
5. Universidade Federal de São Paulo, São Paulo,
SP, Brasil.
Autor correspondente: Felipe Bilhar
Fasolin
Rua General Lima e Silva, 757, apto 1207 - Cidade Baixa
Porto Alegre, RS, Brasil CEP 90050-101
E-mail: felipefasolin@hotmail.com
Artigo submetido: 09/10/2017.
Artigo aceito: 17/05/2018.
Conflitos de interesse: não há.