RESUMO
Introdução: Os retalhos miocutâneos representam uma importante arma com que conta o cirurgião plástico quando se depara com grandes defeitos a serem cobertos após ressecção de tumores. Objetivo: O presente estudo tem por objetivo relatar a incidência de complicações com o uso de retalhos miocutâneos de músculo peitoral maior para reconstrução em cirurgia oncológica, em especial de cabeça e pescoço. Método: Foi realizado um estudo retrospectivo. Foram estudados pacientes operados por lesões malignas de cabeça e pescoço, nos quais se usou a técnica em discussão. Resultados: Foram avaliados 116 pacientes operados no período entre março de 1994 e julho de 2009. Houve 2 perdas totais de retalho, 14 perdas parciais e formação de 17 fístulas. Conclusão: A incidência de complicações foi relativamente alta, o que relacionamos com o avançado estádio de doença dos pacientes operados e estado nutricional dos mesmos, além do porte das cirurgias. Apesar disso, os autores consideram o retalho miocutâneo de músculo peitoral maior um grande aliado para o cirurgião plástico que trabalha em reconstrução de cabeça e pescoço.
Palavras-chave: Retalhos cirúrgicos. Músculos peitorais. Cirurgia Plástica / métodos.