RESUMO
Introdução: Para análise comparativa de fotografias é necessário haver padronização. Diferentemente de outras regiões do corpo, a região periorbital, por se constituir de uma anatomia extremamente dinâmica, torna a padronização um desafio. Existem nove parâmetros que, se não padronizados, podem influenciar a avaliação objetiva de fotografias da região periorbital. Entre estes parâmetros temos o plano facial coronal, plano da câmera fotográfica, posição do olhar, altura da câmera em relação ao paciente, uso do flash, mímica facial, distância do paciente à câmera fotográfica, distância focal da câmera fotográfica (zoom) e as condições de iluminação. Objetivo: O objetivo deste estudo é demonstrar que pequenas variações nos parâmetros citados anteriormente podem provocar alterações significativas nos elementos periorbitais. Método: Para manutenção dos nove parâmetros necessários à padronização foi utilizada uma lâmpada de fenda oftalmológica adaptada. Doze pacientes foram fotografados em perfil frontal, utilizando a padronização, sendo observada a variação da fenda palpebral medida na linha médio pupilar, alterando-se o plano coronal, posição do olhar, uso do flash e variação da altura da câmera. Resultados: Com a variação dos parâmetros foi obtida alteração significativa da fenda palpebral vertical em todos os pacientes. Conclusão: As mudanças de posição utilizadas no trabalho são sutis e dificilmente percebidas quando tiramos foto livre sem fixar os planos e distâncias, falseando resultados na análise objetiva das fotografias quando não adequadamente padronizadas.
Palavras-chave: Blefaroplastia. Fotografia/métodos. Órbita/cirurgia.