INTRODUÇÃO
O panorama do trauma permanece alarmante no Brasil: das dez principais causas de
morte na população do país entre os anos de 2000 e 2019 estimadas pela
Organização Mundial de Saúde (OMS), o trauma se fez presente na quarta e oitava
posições, respectivamente representados pela violência interpessoal e acidentes
de trânsito. Contudo, considerando apenas as mortes entre 1 e 40 anos, o trauma
lidera em óbitos, ocupando todas as primeiras colocações com violência
interpessoal, acidentes de trânsito, lesão autoprovocada e afogamentos1.
Além dos óbitos, o trauma é também cruel com os sobreviventes: há significativa
oneração financeira da vítima e sua família, com incapacitação que gera bilhões
em gastos para o sistema de saúde, sistema previdenciário e toda a
sociedade2. A título de
exemplo, em 2016, somente os acidentes de trânsito causaram 180.443 internações,
ao custo de R$ 253,2 milhões para o SUS3.
Nesse contexto, os traumas de cabeça e face se inserem como dos mais
preocupantes, já que representam quase metade das mortes traumáticas, e muitas
dessas vítimas nem sequer sobrevivem para serem atendidas. O trauma de face
representa 7,4% a 8,7% dos atendimentos efetuados na emergência e requer um
trabalho multidisciplinar dispendioso4.
É imprescindível ressaltar que a face é uma região anatômica que apresenta muitas
estruturas anatômicas singulares, responsáveis por funções essenciais como
mastigação, deglutição, comunicação e respiração5. Assim, lesões traumáticas nessa área tornam-se
um desafio de sobrevivência para o paciente e um desafio terapêutico para os
profissionais da saúde, que precisam reconstruir os aspectos funcionais e
estéticos que, por vezes, exigem múltiplos procedimentos cirúrgicos4.
OBJETIVO
Em função da relevância do trauma de face, torna-se imperativo sua compreensão
científica em suas diversas realidades regionais, suscitando diagnósticos e
intervenções que melhorem a prevenção e preparação dos serviços de saúde, uma
vez que o controle da qualidade do atendimento se mostra essencial para a
redução das mortes e de complicações evitáveis6. Dessa forma, este estudo tem como objetivo
avaliar a epidemiologia dos atendimentos de trauma de face, submetidos a
cirurgia, no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro
(HC-UFTM), em Uberaba-MG.
MÉTODO
O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do HC-UFTM sob parecer
4.940.424. Trata-se de um estudo observacional, longitudinal e retrospectivo,
conduzido a partir da análise dos prontuários dos pacientes vítimas de trauma
de
face submetidos a cirurgia pela equipe de Cirurgia Plástica do HC-UFTM no
período entre 2010 e 2019. Foram selecionadas as seguintes informações dos
pacientes: idade e sexo, mecanismo de trauma, ossos fraturados, outras regiões
corporais traumatizadas, número de cirurgias, procedimento cirúrgico adotado,
tempo de internação e óbitos.
Após a coleta de dados, foram comparadas estatisticamente as características dos
pacientes e dos traumas com os seguintes desfechos: óbito, tempo de internação
e
necessidade de múltiplas cirurgias. A avaliação descritiva foi construída por
meio de frequências absolutas e percentuais para as variáveis categóricas e de
média, desvio padrão (média ± DP), mediana e percentis para as variáveis
numéricas. Já a avaliação analítica, foi realizada através do teste exato de
Fisher. A margem de erro utilizada na decisão dos testes estatísticos foi de
5%.
Os dados foram digitados na planilha Excel e o programa utilizado para obtenção
dos cálculos estatísticos foi o IBM SPSS, na versão 23.
RESULTADOS
Foram encontrados, durante o período de 2010 a 2019, 632 procedimentos cirúrgicos
em 529 pacientes vítimas de trauma de face atendidos pela equipe de Cirurgia
Plástica do HC-UFTM. Dentre os 529 prontuários incluídos no estudo e analisados,
376 (71,08%) tratavam-se de cirurgias previamente agendadas e o restante, 153
(28,92%), de cirurgias de urgência. Em relação ao sexo dos pacientes, 415
(78,45%) eram homens e 114 (21,55%), mulheres. A faixa etária foi dividida em
10
grupos de 10 anos, variando de 0 a 99 anos. Dentre esses grupos, o trauma foi
mais frequente em indivíduos de 20 a 29 anos, o que corresponde a 168 (31,76%)
do total de casos. O segundo grupo mais frequente foi de 30 a 39 anos, com 98
(18,53%) casos, conforme mostrado no Gráfico 1.
Gráfico 1 - Distribuição da frequência de vítimas de trauma submetidos a
cirurgia no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do
Triângulo Mineiro entre 2010 e 2019 por faixa etária.
Gráfico 1 - Distribuição da frequência de vítimas de trauma submetidos a
cirurgia no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do
Triângulo Mineiro entre 2010 e 2019 por faixa etária.
Em relação à etiologia do trauma, diversos grupos de eventos foram verificados,
sendo os mais incidentes: acidente automobilístico (22,31%), agressões (17,01%)
e acidente motociclístico (11,91%). Em 82 (15,5%) prontuários analisados não
se
informava com clareza a etiologia do trauma de face do paciente, como mostrado
no Gráfico 2.
Gráfico 2 - Distribuição da frequência de vítimas de trauma submetidos a
cirurgia no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do
Triângulo Mineiro entre 2010 e 2019 por evento de trauma.
Gráfico 2 - Distribuição da frequência de vítimas de trauma submetidos a
cirurgia no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do
Triângulo Mineiro entre 2010 e 2019 por evento de trauma.
Outro tópico pesquisado nos prontuários foi a presença e o tipo de fratura
craniofacial. Em 28 (5,29%) dos prontuários pesquisados não foram identificadas
fraturas. Nos demais 501 (94,71%) casos houve fratura, sendo que os ossos mais
afetados foram: ossos próprios do nariz (OPN), com 430 (80%) casos, e de
mandíbula, com 210 (39%) casos, conforme mostra o Gráfico 3. Nesse contexto, em 319 (63,67%) dos casos houve a fratura
de apenas um osso da face e em 182 (36,33%) mais de um osso foi fraturado.
Gráfico 3 - Distribuição da frequência de estruturas ósseas fraturadas nas
vítimas de trauma submetidos a cirurgia no Hospital de Clínicas da
Universidade Federal do Triângulo Mineiro entre 2010 e 2019.
Gráfico 3 - Distribuição da frequência de estruturas ósseas fraturadas nas
vítimas de trauma submetidos a cirurgia no Hospital de Clínicas da
Universidade Federal do Triângulo Mineiro entre 2010 e 2019.
Outra informação pesquisada nos prontuários foi a existência de lesões
traumáticas em outras partes do corpo que não a face. Constatou-se que em 359
(67,86%) casos o trauma de face foi isolado e em 161 (30,43%) casos houve trauma
em outra região do corpo. Além disso, 9 (1,70%) prontuários não possuíam
informação a respeito deste tópico.
Pesquisou-se também sobre os procedimentos cirúrgicos realizados nesses
pacientes. Assim, verificou-se que a cirurgia mais frequente foi a de redução
de
fratura nasal, que constou em 189 (35,72%) prontuários, seguida da osteossíntese
de fratura complexa de mandíbula, realizada em 171 (32,33%) dos pacientes. O
terceiro procedimento mais realizado foi a osteossíntese de fratura complexa
panfacial, em 44 (8,32%) dos casos analisados. Os demais procedimentos
realizados isoladamente não alcançaram mais do que 5% de incidência.
Ademais, pesquisou-se também o número de procedimentos aos quais os pacientes
foram submetidos. Verificou-se que em 452 (85,44%) casos apenas uma cirurgia
foi
necessária, em 71 (13,42%) casos duas cirurgias foram necessárias e em 6 (1,13%)
pacientes três ou mais cirurgias foram necessárias. O tempo de internação
constava em 524 dos 529 prontuários e a média calculada foi de 7 dias.
DISCUSSÃO
O trauma representa um dos principais problemas de saúde pública no
mundo7, sendo a causa
da morte de cerca de 5,8 milhões de pessoas por ano8. Dentre essas mortes, 50% decorrem de traumas na
face e na cabeça2. No Brasil, a
situação se repete e o trauma representa um forte impacto na morbidade e na
mortalidade da população9.
Diante disso, é inegável a relevância do trauma de face para os sistemas de
saúde e para a definição das ações políticas acerca do tratamento e da prevenção
ao trauma.
Ademais, um fator fundamental a ser considerado é que lesões na região da face
podem mudar consideravelmente a qualidade de vida dos traumatizados no que se
refere à aparência e à autoestima10. Os traumas faciais apresentam repercussões emocionais,
funcionais e estéticas e, por isso, se não forem devidamente tratados, deixam
sequelas, marginalizando o indivíduo do convívio social e gerando incapacidade
de trabalho11.
Acerca deste dado, é importante destacar que a maior incidência encontrada neste
estudo e nos demais estudos analisados foi em faixa de idade produtiva,
principalmente na terceira década de vida, como constatado por Ramos et
al.2 e Cuéllar
Gutiérrez et al.3.
Em relação ao sexo, este estudo encontrou uma prevalência significativa do sexo
masculino em relação ao feminino, sendo que 78,45% dos pacientes eram homens.
Este achado corrobora com os demais trabalhos sobre esta temática, que também
mostraram maior incidência do trauma de face em homens, como atestado por
Pinheiro et al.12. A
prevalência no sexo masculino pode ser explicada pelo fato de homens dirigirem
com mais frequência, assim como fazerem uso de drogas e se envolverem mais em
brigas13.
A análise da etiologia do trauma constatou que o mecanismo mais frequente foi o
acidente automobilístico, seguido de agressões físicas. Este dado corresponde
aos demais estudos da literatura brasileira sobre o tema realizados em grandes
centros de referência12,14,15.
As etiologias relacionadas ao trânsito (acidente automobilístico, acidente
motociclístico, acidente de bicicleta e atropelamento) somam juntas 41,78% dos
casos deste trabalho. O estudo conduzido por Carvalho et al.11 observou a correlação entre o
consumo de álcool e o trauma de face decorrente de acidente automobilístico em
41,1% das vítimas. Porém, como destacado por Martins et al.16, esse dado é frequentemente
negligenciado pela equipe de atendimento à vítima, o que compromete a
objetividade desse dado na literatura brasileira. A agressão física como o
segundo fator etiológico mais frequente também foi encontrada por outros estudos
sobre trauma de face2,16,17.
Em relação às estruturas ósseas fraturadas, foi constatada uma prevalência muito
significativa dos ossos próprios do nariz (OPN), afetados em 85,83% dos casos,
assim como mostram demais trabalhos sobre a temática2,18,19. Devido à sua proeminência na
face, associada à fragilidade do osso nasal, o nariz é mais propenso à fratura
nos traumas de face20 e é
apontado como a estrutura mais fraturada pela maioria dos autores12. Em sequência, por ordem de
prevalência, encontrou-se a mandíbula, maxila, zigomático e órbita.
A revisão de literatura mostrou que a maioria dos estudos não verificou a
quantidade de ossos fraturados em cada paciente, o que é fundamental para
avaliar a complexidade dos atendimentos2 e orientar o manejo das vítimas desde a primeira
abordagem até a reabilitação. Este trabalho constatou que em 63,67% dos casos
houve fratura de apenas um osso da face, enquanto no restante dos casos mais
de
um osso foi fraturado. Esse dado corrobora com o estudo de Ramos et
al.2, que também
verificou a prevalência de apenas um osso fraturado.
Também foi pesquisada a existência de lesões traumáticas em outras partes do
corpo que não a face. Constatou-se que em 67,86% casos o trauma de face foi
isolado e em 30,43% casos houve trauma em outra região do corpo. Esse dado
também é muito pouco explorado na literatura brasileira e poucos estudos
discorrem a respeito. Segundo Silva et al.4, o traumatismo cranioencefálico é a lesão não facial
mais comumente associada ao trauma de face. Essa análise destaca a necessidade
do trabalho multidisciplinar envolvendo principalmente as especialidades de
cirurgia geral, oftalmologia, cirurgia plástica, bucomaxilofacial e
neurocirurgia no atendimento às vítimas de trauma de face4.
Em relação ao número de procedimentos aos quais os pacientes foram submetidos,
verificou-se que em 85,44% casos apenas uma cirurgia foi necessária e em 13,42%
casos duas cirurgias foram necessárias, outro dado não analisado pelos estudos
de trauma facial e que se relaciona diretamente com a complexidade do
atendimento.
CONCLUSÃO
Os indivíduos mais frequentemente envolvidos em traumas de face são homens
(78,45%) na terceira década de vida - entre 20 e 29 anos. As etiologias mais
prevalentes dos traumas bucomaxilofaciais foram acidentes relacionados ao
trânsito, seguidos de agressões físicas e quedas. As fraturas mais prevalentes
foram em OPN, mandíbula e maxila e precisaram de ao menos uma cirurgia, sendo
mais comum a realização de forma eletiva. Assim, com os dados coletados e
analisados, é possível coordenar medidas em saúde pública a fim de otimizar o
atendimento, o tratamento e a prevenção ao trauma de face.
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Curso de Graduação em Medicina, Uberaba, MG, Brasil
2. Universidade Federal do Triângulo Mineiro,
Residência Médica em Cirurgia Plástica, Uberaba, MG, Brasil
3. Universidade Federal do Triângulo Mineiro,
Serviço de cirurgia oral e maxilofacial, Uberaba, MG, Brasil
4. Universidade Federal do Triângulo Mineiro,
Serviço de Cirurgia Craniomaxilofacial , Uberaba, MG, Brasil
Autor correspondente: Marco Aurélio de Oliveira
Marinho Avenida Leopoldino de Oliveira, 4488 - Sala 502, Uberaba, MG,
Brasil, CEP: 38060-000, E-mail: marinhozztops@hotmail.com
Artigo submetido: 25/08/2023.
Artigo aceito: 23/10/2023.
Conflitos de interesse: não há.