INTRODUÇÃO
A ptose mamária é caracterizada pela queda das mamas, por diminuição do volume,
flacidez cutânea ou por ambas, é uma alteração resultante da relação inadequada
entre a pele da mama e seu conteúdo1. Pode ser
definida em vários graus, de acordo com a relação entre o mamilo e o sulco
inframamário2.
A mastopexia é a cirurgia plástica que trata a ptose mamária, tendo como objetivo
a
melhora da forma da mama através de cicatrizes diminutas; o reposicionamento
anatômico das mamas e do complexo areolopapilar, evitando-se lesões ou alterações
neurovasculares3.
A correção da ptose mamária é feita com aumento do volume mamário por meio de
implantes de silicone, ou retirada do excesso de pele e levantamento (mastopexia),
ou a associação destas duas. A mastopexia associada com implante de silicone é
considerada um procedimento mais complexo do que as mastopexias sem implante,
pelos
resultados variáveis, recidivas e complicações relacionadas4.
A correção da ptose mamária associada à flacidez de pele ainda é tema de discussão
e
controvérsias. A análise crítica dos resultados estéticos, bem como da satisfação
da
paciente e da equipe, ainda não está bem estabelecida na literatura5. Por outro lado, as pacientes têm se tornado
cada vez mais críticas quanto ao resultado da cirurgia de mama, pois esperam uma
forma natural, duradoura e formação mínima de cicatrizes6.
OBJETIVO
O objetivo deste estudo foi avaliar os resultados cirúrgicos e a satisfação de
pacientes que foram submetidas à mastopexia com implante, no período de fevereiro
a
setembro de 2016, no Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Heliópolis.
MÉTODOS
Foram selecionadas todas as pacientes que realizaram mastopexia com implante mamário
operadas por um mesmo médico residente do último ano de cirurgia plástica, no
período de fevereiro a setembro de 2016, no Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital
Heliópolis.
Foram contabilizadas 22 pacientes e acompanhadas desde a entrevista ambulatorial
pré-operatória até o 6º mês de pós-operatório quando receberam alta
ambulatorial.
Todas as pacientes foram inicialmente triadas pelo ambulatório, sendo submetidas à
entrevista médica dirigida com esclarecimento sobre a cirurgia, expectativas e
possíveis complicações, sendo posteriormente solicitados exames complementares
laboratoriais, que incluem hemograma, bioquímica completa, sorologias para HIV
(vírus da imunodeficiência humana) e hepatites, beta HCG (gonadotrofina coriônica
humana), função hepática, assim como raio-X de tórax, eletrocardiograma e consulta
cardiológica.
Após essa triagem as pacientes foram fotografadas, discutido o planejamento
cirúrgico, tempo de internação, complicações, tamanho e forma da prótese.
Fatores de inclusão: sexo feminino, idade entre 18 e 70 anos, não ter sido submetida
à cirurgia plástica prévia em outro serviço, peso estável com IMC (índice de massa
corporal) até 28 e apresentar volume mamário deficiente que justifique a inclusão
de
prótese.
Fatores de exclusão: ser tabagista, possuir comorbidades não controladas, antecedente
de complicações cirúrgicas prévias, recusa a assinar termo de consentimento livre
e
esclarecido do estudo, possuir alterações laboratoriais ou risco elevado que
contraindiquem a cirurgia e pacientes instáveis emocionalmente ou que não
compreendam o procedimento cirúrgico.
Foram realizados dois questionários para o presente estudo, o primeiro questionário
incluía dados referentes à idade, forma da prótese, perfil, volume do implante,
reintervenção cirúrgica, complicações intraoperatórias, complicações
pós-operatórias, distância entre fúrcula e ponto A, forma da cicatriz (periareolar,
T invertido, aréola e vertical), plano de loja mamária (subglandular, subfascial
e
submuscular), contratura capsular (escala de Baker), grau de ptose prévia e
gestação.
A análise seguiu os princípios da resolução n(o) 466/2012 do Conselho
Nacional de Saúde, que trata dos aspectos éticos e legais da pesquisa envolvendo
seres humanos no Brasil.
O segundo questionário incluiu uma entrevista dirigida sobre a satisfação com a
cirurgia, se a mesma interferiu na vida social, sexual e cuidados com o corpo
das
pacientes.
Avaliação dos resultados cirúrgicos
Foram realizadas análise crítica e qualitativa do resultado cirúrgico das 22
pacientes, com comparação das fotografias do pré e pós-operatório por 3
cirurgiões plásticos diferentes do Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital
Heliópolis com experiência na realização de mastopexia com prótese. Para tal,
foi utilizado um questionário com 5 itens (Quadro 1) conforme descrito em Cintra Júnior et al., em 20167.
Quadro 1 - Descrição dos itens avaliados e das notas dadas no questionário
respondido pelos 3 cirurgiões plásticos sobre as pacientes submetidas à
mastopexia.
Notas |
0 - Ruim |
1 - Regular |
2 - Bom |
Forma da mama |
Inadequada |
Regular |
Adequada |
Volume da mama |
Inadequado e desarmônico |
Adequado e desarmônico |
Adequado e harmônico |
Inadequado e desarmônico |
Simetria entre as mamas |
Muitos diferentes |
Pouco diferentes |
Iguais ou muito semelhantes |
Posicionamento CAP* |
Longe do ápice do cone mamário |
Próximo ao ápice do cone mamário |
Exatamente no ápice do cone mamário |
Qualidade e extensão das
cicatrizes
|
Alargadas |
Pouco alargadas e bem
posicionadas
|
Delgadas, claras e bem
posicionadas
|
Hipertróficas ou muito extensas |
Quadro 1 - Descrição dos itens avaliados e das notas dadas no questionário
respondido pelos 3 cirurgiões plásticos sobre as pacientes submetidas à
mastopexia.
Após a coleta de dados foi realizada uma avaliação descritiva dos resultados
obtidos.
RESULTADOS
No protocolo de avaliação dos resultados cirúrgicos obtidos através da aplicação dos
questionários foram registrados os seguintes dados: idade variando de 26 a 69
anos;
peso de 49 a 77kg; forma da prótese: 100% redonda; perfil: 54,54% alto, 31,81%
super
alto e 13,63% moderado; volume do implante: 240 a 350ml; reintervenção: 13,63%
dos
casos; e complicação intraoperatória: 0%.
Em relação às pacientes que apresentaram complicações no pós-operatório, foi
observado que 14 pacientes tiveram algum tipo de complicação ou mais de um tipo
(Tabela 1).
Tabela 1 - Pacientes submetidas à mastopexia com implante mamário que apresentaram
complicações pós-operatório (n=14).
Número de casos |
Complicações |
4 |
Alargamento |
1 |
Alargamento + deiscência |
1 |
Alargamento + deiscência + assimetria |
3 |
Assimetria |
4 |
Cicatriz hipertrófica |
2 |
Cicatriz escura |
1 |
Hematoma |
1 |
Inflamação |
2 |
Secreção serosa |
1 |
Necrose |
1 |
Infecção |
1 |
Queloide |
Tabela 1 - Pacientes submetidas à mastopexia com implante mamário que apresentaram
complicações pós-operatório (n=14).
Foi verificado que 3 pacientes necessitaram de reintervenção cirúrgica, um dos casos
foi devido à assimetria e cicatriz, outra para realizar a ressutura e a terceira
para realizar drenagem de hematoma.
No que diz respeito a forma da cicatriz, 31,81% das pacientes tiveram forma
periareolar, 45,45% forma de T invertido (Figura 1) e 22,72% forma de periareolar com vertical.
Figura 1 - A e C. Vista anterior antes da cirurgia;
B e D. Pós-operatório, com a seta
indicando a cicatriz em forma de T invertido.
Figura 1 - A e C. Vista anterior antes da cirurgia;
B e D. Pós-operatório, com a seta
indicando a cicatriz em forma de T invertido.
No plano da loja mamária foi registrado 63,63% subglandular, 31,81% subfascial e 4,5%
submuscular.
A contratura capsular foi verificada em apenas 1 paciente, com 4 na escala de Baker.
O grau de ptose do tipo 1 foi observado em 40,90% das pacientes, do tipo 2 em
50,0%
e do tipo 3 em 9,0% das pacientes. Em relação ao número de gestações, 45,45% das
pacientes tiveram 2 gestações, 40,90% tiveram 1 gestação e 13,63% não tiveram
gestação.
No questionamento sobre a satisfação das pacientes em relação à realização da
cirurgia, foi verificado que a maioria das pacientes ficaram satisfeita com a
mudança após a cirurgia (Tabela 2).
Tabela 2 - Respostas das questões relacionadas à satisfação da paciente em relação à
cirurgia (n=22).
Pergunta |
Sim |
Não |
Suas mamas interferem na vida profissional? |
7 |
15 |
Você se arrependeu de fazer a cirurgia? |
0 |
22 |
A cirurgia influenciou na vida social? |
15 |
7 |
A cirurgia influenciou na vida afetiva? |
16 |
8 |
A cirurgia influenciou na vida sexual? |
16 |
8 |
Você está satisfeita com o resultado da cirurgia de
mamas?
|
22 |
0 |
O resultado da cirurgia foi próximo ao que você ouviu
do cirurgião plástico?
|
22 |
0 |
O resultado está próximo do que você esperava? |
22 |
0 |
A cirurgia provocou alguma mudança em sua vida? O
quê?
|
22 |
0 |
|
Autoestima |
A cirurgia nas mamas afetou os cuidados com o
corpo?
|
16 |
8 |
Você está satisfeita com suas mamas? |
21 |
Parcialmente |
Seu corpo melhorou? |
22 |
0 |
Você está satisfeita com seu corpo? |
21 |
1 |
Você acredita que a cirurgia de mamas tem alguma
relação com a satisfação em relação ao seu corpo?
|
21 |
1 |
Tabela 2 - Respostas das questões relacionadas à satisfação da paciente em relação à
cirurgia (n=22).
Quando as pacientes foram questionadas sobre o que mais elas gostaram do resultado
da
cirurgia de mamas, a maioria delas (50%) relataram ter gostado de tudo (Figura 2) e as demais disseram ter gostado do
volume, da forma, da correção da ptose e da retirada do excesso de pele.
Figura 2 - A e C. Vista anterior antes da cirurgia;
B e D. Pós-operatório, com a seta
indicando a cicatriz em forma de T invertido.
Figura 2 - A e C. Vista anterior antes da cirurgia;
B e D. Pós-operatório, com a seta
indicando a cicatriz em forma de T invertido.
Por outro lado, quando foram indagadas sobre o que menos gostaram no resultado da
cirurgia, 50% responderam que nada, ou seja, gostaram de tudo, 33,3% não gostaram
da
cicatriz (Figura 3) e uma menor porcentagem
ainda citaram os pontos e a dor como resposta desta questão.
Figura 3 - Pacientes que não ficaram satisfeita com a cicatriz. A e
C. Antes da cirurgia; B e D.
Pós-operatório com as setas indicando as cicatrizes.
Figura 3 - Pacientes que não ficaram satisfeita com a cicatriz. A e
C. Antes da cirurgia; B e D.
Pós-operatório com as setas indicando as cicatrizes.
É possível observar na Figura 3D que a mama
esquerda ficou com a cicatriz anormal, ao redor da aréola e verticalmente, e também
foi uma das pacientes que apresentou assimetria, conforme pode ser visto também
na
Figura 4. Esta paciente foi uma das três
pacientes que precisou de reintervenção cirúrgica para correção.
Figura 4 - Paciente que ficou insatisfeita com a cicatriz no pós-operatório e
necessitou de reintervenção.
Figura 4 - Paciente que ficou insatisfeita com a cicatriz no pós-operatório e
necessitou de reintervenção.
Em relação à avaliação realizada pelos 3 cirurgiões, é possível observar a
divergência dos resultados entre os 3, porém vale ressaltar que a maioria das
pacientes se enquadravam no resultado pós-cirúrgico, em regular ou bom nos
diferentes itens avaliados (Tabela 3) e
apenas 8,8% dos resultados foram tidos como ruim.
Tabela 3 - Resultados da avaliação do cirurgião plástico para os diferentes itens
avaliados das pacientes submetidas à mastopexia (n=22).
Itens avaliados |
Nota 0 |
Nota 1 |
Nota 2 |
|
|
Cirurgião 1 |
|
Forma |
1 |
5 |
16 |
Volume |
1 |
3 |
18 |
Simetria |
2 |
9 |
11 |
CAP* |
3 |
7 |
12 |
Cicatriz |
3 |
10 |
9 |
|
|
Cirurgião 2 |
|
Forma |
1 |
15 |
6 |
Volume |
1 |
7 |
14 |
Simetria |
1 |
8 |
13 |
CAP |
2 |
15 |
5 |
Cicatriz |
2 |
10 |
10 |
|
|
Cirurgião 3 |
|
Forma |
2 |
10 |
10 |
Volume |
0 |
11 |
11 |
Simetria |
1 |
12 |
9 |
CAP |
3 |
10 |
9 |
Cicatriz |
6 |
7 |
8 |
Total (%) |
29 (8,8) |
139 (42,2) |
161 (48,9) |
Tabela 3 - Resultados da avaliação do cirurgião plástico para os diferentes itens
avaliados das pacientes submetidas à mastopexia (n=22).
DISCUSSÃO
As mamas femininas são símbolos importantes da feminilidade, da sexualidade e da
maternidade. Desta forma estão extremamente relacionadas ao bem-estar psicossexual
feminino8. Por isso, nos últimos anos o
número de cirurgias mamárias realizadas aumentou muito, porém, este aumento traz,
consequentemente, também um maior número de complicações9,10. Neste
trabalho, foi observado um número considerável de pacientes que apresentaram algum
tipo de complicação no pós-operatório, porém as complicações apresentadas foram
de
menor intensidade.
Os objetivos das cirurgias mamárias concentram-se em uma boa avaliação do resultado
estético final e um pós-operatório livre de complicações. Para a paciente é um
resultado satisfatório tanto do ponto de vista estético quanto do funcional,
melhorando sua qualidade de vida em diversos aspectos11.
No presente trabalho a metade das pacientes tiveram suas cicatrizes do tipo de T
invertido. Segundo Neligan, em 201512, as
variadas abordagens cirúrgicas para a mastopexia são dividas com base no padrão
da
cicatriz. Existem quatro padrões básicos de cicatriz para técnicas de mastopexia:
periareolar, vertical, J ou L e T invertido.
Em relação ao plano de loja mamária, 75% das pacientes tiveram o plano subglandular.
De acordo com Spear et al., em 20041, na
prática cirúrgica diária, inserindo um implante de silicone, particularmente no
plano subglandular, parece ser um procedimento simples. No entanto, as indicações
para o melhor plano de tecido para usar para cobertura de implante e associação
com
mastopexia pode tornar-se desafiadoras, eventualmente exigindo procedimentos
secundários1.
Dentre as técnicas de mastopexia existentes, Neligan, em 201512, afirma que a técnica periareolar é a mais adequada para
pacientes com ptose mamária de leve à moderada, o que seria o caso de mais de
83%
das pacientes avaliadas neste estudo. Nesta técnica, um parênquima mais firme
é
preferível a tecidos mais flácidos. As incisões para essa técnica variam de uma
meia-lua superior a um círculo completo de pele retirada.
A ptose leve, foi definida como apresentando o mamilo a 1cm do sulco inframamário
e
estando acima do polo inferior da mama. Na ptose moderada, o mamilo está 1-3cm
abaixo do sulco inframamário, mas ainda está acima do polo inferior da mama. Na
ptose grave, o mamilo está a mais de 3cm abaixo do sulco inframamário e está
localizado abaixo do contorno inferior da mama. Na pseudoptose, o mamilo está
acima
do sulco inframamário, mas a maior parte do tecido mamário está abaixo e dá a
aparência de ptose2.
No que diz respeito ao questionamento sobre a satisfação das pacientes em relação
à
realização da cirurgia, Ozgür et al., em 199813, afirmam que a psicologia deveria ser parte integrante da cirurgia
plástica, pois muitos pacientes apresentaram alívio aos problemas psicológicos
e
sociais após os procedimentos cirúrgicos.
Todas as pacientes relataram que não se arrependeram de fazer a cirurgia e disseram
que o resultado da cirurgia estava dentro das expectativas esperadas, apenas uma
estava parcialmente satisfeita, porque gostaria que ficasse maior. De acordo com
Neligan, em 201512, a maioria das pacientes
chegam às consultas com algumas noções sobre o que devem esperar da cirurgia em
si.
Essas ideias predeterminadas provêm de pesquisas na internet e observação de
imagens, além de conversas com outras pessoas que se submeteram à mastopexia.
Todas as pacientes avaliadas afirmaram que houve melhora de sua autoestima após a
realização da cirurgia. Nesse sentido, vários trabalhos já foram realizados
salientando sobre a melhora da autoestima11,14. De acordo com
Santos et al., em 201915, em um estudo com
pacientes submetidas às cirurgias mamárias, a maioria mostrou-se insatisfeita
com o
corpo no pré-cirúrgico e apontou a mama como maior incômodo, e o desejo de elevar
a
autoestima mostrou-se como a principal motivação entre o grupo avaliado. Por fim,
os
autores relatam que foi alto o nível de satisfação pós-cirúrgico entre as pacientes,
tendo a cirurgia interferido em aspectos profissionais, pessoais e sexuais.
Quando foram arguidas sobre o que menos gostaram na cirurgia, cerca de 33% das
pacientes relataram que não gostaram da cicatriz. Neligan, em 201512, afirma que embora as cicatrizes sejam uma
parte inerente de qualquer procedimento cirúrgico, sua qualidade final não pode
ser
prevista. De acordo com Sanfelice e André, em 200716, as mamas apresentam formas muito variadas e por isso devem ter
abordagens específicas para cada tipo em particular e, consequentemente, podem
apresentar diferentes resultados diante de uma cirurgia devido a esta variação.
Dentre as características que mais gostaram da cirurgia, o aumento do volume e a
redução da flacidez foram as mais citadas pelas pacientes. Mansur e Bozola, em
200917, afirmam que a maioria das
pacientes que buscam uma cirurgia plástica mamária, desejam mamas maiores e correção
da flacidez.
Em relação à discordância dos resultados obtidos nas respostas dos cirurgiões,
demonstra-se a grande variabilidade e subjetividade da avaliação dos resultados
nos
itens avaliados, fato este que também já foi relatado em estudo realizado por
Cintra
Júnior et al., em 20167, porém, estes mesmos
autores afirmam que a fraca concordância entre as notas atribuídas pelos avaliadores
não invalida os resultados obtidos.
No entanto, cabe ressaltar que os cirurgiões consideraram 91,1% das cirurgias como
regular ou bom, demonstrando que mesmo os cirurgiões consideraram as cirurgias
com
resultados satisfatórios.
CONCLUSÃO
O grau de satisfação das pacientes submetidas à mastopexia com inserção foi excelente
e houve impacto favorável na qualidade de vida e bem-estar das pacientes
avaliadas.
Na avaliação dos cirurgiões plásticos os resultados pós-cirúrgicos da mastopexia com
inserção das pacientes avaliadas, apresentaram na maioria dos itens referidos
com
enquadramento como regular ou bom, sendo que foi considerado pelos cirurgiões
mais
de 90% como regular ou bom.
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1. Universidade Federal do Pará, Belém, PA,
Brasil.
2. Clínica de Cirurgia Plástica Dr. Wilson Cintra,
Jardim Paulista, São Paulo, SP, Brasil.
3. Hospital Heliópolis, Sacomã, São Paulo, SP,
Brasil.
Autor correspondente: Giselly de Fátima Mendes Pascoal, Rua
Artur Sabóia, 328, Paraíso, São Paulo, SP, Brasil. CEP: 04104-060 E-mail:
gisapascoal@yahoo.com.br
Artigo submetido: 08/07/2019.
Artigo aceito: 15/07/2020.
Conflitos de interesse: não há.