RESUMO
Os autores apresentam sua experiência em 25 anos de atividade, em pacientes da clínica privada e do seu Serviço de Ensino, onde o número crescente de cirurgias de inclusão de próteses de silicone tem levado, conseqüentemente, à maior incidência de casos de complicações locais, sem que nunca se tenha detectado qualquer tipo de complicação de ordem sistêmica, tais como advento de doenças auto-imunes ou neoplásicas.
São analisadas as complicações locais mais comuns, correlacionando-as com os tipos de próteses utilizadas e seu período de fabricação. O estudo do envoltório das próteses, assim como das cápsulas orgânicas, deixam claro que se deve ponderar bastante, em caso de troca de próteses, quanto à capsulotomia ou capsulectomia, o tipo de revestimento da prótese, assim como a necessidade do esclarecimento documentado às pacientes, durante a primeira consulta, quanto às variantes favoráveis ou desfavoráveis inerentes a cada tipo de prótese.
A Documentação macro e microscópica das complicações locais são bastante elucidativas e visam contribuir para a decisão quanto ao tipo de prótese a se utilizar: gelatinosas lisas, gelatinosas texturizadas simples e com poliuretano, ou próteses texturizadas infláveis, salinas. Não existe consenso quanto à prótese ideal, mesmo porque ainda não podemos defini-la.
Conclui-se, definitivamente, que as manobras de squeeze (compressão manual externa, não invasiva, das mamas endurecidas) estão totalmente superadas, assim como as próteses de revestimento liso tendem a ser cada vez menos utilizadas, pela possibilidade de ocasionarem maiores complicações.
Palavras-chave: Mamaplastia e complicações; silicone e complicações; próteses e complicações