INTRODUÇÃO
As pálpebras superiores apresentam uma estrutura anatômica peculiar dividida por três
lamelas, sendo a anterior composta por pele e músculo orbicular, a lamela média
por
septo orbital, tarso, gordura orbital e musculatura levantadora (músculo levantador
e músculo de Müller) e a lamela posterior composta pela mucosa1. Possuem a função de proteção do globo ocular e auxílio na
bomba lacrimal para a perfeita lubrificação. A posição correta e anatômica da
margem
palpebral superior compreende a meia distância entre a pupila e a junção
corneoescleral no limbo da córnea, e quando esta se posiciona fora desse limite,
podemos ter ptose ou retração palpebral2.
Ptose palpebral ocorre quando a margem palpebral ultrapassa 2 mm do limbo superior
da
íris, podendo, até mesmo, cobrir a pupila em casos mais graves. Classificamos
as
ptoses palpebrais em leve, quando a borda palpebral está a 2-4 mm do limbo superior
da íris, moderada, 4-6 mm, e grave, quando está abaixo de 6 mm (Tabela 1).
Tabela 1 - Classificação da ptose palpebral.
Leve |
2 - 4 mm |
Moderada |
4 - 6 mm |
Grave |
> 6 mm |
Tabela 1 - Classificação da ptose palpebral.
Avaliamos, também, com o paciente na posição ortostática e na posição primária do
olhar, a função do músculo levantador da pálpebra, que pode ser excelente, quando
maior ou igual a 13, boa, entre 8-12 mm, fraca, 5 -7 mm, e pobre ou ruim, quando
abaixo de 4 mm de excursão (Tabela 2).
Tabela 2 - Classificação da função do músculo levantador da pálpebra
Função |
Medida da excursão da margem palpebral superior
(mm)
|
Excelente |
≥ 13 |
Boa |
8 - 12 |
Fraca |
5 - 7 |
Ruim |
≤ 4 |
Tabela 2 - Classificação da função do músculo levantador da pálpebra
Outro teste fundamental da avaliação dos pacientes portadores de ptose palpebral é
o
teste da fenilefrina a 10%. Instila-se uma gota no fundo de saco de cada olho
e
observa-se, após um período de 10 minutos, a resolução ou não do quadro de ptose.
Caso ocorra o retorno da pálpebra a sua posição anatômica, está indicado o
procedimento cirúrgico sobre o músculo Müller.
Podemos classificá-las também quanto à etiologia, que pode ser adquirida e congênita.
Dentre as adquiridas, podemos ainda subdividi-las em origem neurogênica, miogênica
e
aponeurótica. Lesões do III par craniano e síndrome de Horner são etiologias de
origem neurogênica. Miastenia Gravis, um distúrbio da placa motora, se enquadra
na
de origem miogênica3. Trauma direto sobre os
olhos4, cirurgias oftalmológicas nas quais
se usam afastadores que lesam ou desinserem a aponeurose5, cirurgias craniofaciais, e as de origem involucional ou
senil6 são as que compõem as causas
aponeuróticas.
Em relação às de etiologia congênita, nas quais há uma atrofia muscular por falha
no
desenvolvimento embriológico das fibras estriadas do músculo levantador da pálpebra,
podemos citar a síndrome da blefarofimose2,
que cursa com ptose palpebral, epicanto e diminuição da fenda palpebral, e o
fenômeno sincinético de Marcus-Gunn7.
Existe, entretanto, uma outra entidade que simula ptose palpebral, a pseudoptose.
Como o próprio nome diz, não é uma ptose verdadeira e ocorre em situações de
enoftalmia, hipertrofia do globo ocular com fragilidade do músculo reto superior,
dermatocalásio grave e tumores da pálpebra superior. Em todos os casos, há uma
queda
da pálpebra superior além do limbo superior da córnea, mimetizando uma ptose
verdadeira.
Existem diferentes técnicas de reparo das ptoses palpebrais, e a escolha irá depender
da etiologia, do grau de ptose e da função do músculo levantador. Nas ptoses leves
com teste da fenilefrina positivo, realizamos a conjuntivo-müllerectomia, descrita
por Fasanella e Servat, em 19618. Nos casos de
ptose moderadas, pode estar indicada plicatura ou reinserção com ou sem encurtamento
da aponeurose do músculo levantador e, nos casos de ptose grave com função pobre
do
músculo levantador, está formalmente indicada a suspensão frontal. Portanto, a
perfeita definição diagnóstica do grau da ptose e da função do músculo levantador
é
o que irá definir a escolha da melhor técnica cirúrgica de tratamento.
OBJETIVO
O presente trabalho tem como objetivo fazer uma análise de resultados, por meio de
um
estudo prospectivo de pacientes portadores de ptose palpebral moderada e grave
de
diversas etiologias, operadas pelo autor, avaliando resultados estéticos e
funcionais, por meio de diversas técnicas de reparo.
MÉTODOS
Trata-se de um estudo prospectivo, realizado entre de março de 2013 a maio de 2015,
de acordo com os princípios éticos da declaração de Helsinque. A amostra foi
composta por 14 pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico de ptose palpebral
moderada e grave unilateral ou bilateral. O número total de pálpebras operadas
foi
de 21 (n = 21). Foram excluídos os casos de ptose palpebral leve e, portanto,
não
foram submetidos ao teste da fenilefrina 10%.
Os fatores estudados foram demográficos, etiológicos, grau de ptose e função do
músculo elevador da pálpebra, tipo de técnica de reparo que foi empregada,
complicações imediatas e tardias, taxa de reoperação, análise de resultados e
índice
de satisfação por parte dos pacientes. Todos os pacientes foram submetidos a estudo
fotográfico antes e após a cirurgia. O trabalho foi realizado no Hospital Municipal
Barata Ribeiro e clínica privada, no Rio de Janeiro, RJ.
RESULTADOS
Num total de 14 pacientes operados, 42,8% (n = 6) eram do sexo masculino e 57,2% (n
=
8) eram do sexo feminino. A idade variou entre a mínima de 12 e máxima 74 anos,
com
média de 51anos. No que tange às comorbidades, hipertensão arterial sistêmica
e
diabetes mellitus foram as preponderantes, com 5 e 4 casos, respectivamente;
etilismo e tabagismo foram encontrados em 4 casos e observamos apenas 1 caso de
miastenia gravis.
Das 21 pálpebras (n = 21) operadas, 85% eram de etiologia adquirida e 15% congênita
(Figuras 1 e 2) e, dentre as adquiridas, a involucional e após cirurgias
oftalmológicas foram as mais comumente encontradas, com 4 casos respectivamente,
totalizando 8 pacientes. Outras etiologias foram o trauma contuso direto sobre
a
órbita, com 3 casos, e miastenia gravis, com 1 caso apenas.
Figura 1 - Pré-operatório de suspensão frontal com enxerto de fáscia
lata.
Figura 1 - Pré-operatório de suspensão frontal com enxerto de fáscia
lata.
Figura 2 - Pós-operatório de 12 meses de suspensão frontal com enxerto de fáscia
lata bilateralmente.
Figura 2 - Pós-operatório de 12 meses de suspensão frontal com enxerto de fáscia
lata bilateralmente.
Com relação ao grau de ptose encontrada, 64,3% foram classificadas como sendo
moderada e 35,7% como grave (Figuras 3 a 5). No que tange à função do músculo levantador
da pálpebra, encontramos com função boa 28,5% (n = 4), função moderada 28,5% (n
= 4)
e função pobre 43% (n = 6). Observamos somente um caso de ptose grave associada
à
função moderada do músculo levantador.
Figura 3 - Pré-operatório de ptose palpebral grave adquirida com função ruim do
músculo levantador da pálpebra.
Figura 3 - Pré-operatório de ptose palpebral grave adquirida com função ruim do
músculo levantador da pálpebra.
Figura 4 - Pré-operatório de suspensão frontal com enxerto de fáscia lata
bilateral. Paciente com ptose palpebral grave e função ruim do músculo
levantador da pálpebra.
Figura 4 - Pré-operatório de suspensão frontal com enxerto de fáscia lata
bilateral. Paciente com ptose palpebral grave e função ruim do músculo
levantador da pálpebra.
Figura 5 - Pós-operatório de 12 meses de suspensão frontal com enxerto de fáscia
lata bilateral.
Figura 5 - Pós-operatório de 12 meses de suspensão frontal com enxerto de fáscia
lata bilateral.
A técnica cirúrgica mais comumente empregada foi a suspensão frontal, com um total
de
9 pálpebras, a reinserção da aponeurose na placa tarsal em 6 pálpebras, o
encurtamento seguido da reinserção da aponeurose em 5 (Figuras 6 e 7) e somente um caso de
plicatura da aponeurose. Em todos os casos de encurtamento e plicatura foi usada
a
proporção de 4:1. Em todos os casos foi utilizada anestesia local, o que
possibilitou o auxílio por parte do paciente no posicionamento da pálpebra superior
em sua posição mais anatômica possível.
Figura 6 - Paciente com ptose palpebral adquirida por desinserção da aponeurose
do músculo levantador da pálpebra.
Figura 6 - Paciente com ptose palpebral adquirida por desinserção da aponeurose
do músculo levantador da pálpebra.
Figura 7 - Pós-operatório de 12 meses de encurtamento com reinserção da
aponeurose do músculo levantador da pálpebra.
Figura 7 - Pós-operatório de 12 meses de encurtamento com reinserção da
aponeurose do músculo levantador da pálpebra.
Em relação às complicações, houve 2 casos de hiperemia conjutival de etiologia
desconhecida, sendo tratada de forma conservadora com colírios de corticite
(Maxtrol®), e um caso de edema de grande monta que perdurou
por mais de uma semana, também tratado de forma conservadora. As assimetrias
palpebrais, apesar de serem muito comuns após cirurgia de correção ptose palpebral,
somente aquelas maiores de 2 mm foram consideradas complicações tardias. Destas,
apenas um caso foi indicado revisão cirúrgica por se tratar de uma jovem de 17
anos
em quem a assimetria gerava prejuízo estético. Observamos também um paciente com
retração palpebral leve, que foi tratado de forma conservadora com massagem.
O estudo dos resultados foi feito de duas maneiras. Uma análise crítica realizada
pelo autor, em que foi observado o posicionamento correto e anatômico das pálpebras,
presença ou não de assimetrias significativas (aquelas maiores de 2 mm), retração
palpebral, função palpebral e melhora estética. Sendo assim, classificou em ótimo,
com 50% (n = 7), bom resultado, 42,8% (n = 6), e pobre, somente um caso.
A outra forma foi questionando o paciente sobre o que realmente ele achava do
resultado. Obtivemos por parte dos pacientes um alto índice de satisfação, com
85,7%
(n = 12) e somente dois pacientes disseram estar pouco satisfeitos com o resultado
da cirurgia.
DISCUSSÃO
Atualmente, existe uma miríade de técnicas de reparo das ptoses palpebrais. A escolha
da técnica dependerá do tipo, do grau de ptose e da função do músculo levantador.
Para as ptoses leves, ou seja, aquelas com 2 a 4 mm do limbo corneano, pode ser
utilizada a técnica de Fasanella-Servat8, já
citada anteriormente e não avaliada nesse estudo.
Para as ptoses moderadas com 4 a 6 mm do limbo corneano e com boa função do músculo
levantador, podemos indicar na dependência da etiologia, reinserção, plicatura
ou
encurtamento da aponeurose do músculo. Em 2010, Saito et al.9 publicaram uma casuística analisando dois tipos diferentes de
abordagem sobre a aponeurose do músculo levantador, realizando plicatura com média
de encurtamento de 9,78 mm e ressecção com reinserção com média de encurtamento
de
14 mm, com bons resultados em ambas as técnicas.
Alves10, em 2014, descreveu uma técnica de
sutura contínua sobre a aponeurose, com encurtamento médio de 12 mm com o uso
de
plicatura na proporção de 4:1 mm, com bom resultado em 92,3% dos casos.
No que tange à ptose grave com mais de 6 mm do limbo corneano e com função pobre do
músculo levantador (Figuras 8 e 9), a suspensão frontal está formalmente
indicada. O uso da fáscia lata em forma de pequenos feixes de 2 mm de largura
é a
técnica mais comumente utilizada, conforme descrita por Crawford, em 195611. Por se tratar de um enxerto fascial, um
tecido autólogo e inerte, o índice de complicações imediatas é pequeno, assim
como
as de recorrência. Inúmeros estudos12-16 mostram a
segurança do procedimento, com baixa taxa de complicações e bons resultados a
curto
e longo prazo, inclusive em crianças com menos de 3 anos de idade15,16.
Figura 8 - Pré-operatório de suspensão frontal bilateral. Paciente com ptose
palpebral grave e função pobre do músculo levantador da
pálpebra.
Figura 8 - Pré-operatório de suspensão frontal bilateral. Paciente com ptose
palpebral grave e função pobre do músculo levantador da
pálpebra.
Figura 9 - Pós-operatório de 12 meses de suspensão frontal bilateral com enxerto
de fáscia lata. Note pequena assimetria residual maior que 2 mm. Apesar
da assimetria, paciente não manifestou desejo de correção
cirúrgica.
Figura 9 - Pós-operatório de 12 meses de suspensão frontal bilateral com enxerto
de fáscia lata. Note pequena assimetria residual maior que 2 mm. Apesar
da assimetria, paciente não manifestou desejo de correção
cirúrgica.
Em nossa casuística, em 100% dos casos com ptose grave e função pobre do músculo
levantador da pálpebra foi utilizada a fáscia lata (Figuras 10 e 11). Utilizamos
pequenas faixas de 2 mm X 60 mm em formação de W num plano abaixo do músculo
orbicular, colhidos da face lateral da coxa não dominante através de duas diminutas
incisões de 2 cm equidistantes em 7 cm. As faixas foram suturadas com fio mononylon
5-0 na placa tarsal e no músculo frontal com o paciente desperto, sendo avaliada
a
posição mais adequada e anatômica.
Figura 10 - Paciente apresenta ptose palpebral grave à direita e moderada à
esquerda, ambas com função ruim do músculo levantador da
pálpebra.
Figura 10 - Paciente apresenta ptose palpebral grave à direita e moderada à
esquerda, ambas com função ruim do músculo levantador da
pálpebra.
Figura 11 - Pós-operatório de 12 meses de suspensão frontal bilateral.
Figura 11 - Pós-operatório de 12 meses de suspensão frontal bilateral.
Outras técnicas utilizando fios de sutura com mononylon, fios de polipropileno17,18, fáscia temporal profunda19 e
músculo orbicular em forma de asa, conforme descrito por Freitas e Sperli, em
200920, também foram descritas.
Friedhofer et al.21 publicaram em 2012 uma
grande casuística com 112 pacientes com ptose palpebral grave que foram tratados
com
um dispositivo de silicone, conhecido como implante suspensor palpebral. Esse
aparato é composto por duas alças conectadas em uma placa já com os orifícios
para o
transpassar dos pontos de fixação.
Obtiveram uma taxa de ótimo resultado em 68,75% dos casos e bom em 26,79%.
Entretanto, apesar de apresentarem elevadas taxas de sucesso, houve algumas
complicações relacionadas ao implante, tais como, ulcerações cutâneas, extrusão
parcial e infecção. Outro trabalho publicado pelo mesmo grupo22 mostrou a eficácia do implante suspensor em pacientes
portadores da síndrome de blefarofimose, tanto em adultos quanto em crianças,
com
morbidade mínima e ótimos resultados.
Ramirez & Peña, em 200423, descreveram uma
série de casos de ptose palpebral congênita grave submetidos à transposição de
um
retalho do músculo frontal inervado com bons resultados estéticos e funcionais
e
baixa taxa de complicações. Essa técnica foi descrita inicialmente por Fergus,
em
190124, seguido por Song & Song, em
198225, e Zhou & Chang, em 198826.
Outros autores descrevem a eficácia dessa técnica27,28, com mínima
morbidade e bons resultados. Zou et al.29
publicaram em 2013 uma análise histológica do retalho do músculo frontal em modelos
experimentais de porcos. Observaram com microscopia eletrônica a viabilidade do
retalho muscular com 6 e 12 meses após sua confecção, mostrando ser essa técnica
aplicável em casos graves.
CONCLUSÃO
A ptose palpebral é uma enfermidade comumente encontrada na prática clínica e exige
por parte do cirurgião um perfeito conhecimento anatômico e funcional da delicada
estrutura palpebral. Foram operados e estudados 14 pacientes, totalizando 21
pálpebras. A forma adquirida é a mais encontrada em nosso meio, sendo a forma
involucional a mais comum, conforme mostrou o estudo. Esse tipo de ptose, típica
dos
pacientes idosos, é causada por desinserção da aponeurose da placa tarsal ou seu
enfraquecimento.
Com relação à técnica de reparo aplicada, suspensão frontal foi realizada em 9
pálpebras, reinserção da aponeurose na placa tarsal em 6 pálpebras, encurtamento
com
reinserção na placa tarsal em 5 pálpebras e somente um caso de plicatura da
aponeurose na proporção de 4:1. No que tange às complicações, obtivemos baixas
taxas, sendo a mais difíceis de ser tratadas as assimetrias.
Portanto, uma ótima avaliação do paciente portador dessa enfermidade torna-se
mandatória, assim como da escolha da técnica cirúrgica de reparo a ser empregada
para se obter o melhor resultado estético-funcional.
COLABORAÇÕES
RC
|
Análise e/ou interpretação dos dados; análise estatística; aprovação
final do manuscrito; concepção e desenho do estudo; realização das
operações e/ou experimentos; redação do manuscrito ou revisão crítica de
seu conteúdo.
|
CJB
|
Redação do manuscrito ou revisão crítica de seu conteúdo.
|
FSG
|
Análise estatística.
|
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1. Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, São
Paulo, SP, Brasil.
2. Hospital Municipal Barata Ribeiro, Rio de
Janeiro, RJ, Brasil.
3. Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio
de Janeiro, RJ, Brasil.
Autor correspondente: Rodolfo Chedid
Avenida Armando Lombardi, 1000, sala 136, bloco 02 - Barra da Tijuca
Rio de
Janeiro, RJ, Brasil CEP 22640-000
E-mail: rodolfochedid@gmail.com
Artigo submetido: 04/12/2017.
Artigo aceito: 17/05/2018.
Conflitos de interesse: não há.