RESUMO
INTRODUÇÃO: Embora realizada há muito tempo, a remoção da bola de Bichat ganhou notoriedade nos últimos anos devido a sua grande procura nos consultórios do cirurgião plástico. Mesmo quando adequadamente indicada, ainda é considerada um procedimento controverso, uma vez que ainda não existe uma técnica cirúrgica sistematizada na literatura atual, visando torná-la segura e reprodutível.
MÉTODOS: A técnica da bichectomia intraoral descrita no trabalho foi aplicada de maneira sistemática em uma série de 27 pacientes consecutivos, no período de 5 de janeiro de 2016 a 15 de dezembro de 2016.
RESULTADOS: A idade média dos pacientes foi de 32 anos, sendo 15% do sexo masculino e 85% do sexo feminino. A bichectomia foi realizada isoladamente em 6 pacientes (22%) e em conjunto com outros procedimentos em 21 pacientes (78%). O procedimento mais comumente associado foi a lipoaspiração cervical, realizada em 55% dos pacientes. A imensa maioria dos casos foram operados com anestesia geral (93%). Nenhuma complicação permanente e importante foi verificada no pós-operatório, apenas um caso de neuropatia transitória do ramo bucal e um caso de edema mais pronunciado, que prontamente se resolveram nas semanas seguintes.
CONCLUSÃO: A remoção de gordura bucal pode ser realizada de forma previsível, rápida e segura, proporcionando diminuição volumétrica do terço inferior facial, com maior realce dos contornos faciais. Quando aplicada em um ambiente cirúrgico seguro, seguindo todos os padrões de segurança da cirurgia e respeitando os complexos limites anatômicos da região, nossa técnica levará os cirurgiões e pacientes a um resultado seguro e satisfatório.
Palavras-chave: Ritidoplastia; Anatomia regional; Procedimentos cirúrgicos reconstrutivos.