RESUMO
INTRODUÇÃO: Várias vias de acesso foram criadas para a inclusão de implantes na cirurgia de aumento das mamas. Em 1966, Pitanguy descreveu a via de acesso transareolopapilar. O objetivo do presente estudo é avaliar as mamoplastias de aumento realizadas no Instituto Ivo Pitanguy (Rio de Janeiro, RJ, Brasil), nas quais se utilizou a incisão transareolopapilar, nos últimos 10 anos.
MÉTODO: Realizado estudo retrospectivo, analisando-se os seguintes parâmetros: tamanho dos implantes, indicação da incisão transareolopapilar e complicações pós-operatórias, como alterações cicatriciais.
RESULTADOS: Foram incluídas no estudo 53 pacientes, com média de idade de 33,54 anos e tempo médio de seguimento de 11,6 meses. A maioria (60,4%) dos implantes possuía menos de 200 ml. Doze pacientes foram submetidas a reintervenções pelas seguintes razões: nódulo mamário (1 caso), infecção (1 caso), contratura capsular (1 caso), e insatisfação com a forma das mamas (4 casos), com o volume (4 casos) e com a cicatriz unilateral (1 caso). Dezesseis (30,2%) pacientes desenvolveram alguma complicação menor no pós-operatório e 13 (24,5%) apresentaram alguma alteração cicatricial no pós-operatório: hipocromia (18,9%), hipertrofia unilateral (1,9%), retração cicatricial unilateral (1,9%), e aréola bífida (1,9%). Vinte (37,7%) pacientes realizaram seguimento pós-operatório superior a um ano e relataram satisfação com a cicatriz.
CONCLUSÕES: A incisão transareolopapilar permite a inclusão de implantes de tamanho pequeno a moderado, com baixo índice de complicações pós-operatórias e cicatriciais, desde que seguida a correta técnica cirúrgica.
Palavras-chave: Mamoplastia. Implantes de mama. Implante mamário. Géis de silicone. Hipopigmentação.