RESUMO
INTRODUÇÃO: A hiperidrose caracteriza-se por sudorese excessiva, isolada ou associada, da testa, das mãos, dos pés e das axilas. Atinge cerca de 1% da população. O objetivo deste estudo foi observar os efeitos da toxina botulínica nos pacientes com hiperidrose, demonstrando a técnica, as áreas de incidência e a duração dos resultados obtidos.
MÉTODO: Foi realizada análise retrospectiva de 39 pacientes com hiperidrose primária tratados no período de julho de 2000 a julho de 2010, acompanhados durante 12 meses. Desses pacientes, 36% eram do sexo masculino e 64%, do sexo feminino. A idade variou de 16 anos a 41 anos. No total, foram tratadas 135 áreas. Realizou-se tratamento com injeções intradérmicas de toxina botulínica. A dose total aplicada variou entre 37,5 U e 150 U, com dose média de 75 U para cada região tratada.
RESULTADOS: O efeito terapêutico foi observado a partir do terceiro dia, com redução de 50% dos sintomas na primeira semana do tratamento e de até 94% do quadro de hiperidrose após a segunda semana de tratamento. A redução dos sintomas durou, em média, 7 meses. Nenhum caso de hiperidrose compensatória foi observado. A mortalidade foi nula.
CONCLUSÕES: O tratamento da hiperidrose primária com toxina botulínica tipo A, embora temporário, é uma opção de tratamento eficaz, segura, pouco invasiva e com alto grau de satisfação, permitindo aos doentes o retorno às atividades profissionais no mesmo dia. Os efeitos colaterais e as complicações são temporários, pouco frequentes e regridem sem deixar sequelas.
Palavras-chave: Toxinas botulínicas. Hiperidrose. Sudorese.