Prevenção de queimaduras. O melhor tratamento está sendo efetivo? Avaliação do conhecimento sobre prevenção de queimaduras dos usuários das unidades de saúde de Curitiba
Robson Felipe Bueno Netto, José Luis Takaki, Bruna Wrubleski, Milka Takejima, Fernando Dalcumune, Luiz Henrique Calomeno
INTRODUÇÃO
As queimaduras são lesões que produzem limitações e sequelas para o resto da vida. Mesmo com o aumento progressivo de técnicas de reparo e tratamentos alternativos, aquele que produz os melhores resultados e com o melhor custo benefício ainda é a prevenção.
OBJETIVO
O presente estudo visa avaliar os conhecimentos relativos à prevenção de queimaduras da população que aguarda consulta nos Centros Municipais de Urgências Médicas de Curitiba (CMUM).
MATERIAL E MÉTODOS
Por meio de um questionário relativo à prevenção de queimaduras, foram entrevistados pacientes dos CMUMs de Curitiba e analisados estatisticamente.
RESULTADOS
Foram entrevistadas 776 pessoas que aguardavam atendimento por outro motivo que a queimadura. Desses, 70,87% eram do sexo feminino, 84,57% tinham entre 20 a 59 anos, 92,91% moravam com mais de duas pessoas na residência, 55,79% possuíam crianças até 12 anos no domicílio, 16,49% moravam com pessoas com mais de 60 anos. Dentre os pacientes entrevistados, 51,03% usavam álcool como produto para limpeza, 48,45% usavam como combustível para iniciar fogueira, 39,30% já tiveram episódio de queimadura, sendo que 45,87% deles ficaram com algum tipo de sequela, 34,66% tiveram algum tipo de acidente durante o trabalho, 34,66% deixavam as crianças frequentarem a cozinha no horário de preparo dos alimentos, sendo que somente 16,36% possuíam algum tipo de material de prevenção domiciliar, 26,67% demonstraram saber o que fazer no caso de uma queimadura, 31,44% dos pacientes obtiveram alguma informação decorrente a campanhas públicas e somente 2,44% obtiveram alguma informação sobre queimadura enquanto aguardavam atendimento.
Figura 1
Figura 2
CONCLUSÃO
As medidas preventivas, mesmo sendo o melhor tratamento para queimaduras, na cidade de Curitiba, não estão sendo efetivas para reduzir o número de vítimas e suas sequelas. Os recursos que poderiam ajudar a esclarecer e informar os pacientes que aguardam algum tipo de consulta estão sendo subutilizados.