RESUMO
Introdução: A reconstrução palpebral tem como objetivos a proteção ocular, restauração da integridade palpebral, simetria facial e retorno à função normal da pálpebra. Retalhos da região frontal têm sido utilizados com este intuito, devido à versatilidade, relativa simplicidade técnica, além de oferecer um bom aspecto funcional e estético. Objetivo: Relatar o caso de um paciente que foi submetido a reconstrução de pálpebra superior com retalho médio-frontal em tempo único, tunelizado na região glabelar, associado a tarsorrafia lateral permanente visando à proteção corneana. Relato do caso: Paciente do sexo masculino, com história de trauma contuso sobre placa de acrílico colocada após trauma de face prévio na região fronto-orbital esquerda, evoluiu com processo inflamatório-infeccioso crônico e retração palpebral. Apresentava lagoftalmo cicatricial com exposição corneana prolongada, devido à perda funcional da pálpebra superior por destruição dos músculos orbicular e levantador da pálpebra superior, lesão da artéria temporal superficial ipsilateral, ausência de proteção óssea frontal e do teto da órbita esquerda. Foi submetido a reconstrução da pálpebra superior esquerda com retalho médio-frontal contralateral, em tempo único, tunelizado na região glabelar, associado s tarsorrafia lateral permanente. Evoluiu com resultado satisfatório no pós-operatório. Discussão: O pedículo dominante do retalho médio-frontal é a artéria supratroclear e veia concomitante, possuindo, em geral, uma origem constante. A tarsorrafia é um procedimento muito utilizado no tratamento de desordens da superfície ocular causadas pela exposição crônica. Conclusão: Concluímos que esta técnica cirúrgica foi adequada no tratamento deste paciente, já que teve como resultado a proteção corneana.
Palavras-chave: Pálpebras/cirurgia. Retalhos cirúrgicos. Oftalmopatias.