RESUMO
Introdução: O cirurgião plástico trata pacientes com os mais variados tipos de lesões de pele, sendo que invariavelmente se defronta com o melanoma, que constitui uma lesão maligna de pele e mucosas e representa 3% a 4% das neoplasias malignas da pele. É o carcinoma cutâneo mais agressivo. Método: Foram estudados 116 casos de melanoma diagnosticados no laboratório de patologia. Os dados obtidos em relação a gênero, idade, margens, espessura de Breslow, nível de Clark, índice mitótico e presença ou ausência de regressão, e ulceração foram cruzados e analisados estatisticamente. Resultados: No estudo, 67,2% dos pacientes correspondiam a mulheres e 32,8%, a homens. A idade média foi de 56 anos. Não houve diferença de idade estatisticamente significante entre os sexos. Houve predominância histológica do tipo difusão superficial com 62,7% e nodular com 18,1%. Não houve associação estatisticamente significante entre: regressão e índice BC, sexo e índice BC, tipo histológico e regressão, tipo histológico e sexo, índice mitótico e tipo histológico do tumor, invasão angiolinfática, margens livres ou comprometidas ou com presença ou ausência de regressão (p > 0,005). Houve forte associação estatisticamente significante entre invasão angiolinfática e índice BC, tipo histológico e índice BC, tipo histológico e invasão angiolinfática, tipo histológico e ulceração, e na relação índice mitótico e índice BC (p < 0,005). Conclusão: O tratamento desta afecção necessita de um profundo conhecimento de seu comportamento histológico, pois baseado neste conhecimento é planejado o tratamento cirúrgico inicial, sendo possível prever o prognóstico e evolução da doença.
Palavras-chave: Melanoma. Cirurgia plástica. Neoplasias. Invasividade neoplásica. Estadiamento de neoplasias.