INTRODUÇÃO
O bem-estar do médico tem ganhado significativa atenção internacional nos últimos
anos, alimentando ativamente a mudança nas políticas relativas às suas condições de
trabalho1. A rotina do médico,
especialmente do cirurgião, continua desafiadora, com jornadas de trabalho
prolongadas e imprevisíveis, estresse surgido de situações emocionalmente difíceis
e
demandas de domínio de técnicas cirúrgicas. Burnout, descrito como
exaustão emocional, despersonalização e baixa realização pessoal, tem sido associado
à diminuição da qualidade de vida e ao aumento de erros profissionais2.
Um estudo recente realizado com cirurgiões plásticos estadunidenses concluiu que,
apesar da alta prevalência de burnout e transtornos mentais
associados à carreira médica, os cirurgiões plásticos dos Estados Unidos apresentam
altos níveis de felicidade1. Embora este
estudo tenha focado nos aspectos positivos da profissão médica, os estudos que
investigam a felicidade na medicina e, principalmente, na cirurgia plástica são
limitados2. A escassez de dados é ainda
mais evidente em países em desenvolvimento, como o Brasil, país com o segundo maior
número de cirurgiões plásticos do mundo e que apresenta uma realidade diferente
daquela dos países desenvolvidos.
OBJETIVO
O objetivo deste estudo foi avaliar especificamente a felicidade dos cirurgiões
plásticos pertencentes à Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica - São Paulo
(SBCP-SP), e avaliar quais fatores estão associados a maior felicidade.
MÉTODO
Este foi um estudo primário, observacional, transversal e descritivo, realizado em
um
único centro.
O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal
de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM), sob número
35395220.9.0000.5505. O projeto também foi aprovado pela Diretoria da Sociedade
Brasileira de Cirurgia Plástica -São Paulo, que forneceu os endereços eletrônicos
dos associados, e realizado entre outubro de 2020 e outubro de 2022. Os dados foram
mantidos em sigilo e anonimizados para atender às Normas Gerais Lei de Proteção de
Dados do Brasil (LGPD).
A lista de verificação Strengthening the Reporting of Observational Studies
in Epidemiology (STROBE)3, a
Checklist for Reporting Results of Internet E-Surveys
(CHERRIES)4 e a Survey
Disclosure Checklist (American Association for Public Opinion Research,
AAPOR)5 foram usadas para
descrever o estudo. O tamanho da amostra de 238 participantes foi calculado
considerando nível de significância de 5% (intervalo de confiança de 95%), precisão
de 6% e o tamanho da população de 2.200 cirurgiões plásticos membros da Sociedade
Brasileira de Cirurgia Plástica Regional de São Paulo.
Os critérios de inclusão adotados foram membros associados e titulares da Sociedade
Brasileira de Cirurgia Plástica - Regional São Paulo que tiveram seu e-mail
atualizado na base de dados da entidade.
Os critérios de não inclusão foram membros associados ou titulares da SBCP que não
aceitaram participar do estudo. Os critérios de exclusão adotados foram membros
associados ou titulares da SBCP-SP que, após análise do questionário, decidiram
retirar a autorização de participação no estudo.
Para caracterizar a casuística, dados sociodemográficos e profissionais foram obtidos
e elaborados com a colaboração de equipe multidisciplinar composta por psicólogos,
psiquiatras e cirurgiões plásticos. O questionário foi elaborado seguindo as
recomendações de Choi & Pak6 e Chung et
al.7 e enviado aos associados via e-mail
contendo o termo de consentimento e link para o Google Forms®
enquete.
A coleta de dados ocorreu no período de 27 de dezembro de 2020 a 28 de julho de 2021.
O convite foi enviado seis vezes e a taxa de resposta foi calculada com base no
número total de respostas e no número de participantes convidados. Não foi realizada
a análise descritiva daqueles que não responderam e dos participantes que porventura
tenham desistido de responder após a leitura das questões ou após responderem
parcialmente às questões não foram identificados. Para os participantes que
aceitaram participar, todas as perguntas eram obrigatórias a fim de que o formulário
fosse autorizado para envio, e todas as respostas recebidas foram incluídas nos
resultados.
O instrumento utilizado para avaliar a felicidade foi o questionário SHS desenvolvido
por Lyubomirsky & Lepper8. Este
instrumento foi traduzido e validado para o português brasileiro9. As pontuações variam de 1,0 a 7,0, sendo que
pontuações mais altas refletem maior felicidade.
RESULTADOS
Os dados foram submetidos à análise estatística descritiva e inferencial. Quanto à
estatística descritiva, para a descrição das variáveis quantitativas, utilizou-se
a
média como medida de dispersão, e a variabilidade foi determinada pelo desvio
padrão; para as variáveis qualitativas (ou categóricas), utilizou-se a frequência
absoluta (n) e relativa (%) dos eventos estudados. Quanto à estatística inferencial,
foram utilizados testes não paramétricos. O grau de associação entre as duas
variáveis foi avaliado pela correlação de Spearman. O teste U de Mann‐Whitney foi
utilizado para comparar variáveis duas a duas de amostras independentes e nas
comparações entre mais de dois subgrupos foi utilizado o teste de Kruskal‐Wallis.
As
informações foram registradas em um banco de dados no Microsoft Office Excel (2016)
e analisado estatisticamente utilizando IBM SPSS (Statistical Package for
the Social Sciences, versão 20.0) e MINITAB16. O nível de significância
adotado para todas as análises foi de 5%.
A taxa de resposta foi de 12,18%. Um total de 268 participantes preencheram o
formulário e não houve pedido de exclusão de participação. Entre os participantes,
188 eram do sexo masculino (70,1%) e 80 do sexo feminino (29,9%). A pontuação obtida
pela escala SHS foi de 5,51±0,13.
A correlação entre o escore de felicidade e as três questões que avaliaram os fatores
quantitativos é apresentada na Tabela 1,
sendo que houve correlação estatisticamente significativa entre duas delas.
Tabela 1 - Correlação da Subjective Happiness Scale (SHS) total com
fatores quantitativos.
|
SHS |
Correlação (r) |
Valor-p |
Tempo
de residência
|
0,067 |
0,276 |
Treinamento de confiança |
0,240 |
<0,001 |
Prática atual |
0,396 |
<0,001 |
Tabela 1 - Correlação da Subjective Happiness Scale (SHS) total com
fatores quantitativos.
As relações entre os escores de felicidade e os dados sociodemográficos são mostradas
na Tabela 2 e ilustradas nas Figuras 1 e 2.
Tabela 2 - Comparação dos dados sociodemográficos do total da Subjective Happiness
Scale (SHS).
|
|
N |
Média |
Desvio padrão |
IC |
Valor-p |
Sexo |
Feminino |
80
(29,85%)
|
5,57 |
1,13 |
0,25 |
0,549 |
Masculino |
188
(70,15%)
|
5,49 |
1,11 |
0,16 |
Estado civil |
Com parceiro |
237 (88,43%) |
5,47 |
1,12 |
0,14 |
0,090 |
Sem parceiro |
31 (11,57%) |
5,84 |
1,03 |
0,36 |
Você tem filhos? |
Não |
77
(28,73%)
|
5,41 |
1,05 |
0,23 |
0,213 |
Sim |
191
(71,27%)
|
5,55 |
1,14 |
0,16 |
Você tem alguma religião
e/ou crenças espirituais?
|
Não |
31 (11,57%) |
5,45 |
1,21 |
0,43 |
0,881 |
Sim |
237 (88,43%) |
5,52 |
1,10 |
0,14 |
Pratica atividades esportivas? |
Não |
83
(30,97%)
|
5,35 |
1,22 |
0,26 |
0,234 |
Sim |
185
(69,03%)
|
5,59 |
1,06 |
0,15 |
Tem atividades de
lazer?
|
Não |
38 (14,18%) |
4,82 |
1,33 |
0,42 |
<0,001 |
Sim |
230 (85,82%) |
5,63 |
1,03 |
0,13 |
Tem algum transtorno de humor diagnosticado? |
Não |
228
(85,07%)
|
5,63 |
1,05 |
0,14 |
<0,001 |
Sim |
40
(14,93%)
|
4,86 |
1,27 |
0,39 |
Você tem dificuldade em
conciliar vida pessoal e profissional?
|
Não |
185 (69,03%) |
5,69 |
1,02 |
0,15 |
0,001 |
Sim |
83 (30,97%) |
5,13 |
1,21 |
0,26 |
Você tem dificuldades em relação a outras pessoas no
trabalho?
|
Não |
254
(94,78%)
|
5,58 |
1,07 |
0,13 |
<0,001 |
Sim |
14
(5,22%)
|
4.27 |
1,11 |
0,58 |
Você tem dificuldades em
relação a outras pessoas em sua vida social e familiar?
|
Não |
243 (90,67%) |
5,60 |
1,05 |
0,13 |
<0,001 |
Sim |
25 (9,33%) |
4,62 |
1,33 |
0,52 |
Você trabalha em turnos diurnos? |
Não |
196
(73,13%)
|
5,66 |
1,07 |
0,15 |
<0,001 |
Sim |
72
(26,87%)
|
5.12 |
1,15 |
0,27 |
Você trabalha no turno da
noite?
|
Não |
207 (77,24%) |
5,59 |
1,08 |
0,15 |
0,042 |
Sim |
61 (22,76%) |
5.24 |
1,20 |
0h30 |
Você realiza algum outra atividade paga, além da
cirurgia plástica?
|
Não |
189
(70,52%)
|
5,61 |
1,06 |
0,15 |
0,040 |
Sim |
79
(29,48%)
|
5.28 |
1,21 |
0,27 |
Você é membro da SBCP |
Associado Titular
(Titular)
|
143 (53,36%) |
5,35 |
1,20 |
0,20 |
0,031 |
125 (46,64%) |
5,70 |
0,98 |
0,17 |
Número de horas trabalhadas por semana? |
Menos de 60 horas Entre 60 e 80 horas Mais de 80
horas
|
104
(38,81%)
|
5.52 |
1,15 |
0,22 |
0,077 |
129
(48,13%)
|
5.40 |
1,12 |
0,19 |
35
(13,06%)
|
5,91 |
0,86 |
0,29 |
Tipo de cirurgia
realizada
|
Ambos |
212 (79,1%) |
5,54 |
1,08 |
0,15 |
0,795 |
Estética |
47 (17,54%) |
5.41 |
13,30 |
0,37 |
Reconstrutiva |
9 (3,36%) |
5,39 |
0,89 |
0,58 |
Você considera que seu carreira profissional como
cirurgião plástico alcançou um nível de estabilidade
satisfatório?
|
Não |
86
(32,09%)
|
4,96 |
1,16 |
0,25 |
<0,001 |
Sim |
143
(53,36%)
|
5,85 |
1,00 |
0,16 |
Talvez |
39
(14,55%)
|
5.51 |
0,91 |
0,29 |
Se você pudesse voltar,
você escolheria a cirurgia plástica como carreira novamente?
|
Não |
29 (10,82%) |
4,37 |
1,21 |
0,44 |
<0,001 |
Sim |
177 (66,04%) |
5,87 |
0,90 |
0,13 |
Talvez |
62 (23,13%) |
5.02 |
1,07 |
0,27 |
Localização da atividade |
Capital |
150
(55,97%)
|
5,64 |
1,15 |
0,18 |
0,017 |
Interior |
118
(44,03%)
|
5,36 |
1.05 |
0,19 |
Tabela 2 - Comparação dos dados sociodemográficos do total da Subjective Happiness
Scale (SHS).
Figura 1 - Comparação dos dados sociodemográficos do total da Subjective
Happiness Scale (SHS).
Figura 1 - Comparação dos dados sociodemográficos do total da Subjective
Happiness Scale (SHS).
Figura 2 - Comparação da Subjective Happiness Scale (SHS) entre
associados e titulares da Sociedade Brasileira de Cirurgia
Plástica.
Figura 2 - Comparação da Subjective Happiness Scale (SHS) entre
associados e titulares da Sociedade Brasileira de Cirurgia
Plástica.
Os grupos foram divididos e comparados segundo faixa etária e tempo de conclusão da
residência (Tabela 3), sem diferenças
estatisticamente significativas.
Tabela 3 - Comparação de faixas etárias e tempos de residência para o total da
Subjective Happiness Scale (SHS).
|
|
|
Desvio |
|
|
|
|
N |
Média |
Desvio Padrão |
IC |
Valor-p |
Faixa etária |
Até 40 anos |
88 (32,84%) |
5,49 |
1,13 |
0,24 |
0,767 |
≥ 41 anos |
180 (67,16%) |
5,53 |
1,11 |
0,16 |
|
Até
10 anos
|
98
(36,57%)
|
5,44 |
1,17 |
0,23 |
|
Tempo de residência |
11 a 20 anos |
80 (29,85%) |
5,41 |
1,13 |
0,25 |
0,255 |
|
≥ 21
anos
|
90
(33,58%)
|
5,69 |
1,02 |
0,21 |
|
Tabela 3 - Comparação de faixas etárias e tempos de residência para o total da
Subjective Happiness Scale (SHS).
DISCUSSÃO
Existem poucos estudos na literatura que visam avaliar a felicidade dos cirurgiões
plásticos. Em 1997, Capek et al.10 aplicaram
um questionário a cirurgiões plásticos estadunidenses e relataram alto nível de
felicidade e satisfação com suas carreiras, resultados semelhantes aos encontrados
neste estudo.
Mais recentemente, Streu et al.11, em 2014, e
Qureshi et al.12, em 2015, demonstraram que
os cirurgiões plásticos estadunidenses apresentam qualidade de vida inferior à da
população norte-americana em geral. Os conceitos de qualidade de vida e felicidade
são distintos. Considerando que o objetivo deste estudo foi avaliar especificamente
a felicidade, não é possível comparar os resultados dessas pesquisas estadunidenses
com o presente estudo.
Mais recentemente, Sterling et al.1 avaliaram a
felicidade de cirurgiões plásticos estadunidenses utilizando a mesma escala
utilizada neste estudo. Os pesquisadores observaram que houve um aumento na
felicidade à medida que progrediam no treinamento e que atender às expectativas da
prática após o treinamento também se correlacionou com maiores índices de
felicidade.
No Brasil não foram encontrados estudos semelhantes avaliando a felicidade, mas dois
trabalhos publicados tiveram como objetivo compreender as características
sociodemográficas dos cirurgiões plásticos e foram restritos, cada um, a estados com
número relativamente baixo de cirurgiões plásticos: Paraná e Goiás. Na primeira,
Araujo et al.13 descreveram apenas
características sociodemográficas e, na segunda, Arruda et al.14 correlacionaram os dados sociodemográficos com a qualidade
de vida. Neste último, os autores concluíram que fatores como ser casado, ter
filhos, ter renda mensal superior a R$ 30.000,00, tempo de trabalho superior a 10
anos, ser no mínimo especialista, não trabalhar em turnos, ter carga horária semanal
de até 40 horas e realizar mais de 4 cirurgias por semana influenciam positivamente
uma melhor qualidade da vida.
São Paulo, foco do presente estudo, inclui pelo menos um terço dos especialistas em
cirurgia plástica do Brasil15, e teve
pontuação SHS de 5,51±0,13. Embora as realidades econômicas do Brasil e dos Estados
Unidos sejam bastante diferentes, tais dados sugerem que os cirurgiões plásticos do
estado de São Paulo relatam um nível de felicidade semelhante ao dos estadunidenses,
que era de 5,51.
Arruda et al.14 verificaram que melhor
qualidade de vida estava associada a cirurgiões plásticos casados e com filhos,
enquanto no presente estudo não houve diferença entre a felicidade de quem tinha ou
não companheiro e de quem tinha ou não filhos. Nesse sentido, Sterling et al.1 também não encontraram diferenças
estatisticamente significativas nos níveis de felicidade dos cirurgiões
estadunidenses.
Numa especialidade com predominância masculina, seria plausível assumir que as
mulheres enfrentariam maiores desafios e que reportariam níveis mais baixos de
felicidade. Porém, os resultados do presente estudo não observaram diferença nos
níveis de felicidade entre os sexos, demonstrando um cenário semelhante ao dos
Estados Unidos1.
Entre os estudantes de medicina, há uma tendência a pensar que a cirurgia plástica
cosmética pode ser uma carreira mais interessante do que a cirurgia plástica
reconstrutiva. Porém, os resultados do presente estudo não encontraram diferença
entre os níveis de felicidade entre cirurgiões que praticam cirurgia estética e
reconstrutiva. Tais dados podem ser úteis para a Sociedade Brasileira de Cirurgia
Plástica incentivar a especialidade da cirurgia reconstrutiva não só no estado de
São Paulo, mas também em todo o país.
Neste estudo, a maioria (66%) dos cirurgiões plásticos afirmou que se pudesse voltar
atrás escolheria novamente a especialidade de cirurgia plástica, e apenas 10,8%
afirmaram o contrário. Esta é uma constatação encorajadora, especialmente para
futuros aspirantes a esta carreira, que podem ter dúvidas sobre a escolha da
especialidade.
Este estudo tem limitações. Por ser um estudo descritivo e transversal, os resultados
referem-se apenas a um determinado momento, e algumas respostas podem ter sido
influenciadas pela pandemia de COVID-19. É necessário levar em conta que algumas
questões do questionário são delicadas e podem ter causado desconforto em
respondê-las a alguns dos participantes. Existe a possibilidade de viés de seleção,
em que a população que concordou em participar do estudo e respondeu ao questionário
é substancialmente diferente da população que optou por não participar.
Por outro lado, o presente estudo tem como pontos positivos seguir o
checklist Strengthening the Reporting of Observational Studies in
Epidemiology (STROBE),3 o
Checklist for Reporting Results of Internet E-Surveys
(CHERRIES)4 e Survey
Disclosure Checklist (American Association for Public Opinion Research/
AAPOR)5. Além disso, embora a
taxa de resposta possa ser considerada baixa, ela é compatível com as taxas
relatadas por pesquisas realizadas por meio eletrônico16 e atingiu o tamanho da amostra alvo. Um estudo prospectivo,
acompanhando uma coorte de cirurgiões plásticos brasileiros ao longo de suas
carreiras, permitiria uma melhor compreensão da felicidade dos cirurgiões plásticos,
como ela pode mudar ao longo do tempo e quais fatores são mais influentes.
CONCLUSÃO
O cirurgião plástico paulista apresenta nível de felicidade semelhante ao relatado
pelos cirurgiões estadunidenses, não havendo diferenças de felicidade entre os sexos
ou entre quem atua na área estética, reconstrutiva ou ambas.
REFERÊNCIAS
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2. Universidade Federal de São Paulo, Plastic
Surgery Division - São Paulo - São Paulo - Brasil.
3. Universidade Federal de São Paulo, Discipline
of Operative Technique and Experimental Surgery - São Paulo - São Paulo -
Brasil.
*Autor correspondente:
Marcio Yuri Ferreira Universidade Federal de São Paulo, Escola
Paulista de Medicina Rua Botucatu, 740, Vila Clementino, São Paulo, S P, Brasil.
CEP: 04023-062 E-mail: secretaria.sp@unifesp.br
Artigo submetido: 21/03/2024.
Artigo aceito: 30/04/2024.
Conflitos de interesse: não há.