INTRODUÇÃO
Cicatrizes geralmente são um fato de preocupação para os pacientes que são submetidos
a procedimentos cirúrgicos, principalmente se estas forem susceptíveis a surgir
em
áreas mais visíveis do corpo1.
Feridas operatórias em regiões como a face tendem a apresentar maior impacto
estético durante o processo de cicatrização, podendo também haver uma maior tensão
na ferida operatória em algumas estruturas miofasciais, resultando em
cicatrizes2.
O queloide é caracterizado como uma cicatriz de espessura considerável, elevada,
resultante do crescimento anormal de tecido cicatricial, que, diferentemente das
cicatrizes hipertróficas, se estende para além dos limites da ferida
operatória3. Devido a sua
fisiologia, os queloides não se desenvolvem em animais, o que dificulta o processo
de desenvolvimento de novas terapêuticas, uma vez que o teste em animais não pode
ser realizado1. Além disso, a
presença de cicatrizes pode levar a repercussões biopsicossociais, sejam
fisiológicas ou limitações sociais em razão da estética4. Pensando nestes aspectos, diversos tratamentos são
utilizados para a redução destes agravos.
Ainda não há consenso de um tratamento único que seja considerado a melhor
alternativa para as cicatrizes queloides. A Biblioteca Virtual em Saúde5, com apoio da Sociedade Brasileira
de Cirurgia Dermatológica e da Sociedade Brasileira de Dermatologia, apresentam
como
principais tratamentos para a queloide: radioterapia local, placas de silicone,
injeções de fármacos, fitas oclusivas, cirurgia, crioterapia e laserterapia. Estas
opções de tratamento visam principalmente a redução dos sintomas, sendo sua
regressão ou redução alternativas menos frequentes e ainda em estudo.
Visando uma melhor terapêutica, pesquisas utilizando toxina botulínica estão ganhando
cada vez mais espaço. A toxina botulínica tipo A (TBA) age na redução da tensão
nas
bordas das feridas operatórias durante o processo de cicatrização, contribuindo
assim para melhora do aspecto cicatricial, e reduzindo as possibilidades de
desenvolvimento e/ou progressão de queloide6.
OBJETIVO
Pensando nisto, o presente estudo tem por objetivo apresentar uma revisão de escopo
sobre a utilização terapêutica da toxina botulínica para o tratamento de cicatrizes
queloides.
MÉTODO
O modelo PICO, com base em Santos et al.7, foi usado para a formulação das questões norteadoras deste
estudo, sendo considerados: (P) estudos que consideraram pacientes com cicatriz
queloide, (I) estudos em que o objetivo principal foi realizar ou descrever
intervenções e estratégias com uso de toxina botulínica para estes pacientes,
(C)
estudos com ou sem grupo controle, (O) estudos que relataram o desenvolvimento
e
resultados das intervenções a curto, médio e longo prazo. Os estudos realizados
até
setembro de 2021 foram incluídos nesta revisão, se atendessem aos critérios
PICO.
A revisão foi construída de acordo com o Preferred Reporting Items for
Systematic reviews and Meta-Analyses extension for Scoping Reviews:
PRISMA-ScR8. A pesquisa foi
realizada nas bases de dados PubMed/Medline, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS)
e
SciELO para identificação de artigos sobre o tratamento de cicatriz queloide com
toxina botulínica. A pesquisa foi realizada combinando os termos “botulinum
toxin”, “keloid”, “scar” e “treatment”. A utilização
dos termos foi realizada de maneira combinada, conforme a ordem anteriormente
citada. Os termos são baseados em descritores presentes no Descritores em Ciências
da Saúde (DECs).
Foram considerados artigos de qualquer desenho, exceto revisões, em qualquer idioma,
desde que houvesse relação com a temática central. Os critérios de exclusão foram:
relatórios não publicados, revisões da literatura, estudos de avaliação dos
sintomas, artigos publicados no período anterior a 2016 e estudos com ausência
de
texto na íntegra. Os artigos que se enquadraram nos critérios de elegibilidade
foram
selecionados pelo título e resumo por duas revisoras e os artigos que não atenderam
aos critérios de inclusão foram excluídos. Após a triagem do título e resumo,
os
estudos foram submetidos a um gerenciador de referências públicas (Mendeley
v.1.17.9) para eliminar as duplicatas. O resultado desta seleção pode ser observado
na Figura 1.
Figura 1 - Fluxograma de seleção dos artigos da revisão.
Figura 1 - Fluxograma de seleção dos artigos da revisão.
Posteriormente, os artigos em texto completo restantes foram examinados por um
terceiro revisor. Qualquer discordância foi resolvida por meio de discussão até
que
um consenso fosse alcançado, ou com o envolvimento de um quarto revisor. Em seguida,
foram extraídos os seguintes pontos de cada estudo, quando disponíveis: autoria,
ano
de publicação, título, objetivos e resultados. Estes dados foram dispostos em
tabelas no Microsoft Word 2016, para análise final de inclusão.
RESULTADOS
A pesquisa bibliográfica inicial encontrou 34 estudos. Destes, 12 estudos foram
identificados usando PubMed/Medline, 20 usando a BVS, 2 na SciELO. Após seleção
por
título e resumo, 32 artigos foram executados em Mendeley para eliminar duplicadas.
Os 23 artigos de texto completo resultantes foram revisados para estabelecer se
a
publicação atendeu aos critérios de inclusão e 5 foram considerados elegíveis
(Figura 1).
Dos 5 artigos elegíveis para esta revisão, 1 é estudo de coorte, 2 relatos de caso,
1
ensaio clínico randomizado e 1 estudo caso-controle (Quadro 1). A estratégia de busca e os critérios de inclusão e exclusão
do estudo são detalhados na Figura 1.
Quadro 1 - Apresentação dos estudos segundo ano, autoria e tipo de estudo.
Referência |
Título |
Tipo de estudo |
Cardoso et al.
(2016)2 |
Aplicação de toxina
botulínica na cicatrização por segunda intenção
|
Relato de caso |
Pruksapong et al. (2017)9 |
Efficacy of Botulinum Toxin A in Preventing
Recurrence Keloids: Double Blinded Randomized Controlled Trial
Study: Intraindividual Subject
|
Ensaio Clínico Randomizado |
Zhou et al.
(2017)10 |
Evaluation on
efficacy and adverse reactions of combined therapy with botulinum
toxin type A in treatment of keloid
|
Caso-controle |
Rasaii et al. (2019)11 |
Intralesional triamcinolone alone or in combination
with botulinium toxin A is ineffective for the treatment of formed
keloid scar: A double blind controlled pilot study
|
Coorte |
Pires et al.
(2020)12 |
Toxina Botulínica
Tipo A no Tratamento das Cicatrizes Hipertróficas por Queimadura em
Idade Pediátrica: Caso Clínico
|
Relato de caso |
Quadro 1 - Apresentação dos estudos segundo ano, autoria e tipo de estudo.
Quanto aos tratamentos, os estudos apresentam variações em relação a suas populações,
métodos e critérios clínicos, como apresenta a Quadro 2.
Quadro 2 - Apresentação dos estudos segundo autoria e métodos.
Referência |
Método |
Critérios
clínicos
|
Cardoso et al.
(2016)2 |
N=1 Idade =
36 anos Aplicação de toxina botulínica do tipo A
|
Cicatriz decorrente
de cirurgia micrográfica de Mohs em região supralabial; Cicatriz
operatória de 3 x 1,6cm; Aplicação no pós-operatório
imediato
|
Pruksapong et al. (2017)9 |
N=25 pacientes, 50 queloides Idade média = 26
anos Grupo controle = injeção de corticoterapia Grupo
de estudo = toxina botulínica tipo A
|
Apresentar duas cicatrizes queloides; Não
estar grávida ou amamentando; Cicatrizes maiores que 10cm;
Não ser alérgico a toxina, lidocaína; Não apresentar
condições médicas indesejáveis e utilizar fármacos anticoagulantes
ou antiplaquetários
|
Zhou et al.
(2017)10 |
N=58 Grupo
controle = injeção de betametasona e ácido hialurônico
tópico Grupo de estudo = toxina botulínica tipo A combinada
com injeção de betametasona e ácido hialurônico tópico
|
Apresentar
cicatrizes queloides; Não apresentar restrições aos
componentes farmacológicos do estudo
|
Rasaii et al. (2019)11 |
N=23 Idade média = 23 anos Grupo
controle = acetonido de triancinolona intralesional mais placebo
Grupo de Estudo = toxina botulínica tipo A combinada com
solução salina
|
Apresentar duas cicatrizes queloides; Não
estar grávida ou em amamentação; Ausência de doença da junção
neuromuscular ou utilização de bloqueadores da junção
neuromuscular
|
Pires et al.
(2020)12 |
N=1 Idade =
12 anos Aplicação de toxina botulínica do tipo A com
analgesia tópica prévia com lidocaína + prilocaína 25 mg/g em
creme
|
Cicatrizes
decorrentes de queimaduras 2° e 3° em região da face, couro
cabeludo, pavilhões auriculares, cervical, face anterior do tórax e
membros superiores; Aplicação em cicatriz axilar direita e
bordo radial do primeiro dedo da mão direita; Aplicação 5
meses pós-queimadura
|
Quadro 2 - Apresentação dos estudos segundo autoria e métodos.
Os estudos selecionados apresentam diferentes desfechos e conclusões em relação ao
uso da TBA. Na Quadro 3 é possível observar
os tratamentos utilizados, resultados e conclusões dos estudos analisados.
Quadro 3 - Estudos segundo autoria, ratamento, resultados e conclusões.
Referência |
Tratamento |
Resultados |
Conclusões |
Cardoso et al.
(2016)2 |
8 unidades de TBA
na ferida operatória, com cicatrização por segunda intenção.
|
Cicatrização
completa da ferida em 18 dias com formação de tecido cicatricial
levemente eritematoso no lábio superior, com discreta extensão para
a região supralabial, mantido no pós-operatório tardio, favorecendo
a estética e funcionalidade.
|
As propriedades
moleculares da TBA sugerem que sua ação é melhor no início da
cicatrização, quando os fibroblastos ainda estão na fase
proliferativa e em intensa atividade apoptótica, necessitando de
estudos maiores sobre este processo em cicatrização por segunda
intenção.
|
Pruksapong et al. (2017)9 |
Grupo controle = Injeção de acetoneto de
triancinolona (10mg/cc) sete dias após a remoção do ponto, sendo
repetida no primeiro, segundo e terceiro mês. Grupo de estudo
= TBA intradérmico, com dose de 1,5 unidades / 1cm de comprimento
(Botox® 50 unidades de toxina com 0,9% NSS para
injeção 2,5cc, concentração 2 unidades por 0,1cc) sete dias após a
retirada dos pontos (uma dose).
|
No primeiro e terceiro mês, o desfecho no grupo da
toxina foi mais favorável do que no controle, enquanto o desfecho no
grupo controle foi mais favorável do que no grupo toxina no sexto
mês de seguimento.
|
A utilização de TBA é significativamente melhor na
prevenção de queloides de recorrência quando comparada à
corticoterapia após um e três meses. Entretanto, a corticoterapia
oferece resultados significativamente melhores no acompanhamento de
6 meses.
|
Zhou et al.
(2017)10 |
Grupo controle =
injeção de betametasona e ácido hialurônico tópico. Grupo de
estudo = toxina botulínica tipo A combinada com injeção de
betametasona e ácido hialurônico tópico. Ambos os grupos de
pacientes foram injetados localmente com betametasona, uma vez a
cada 4 semanas, 3 vezes consecutivas, e ácido hialurônico tópico foi
usado diariamente. Os pacientes no grupo de tratamento combinado
foram injetados com toxina botulínica tipo A na periferia da lesão
cutânea após a primeira injeção de betametasona. máxima por sessão
de 130U BOTOX®, com uma aplicação mensal, durante
3 meses.
|
A estética das
lesões cutâneas no grupo de estudo melhorou melhor após 3
aplicações. Os escores de dor e coceira no grupo de controle
diminuíram durante 1 mês de tratamento, mas aumentaram gradualmente
em 2 e 3 meses; em contraponto, nos pacientes no grupo de estudo
diminuíram gradualmente dentro de 3 meses de tratamento, sendo esta
diferença estatisticamente significativa. No decorrer de 3
meses de tratamento, a espessura das lesões de pele no grupo de
estudo diminuiu gradualmente, mas a redução no grupo de controle não
foi significativa. A dor, sintomas de coceira e a espessura da pele
dos pacientes do grupo de controle aumentaram 2 semanas após cada
injeção, enquanto o grupo de tratamento combinado não apresentou
recidiva. A incidência de reações adversas no grupo controle foi de
26,7% e no grupo de estudo foi de 25,0%, não havendo diferença
significativa entre dois grupos.
|
A TBA combinada com
injeção local de betametasona e ácido hialurônico tópico para o
tratamento de queloides é mais eficaz do que somente a injeção local
de betametasona e ácido hialurônico tópico, e não há diferença
significativa na incidência de reações adversas, sendo favorável
para aplicação clínica.
|
Quadro 3 - Estudos segundo autoria, ratamento, resultados e conclusões.
DISCUSSÃO
As questões estéticas e funcionais relacionadas as cicatrizes, em especial queloides,
acabam gerando desconforto e insatisfação por parte das pessoas que as têm. Estudos
como o de Motoki et al.13
apresentam resultados negativos dos entrevistados em relação aos transtornos
dimórficos do autoconceito e do corpo, e ainda afirmam que pessoas com queloides
em
regiões socialmente mais vistas como face, tórax e membros superiores relatam
maior
impacto negativo em sua imagem corporal.
O desenvolvimento de estratégias de tratamento deste quadro é um desafio para a
comunidade científica, uma vez que queloides não se desenvolvem em animais, o
que
limita as possibilidades de investigação e teste de novos elementos
terapêuticos1. Como
possibilidades, a comunidade clínica e científica utiliza estratégias já testadas
em
outros quadros, além de estudos com células in vitro para gerar
novas opções14. Lee et
al.15 apresentam a terapia
combinada como principal alternativa no tratamento de queloides, seja esta
terapêutica através lasers, crioterapia ou injeção intralesional de
fármacos, apresentando maior segurança e eficácia quando comparada a monoterapias
individuais.
Como terapêutica emergente, o uso da toxina botulínica tipo A vem ganhando cada vez
mais atenção das comunidades clínica e científica. Pode-se observar esse maior
interesse quando neste trabalho foram encontrados inicialmente 34 estudos que
relacionavam o uso da TBA para o tratamento do queloide. Nesta revisão, cinco
estudos foram elegíveis, variando entre estudo de coorte, relatos de caso, ensaio
clínico randomizado e estudo caso-controle. Devido às dificuldades anteriormente
citadas do desenvolvimento de novas pesquisas na área, a variação dos tipos de
estudo ainda é pouca, o que pode ser visto como um fator de entrave para o
tratamento do quadro.
Os estudos analisados apresentam variações em suas populações e critérios clínicos,
mas é possível observar que em duas pesquisas10,11 foi utilizada a
terapêutica combinada, como defendem Lee et al.15, apresentando estas duas pesquisas resultados favoráveis à
replicação da terapia combinada para o tratamento de queloide. Em relação às
amostras e metodologias, pode-se destacar ausência de protocolos de aplicação
e
deficiências metodológicas consideráveis, principalmente em relação a tamanho
de
amostras e uniformidade dos tratamentos.
Foi observado também que os estudos destacaram a exclusão de participantes que
apresentem alergias aos componentes do tratamento, gestantes e lactantes, que
fazem
uso de fármacos anticoagulantes ou antiplaquetários, bem como portadores da doença
da junção neuromuscular ou utilização de bloqueadores da junção neuromuscular,
sendo
a efetividade do tratamento com TBA não testada nestas populações, portanto, sem
indicação de evidências científicas e replicabilidade clínica para os
mesmos9-11.
Os cinco estudos realizaram a aplicação da TBA de forma intradérmica, seja no rebordo
da cicatriz/ferida operatória, ou diretamente no local. Sohrabi &
Goutos16 somam a estes
estudos quando afirmam, em sua revisão, que outras pesquisas também apontam a
aplicação de TBA em queloide como tratamento em ascensão para minimizar a tensão
no
rebordo da cicatriz e otimização da atividade dos fibroblastos, implicando
diretamente na patogênese da formação das cicatrizes. No presente estudo, ainda
foi
observada variação da posologia da TBA. Por ser composto de estudos com populações,
idades e quadros clínicos distintos, esta revisão não pôde definir um padrão de
dosagem da toxina, estando esta posologia ligada e dependente da manifestação
clínica, tamanho da cicatriz e evento que desencadeou o processo cicatricial.
Apesar destas variações, os cinco estudos observados se relacionam com os achados
resultantes da terapia baseada na TBA. É possível destacar como principais
resultados a aceleração do processo de cicatrização de feridas operatórias e redução
da formação cicatricial2,
resultados significativos a curto prazo na redução de queloides9, melhora e manutenção dos aspectos
estéticos, funcionais e sintomáticos, principalmente de dor e coceira10-12. Em outras revisões5,16 também foi
possível encontrar a replicabilidade destes resultados, sendo a utilização da
TBA
para queloide uma possibilidade de tratamento clínico eficaz e com evidências
já
apresentadas em meio clínico e científico.
A utilização da toxina botulínica tipo A para o tratamento de cicatrizes queloides
se
justifica principalmente por seus mecanismos quimioimobilizadores da musculatura
da
região, e atuação na atividade fibroblástica. Os estudos concluem que a utilização
da toxina botulínica tipo A tem melhor ação no início do processo de cicatrização,
com ação direta nos fibroblastos2,
que este tratamento apresenta menos reações adversas e melhores resultados a curto
prazo quando comparado a outros tratamentos farmacológicos injetáveis9,10, que esta alternativa age melhor no gerenciamento de sintomas
em diferentes populações e manifestações clínicas5, até mesmo em idade pediátrica16, encorajando, assim, a comunidade clínica a
considerar a TBA com alternativa terapêutica para casos selecionados e bem
analisados de queloides, levando sempre em consideração as particularidades clínicas
e de manifestação do quadro.
CONCLUSÃO
Os estudos mais recentes sugerem um bom potencial de ação da utilização da toxina
botulínica tipo A para o tratamento de cicatrizes queloides, principalmente para
resultados a curto prazo, e redução de sintomas locais como a dor e prurido, quando
comparada a outros tratamentos farmacológicos. Entretanto, existem deficiências
nos
estudos por serem dotados de pequenas populações, curtos períodos de acompanhamento
e ausência de homogeneidade nos resultados encontrados. Dessa forma, é necessário
que se desenvolvam maiores estudos com melhores metodologias, objetivando uma
melhor
definição da utilização de TBA para o tratamento de queloides em diferentes
situações, e o desenvolvimento de protocolos unificados de gestão de cicatrizes
para
melhor replicabilidade clínica.
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1. Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza,
Ceará, Brasil
2. Santa Casa de Santos, Santos, São Paulo,
Brasil
Autor correspondente: Eduardo Lafayette Monteiro
Av. Senador Ruy Carneiro, 212, Miramar, João Pessoa, PB, Brasil, CEP: 58032-101,
E-mail: eduardomlafayette@gmail.com
Artigo submetido: 10/07/2023.
Artigo aceito: 04/02/2024.
Conflitos de interesse: não há.