INTRODUÇÃO
Segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), o número
de procedimentos estéticos cirúrgicos e não cirúrgicos foi estimado em 24,5 milhões
em 2020. A toxina botulínica tipo A (BTX-A) é o principal procedimento estético, com
mais de 6,2 milhões de injeções1. Anteriormente, o tratamento com BTX-A visava apenas reduzir as rugas. Na verdade,
a harmonização da aparência e a correção dos sinais de envelhecimento, preservando
uma aparência cada vez mais natural e viva, tornaram-se objetivos estéticos. Esse
resultado específico geralmente é derivado de uma distribuição mais ampla de toxinas
para cada área muscular2.
A falta de evidências avaliando muitas técnicas descritas para tratar rugas faciais
com BTX-A (Tabela 1) resulta em uma grande variedade de pontos e unidades para tratar cada área. A maioria
dos artigos avaliou os resultados com escalas subjetivas e arbitrárias que comparavam
apenas os resultados com fotos no pré e pós-procedimento3. Atualmente, o tratamento referido é baseado no consenso de especialistas e na experiência
pessoal. Uma série maior e mais detalhada de casos e estudos prospectivos são necessários.
Tabela 1 - Descrições da literatura sobre o tratamento com BTX-A segundo autor e região anatômica.
Autor (ano) |
Região Frontal (IS/U) |
Periorbital (IS/U) |
Glabela (IS/U) |
Nasal (IS/U) |
Unidades totais |
Carruthers et al.4 (2008)
|
4-8IS / 6-15U |
4-10IS / 10-30U |
5-7IS / 10-30U |
- |
26-75U |
Sepehr et al.5 (2010)
|
- / 6-12,5U |
- / 10-24U |
- / 15-42U |
- / 4U |
35-82,5U |
Berbos & Lipham6 (2010)
|
5 ou 9IS / 5-22,5U |
2-3IS / 10-30U |
5IS / 17,5-25U |
- |
32,5-77,5 |
Cartee & Monheit3 (2011)
|
6-8IS / 12-32U |
6IS / 12-24U |
5IS / 20U |
2 IS / 4-8U |
48-94U |
Hexsel et al.7 (2011)
|
5-10IS / 10-40U |
6IS / 10-30U |
5-6IS / 10-40U |
2IS / 4-8U |
34-118U |
Jaspers et al.8 (2011)
|
5-7IS / 20-28U |
6IS / 24U |
5IS / 20 UI |
- |
64-72U |
Ahn et al.9 (2013)
|
6-9IS / 6-13,5U |
6IS / 14U |
3IS / 8U |
3IS / 6U |
34-41,5U |
Gendler & Nagler10 (2015)
|
5-10IS / U variável |
Muitas IS / 8-12UI |
3-5IS / 20U |
2IS / 4-8U |
- |
Gart et al.11 (2015)
|
6IS/ 24-36U |
6IS / 18-30U |
5IS / 5U |
2IS / 6-10U |
53-81U |
De Maio et al.12 (2017)
|
5-7IS / - U |
6 IS / - U |
5IS/ - U |
- |
- |
Tabela 1 - Descrições da literatura sobre o tratamento com BTX-A segundo autor e região anatômica.
Portanto, este estudo teve como objetivo descrever a experiência do autor no tratamento
de rugas faciais de mulheres com BTX-A e sugerir um método de tratamento inicial padronizado.
OBJETIVO
Este estudo teve como objetivo descrever a experiência do autor no tratamento de rugas
faciais de mulheres com BTX-A e sugerir um método de tratamento inicial padronizado.
MÉTODO
Uma revisão da literatura científica foi realizada pelo autor principal com uma pesquisa
on-line do PubMed (NCBI, US National Library of Medicine) com o Medical Subject Headings
(MeSH) “botulinum toxin and esthetics”. A busca inicial resultou em 8.171 artigos. Todos os títulos e resumos foram lidos
e selecionados, com 95 artigos solicitados. Estes foram lidos na íntegra e 16 artigos
principais foram identificados. Além disso, foi realizada uma busca manual de referências
e protocolos adicionais na Academia Americana de Dermatologia, Sociedade Americana
de Cirurgiões Plásticos e nas referências cruzadas de artigos selecionados, resultando
nos artigos referenciados na seção “Referências”.
O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina do
ABC sob o número 1.813.647.
Os dados foram coletados por meio de revisão retrospectiva documental de todos os
prontuários médicos da clínica do autor em São Paulo, SP, Brasil, em busca de pacientes
do sexo feminino que haviam sido tratadas com BTX-A para redução do terço superior
das rugas faciais (desfecho principal), de março de 2010 a agosto de 2017. O tratamento
com BTX-A foi realizado conforme recomendação de Gimenez et al.13 e considerando o estudo anatômico do músculo occipitofrontal publicado por Glattstein
et al.14.
Os dados fotográficos dos pacientes da clínica foram revisados retrospectivamente
por busca de fotos no pré e pós-tratamento (reavaliação de 14 dias), e então as ritides
estáticas da região frontal foram classificadas aleatoriamente pelo autor principal,
conforme descrito por Carruthers et al.15. Posteriormente, os dados foram compilados para comparar a gradação das rugas frontais
no pré e pós-tratamento no mesmo paciente.
Para permitir a comparação com a literatura, foi considerado apenas o custo médio
aproximado do BTX-A no Brasil (Botox, US$ 200,00 – 100U).
As análises estatísticas foram realizadas com porcentagem, média (M) e desvio padrão
(DP), utilizando o Microsoft Excel®.
O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina do
ABC (nº 1.813.647).
O estudo segue as recomendações do STROBE e não possui patrocinador ou conflitos de
interesse.
RESULTADOS
A revisão documental resultou em 53 pacientes do sexo feminino que realizaram 156
tratamentos com BTX-A, com idade média de 45,11 anos.
Registros fotográficos completos dos pacientes (pré e pós-tratamento) foram encontrados
em 46 dos 156 atendimentos (Figuras 1A-H e 2A-H). As ritides estáticas frontais dos pacientes foram classificadas conforme descrito
anteriormente. Cerca de 5% foi classificado como 0 e não apresentava rugas pré ou
pós-procedimento; 48% foram classificados como 1 no pré-tratamento, e todos tiveram
suas ritides classificadas como 0 no pós-tratamento; 33% foram classificadas como
2 no pré-tratamento e 70,58% tiveram remissão total das rugas no pós-tratamento (classificadas
como 0); 9% foram classificados como 3 antes do tratamento e 50% foram classificados
como 0 no pós-tratamento; e 5% foram classificados como 4 e foram classificados como
1 ou 2 no pós-tratamento, evidenciando apenas remissão parcial das rugas estáticas.
Figura 1 - A: D.M.L.C.S., 68 anos, pré-tratamento em posição estática; B: D.M.L.C.S., 68 anos, posição estática pós-tratamento; C: D.M.L.C.S., 68 anos, pré-tratamento de elevação máxima da sobrancelha; D: D.M.L.C.S., 68 anos, elevação máxima do supercílio pós-tratamento; E: D.M.L.C.S., 68 anos, pré-tratamento de contração dos músculos corrugador máximo,
procerus e bunny lines; F: D.M.L.C.S., 68 anos, contração máxima dos músculos corrugadores, procerus e bunny lines pós-tratamento; G: D.M.L.C.S., 68 anos. Pré-tratamento de sorriso forçado; H: D.M.L.C.S., 68 anos. Sorriso forçado pós-tratamento.
Figura 1 - A: D.M.L.C.S., 68 anos, pré-tratamento em posição estática; B: D.M.L.C.S., 68 anos, posição estática pós-tratamento; C: D.M.L.C.S., 68 anos, pré-tratamento de elevação máxima da sobrancelha; D: D.M.L.C.S., 68 anos, elevação máxima do supercílio pós-tratamento; E: D.M.L.C.S., 68 anos, pré-tratamento de contração dos músculos corrugador máximo,
procerus e bunny lines; F: D.M.L.C.S., 68 anos, contração máxima dos músculos corrugadores, procerus e bunny lines pós-tratamento; G: D.M.L.C.S., 68 anos. Pré-tratamento de sorriso forçado; H: D.M.L.C.S., 68 anos. Sorriso forçado pós-tratamento.
Figura 2 - A: A.L.A., 32 anos, pré-tratamento em posição estática; B: A.L.A., 32 anos, pré-tratamento em posição estática; C: A.L.A., 32 anos, pré-tratamento de elevação máxima do supercílio; D: A.L.A., 32 anos, elevação máxima do supercílio pós-tratamento; E: A.L.A., 32 anos, contração dos músculos corrugadores máximos, procerus e bunny lines pré-tratamento; F: A.L.A., 32 anos, contração máxima dos músculos corrugadores, procerus e bunny lines pós-tratamento; G: A.L.A., 32 anos, sorriso forçado pré-tratamento de sorriso forçado; H: A.L.A., 32 anos, Sorriso forçado pós-tratamento.
Figura 2 - A: A.L.A., 32 anos, pré-tratamento em posição estática; B: A.L.A., 32 anos, pré-tratamento em posição estática; C: A.L.A., 32 anos, pré-tratamento de elevação máxima do supercílio; D: A.L.A., 32 anos, elevação máxima do supercílio pós-tratamento; E: A.L.A., 32 anos, contração dos músculos corrugadores máximos, procerus e bunny lines pré-tratamento; F: A.L.A., 32 anos, contração máxima dos músculos corrugadores, procerus e bunny lines pós-tratamento; G: A.L.A., 32 anos, sorriso forçado pré-tratamento de sorriso forçado; H: A.L.A., 32 anos, Sorriso forçado pós-tratamento.
A M total de unidades (U) usadas para tratar os pacientes foi de 32,43U, com as variações
observadas no Gráfico 1.
Gráfico 1 - Total de unidades utilizadas para tratar cada paciente vs. data do tratamento.
Gráfico 1 - Total de unidades utilizadas para tratar cada paciente vs. data do tratamento.
A região frontal foi tratada com uma variação de 11–16 locais de injeção (IS) (M=12,08;
DP=0,58 – Gráfico 2) e entre e 11-26U (M=14,10U; DP=2,44 – Gráfico 3).
Gráfico 2 - Número de locais de injeção de BTX-A usados de acordo com a região vs. data do tratamento.
Gráfico 2 - Número de locais de injeção de BTX-A usados de acordo com a região vs. data do tratamento.
Gráfico 3 - Total de unidades de BTX-A utilizadas segundo região vs. data de tratamento.
Gráfico 3 - Total de unidades de BTX-A utilizadas segundo região vs. data de tratamento.
A região glabelar foi tratada com 3IS em todos os pacientes (Gráfico 2), com variação de unidades entre 3 e 12U (M=6,02; DP=1,65; Gráfico 3).
A região do dorso nasal foi tratada com 3IS em todos os pacientes (Gráfico 2), com variação de 0-16U (M=5,55; DP=2,03; Gráfico 3).
A área periorbital foi tratada com uma variação de 2 a 10IS (M=4,70; DP=1,24; Gráfico 2) e 2-16U (M=6; DP=2,61; Gráfico 3).
Um resumo esquemático dos pontos mais comuns e unidades correspondentes encontrados
para tratar os terços superior e médio da face em nossos dados é mostrado na Figura 3.
Aproximadamente 82,69% dos pacientes retornaram para uma reavaliação médica com tempo
M de 13,78 dias (DP=1,42). Aproximadamente 6,45% dos pacientes apresentavam assimetrias
laterais de sobrancelhas no pós-procedimento, corrigidas com reaplicação de 1U no
músculo ainda eficaz. Aproximadamente 7,09% dos pacientes descreveram hematomas leves
após a injeção. Nenhum paciente apresentou ptose palpebral ou cefaleia.
Injeções de reforço foram necessárias na área da linha média frontal em 5,76% dos
pacientes, 8,33% na região periorbital e 7,69% na área glabelar.
Cerca de 49,05 dos pacientes foram submetidos a mais de um procedimento, variando
de 2 a 12 tratamentos (M=2,94; DP=2,97). O tempo médio entre os tratamentos foi de
262 dias (8,73 meses; DP=156,85 dias).
Considerando que o número médio de unidades encontrado foi de 32,43U, e o custo médio
por unidade de BTX-A no Brasil foi de US$ 2,00, o custo médio da toxina por tratamento
seria de US$ 64,86.
DISCUSSÃO
A idade média (IM) dos pacientes encontrados em nossa revisão foi de 45,11 anos, semelhante
à faixa da literatura: entre 41,5 e 55,8 anos16,17,18. O total de unidades de BTX-A para tratar o terço superior da face são descrito como
26-118U, conforme descrito na Tabela 1. A amostra do estudo oscilou em 18–54U, com tendência a se estabilizar em 28–32U
ao longo da experiência dos autores (Gráfico 1).
Na literatura, a região frontal varia bastante (4–10IS e 4–40U) (Tabela 1). Em nossa experiência, o número de IS utilizados para tratar a referida região manteve-se
estável ao longo dos anos, com 12IS (Gráfico 2) e 12U (Gráfico 3). A ideia principal é distribuir uma quantidade menor de toxina para tratar o músculo
alvo, resultando em paralisia parcial para elevar discretamente a cauda da sobrancelha.
O estudo encontrou remissão total ou parcial das rugas frontais estáticas, dependendo
de sua profundidade estática inicial.
Tratar a região glabelar com 3 pontos ao invés de 5, como descrito na literatura,
parece preservar a movimentação parcial dos músculos corrugadores, evitando um “olhar
congelado” e também prevenindo a possibilidade de ptose palpebral (nenhum caso foi
encontrado nesta revisão).
O tratamento da região do dorso nasal parece contribuir para um resultado natural,
pois esses músculos interagem diretamente com a região glabelar. Tratar esses músculos
com injeções intramusculares de 2 unidades de BTX-A parece ser suficiente para a maioria
dos pacientes.
O tratamento dos “pés de galinha” é difícil, pois é formado não apenas pela contração
do músculo orbicular dos olhos, mas também pela ação de outros músculos, como o músculo
zigomático maior, o músculo zigomático menor e o músculo levantador do lábio superior.
Portanto, os pacientes devem ser instruídos que, sem qualquer contração muscular no
rosto, as dobras “pés de galinha” melhorariam com o tratamento, mas não desapareceriam
durante um sorriso forçado, por exemplo.
A tentativa de tratar com mais pontos ou aumentar a dose de BTX–A parece não fazer
diferença no resultado final, na impressão do autor; no entanto, mais dados são necessários.
Portanto, iniciar o tratamento com o primeiro ponto no rebordo orbitário lateral com
injeção intradérmica e um segundo ponto contornando o rebordo orbitário, distante
1,5cm do primeiro, parece adequado, conforme mostra a Figura 1.
A comparação do custo total considerando o número de unidades encontrado na literatura
é apresentada na Tabela 2.
Tabela 2 - Descrição do custo do tratamento segundo autor (ano) e faixa de custo em US$.
Autor (ano) |
Total de Unidades (U) |
Faixa de custo em US$ |
Carruthers et al.4 (2008)
|
26-75U |
US$ 52 - US$ 150
|
Sepehr et al.5 (2010)
|
35-82,5U |
US$ 70 – US$ 165 |
Berbos & Lipham6 (2010)
|
32,5-77,5U |
US$ 65 - US$ 155 |
Cartee & Monheit3 (2011)
|
48-94U |
US$ 96 - US$ 188 |
Hexsel et al.7 (2011)
|
34-118U |
US$ 68 - US$ 236 |
Jaspers et al.8 (2011)
|
64-72U |
US$ 128 – US$ 144 |
Ahn et al.9 (2013)
|
34-41,5U |
US$ 68 – US$ 83 |
Gendler & Nagler10 (2015)
|
- |
- |
Gart et al.11 (2015)
|
53-81U |
US$ 106 – US$ 162 |
Média de unidades (U) descrita (2020) |
32,43U |
US$ 64,86 |
Tabela 2 - Descrição do custo do tratamento segundo autor (ano) e faixa de custo em US$.
A experiência relatada sugere que o tratamento do terço superior da face em mulheres
é um procedimento seguro, eficaz e com baixo índice de complicações em comparação
com a literatura.
Evidentemente, deve-se considerar uma avaliação prospectiva com períodos padronizados
de reavaliação e acompanhamento, validação em diferentes populações, desenvolvimento
de escalas objetivas para o manejo de rugas no pré e pós-tratamento e aplicação de
questionários de satisfação do paciente.
CONCLUSÃO
A revisão sugere que uma técnica segura e eficaz é possível com taxas de complicações
ainda menores do que as encontradas na literatura usando menos unidades, resultando
em menor custo do produto. Deve-se sempre tentar minimizar os riscos nos tratamentos
estéticos.
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1. Faculdade de Medicina do ABC, Cirurgia Plástica, Santo André, São Paulo, Brasil
2. Faculdade de Medicina do ABC, Gastroenterologia, Santo André, São Paulo, Brasil
Autor correspondente: Victor Hugo Lara Cardoso de Sá Rua Tabapuã, 1341/122, Itaim Bibi, São Paulo, SP, Brasil. CEP: 04533-014 E-mail:
vh55@uol.com.br
Artigo submetido: 02/02/2022.
Artigo aceito: 13/09/2022.
Conflitos de interesse: não há.