INTRODUÇÃO
A úlcera de Marjolin (UM), também denominada carcinoma cicatricial, é uma lesão primariamente
descrita em 1928 pelo cirurgião francês Jean Nicholas Marjolin, após a observação
de lesões tumorais originadas a partir de cicatrizes de queimaduras. A incidência
é de 0,77 a 2%1,2. Quanto ao tempo de progressão, considera-se uma forma crônica quando o tempo de
evolução da lesão é superior a 12 meses. A média de tempo de transformação maligna
é, em geral, superior a 30 anos3,4,5. Apesar de a evolução, na maioria dos casos, ser lenta, o diagnóstico precoce é essencial,
visto que, nos estágios iniciais, o tumor maligno é passível de excisão com reconstruções
menos complexas6.
O diagnóstico da úlcera de Marjolin é feito através da história clínica do paciente,
da apresentação da lesão e da histopatologia. Apesar da história prévia de queimaduras
ser a causa mais frequente, outros fatores como úlceras por pressão, úlceras por afecções
dermatológicas, lesões por insuficiência vascular, úlceras por diabetes, entre outros,
são indicativos preditores3.
Histopatologicamente, pode ser classificada em carcinoma espinocelular (CEC), este
desenvolvido em populações brancas sobretudo após exposição a raios ultravioleta,
carcinoma basocelular (CBC), melanoma, sarcoma e outros tipos celulares raros7. Possui amplo espectro de diagnósticos diferenciais, tais como doenças infecciosas
ulcerativas como sífilis em estágio terciário, leishmaniose tegumentar americana,
esporotricose e hanseníase.
O tratamento da úlcera de Marjolin é um processo que requer conhecimento e preparo.
O tratamento mais específico é o cirúrgico, já a radioterapia é recomendada em casos
particulares e a quimioterapia demonstrou pouca eficácia1,8.
OBJETIVO
O propósito do presente trabalho é fazer uma revisão desta condição, destacando a
história, o exame físico, os cuidados locais, o tratamento clínico e cirúrgico e sua
repercussão no prognóstico e na qualidade de vida.
MÉTODO
Trata-se de uma revisão da literatura, baseada em estudos originais e trials, com ou sem sistematização, publicados entre os anos de 2005 e 2020, em inglês e português. A busca se deu nas
bases de dados Medline e SciELO, valendo-se dos descritores “Squamous Cell Carcinoma”; “Marjolin’s Ulcer”; “Post-burn Wounds”. Foram selecionados 9 artigos, dos quais 8 referentes à base Medline e 1 à base SciELO,
por se adequarem aos requisitos e por serem relevantes para a análise e a discussão.
Ademais, dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, Revista Brasileira
de Cirurgia Plástica, Ministério da Saúde, além de protocolos e diretrizes, foram
consultados a fim de enriquecer a discussão do presente artigo.
RESULTADOS
No total, foram encontrados 382 artigos científicos publicados abordando o tema da
úlcera de Marjolin. Após a leitura dos resumos e das informações contidas em cada
estudo, selecionamos 21 artigos para compor e embasar a nossa revisão bibliográfica.
Destes 21, 9 artigos se adequam aos requisitos de serem estudos observacionais, analíticos
ou descritivos, sendo então analisados e apresentados na nossa tabela de resultados
(Quadro 1).
Quadro 1 - Estudos observacionais sobre úlcera de Marjolin (UM).
Autores |
Título |
Ano |
Resultados |
Tipo de Estudo |
Xiang et al.1 |
Clinical features and treatment of 140 cases of Marjolin’s ulcer at a major burn center
in southwest China
|
2019 |
A UM ocorreu principalmente em homens e decorrente de carcinoma de cicatriz após queimadura.
O tipo patológico foi principalmente carcinoma de células escamosas. Enxerto de pele
autólogo e reparo de retalho cutâneo local foram os principais métodos de reparo utilizados.
O osso do crânio foi o local mais suscetível à invasão.
|
Estudo Retrospectivo |
Bang & Woo2 |
The Fate of Chronic Burn Wounds Suspected as Marjolin’s Ulcers |
2018 |
Histologicamente, úlcera crônica e hiperplasia pseudoepiteliomatosa foram 21%, respectivamente,
e malignidade, incluindo carcinoma de células escamosas e leiomiossarcoma, foi 58%.
O período de latência médio foi de 31,6±13,0 anos, e a maioria das lesões ocorreu
nas extremidades.
|
Estudo Retrospectivo |
Kerr-Valentic et al.3 |
Marjolin’s Ulcer: modern analysis of an ancient problem |
2009 |
Embora a cicatriz de queimadura represente 76,5% dos pacientes na revisão dos autores,
úlceras de estase venosa, feridas traumáticas, osteomielite e úlceras de pressão também
são representadas como tipos de feridas que podem sofrer degeneração maligna.
|
Estudo Transversal com Revisão Bibliográfica |
Choi et al.4 |
Impact of Disturbed Wound Healing after Surgery on the Prognosis of Marjolin’s Ulcer |
2013 |
A proporção de recorrência aumenta em pacientes com baixo grau histológico ou metástases
em linfonodos no momento do diagnóstico. A proporção de recorrência é ainda maior
quando o problema ocorre durante o processo de cicatrização da ferida após a cirurgia.
|
Estudo Retrospectivo |
Calikapan et al.6 |
Marjolin ulcer of the scalp: intruder of a burn scar |
2008 |
Consistente com a literatura, a histopatologia dos tumores foi carcinoma de células
escamosas na maioria dos pacientes. Embora raro, o tumor mesenquimal está envolvido
em 2 de 9 pacientes. O período de latência do tumor é inversamente proporcional à
idade no momento da queimadura.
|
Estudo Transversal |
Serras et al.9 |
Melanoma Marjolin’s ulcer in the hand: a case report |
2019 |
Mulher, 74 anos, com melanoma maligno decorrente de cicatriz de queimadura em eminência
tenar direita 14 anos após a lesão inicial. A lesão foi excisada e o defeito coberto
por enxerto de pele de espessura total. Aos 6 meses de pós-operatório, não há sinais
de recorrência locorregional ou disseminação sistêmica.
|
Relato de caso |
Xiao et al.11 |
A review of 31 cases of Marjolin’s ulcer on scalp: Is it necessary to preventively
remove the scar?
|
2019 |
Dos 31 pacientes com UM no couro cabeludo, o período médio de latência e pós-ulceração
foi de 42,9 anos e 37,5 meses, respectivamente. Entre eles, 30 pacientes foram diagnosticados
com câncer 5 anos após a lesão inicial, e 25 experimentaram um período de pré-ulceração
superior a 20 anos. Foi identificada correlação negativa entre o período de pós-ulceração
da UM do couro cabeludo e seu período de pré-ulceração.
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|
Shen et al.12 |
Clinical characteristics and therapeutic analysis of 51 patients with Marjolin’s ulcer |
2015 |
Entre os pacientes com carcinoma espinocelular, 30,23% apresentaram metástase para
linfonodo sentinela e 11,63%, metástase à distância. Entre os pacientes com melanoma,
66,67% apresentaram metástases em linfonodo sentinela e 33,33%, metástases à distância.
|
Estudo Retrospectivo |
Costa et al.10 |
Epidemiologia e tratamento das úlceras de pressão: experiência de 77 casos |
2005 |
45 pacientes com 77 úlceras foram avaliados neste período. Em relação ao sexo, foi
encontrada uma predominância masculina 4:1. 32,47% das úlceras tiveram sua localização
em região sacral, 32,47% trocantérica e 15,58% isquiáticas. Na maioria jovem (média
de 34,78 anos), com lesão medular (100% dos pacientes), vítimas de lesões por arma
de fogo (60% dos pacientes), de caráter crônico (93,3%) e lesão grau IV (67,53%).
|
Estudo Prospectivo |
Quadro 1 - Estudos observacionais sobre úlcera de Marjolin (UM).
Os artigos selecionados para compor nossos resultados foram publicados entre os anos
de 2005 e 2019, originários dos países China, Estados Unidos da América, Coreia do
Sul, Turquia, Portugal e Brasil.
DISCUSSÃO
A úlcera de Marjolin é uma doença rara e constantemente agressiva. Desenvolve-se em
áreas previamente danificadas e afetadas cronicamente e sofre degeneração maligna
em 0,77 a 2% das feridas e cicatrizes, sobretudo, após queimadura2,5. De acordo com Serras et al.9, o tempo médio de latência é de 23 a 37 anos, não há distribuição por raça ou idade,
mas ocorre, preferencialmente, na quinta década de vida. Apresenta maior prevalência
em homens e ocorre principalmente nas extremidades inferiores, em torno de 40%, seguidas
pelas extremidades superiores, cabeça, pescoço e tronco9,10.
A fisiopatologia inclui vários fatores etiológicos responsáveis pela transformação
maligna. A diminuição da vascularização, combinada a um epitélio enfraquecido, cria
uma suscetibilidade para cronificação das feridas, sendo este um dos principais mecanismos
sugeridos desde a década de 19303.
A UM pode ser diagnosticada precocemente através de vigilância rigorosa durante o
período de latência3,11. Quando o período de cicatrização da ferida se prolonga devido à falta de tratamento
adequado, pode levar à perda de células do sistema imune e a eventos fisiológicos
de modo a prejudicar a vigilância imunológica, resultando na incapacidade de reconhecer
a não automalignidade nos estágios iniciais, podendo levar a quadro agressivo e propenso
a metástases3,5.
Irritação crônica e traumas repetitivos nessa área desnutrida atuam como promotores
de alterações degenerativas, onde há falta de organização do colágeno e comprometimento
do suprimento vascular devido à fibrose, contribuindo para o enfraquecimento do novo
epitélio que estará sendo formado e comprometendo o sistema imunológico vigente12.
Toxinas liberadas pelo tecido em necrose podem acarretar diretamente em mutações celulares5,9. Além disso, mutações nos genes responsáveis pela divisão celular e apoptose são
a causa do aumento da incidência de carcinoma em pacientes com a UM5. No entanto, uma vez que a ulceração ocorre, o fator irritante torna-se indiferente
devido à rapidez com que a malignidade progride, levando a doenças em estágios avançados
enfrentadas por cirurgiões11.
O diagnóstico se inicia com a história e a suspeita clínica fundamentada nas características
da úlcera: bordas elevadas, endurecidas, odor fétido, aspecto vegetante, ocasional
descarga purulenta associadas a úlceras de pressão ou venosas e cicatrizes por queimadura.
Recomenda-se a coleta de amostras do centro e das bordas da úlcera para posterior
análise histopatológica e confirmação diagnóstica5.
Outrossim, é fundamental aprofundar a história pregressa do paciente, devido ao fato
de que queimaduras mal cicatrizadas durante a infância podem ser o fator causal da
lesão atual12,13. Existe risco de metástases para os linfonodos regionais e, em caso de suspeição
clínica de acometimento linfonodal, estes devem ser qualificados para cirurgia. A
biópsia do linfonodo sentinela é altamente sensível e é recomendada para identificar
metástases5.
Com a possibilidade do envolvimento de estruturas nobres, da recorrência da lesão
e de metástases, é de suma importância o diagnóstico precoce14. A demora na procura e no atendimento médico, além do tratamento inadequado pelo
erro no diagnóstico da ferida, adiam a abordagem terapêutica, essenciais ao bom prognóstico9.
O CEC lidera como o tipo histológico mais encontrado e é formado por células que imitam
as da epiderme normal, porém com arquitetura desorganizada, atipias nucleares e mitoses
típicas e atípicas8,15. É comum identificar pérolas córneas, onde ocorre condensação de queratina no centro
dos agrupamentos celulares, indício de boa diferenciação do carcinoma epidermoide8. O CBC é a segunda neoplasia mais comum7. Surge nas células basais que se encontram na camada mais profunda da epiderme. O
melanoma, que ocupa o terceiro lugar na incidência de UM, é um tumor altamente maligno
que se origina de melanócitos na camada basal da epiderme e infiltra a derme15,16.
Outro diagnóstico diferencial de importância é a hiperplasia pseudoepiteliomatosa
ou pseudocarcinomatosa17. Trata-se de uma doença benigna, caracterizada por hiperplasia da epiderme e epitélio
anexial, que simula CCE17. Pode ser encontrada em várias clínicas de doenças heterogêneas2,18. Também conhecida como ‘’acantose invasiva’’ e ‘’hiperplasia epidérmica verrucoide’’,
pode ser mal interpretada como CCE, especialmente nos casos em que o processo primário
localizado na derme não é facilmente visto, ou quando a biópsia é superficial e não
inclui porção suficiente da derme18.
A utilização de terapêuticas não cirúrgicas ainda é controversa. O uso de cisplatina,
5- fluorouracil e bleomicina mostrou remissões parciais ou completas2. Porém, os efeitos da quimioterapia e da radioterapia citotóxica ainda são duvidosos
e possuem divergências na literatura1,6. Questionam-se os efeitos radioterápicos devido à pouca vascularização ao redor do
tecido ulcerado6, porém, a radioterapia é frequentemente indicada em pacientes inoperáveis ou como
tratamento de consolidação pós-cirúrgico1,6. Dentre as indicações para radioterapia, tem-se:
metástase de linfonodos regionais inoperantes;
lesões grau 3 com linfonodos positivos após dissecção nodal;
tumores com diâmetro superior a 10cm e com linfonodos positivos após dissecção regional
de linfonodos;
lesões grau 3 com diâmetro tumoral superior a 10cm e linfonodos negativos após dissecção
linfática regional; e
lesões de cabeça e pescoço com linfonodos positivos após dissecção regional de linfonodos5.
Atualmente, o tratamento mais eficaz e utilizado é o cirúrgico1. A dissecção linfonodal profilática é sugerida por diversos autores devido ao perfil
de progressão agressivo1,2. Esta baseia-se no grau histológico do tumor ou na indicação da dissecção do linfonodo
sentinela e, segundo recomendações, é realizada apenas nas cadeias linfonodais clinicamente
positivas ou em casos de linfonodos histologicamente positivos após punção aspirativa
por agulha fina2. Debate-se, muito correntemente, que os achados da tomografia computadorizada por
emissão de pósitrons (PET-TC) em combinação com biópsia guiada por ultrassom têm uma
boa taxa de acurácia para pesquisa de metástases nos linfonodos12.
A intervenção cirúrgica requer extensa excisão tecidual com margens de 2cm4. Em alguns casos, recomenda-se extensão a 5cm da borda da ferida1, capaz de melhorar o prognóstico através da diminuição de recorrência pós-cirúrgica19. A excisão radical faz-se necessária devido à transformação maligna ocorrer principalmente
nas bordas das úlceras durante a cicatrização por segunda intenção. A chance de biópsia
falso-negativa, devido à natureza focal da alteração maligna, também sugere depuração
oncológica excisional da lesão primária, com margens de segurança horizontais de 2
a 4cm e margens verticais próximas às estruturas de barreira não envolvidas2.
A profundidade da ressecção depende do nível de invasão das células tumorais. A camada
superficial da fáscia profunda, o tecido muscular e periósteo são estruturas possivelmente
acometidas por células neoplásicas1. O desbridamento a nível facial, na maioria dos casos, é requisito mínimo e ressecções
insuficientes podem cursar com comprometimento da cicatrização e recidiva2,19.
No entanto, invasões teciduais profundas e/ou invasões ósseas dificultam a ressecção
radical da lesão. A amputação é indicada em casos de ressecções muito extensas2,19. O acometimento muscular profundo demanda maiores excisões, podendo acometer periósteo
e o osso cortical2,19. A excisão das estruturas também é indicada, de modo a evitar recorrência devido
a tumores residuais1. Considera-se, também, a amputação em casos de inviabilidade articular.
Após a ressecção da úlcera, reparação e reconstrução funcional adequadas devem ser
instituídas com o objetivo de melhorar a qualidade de vida do paciente, por meio de
opções como enxerto de pele e retalhos20. Os enxertos são indicados em situações que demandam acompanhamento de possíveis
recidivas. Os retalhos, para cobertura de estruturas nobres e manutenção da função1,2. O retalho microcirúrgico tem sua indicação para casos em que a área de ressecção
é extensa, com possibilidade de radioterapia pós-operatória20.
Reconhecer rapidamente os sinais de recorrência do câncer após a excisão cirúrgica
é de suma importância para melhor prognóstico. Um diagnóstico ativo através de exames
físicos adicionais, radiografias gerais, tomografia computadorizada, ressonância magnética,
entre outros, pode ser necessário para obter a confirmação precoce da recorrência.
Os fatores desencadeantes de recidiva ainda são pouco elucidados, porém, o grau histológico
pré-cirúrgico do carcinoma, distúrbios de cicatrização e metástases linfonodais são
fatores que sugerem relação com possível recorrência. A taxa de recorrência ainda
vem sendo pesquisada. Alguns estudos demonstraram recorrência em 8 de 12 pacientes,
4 a 5 meses após a cirurgia, com média de 3 a 10 meses4.
CONCLUSÃO
Em suma, a UM é uma neoplasia maligna rara, mas altamente agressiva, que precisa ser
melhor estudada e assistida. Possui amplo diagnóstico diferencial, que deve ser conhecido
para que outras hipóteses sejam descartadas. O tratamento mais eficaz é o cirúrgico.
Radioterapia pode ser indicada em casos específicos pré-operatórios ou como terapia
coadjuvante pós-operatória, e a quimioterapia não demonstrou bons resultados. Nos
estágios iniciais, o tumor maligno é passível de excisão simples e em casos tardios
a ressecção, por ser ampla, pode acarretar grande morbidade. Isto posto, o diagnóstico
precoce e tratamento adequados são a chave para a boa evolução da UM.
REFERÊNCIAS
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the Prognosis of Marjolin’s Ulcer. Arch Plast Surg. 2013;40(3):198-202.
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1. Centro Universitário de Belo Horizonte, Belo Horizonte, MG, Brasil.
2. Universidade de Uberaba, Uberaba, MG, Brasil.
3. Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.
4. Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, MG, Brasil.
Autor correspondente: Nathália Nunes Rodovalho Alameda do Ingá, 785, apto 403, Vila da Serra, Nova Lima, MG, Brasil CEP: 34006-042
E-mail: nathalia_nr@hotmail.com
Artigo submetido: 27/10/2021.
Artigo aceito: 07/04/2022.
Conflitos de interesse: não há.