INTRODUÇÃO
As pálpebras são estruturas delicadas e constituem um componente
estético e funcional fundamental da face; são as estruturas
encarregadas da cobertura e proteção do globo ocular e desempenham um
papel crítico na lubrificação do olho. Talvez nenhuma outra
região do corpo humano forneça uma interação tão
delicada entre a anatomia, a funcionalidade e a estética.
O objetivo primário na reconstrução palpebral é restaurar
a funcionalidade desta unidade facial para manter a proteção ocular,
garantindo assim a preservação da visão; o objetivo
secundário mais importante é alcançar uma aparência
normal devido à importância crítica da região periocular
nas relações sociais1. A restauração da aparência e a
função normal das pálpebras requer a reconstrução
de cada um dos seus componentes: conjuntiva, tarso e camada
miocutânea2.
A perda de tecido na região palpebral é causada principalmente por
excisões cirúrgicas de neoplasias cutâneas; existem algumas
outras etiologias, menos comuns, tais como: trauma, infecções,
malformações congênitas, complicações
secundárias a intervenções médicas, crioterapia e
irradiação3.
Os tumores malignos da pálpebra constituem cerca de 40% de todos os
carcinomas da região orbitaria4. De acordo com estudos epidemiológicos, o carcinoma
basocelular é o tumor palpebral mais comum, seguido do carcinoma
escamocelular5.
Aproximadamente 90% dos casos afetam a pálpebra inferior e a região do
canto medial6, e são
caracterizados por um crescimento constante e progressivo com tendência a
infiltrar os tecidos subjacentes2.
A reconstrução palpebral após a ressecção de um
tumor maligno é planejada com base no tamanho e na profundidade do defeito,
no comprometimento do canto medial ou lateral e na presença ou não de
lesão do sistema lacrimal7.
Lesões com acometimento menor que 25% podem ser resolvidas com fechamento
primário do defeito na maioria dos casos8. Entretanto, defeitos palpebrais que abrangem mais de um
quarto da largura da pálpebra não podem ser tratados com fechamento
primário e requerem uma abordagem reconstrutiva mais complexa9. Para defeitos profundos e amplos,
com comprometimento tanto da lamela anterior como posterior, têm sido
descritas múltiplas opções terapêuticas com retalhos
cutâneos locais associados a enxertos cartilaginosos ou mucoperiosteais que
fornecem uma adequada cobertura, sustento e similaridade da pele, porém com
ausência de musculatura funcionante nas pálpebras restauradas. A
reconstrução dinâmica da pálpebra mediante a
transposição muscular ou a realização de retalhos
musculares livres funcionantes oferece uma ótima solução para a
recuperação da funcionalidade palpebral e a proteção
ocular subsequente.
O objetivo deste trabalho é relatar um caso de reconstrução
dinâmica do complexo palpebral, imediatamente após a
ressecção de um carcinoma basocelular infiltrativo, com a
restituição das diferentes camadas previamente descritas.
RELATO DE CASO
Paciente masculino de 55 anos, proveniente do interior do estado de Rio Grande do
Sul, comerciante, com hipertensão arterial com adequado controle
farmacológico. Apresenta-se com quadro clínico de lesão
cutânea tipo placa, eritematosa, não descamativa, de crescimento
progressivo em pálpebra superior, com extensão e comprometimento do
canto interno e terço medial da pálpebra inferior ipsilateral.
Avaliado inicialmente pela dermatologia, realizou biopsia da lesão com
resultado anatomopatológico de carcinoma basocelular infiltrativo, ante o
qual foi decidido tratamento com cirurgia micrográfica de Mohs e
reconstrução imediata.
O paciente foi levado à cirurgia sob anestesia geral para
ressecção da lesão com margens de segurança, conforme
técnica previamente descrita (Figura 1)
e reconstrução periorbitária de partes moles no mesmo tempo
cirúrgico. A região comprometida foi infiltrada com lidocaína
2% com adrenalina. Com a exérese da lesão, houve perda da espessura
total das estruturas da pálpebra superior e inferior (lamela anterior e
posterior), assim como destruição e desinserção do canto
interno do olho com preservação parcial do ducto lacrimal mediante
canulação com Silastic®. Após a
avaliação minuciosa do defeito descrito decidiu-se realizar uma
reconstrução dinâmica mediante cirurgia combinada de
transposição do músculo temporal, enxerto de cartilagem da
concha auricular e rotação de retalho frontal contralateral para
cobertura cutânea.
Figura 1 - A. Carcinoma basocelular acometendo pálpebra
superior, inferior e canto interno; B. Defeito residual
após ressecção da neoplasia cutânea.
Figura 1 - A. Carcinoma basocelular acometendo pálpebra
superior, inferior e canto interno; B. Defeito residual
após ressecção da neoplasia cutânea.
Em primeiro lugar, realizou-se um enxerto de cartilagem da concha auricular para
mimetização do tarso e sustentação da pálpebra
inferior. Posteriormente, mediante incisão pré-capilar com
extensão à região temporal, foi confeccionado o retalho de
musculo temporal (Gillies) ipsilateral com bifurcação distal, mediante
a desinserção do músculo da sua origem na fossa temporal e
preservação da sua inserção ao nível da
apófise coronoide, garantindo assim a manutenção da
funcionalidade muscular para a posterior mimetização da
função do músculo orbicular da pálpebra. Após a
confecção, foi realizada a transposição e posicionamento
do retalho para a reconstrução da camada muscular, tanto da
pálpebra superior como da pálpebra inferior; o vértice da
bifurcação localizou-se ao nível do canto lateral, e o
posicionamento das divisões cefálica e caudal nas pálpebras
superior e inferior, respectivamente (Figura 2). Sucessivamente, realizou-se a reconstrução do canto interno
mediante cantopexia com fio de aço (fixado na borda superomedial da
órbita por perfuração).
Figura 2 - Retalho temporal (Gillies) bifurcado em seu extremo distal.
Figura 2 - Retalho temporal (Gillies) bifurcado em seu extremo distal.
Finalmente, para restauração da camada mais externa e cobertura das
estruturas previamente descritas, confeccionou-se um retalho frontal contralateral
“em máscara”, para mimetizar a abertura da rima palpebral, com
rotação anti-horária (Figura 3).
Figura 3 - Retalho frontal posicionado com incisão central que mimetiza a
rima palpebral.
Figura 3 - Retalho frontal posicionado com incisão central que mimetiza a
rima palpebral.
O paciente evoluiu adequadamente no período pós-operatório,
realizando acompanhamento semanal com a equipe assistente, com
confirmação da viabilidade dos retalhos. Após aproximadamente
seis semanas do procedimento inicial, foi realizado um segundo tempo
cirúrgico para secção do pedículo do retalho frontal,
remodelação e reposicionamento das bordas da área doadora,
assim como refinamento da região periocular reconstruída. Os fios de
sutura da região palpebral foram deixados suficientemente longos para
diminuir o risco de lesão da córnea (Figura 4). A recuperação pós-operatória foi
adequada, com ótima cicatrização e manutenção da
dinâmica palpebral com fechamento completo da fenda, garantindo assim a
proteção e lubrificação ocular.
Figura 4 - Resultado pós-operatório de 3 meses da
reconstrução inicial, após secção do
pedículo vascular do retalho frontal e refinamento da unidade
palpebral.
Figura 4 - Resultado pós-operatório de 3 meses da
reconstrução inicial, após secção do
pedículo vascular do retalho frontal e refinamento da unidade
palpebral.
DISCUSSÃO
O reparo dos defeitos palpebrais começa com uma cuidadosa
avaliação dos componentes anatômicos que têm sido
ressecados e precisam ser reconstruídos; a extensão e a
localização do mesmo guiarão a reconstrução. Em
pacientes com defeitos de espessura total, o tamanho do defeito e o grau de
frouxidão nos tecidos moles perioculares são determinantes
críticos do melhor procedimento reconstrutivo ou da combinação
de procedimentos necessários para a restauração da anatomia,
funcionalidade e estética palpebral.
As opções de reconstrução estão resumidas,
conforme a camada comprometida, da seguinte forma: lamela anterior: retalho
cutâneo, retalho miocutâneo, enxerto de pele de espessura total;
suporte/estrutura: retalho fascial, retalho periosteal, sling de
fáscia, enxerto cartilaginoso; forro: mucosa oral, retalho local de
conjuntiva; ou retalhos compostos tais como enxerto mucopericondral ou retalho
tarsoconjuntival10.
É importante seguir uma abordagem sistemática da
reconstrução palpebral. Pequenos defeitos da lamela anterior, com
preservação do tarso, podem ocasionalmente ser tratados com
cicatrização por segunda intenção11. Os melhores resultados observados
com este tipo de abordagem são evidenciados nas lesões superficiais da
região do canto interno, devido à resistência do osso nasal
à contratura, limitando assim o risco de ectrópio cicatricial;
porém, pode demorar várias semanas aumentando o risco de
infecção, irritação ocular e a necessidade de curativos
oclusivos que obstruem a visão do paciente durante o processo de
cicatrização12. Se o defeito envolve menos do 20% da margem palpebral superior
ou inferior em indivíduos jovens, e até 30% em indivíduos mais
velhos, poderá ser realizado fechamento primário. Um ganho no
alongamento horizontal pode ser obtido através da cantotomia ou
cantólise lateral11.
Defeitos superficiais da pálpebra superior, limitados à lamela
anterior, são melhor reparados mediante a realização de enxerto
de pele de espessura total da pálpebra contralateral; em geral, há
menos contratura secundária com os enxertos de pele de espessura total do que
com os enxertos de espessura parcial13. Em defeitos maiores que 50%, tradicionalmente são
necessárias reconstruções com retalhos compostos locais tais
como retalho frontal, retalho de Cutler-Beard, retalho de Mustardé ou
retalhos de avanço/rotação da região zigomática,
todos precisando de um segundo tempo cirúrgico para a
reconstrução de cada uma das camadas comprometidas14,15.
Conforme o caso relatado, em grandes defeitos nos quais é necessário a
ressecção da placa tarsal sem preservação das bordas
medial e lateral, faz-se necessário providenciar uma estabilidade estrutural
à pálpebra reconstruída mediante a realização de
um enxerto cartilaginoso, geralmente de concha auricular, enxerto de mucosa de
palato duro ou um enxerto condromucoso de septo nasal16,17.
Seguidamente, para a proteção da neoplaca tarsal, precisa-se de uma
cobertura que garanta o suprimento sanguíneo para a viabilidade do enxerto, o
qual no caso relatado foi obtido com a transposição de músculo
temporal. Este tipo de retalho recebe sua vascularização da
artéria temporal profunda anterior e posterior, tendo assim dois
territórios vasculares que permitem o uso separado da fáscia ou o
músculo temporal na elevação do retalho, tornando-o muito
versátil na reconstrução da cabeça e do
pescoço18. No caso
relatado, este retalho favoreceu adicionalmente a reconstrução
dinâmica da pálpebra mediante a contração da fibra
muscular do temporal que mimetiza a abertura e o fechamento da fenda palpebral.
A reconstrução de defeitos palpebrais totais representa um desafio
significativo em termos de recriação de uma pálpebra
cosmeticamente aceitável e com um grau de função
dinâmica capaz de fornecer uma adequada proteção ao globo
ocular, prevenindo o risco de olho seco e úlcera corneal
secundária19.
Vários métodos de tratamento têm sido propostos para restaurar
a funcionalidade palpebral, tais como retalhos miocutâneos livres com
transferência e anastomose nervosa e retalhos musculares ou
miocutâneos locais. A reanimação palpebral mediante a
transferência do músculo temporal foi descrita inicialmente por
Gillies, em 193420, e tem sofrido
múltiplas modificações durante o tempo para melhorar a
eficácia da técnica21. O retalho de Gillies permite a criação de uma
cobertura ocular funcional tanto da palpebral superior quanto da inferior, com a
mimetização do canto lateral e a fenda palpebral mediante a
bifurcação da sua porção mais distal; é um
procedimento útil, versátil, efetivo e, com o adequado conhecimento da
anatomia, tecnicamente fácil de ser realizado. Adicionalmente, em
comparação com a microcirurgia é um procedimento rápido
e de menor complexidade, o qual pode constituir uma vantagem em determinados
pacientes.
Finalmente, a despeito de toda destreza técnica e planejamento adequado, a
reconstrução palpebral de espessura total pode não ser
funcionalmente bem-sucedida. O paciente pode permanecer com desconforto e
irritação ocular importantes pelo contato da córnea com as
estruturas utilizadas para a reconstrução. Há ainda que se
citar o problema de lubrificação ocular. Em situações
extremas, há relatos de paciente que optam pela enucleação.
Assim, a resolução destes potenciais problemas
pós-operatórios segue como motivo de estudo.
CONCLUSÃO
A importância da reconstrução das pálpebras, pela sua
função de proteção ocular e por seu impacto
estético, é bem estabelecida entre os cirurgiões
plásticos. Cada componente palpebral deve ser cuidadosamente avaliado e, se
necessário, reconstruído com a técnica cirúrgica mais
indicada. A obtenção de uma pálpebra superior dinâmica
é um diferencial na qualidade da proteção ocular, tendo como
opções terapêuticas a realização de retalhos
locais ou locorregionais, simples ou compostos, únicos ou combinados ou, se
necessário e disponível, a reconstrução
microcirúrgica. A transferência do músculo temporal constitui
uma opção versátil, efetiva, rápida e com durabilidade
dos resultados a longo prazo para a reconstrução de grandes defeitos
palpebrais.
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Serviço de Cirurgia Plástica e Craniomaxilofacial, Porto Alegre,
RS, Brasil.
2. Hospital Sao Lucas da PUC, Serviço de
cirurgia dermatológica, Porto Alegre, RS, Brasil.
Autor correspondente: Mônica Alexandra
Jimenez Zerpa, Avenida Ipiranga, 7464, Sala 1118, Jardim
Botânico, Porto Alegre, RS, Brasil., CEP: 91530-000, E-mail:
monijimenezz@gmail.com
Artigo submetido: 06/07/2020.
Artigo aceito: 10/01/2021.
Conflitos de interesse: não há.
Instituição: Hospital de Clinicas de Porto Alegre, Porto
Alegre, RS, Brasil.