INTRODUÇÃO
Em cirurgia plástica utilizam-se enxertos e retalhos para mover tecidos e reparar
defeitos. Ocasionalmente as condições de uma ferida e da sua vizinhança não favorecem
sua cobertura com enxerto ou com retalho local. Retalhos transferidos à distância
podem ser boas opções nesses casos. No século XV, membros da família Branca confeccionaram
retalho no braço e o transferiram diretamente para reconstruir defeito nasal. Membros
da família Vianeo otimizaram este método pela adoção de um intervalo de tempo entre
a confecção e a transferência definitiva. Tagliacozi ampliou e divulgou este conceito
no século XVI1,2. Em 1854, Hamilton confeccionou o primeiro retalho cruzado de perna para tratar paciente
com úlcera crônica. Em 1862, Wood confeccionou o primeiro retalho axial, à distância,
na região inguinal. Em 1950, Gudin e Pangman descreveram o retalho cruzado de dedo,
mas Cronin já o havia confeccionado em 1945 durante a Segunda Guerra Mundial3.
A importância da transferência de retalho à distância com secção do pedículo vascular
em segundo tempo tem diminuído devido ao melhor conhecimento do padrão vascular e
dos angiossomos. O desenvolvimento de outras técnicas trouxe alternativas, como retalhos
axiais, fasciocutâneos, musculocutâneos, retalhos baseados em vasos perfurantes e
retalhos livres. Entretanto, a técnica de transferência de retalho à distância com
secção do pedículo vascular em segundo tempo permanece válida para um grande número
de retalhos frequentemente utilizados para reconstrução de cabeça e pescoço, do antebraço,
da mão, da perna e do pé4.
OBJETIVO
O objetivo deste trabalho foi demonstrar a resolutividade da transferência de retalho
à distância com secção do pedículo vascular em segundo tempo para cobertura de regiões
que sofreram perda de substância.
MÉTODOS
Este estudo observacional, baseado em série de casos conduzidos pelo autor, descreve
aspectos técnicos quanto à indicação, execução e acompanhamento da transferência de
retalho à distância com secção do pedículo vascular em segundo tempo, utilizado para
reconstrução estética e funcional. Não foram realizadas quaisquer intervenções além
das necessárias e consagradas na literatura para o tratamento assistencial. Não há
conflitos de interesse e nem fontes de financiamento.
Os pacientes foram tratados em Belo Horizonte/MG, no Hospital João XXIII, e em Betim/MG,
no Hospital Regional de Betim, entre 2007 e 2019.
Foram selecionados para reconstrução por transferência de retalho à distância com
secção do pedículo vascular em segundo tempo pacientes adultos, sem distinção de gênero,
que sofreram perda tecidual.
Como critérios de exclusão à reconstrução com retalho a distância, rejeitaram-se:
1. Portadores de infecção;
2. Possibilidade de síntese primária da lesão;
3. Possibilidade de reconstrução adequada com enxertia de pele;
4. Possibilidade de reconstrução adequada com retalho local;
5. Recusa do paciente quanto ao tratamento proposto.
Paciente 1: vítima de amputação da falange distal e desenluvamento do quarto dedo
da mão esquerda por aliança presa em trave de gol durante partida de futebol, preservado
movimento do tendão flexor superficial; há exposição cartilaginosa (Figura 1).
Figura 1 - Paciente 1, amputação da falange distal e desenluvamento do quarto dedo.
Figura 1 - Paciente 1, amputação da falange distal e desenluvamento do quarto dedo.
Paciente 2: vítima de traumatismo por furadeira, com amputação do polegar esquerdo
por arrancamento juntamente com a luva de proteção, e perda de substância periferida.
Foi mantido o movimento rudimentar de pinça pelo primeiro metacarpo; há exposição
óssea sem periósteo (Figura 2).
Figura 2 - Paciente 2, amputação do polegar com exposição do primeiro metacarpo e perda de substância
ao redor.
Figura 2 - Paciente 2, amputação do polegar com exposição do primeiro metacarpo e perda de substância
ao redor.
Paciente 3: vítima de atropelamento há anos, com perda da região calcânea esquerda
e perda de substância plantar parcial do pé esquerdo. Nessa época foi submetido à
enxertia de pele parcial e evoluiu com flexão plantar fixa do pé (Figura 3).
Figura 3 - Paciente 3, sequela funcional de perda de substância calcânea de vítima de atropelamento.
Figura 3 - Paciente 3, sequela funcional de perda de substância calcânea de vítima de atropelamento.
Paciente 4: vítima de queimadura térmica. Há exposição óssea sem periósteo e tendinosa
sem peritendão (Figura 4).
Figura 4 - Paciente 4, visão dorsal do membro superior desbridado, com exposição óssea e tendinosa
após queimadura térmica.
Figura 4 - Paciente 4, visão dorsal do membro superior desbridado, com exposição óssea e tendinosa
após queimadura térmica.
Paciente 5: vítima de queimadura térmica, com grande perda de substância. Há exposição
de diversos tendões sem peritendão (Figura 5).
Figura 5 - Paciente 5, perda de substância por queimadura térmica do pé, com exposição de diversos
tendões anteriores e do tendão calcâneo.
Figura 5 - Paciente 5, perda de substância por queimadura térmica do pé, com exposição de diversos
tendões anteriores e do tendão calcâneo.
Procurou-se eleger região doadora de tecido com possibilidade de movimentação ampla,
de maneira que alcançasse a região receptora sem tensão, que a cobrisse totalmente
e que minimizasse o desconforto, se necessária a imobilização segmentar do paciente,
durante o período de 21 dias, necessário para estabelecimento da conexão vascular
com a região receptora antes da secção do pedículo.
Mediu-se a área da região a ser coberta para estimar a quantidade necessária de tecido
a ser recrutado, de maneira que possibilitasse a síntese primária da região doadora
ou enxertia cutânea sobre a mesma. Em casos de necessidade de pedículo vascular muito
longo, estimou-se o seu comprimento utilizando-se um cordão confeccionado com gaze,
como uma ponte necessária para carrear o retalho e unir as regiões doadora e receptora
sem tensão, e em formato de arco suave, sem mudança brusca de direção. Demarcou-se
na região doadora a área do retalho a ser transferido e o segmento de tecido contíguo
que exerceria a função de pedículo vascular, conforme o comprimento do cordão confeccionado
com gaze, levando em consideração o conforto do paciente durante o período de transferência.
Em retalhos de base aleatória, procurou-se limitar a largura do pedículo a cerca da
metade da dimensão do comprimento total. Em retalhos mais longos foram incluídos vasos
axiais.
Sob raquianestesia ou anestesia geral, dependendo do local a ser tratado e da região
doadora do retalho, e profilaxia antimicrobiana, incisou-se o perímetro e elevou-se
o retalho a ser transferido. Aproximou-se o retalho da região cruenta e a cobriu sem
tensão e sem angulação aguda do seu pedículo vascular. Fixou-se o retalho em posição
por pontos simples, cardinais, absorvíveis na derme e pontos simples de nylon na pele. Procedeu-se a síntese primária da região doadora de retalho de maneira similar.
Caso a síntese primária fosse impossível, procedeu-se a enxertia de pele sobre a região
doadora de tecido.
De maneira geral, protegeu-se a face cruenta do pedículo vascular envolvendo-o com
gazes estéreis embebidas em óleo. Se necessário, imobilizou-se o segmento contendo
a região receptora, a região doadora e seu pedículo vascular com algodão ortopédico
e ataduras de gesso. Essa medida procurou minimizar o movimento do retalho em processo
de conexão dos vasos sanguíneos com a região receptora. A região em tratamento foi
higienizada e os curativos e a imobilização foram trocados semanalmente até completarem-se
21 dias. Nesse período, os pacientes que necessitaram de permanência no leito receberam
profilaxia contra tromboembolismo venoso com heparina.
Após três semanas seccionou-se o pedículo vascular na margem do retalho transferido
e completou-se a fixação do retalho na região receptora com fio de nylon. O segmento proximal, que continha o pedículo seccionado, foi descartado, ou refixado
na sua origem com fio de nylon, ou utilizado para cobrir a exposição de outra estrutura nobre, contígua ao retalho
transferido. Nesse momento, os fios de sutura do procedimento anterior foram removidos.
Realizou-se curativo seco. Os fios de sutura desse novo procedimento foram removidos
em três semanas. Devido à imobilização articular por 21 dias, os pacientes foram encaminhados
para fisioterapia.
RESULTADOS
Paciente 1: a ferida do dedo foi coberta por retalho da região inguinal (Figuras 6 a 8). Paciente 2: a ferida da mão foi coberta por retalho da região inguinal (Figuras 9 a 11). Paciente 3: foi submetido na primeira abordagem à incisão na margem proximal da
região enxertada, liberação de aderências e alongamento do tendão calcâneo por deslizamento,
para possibilitar dorsiflexão do pé. O tendão calcâneo exposto, sem peritendão, foi
coberto por retalho fasciocutâneo sural, de fluxo reverso, do mesmo lado. Em segunda
abordagem, o paciente foi submetido a desbridamento cirúrgico da úlcera causada pela
sustentação do corpo sobre o frágil enxerto de pele parcial antigo da região calcânea,
que passou a tocar o solo após a primeira abordagem, e que foi parcialmente removido.
Foi, então, submetido à cobertura dessa região por retalho fasciocutâneo sural, de
fluxo reverso, contralateral (Figuras 12 a 14).
Figura 6 - Marcação do retalho inguinal para cobertura da lesão no quarto dedo.
Figura 6 - Marcação do retalho inguinal para cobertura da lesão no quarto dedo.
Figura 7 - Cobertura da lesão no quarto dedo por retalhos recrutados da região inguinal.
Figura 7 - Cobertura da lesão no quarto dedo por retalhos recrutados da região inguinal.
Figura 8 - Pós-operatório da cobertura da lesão do quarto dedo por retalho transferido da região
inguinal.
Figura 8 - Pós-operatório da cobertura da lesão do quarto dedo por retalho transferido da região
inguinal.
Figura 9 - Marcação do retalho inguinal para cobertura da lesão na mão.
Figura 9 - Marcação do retalho inguinal para cobertura da lesão na mão.
Figura 10 - Cobertura da lesão na mão por retalho recrutado da região inguinal.
Figura 10 - Cobertura da lesão na mão por retalho recrutado da região inguinal.
Figura 11 - Pós-operatório da cobertura da lesão da mão por retalho transferido da região inguinal.
Figura 11 - Pós-operatório da cobertura da lesão da mão por retalho transferido da região inguinal.
Figura 12 - Marcação do retalho sural de fluxo reverso na perna direita para conferir tecido mais
espesso à região calcânea esquerda, após alongamento do tendão calcâneo esquerdo e
cobertura por retalho sural de fluxo reverso esquerdo do defeito criado.
Figura 12 - Marcação do retalho sural de fluxo reverso na perna direita para conferir tecido mais
espesso à região calcânea esquerda, após alongamento do tendão calcâneo esquerdo e
cobertura por retalho sural de fluxo reverso esquerdo do defeito criado.
Figura 13 - Cobertura da região calcânea esquerda por retalho sural de fluxo reverso recrutado
da perna direita.
Figura 13 - Cobertura da região calcânea esquerda por retalho sural de fluxo reverso recrutado
da perna direita.
Figura 14 - Pós-operatório dos retalhos surais de fluxo reverso, um da perna esquerda para cobrir
a região alongada da articulação do tornozelo esquerdo e um da perna direita para
cobrir a região calcânea esquerda.
Figura 14 - Pós-operatório dos retalhos surais de fluxo reverso, um da perna esquerda para cobrir
a região alongada da articulação do tornozelo esquerdo e um da perna direita para
cobrir a região calcânea esquerda.
Paciente 4: para cobertura dos dorsos da mão e do antebraço confeccionou-se retalho
cutâneo abdominal, de base inferior, uma vez que a região onde seria a base superior
do retalho encontrava-se enxertada devido à queimadura. O membro a ser coberto foi
sepultado sob o retalho, e os dedos individualizados por segmentos plásticos de sonda
uretral, mantidos em posição para moldar as pregas interdigitais, fixos por pontos
que uniram a sonda à aponeurose abdominal, transfixando-se a pele (Figuras 15 a 17).
Figura 15 - Cobertura das lesões da mão por sepultamento sob retalho abdominal de base inferior.
Figura 15 - Cobertura das lesões da mão por sepultamento sob retalho abdominal de base inferior.
Figura 16 - Pós-operatório imediato da cobertura óssea e tendinosa do dorso da mão por retalho
transferido da região abdominal.
Figura 16 - Pós-operatório imediato da cobertura óssea e tendinosa do dorso da mão por retalho
transferido da região abdominal.
Figura 17 - Pós-operatório tardio de cobertura óssea e tendinosa do dorso da mão por retalho transferido
da região abdominal.
Figura 17 - Pós-operatório tardio de cobertura óssea e tendinosa do dorso da mão por retalho transferido
da região abdominal.
Paciente 5:os tendões da região anterior do tornozelo e pé foram cobertos por retalho
da perna contralateral. Utilizaram-se segmentos de sonda uretral na região de transição
entre o pedículo vascular e o retalho a ser transferido, suturados ao plano profundo
para reforçar o contato integral da superfície do retalho com o leito receptor. Após
transferência do retalho e secção do pedículo vascular, o tecido excedente, tendo
como base o retalho transferido, foi utilizado para cobrir o tendão calcâneo (Figuras 18 a 20).
Figura 18 - Cobertura dos tendões anteriores do pé esquerdo por retalho recrutado da perna direita.
Figura 18 - Cobertura dos tendões anteriores do pé esquerdo por retalho recrutado da perna direita.
Figura 19 - Cobertura do tendão calcâneo com o tecido excedente após secção do pedículo vascular
do retalho transferido.
Figura 19 - Cobertura do tendão calcâneo com o tecido excedente após secção do pedículo vascular
do retalho transferido.
Figura 20 - Pós-operatório da cobertura anterior e posterior do pé esquerdo por retalho transferido
da perna direita.
Figura 20 - Pós-operatório da cobertura anterior e posterior do pé esquerdo por retalho transferido
da perna direita.
Os retalhos transferidos foram eficazes na cobertura das feridas. Não houve casos
de necrose ou infecção nas regiões doadoras ou receptoras.
DISCUSSÃO
A transferência de retalho à distância com secção do pedículo vascular em segundo
tempo tem sido utilizada com grande sucesso há anos. Apesar da necessidade de segundo
tempo cirúrgico e do desconforto do paciente, cuja região tratada permanece imobilizada
por semanas, permite que sejam transferidos tecidos mais complexos que enxertos entre
locais não contíguos. A seleção de pacientes adultos justificou-se pela necessidade
de compreensão do desconforto temporário e cooperação nesse período. Para diminuir
o desconforto, devem-se buscar posições mais confortáveis sem grandes angulações,
sem fricção entre membros, que causa maceração da pele, e com pedículo carreador do
retalho frouxo, o que evita que pequenos movimentos do paciente causem danos às frágeis
conexões em formação entre os vasos sanguíneos doadores e receptores. Para se adotar
essa estratégia em relação ao paciente 3, optou-se por retalho axial de fluxo reverso
contralateral, ao invés de fluxo anterógrado, para se evitar grande flexão de uma
das pernas e toque entre elas.
O retalho transferido não conta com nutrição imediata do leito receptor, o que permite
cobrir estruturas nobres sem suprimento sanguíneo em sua superfície, como osso sem
periósteo, cartilagem sem pericôndrio, tendão sem peritendão ou nervo sem perineuro.
Estes foram os motivos que impossibilitaram a reconstrução apenas por enxertia de
pele. Em todos os casos pôde-se notar sangramento arterial no momento da incisão do
pedículo vascular após 21 dias, sem necessidade de qualquer teste prévio de viabilidade.
Frequentemente os tecidos próximos às lesões causadas por traumatismo encontram- se
igualmente danificados, dificultando o planejamento de reconstruções com retalhos
locais. Também frequentes são os fixadores externos ortopédicos, que limitam a seleção
do retalho local mais adequado. Deve-se evitar incluir pelos na demarcação da região
doadora, se não existirem na região receptora, fato que poderia ter sido observado
no paciente 1.
Vale ressaltar que transferência de retalho à distância com secção do pedículo vascular
em segundo tempo e autonomização de retalho são conceitos diferentes. O retalho à
distância é transferido e tem a sua base seccionada na região doadora, de onde é totalmente
separado após um período para que ocorra a conexão vascular com a região receptora.
Um aspecto diferente é a segurança vascular de um retalho. Durante anos estimulou-
se a ideia de que a segurança vascular poderia ser aumentada ao se reduzir o suprimento
sanguíneo do retalho em estágios. Em 1921, Blair6 definiu esse processo como autonomização do retalho5-7. Trata-se da potencialização da viabilidade vascular do retalho ao ser submetido
a um período de isquemia antes da sua elevação. Seu objetivo é aumentar as chances
da sua sobrevivência após a elevação, independentemente se será movimentado para cobrir
região contígua ou à distância. Há várias técnicas propostas para provocar isquemia,
como ligadura de vasos sanguíneos, incisões em torno do perímetro do retalho proposto,
ou seu isolamento do plano profundo, mas não a sua elevação, pois nesse caso o retalho
teria redução do seu suprimento sanguíneo instantaneamente e não se beneficiaria da
potencialização da viabilidade vascular8,9.
Mesmo com o surgimento de novas técnicas, a transferência de retalhos à distância
permanece como alternativa segura e de fácil execução. Versátil, deve fazer parte
do arsenal de todo cirurgião plástico, que conseguirá ampliar sua capacidade resolutiva
para tratar defeitos complexos, pois frequentemente não tem acesso aos recursos, como
terapia por pressão negativa, matriz dérmica ou treinamento e estrutura para realização
de microcirurgias, principalmente em hospitais públicos.
CONCLUSÃO
A transferência de retalho à distância com secção do pedículo vascular em segundo
tempo é resolutiva na cobertura de regiões que sofreram perda de substância sem boas
opções locais.
AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer ao professor Doutor Armando Chiari Júnior, membro titular da
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, pela observação da precisão na definição
de conceitos em cirurgia plástica.
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para abdominoplastias secundárias. Rev Bras Cir Plást. 2011;26(3):488-95.
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Autor correspondente:
Rodrigo Pimenta Sizenando Avenida das Constelações, 725, Prédio 3, Apto. 302, Nova Lima, MG, Brasil. CEP: 34008-050
E-mail: rodrigosizenando@hotmail.com
Artigo submetido: 12/07/2019.
Artigo aceito: 19/07/2020.
Conflitos de interesse: não há.