INTRODUÇÃO
O câncer de mama é um dos principais problemas de saúde pública no Brasil1 e, de forma muito frequente, requer o procedimento cirúrgico como um dos métodos
para seu tratamento2. Contudo, uma das complicações mais frequentemente ocorridas no pós-operatório do
câncer de mama é o linfedema, uma condição crônica ocasionada pelo acúmulo de líquido
rico em proteínas no espaço intersticial3-6, cujo desenvolvimento pode se dar imediatamente após a cirurgia, em casos raros,
ou anos após o tratamento6-10.
Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de linfedema após a mastectomia
são a linfadenectomia e/ou radioterapia axilar, a obesidade e os procedimentos invasivos
realizados no membro homolateral ao câncer de mama11,12. Evidências científicas têm demonstrado que a realização da mastectomia associada
à reconstrução imediata da mama pode ser utilizada como método seguro e eficaz para
reduzir os riscos de desenvolvimento de linfedemas13.
Entretanto, a ocorrência de linfedemas relacionados ao câncer de mama ainda é uma
realidade na clínica médica rotineira13-25. Para solucionar tal ocorrência, tem sido utilizada a técnica de transplante autólogo
de linfonodos vascularizados, visando o restabelecimento da função do sistema linfático
e interrupção do ciclo vicioso que ocasiona a destruição do mesmo e à progressão do
linfedema14-19,21,23-26. Porém, a literatura ainda é escassa acerca de pesquisas que apresentem os índices
de sucesso do uso dessa técnica em pacientes que desenvolveram linfedema após a mastectomia.
OBJETIVO
Este estudo teve o objetivo de analisar, por meio de uma revisão sistemática da literatura
com metanálise, os índices de sucesso do uso do transplante autólogo de linfonodos
para o manejo do linfedema de membros superiores em pacientes mastectomizadas, quanto
à redução do volume excessivo no membro acometido.
MÉTODOS
Utilizou-se de uma metodologia baseada no manual Preferred Reporting Items for Systematic Review and Meta-Analyses (PRISMA)22 para revisões sistemáticas. Analisaram-se os mais relevantes estudos publicados originalmente
em qualquer idioma até agosto de 2019, indexados às bases de dados US National Library of Medicine (PubMed), Cochrane Central Register of Controlled Trials (CENTRAL), Web of Science e Scientific Electronic Library Online (SciELO), nas quais as buscas foram feitas.
Visando selecionar estudos de evidência científica de qualidade, buscaram-se publicações
referentes a metanálises e estudos clínicos controlados e randomizados (ECCR) em humanos,
sem restrição quanto ao ano de publicação. Utilizou-se as seguintes palavras-chave,
em diferentes combinações: “lymph node transfer”, “lymph node transplantation”, “lymph node graft”, “lymphedema”, “mastectomy”, “breast cancer surgery”, “postmastectomy” e “cancer”.
Os critérios de inclusão e exclusão foram aplicados segundo o Quadro 1.
Quadro 1 - Critérios de inclusão e exclusão das publicações.
Critérios de inclusão |
Delineamento |
• ECCR |
• Metanálise |
• Série de casos |
Amostra |
• Humanos |
Intervenção |
• Transplante autólogo de linfonodos em pacientes mastectomizadas que desenvolveram
linfedema
|
Período de publicação |
• Não especificado |
Idioma |
• Não definido |
Critérios de exclusão |
Delineamento |
• Metodologia mal explicitada e/ou incompreensível |
• Relato de caso |
• Revisão da literatura |
Forma de publicação |
• Apenas resumo |
Quadro 1 - Critérios de inclusão e exclusão das publicações.
Em um primeiro momento a seleção das publicações foi feita pela análise do título
e resumo dos estudos obtidos como resultados das buscas (etapa 1), seguindo para a
eliminação dos resultados duplicados obtidos nas diferentes bases de dados pesquisadas
(etapa 2). Posteriormente, procedeu-se a leitura da versão completa das publicações,
sendo realizada a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão (etapa 3), visando
estabelecer a seleção final das publicações a serem incluídas na amostra desta pesquisa,
conforme método utilizado no estudo de Ribeiro, em 201913.
Nas publicações que fizeram parte da amostra deste estudo foram coletados os dados
referentes ao tamanho das amostras, média de idade e de acompanhamento das pacientes,
membro acometido pelo linfedema, período prévio de apresentação dos sintomas, realização
ou não de linfadenectomia durante tratamento do câncer, além do percentual de volume
reduzido nos membros acometidos pelo linfedema. Estudos como o de Gharb et al., em
201118, foram excluídos, pois, apesar de ter apresentado objetivo semelhante ao desta pesquisa,
não se definiu os percentuais de redução na circunferência, perímetro ou volume no
membro acometido pelo linfedema nas pacientes.
Os dados coletados foram submetidos a uma metanálise para a formulação dos resultados
desta pesquisa, por meio do uso do software SPSS for Windows 15 (IBM SPSS Software, New York, USA).
RESULTADOS
As buscas nas diferentes bases de dados resultaram em 2.490 publicações, as quais
foram reduzidas para 57 após a primeira etapa de análise (título e resumo), 26 após
a segunda etapa (remoção das duplicatas) e, finalmente, 10 publicações após a terceira
etapa (análise do conteúdo completo dos artigos), as quais adequaram-se aos critérios
de inclusão e exclusão estabelecidos.
Dos 10 estudos incluídos na amostra desta metanálise, oito relacionam-se especificamente
aos resultados do transplante autólogo linfonodal para o manejo do linfedema de membros
superiores pós-mastectomia14,15,19-21,23-26, enquanto um comparou esses achados com os achados de pacientes submetidos a apenas
fisioterapia17.
No total, as publicações incluídas nesta amostra incluíram 194 pacientes, as quais
apresentaram idade média de 50,0 anos, sendo acompanhadas por, em média, 31,7 meses
(Tabela 1).
Tabela 1 - Características gerais da amostra.
Estudo |
Amostra (n) |
Idade média (anos) |
Follow-up médio (meses)
|
Becker et al.26 |
24 |
58,7 |
99 |
Becker et al.14 |
6 |
60,5 |
21 |
Lin et al.20 |
13 |
50,7 |
56,3 |
Saaristo et al.25 |
9 |
50 |
6 |
Cheng et al.15 |
10 |
53,3 |
39,1 |
Nicoli et al.24 |
10 |
54,6 |
6 |
Dionyssiou et al.17 |
18 |
47,7 |
18 |
Gratzon et al.19 |
50 |
12 |
- |
Liu et al.21 |
30 |
60 |
22,1 |
Montag et al.23 |
24 |
52,8 |
18 |
Total |
194 |
- |
- |
Média |
- |
50,0 |
31,7 |
Tabela 1 - Características gerais da amostra.
Conforme demonstra a Tabela 2, a maioria das pacientes apresentou o membro superior direito acometido pelo linfedema
(58,1%), iniciando os sintomas há mais de um ano prévio à cirurgia de transplante
de linfonodos (86,4%). Apenas quatro pacientes (2,6%) não foram submetidas à linfadenectomia
durante o tratamento do câncer de mama.
Tabela 2 - Características relacionadas ao linfedema apresentado pelas pacientes.
Estudo |
Membro acometido |
Sintomas |
Linfadenectomia |
Direito |
Esquerdo |
≤ 1 ano |
> 1 ano |
Sim |
Não |
Becker et al.26 |
14 |
10 |
6 |
18 |
24 |
0 |
Becker et al.14 |
3 |
3 |
|
|
6 |
0 |
Lin et al.20 |
9 |
4 |
4 |
9 |
11 |
2 |
Saaristo et al.25 |
- |
- |
2 |
7 |
9 |
0 |
Cheng et al.15 |
- |
- |
0 |
10 |
- |
- |
Nicoli et al.24 |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
Dionyssiou et al.17 |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
Gratzon et al.19 |
27 |
23 |
- |
- |
48 |
2 |
Liu et al.21 |
- |
- |
0 |
30 |
30 |
0 |
Montag et al.23 |
15 |
9 |
3 |
21 |
24 |
0 |
Total % |
68 |
49 |
15 |
95 |
152 |
4 |
58,1% |
41,9% |
13,6% |
86,4% |
97,4% |
2,6% |
Tabela 2 - Características relacionadas ao linfedema apresentado pelas pacientes.
No geral, o transplante de linfonodos foi capaz de prover uma redução média de 52,18%
no volume excessivo apresentado pelas pacientes no membro em decorrência do linfedema,
sendo que, a maior parte das pacientes pesquisadas apresentaram redução de volume
maior do que 50% (Tabela 3).
Tabela 3 - Características gerais das pacientes submetidas à mastectomia associada à reconstrução
imediata.
Estudo |
Redução do volume anormal do membro |
Total |
> 50% |
≤ 50% |
Sem redução |
Média (%) |
Becker et al.26 |
10 |
6 |
6 |
2 |
- |
Becker et al.14 |
2 |
3 |
0 |
1 |
- |
Lin et al.20 |
0 |
9 |
3 |
1 |
50,55 |
Saaristo et al.25 |
0 |
3 |
4 |
2 |
- |
Cheng et al.15 |
0 |
4 |
6 |
0 |
40,4 |
Nicoli et al.24 |
- |
- |
- |
- |
91,5 |
Dionyssiou et al.17 |
0 |
13 |
5 |
0 |
57 |
Gratzon et al.19 |
- |
- |
- |
- |
58,68 |
Liu et al.21 |
0 |
15 |
6 |
9 |
47,06 |
Montag et al.23 |
- |
- |
- |
- |
20,1 |
Total |
12 |
53 |
30 |
15 |
- |
% |
10,9% |
48,2% |
27,3% |
13,6% |
52,18 |
Tabela 3 - Características gerais das pacientes submetidas à mastectomia associada à reconstrução
imediata.
DISCUSSÃO
Um dos fatores que têm motivado a realização de novas pesquisas envolvendo mulheres
em tratamento para o câncer de mama trata-se da ocorrência de linfedema nas pacientes
que são submetidas à mastectomia4-6,11,27,28, não havendo, ainda, o estabelecimento de todos os fatores etiológicos de tal ocorrência.
De toda forma, é reconhecido que a dissecação do linfonodo axilar consiste em fator
de risco para o desenvolvimento de linfedema após a mastectomia6,11-13,29, independentemente da técnica cirúrgica (mastectomia simples associada à dissecação
do linfonodo axilar ou mastectomia radical modificada)29. Neste estudo, constatou-se que a maioria das pacientes incluídas na amostra foram
submetidas à linfadenectomia (97,4%), o que pode ter contribuído para o desenvolvimento
do linfedema de membros superiores após seu tratamento para o câncer de mama.
Portanto, ainda que muitos estudiosos tenham buscado fatores de risco e preventivos,
a ocorrência de linfedemas após a mastectomia ainda consiste em uma realidade na prática
clínica13-21,23-26, ocasionando perda na qualidade de vida das pacientes que o desenvolvem. Dessa forma,
tem-se utilizado do transplante de linfonodos como uma das formas de tratamento, a
qual pode melhorar a drenagem linfática de um membro afetado em pacientes com linfonodos
danificados ou vasos linfáticos hipoplásicos16. Portanto, este estudo objetivou identificar os índices de redução do volume excessivo
ocasionado pelo linfedema em membros superiores de pacientes mastectomizadas quando
as mesmas são submetidas ao transplante autólogo de linfonodos.
É reconhecido que a associação da mastectomia com a reconstrução imediata da mama
pode prevenir a ocorrência do linfedema pós- mastectomia13,27,30,31. Nesse contexto, foi encontrada uma pesquisa que avaliou a realização do transplante
de linfonodos simultaneamente à reconstrução mamária, concluindo que essa consiste
em uma técnica eficaz, pois ocasionou recuperação linfática em 83,3% das pacientes,
sem que houvesse a necessidade de cirurgia posterior adicional, já que o procedimento
havia sido a realização de forma associada25.
O transplante de linfonodos tem sido enfatizado como um método consideravelmente eficaz,
principalmente ao se analisar estudo que compara pacientes que são tratadas apenas
com fisioterapia e medicamentos (alcançando índices de 18% de redução do volume do
membro acometido), com pacientes submetidas ao procedimento cirúrgico de transplante
linfonodal, que apresentaram em torno de 57%17. De forma geral, os achados deste estudo corroboram a referida pesquisa, uma vez
que mostrou que o percentual médio de redução no volume foi de 52,18% e que a maioria
das pacientes apresentou mais da metade da circunferência excessiva reduzida após
a realização do transplante linfonodal. Tais achados encorajam a indicação da técnica,
uma vez que isso representa uma redução considerável na discrepância dos braços apresentada
pelas mulheres portadoras de linfedemas, além de um alívio nos sintomas físicos, sociais
e psicológicos para essas pacientes.
É importante ressaltar que, ao se tratar de transplantes autólogos, os sítios doadores
dos linfonodos podem apresentar comprometimento em caso de realização inadequada dos
procedimentos de coleta, o que poderia agravar ainda mais a situação das pacientes
paras as quais se buscam soluções. Na pesquisa de Demiri et al., em 201816, 1,6% (n=3/189) das pacientes desenvolveram linfedemas no membro inferior doador
do retalho linfático. Já no estudo de Viitanen et al., em 201232, apesar de nenhuma das pacientes ter desenvolvido linfedema no sítio doador, os resultados
dos primeiros linfocintigramas pós-cirúrgicos indicaram a necessidade de redução do
trauma cirúrgico durante a coleta do retalho linfático. Dessa forma, cita-se aqui
a importância de um estudo minucioso acerca de cada caso para que a tomada de decisão
acerca dos procedimentos a serem adotados esteja devidamente baseada, em especial,
nas evidências científicas.
É importante citar que a evolução técnica e científica torna promissor o transplante
linfonodal, principalmente ao se pensar na associação deste procedimento com outras
técnicas. Como exemplo, cita-se que a maior média percentual de redução do volume
excessivo no membro acometido pelo linfedema neste estudo foi apresentado pela pesquisa
de Nicoli et al., em 201524 (91,5%), na qual o transplante linfonodal foi associado à lipoaspiração à laser,
potencializando os resultados e ocasionando prognóstico imediato mais satisfatório.
Finalizando, ressalta-se a necessidade de realização de novas pesquisas sob o enfoque
dos índices de sucesso dos transplantes de linfonodos para o manejo do linfedema relacionado
ao câncer de mama, em especial, com metodologias padronizadas e testando-se as associações
com métodos e tecnologias que possam favorecer os resultados e melhorar a qualidade
de vida das pacientes.
CONCLUSÃO
Considerando-se a revisão sistemática e a metanálise realizadas, conclui-se que o
transplante autólogo de linfonodos se apresenta como uma boa opção para o manejo do
linfedema relacionado ao câncer de mama, proporcionando considerável redução (52,18%)
no volume excessivo do membro acometido.
REFERÊNCIAS
1. Instituto Nacional do Câncer (INCA). Estimativa 2018: incidência de câncer no Brasil
[Internet]. Rio de Janeiro (RJ): INCA; 2017; [acesso em 2018 Jul 14]. Disponível em:
http://www.inca.gov.br/estimativa/2018/estimativa-2018.pdf
2. Lyman GH, Somerfield MR, Bosserman LD, Perkins CL, Weaver DL, Giuliano AE. Sentinel
lymph node biopsy for patients with early-stage breast cancer: American Society of
Clinical Oncology Clinical Practice Guideline Update. J Clin Oncol. 2017 Fev;35(5):561-4.
3. Ahmed RL, Thomas W, Yee D, Schmitz KH. Randomized controlled trial of weight training
and lymphedema in breast cancer survivors. J Clin Oncol. 2006 Jun;24(18):2765- 72.
4. Buchholz TA, Avritscher R, Yu TK. Identifying the “sentinel lymph nodes” for arm drainage
as a strategy for minimizing the lymphedema risk after breast cancer therapy. Breast
Cancer Res Treat. 2009;116(3):539-41.
5. Demark-Wahnefried W, Campbell K, Hayes SC. Weight management and its role in breast
cancer rehabilitation. Cancer. 2012 Abr;118(8 Supl):2277-87.
6. Lee KT, Bang SI, Pyon JK, Hwang JH, Mun GH. Method of breast reconstruction and the
development of lymphoedema. Br J Surg. 2017;104(3):230-7.
7. Gartner R, Jensen MB, Kronborg L, Ewertz M, Kehlet H, Kroman N. Self-reported arm-lymphedema
and functional impairment after breast cancer treatment--a nationwide study of prevalence
and associated factors. Breast. 2010 Dez;19(6):506-15.
8. Lee HD, Ahn SG, Lee SA, Lee HM, Jeong J. Prospective evaluation of the feasibility
of sentinel lymph node biopsy in breast cancer patients with negative axillary conversion
after neoadjuvant chemotherapy. Cancer Res Treat. 2014;47(1):26-33.
9. Miller CL, Colwell AS, Horick N, Skolny MN, Jammallo LS, O’Toole JA, et al. Immediate
implant reconstruction is associated with a reduced risk of lymphedema compared to
mastectomy alone: a prospective cohort study. Ann Surg. 2016 Feb;263(2):399-405.
10. Pandey RA, Shrestha S. Prevalence of arm lymphedema among patients with breast cancer
surgery. JCMS Nepal. 2016;12(3):111-7.
11. Bevilacqua JL, Kattan MW, Changhong Y, Koifman S, Mattos IE, Koifman RJ, et al. Nomograms
for predicting the risk of arm lymphedema after axillary dissection in breast cancer.
Ann Surg Oncol. 2012 Ago;19(8):2580-9.
12. DiSipio T, Rye S, Newman B, Hayes S. Incidence of unilateral arm lymphoedema after
breast cancer: a systematic review and meta-analysis. Lancet Oncol. 2013 Mai;14(6):500-15.
13. Ribeiro RVE. Prevalência de linfedema após mastectomia em portadoras de câncer de
mama: uma revisão sistemática acerca da influência da reconstrução imediata. Rev Bras
Cir Plást. 2019;34(1):113-9.
14. Becker C, Pham DN, Assouad J, Badia A, Foucault C, Riquet M. Postmastectomy neuropathic
pain: results of microsurgical lymph nodes transplantation. Breast. 2008 Abr;17(5):472-6.
15. Cheng MH, Chen SC, Henry SL, Tan BK, Lin MC, Huang JJ. Vascularized groin lymph node
flap transfer for postmastectomy upper limb lymphedema: flap anatomy, recipient sites,
and outcomes. Plast Reconstr Surg. 2013 Jun;131(6):1286-98.
16. Demiri E, Dionyssiou D, Tsimponis A, Goula OC, Miotalothridis P, Pavlidis L, et al.
Donor-site lymphedema following lymph node transfer for breast cancer-related lymphedema:
a systematic review of the literature. Lymphat Res Biol. 2018 Fev;16(1):2-8.
17. Dionyssiou D, Demiri E, Tsimponis A, Sarafis A, Mpalaris V, Tatsidou G, et al. A randomized
control study of treating secondary stage II breast cancer-related lymphoedema with
free lymph node transfer. Breast Cancer Res Treat. 2016 Fev;156(1):73-9.
18. Gharb BB, Rampazzo A, Spanio di Spilimbergo S, Xu ES, Chung KP, Chen HC. Vascularized
lymph node transfer based on the hilar perforators improves the outcome in upper limb
lymphedema. Ann Plast Surg. 2011 Dez;67(6):589-93.
19. Gratzon A, Schultz J, Secrest K, Lee K, Feiner J, Klein RD. Clinical and psychosocial
outcomes of vascularized lymph node transfer for the treatment of upper extremity
lymphedema after breast cancer therapy. Ann Surg Oncol. 2017 Jun;24(6):1475-81.
20. Lin CH, Ali R, Chen SC, Wallace C, Chang YC, Chen HC, t al. Vascularized groin lymph
node transfer using the wrist as a recipient site for management of postmastectomy
upper extremity lymphedema. Plast Reconstr Surg. 2009 Abr;123(4):1265-75.
21. Liu HL, Pang SY, Lee CC, Wong MM, Chung HP, Chan YW. Orthotopic transfer of vascularized
groin lymph node flap in the treatment of breast cancer-related lymphedema: clinical
results, lymphoscintigraphy findings, and proposed mechanism. J Plast Reconstr Aesthet
Surg. 2018 Jul;71(7):1033-40.
22. Moher D, Liberati A, Tetzlaff J, Altman DG, PRISMA Group. Preferred reporting items
for systematic reviews and meta-analyses: the PRISMA statement. PLoS Med. 2009 Jul;6(7):e1000097.
23. Montag E, Okada AY, Arruda EGP, Fonseca AS, Bromley M, Munhoz AM, et al. Influence
of vascularized lymph node transfer (VLNT) flap positioning on the response to breast
cancer-related lymphedema treatment. Rev Col Bras Cir. 2019 Mai;46(2):e2156.
24. Nicoli F, Constantinides J, Ciudad P, Sapountzis S, Kiranantawat K, Lazzeri D, et
al. Free lymph node flap transfer and laser-assisted liposuction: a combined technique
for the treatment of moderate upper limb lymphedema. Lasers Med Sci. 2015 Mar;30(4):1377-85.
25. Saaristo AM, Niemi TS, Viitanen TP, Tervala TV, Hartiala P, Suominen EA. Microvascular
breast reconstruction and lymph node transfer for postmastectomy lymphedema patients.
Ann Surg. 2012 Mar;255(3):468-73.
26. Becker C, Assouad J, Riquet M, Hidden G. Postmastectomy lymphedema: long- term results
following microsurgical lymph node transplantation. Ann Surg. 2006 Abr;243(3):313-5.
27. Avraham T, Daluvoy SV, Riedel ER, Cordeiro PG, Van Zee KJ, Mehrara BJ. Tissue expander
breast reconstruction is not associated with an increased risk of lymphedema. Ann
Surg Oncol. 2010;17(11):2926-32.
28. Crosby MA, Card A, Liu J, Lindstrom WA, Chang DW. Immediate breast reconstruction
and lymphedema incidence. Plast Reconstr Surg. 2012 Mai;129(5):789e-95e.
29. Park JH, Lee WH, Chung HS. Incidence and risk factors of breast cancer lymphoedema.
J Clin Nurs. 2008 Jun;17(11):1450-9.
30. Card A, Crosby MA, Liu J, Lindstrom WA, Lucci A, Chang DW. Reduced incidence of breast
cancer-related lymphedema following mastectomy and breast reconstruction versus mastectomy
alone. Plast Reconstr Surg. 2012 Dez;130(6):1169-78.
31. Lee KT, Mun GH, Lim SY, Pyon JK, Oh KS, Bang SI. The impact of immediate breast reconstruction
on post-mastectomy lymphedema in patients undergoing modified radical mastectomy.
Breast. 2013;22(1):53-7.
32. Viitanen TP, Mäki MT, Seppänen MP, Suominen EA, Saaristo AM. Donor-site lymphatic
function after microvascular lymph node transfer. Plast Reconstr Surg. 2012;130(6):1246-53.
1. Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, São Paulo, SP, Brasil.
2. Clínica Particular, Juiz de Fora, MG, Brasil.
3. Faculdade de Medicina do ABC, São Paulo, SP, Brasil.
4. Hospital Souza Aguiar, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Autor correspondente: Rafael Vilela Eiras Ribeiro, Avenida Itamar Franco, 4001/718 Leste, Centro Empresarial Monte Sinai, Bairro Dom
Bosco, Juiz de Fora, MG, Brasil. CEP: 36033-318. E-mail: vilelaeiras@hotmail.com
Artigo submetido: 30/09/2019.
Artigo aceito: 16/12/2019.
Conflitos de interesse: não há.