INTRODUÇÃO
O câncer de pele é a neoplasia mais comum na população brasileira, correspondendo
a
30% de todos os tumores malignos registrados no país. Entre os tumores de pele,
o
tipo não melanoma é o de maior incidência e de menor mortalidade1.
O câncer de pele encontra-se com incidência crescente, segundo o Instituto Nacional
do Câncer (INCA), órgão oficial do Ministério da Saúde, com taxas nacionais de
60
casos/100.000 habitantes sendo o carcinoma basocelular (CBC) o tipo mais comum,
correspondendo a 70-75% dos casos, e o subtipo mais comum é o nodular1,2,3.
O segundo tipo de tumor de pele maligno mais frequente é o carcinoma epidermóide
(CEC), com 15 a 20% dos casos. A mortalidade decorrente de CBC e CEC é baixa,
pois
raramente dão metástase. No entanto, são localmente agressivos e
recidivantes4.
O melanoma representa apenas 3% das neoplasias malignas do órgão, porém é o mais
agressivo e metastático. Foram estimados 6.260 novos casos, sendo 2.920 homens
e
3.340 mulheres para o ano de 20181-4.
Os objetivos deste trabalho foram verificar o perfil epidemiológico, os tipos e a
conduta cirúrgica dos pacientes portadores de lesão suspeita de malignidade na
pele
na Unidade de Cirurgia Plástica do Hospital Regional da Asa Norte, Brasília/DF.
MÉTODOS
Trata-se de um estudo retrospectivo descritivo, baseado na análise de prontuários
eletrônicos (TRAKcare) dos pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico para
ressecção de lesão suspeita de malignidade de pele, pela equipe da Cirurgia Plástica
do Hospital Regional da Asa Norte, Brasília/DF, no período de janeiro de 2012
a
dezembro de 2016.
Foi criado um banco de dados no programa Excel incluindo todos os pacientes
submetidos à ressecção de lesão no centro cirúrgico pela equipe durante o
período.
Critérios de inclusão
Pacientes submetidos a ressecções de lesões com características clínicas de
malignidade;
Pacientes operados pela equipe da Unidade de Cirurgia Plástica;
Seguimento ambulatorial completo mínimo de 6 meses após a operação;
Pacientes que tiveram necessidade de internação para procedimento em centro
cirúrgico com sedação associada à anestesia local ou anestesia geral para
ressecção de lesão de pele (exéreses, biópsias incisionais, biópsias excisionais
e ampliação de margem comprometida).
Resultado de anatomopatológico conferido em consulta posterior.
Critérios de exclusão
Dados incompletos no prontuário médico;
Pacientes submetidos ao procedimento cirúrgico que não compareceram para
seguimento pós-operatório;
Casos de baixa complexidade que foram operados no ambulatório de pequenas
cirurgias da Cirurgia Plástica do Hospital Regional da Asa Norte, não sendo
necessária sedação ou anestesia geral e internação mínima de 6 horas.
Aspectos éticos
Este projeto de pesquisa foi aprovado pelo CEP da Secretaria de Saúde do Distrito
Federal sob o número do CAAE: 15090018.6.0000.5553; isento de Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
RESULTADOS
Um total de 533 pacientes submetidos à ressecção de lesão suspeita de malignidade
no
período atenderam aos critérios de seleção. No que tange ao sexo, 273 eram do
sexo
feminino (51,6%) e 260 do sexo masculino (48,4%), com média de idade de 68 anos
(variação de 1 a 102 anos de idade). Foi ressecado um total de 1.484 lesões (média
de 2,78 lesões/paciente).
Quanto à localização, 69% das ressecções foram na região da cabeça e pescoço, seguido
de membro superior (15%), tronco (13%) e apenas 2% lesões no membro inferior.
Das lesões localizadas na região de cabeça e pescoço, 975 (93%) encontravam-se na
face, 47 (5%) no couro cabeludo e 23 (2%) na região cervical. Em relação às lesões
localizadas na face, essas acometeram preferencialmente o terço médio da face.
O
nariz foi o local com o maior número de ressecções, seguido da região periorbital
(Tabela 1 e Figura 1).
Figura 1 - Distribuição das lesões suspeitas por região da face.
Figura 1 - Distribuição das lesões suspeitas por região da face.
Tabela 1 - Distribuição por localização das lesões suspeitas na região de cabeça e
pescoço.
Regiões da cabeça e pescoço |
n. (%) |
Couro cabeludo |
23 (2%) |
Região cervical |
47 (5%) |
Face |
957 (93%) |
Total |
1027 (100%) |
Localização na face |
n. (%) |
1/3 superior da face 153 (16%) |
Frontal |
80 (8%) |
Temporal |
73 (7%) |
1/3 médio da face 669 (70%) |
Julgar, malar, zigomática, bucinadora |
124 (13%) |
Periorbital |
143 (15%) |
Nariz |
281 (29%) |
Orelha |
121 (13%) |
1/3 infeiror da face 135 (14%) |
Nasogeniana |
29 (3%) |
Mandibula e mento |
44 (5%) |
Língua e palato |
4 (0,5%) |
Lábio |
58 (6%) |
Tabela 1 - Distribuição por localização das lesões suspeitas na região de cabeça e
pescoço.
Os resultados da análise de histopatológico identificaram que 188 (13%) lesões
ressecadas eram benignas, 377 (25%) pré-malignas (ceratose actínica) e 919 (62%)
malignas. Dentre as lesões malignas, destacou-se o carcinoma basocelular 760 (84%),
seguido de carcinoma epidermóide 129 (14%).
Quando distribuímos os tipos de lesões por idade, os pacientes com CBC e lesões
pré-malignas (ceratoses) apresentavam-se com maior e mais homogenia idade e o
carcinoma basoescamoso demonstrou maior heterogeneidade da idade. Já os pacientes
mais jovens, foram mais frequentes em outros tipos de lesões (Figura 2).
Figura 2 - Box plot da distribuição dos tipos de lesão por idade. CBC: Carcinoma
Basocelular; CEC: Carcinoma Epidermóide.
Figura 2 - Box plot da distribuição dos tipos de lesão por idade. CBC: Carcinoma
Basocelular; CEC: Carcinoma Epidermóide.
Os principais subtipos identificados do carcinoma basocelular, foram o nodular em
520
casos (68%), superficial em 155 (20%) e esclerodermiforme em 68 (9%). Quanto ao
comprometimento de margens, 12% vieram comprometidas.
Com relação aos CECs, foram identificados 50% do tipo CEC moderadamente
diferenciados, seguidos de 33% de CEC bem diferenciados, 13% de CEC in
situ e apenas 3% de CEC pouco diferenciado. Margens comprometidas foram
observadas em menos de 10%.
Foram identificados apenas cinco casos de sarcoma, um caso de úlcera de Marjolin e
um
caso de metástase de câncer de outro órgão para a pele - tumor de células claras
do
rim (Figura 3).
Figura 3 - Metástase de tumor de células claras do rim para pele.
Figura 3 - Metástase de tumor de células claras do rim para pele.
Oito casos de melanoma maligno foram encontrados sendo que não houve comprometimento
de margens no resultado do histopatológico (Tabela 2).
Tabela 2 - Subtipos de melanoma.
Melanoma |
n.8 |
In situ |
1 |
Lentigo maligno |
1 |
Lentigo acral |
2 |
Maligno extensivo superficial |
1 |
Malígno |
1 |
Malígno nodular |
2 |
Tabela 2 - Subtipos de melanoma.
Foi realizada a ampliação de margem comprometida nos 100 casos (11%), dos quais três
apresentaram novamente margens comprometidas, sendo encaminhados ao serviço de
oncologia para radioterapia complementar.
No tocante aos procedimentos cirúrgicos de reconstrução do defeito criado em
detrimento da ressecção da lesão, a maioria (77%) necessitou apenas fechamento
primário, 135 (9%) foram submetidos a enxerto de pele, sendo sua maioria de pele
total (93%) do qual a principal área doadora foi a região supraclavicular e 188
(12%) retalhos. Dentre os retalhos consagrados para reconstrução, 47 retalhos
foram
médio-frontal/Indiano, 40 nasogenianos, 14 Limberg e 12 retroauriculares. O retalho
médio-frontal foi utilizado para reconstrução de nariz, canto interno do olho
e
pálpebra inferior. Retalhos microcirúrgicos foram realizados em três reconstruções.
Apenas seis casos foram submetidos a fechamento por segunda intenção.
Através do mapa perceptual, foi verificado que os enxertos em geral foram mais
indicados quando houve resultado de histopatológico de CEC, os retalhos tiveram
maior indicação em CBC e o fechamento primário em casos de CBC, ceratose actínica
e
lesões benignas (Figura 4).
Figura 4 - Mapa perceptual correlacionando histopatológicos mais prevalentes e
conduta cirúrgica. CBC: Carcinoma Basocelular; CEC: Carcinoma
Epidermóide.
Figura 4 - Mapa perceptual correlacionando histopatológicos mais prevalentes e
conduta cirúrgica. CBC: Carcinoma Basocelular; CEC: Carcinoma
Epidermóide.
DISCUSSÃO
Na literatura encontramos uma maior frequência da neoplasia maligna de pele em
homens, porém alguns estudos demonstram maiores frequências nas mulheres com idade
acima de 40 anos. No nosso estudo, a média de idade foi de 68 anos, acometendo
mais
as mulheres, sendo rara em crianças e negros.
Aqueles portadores de doenças cutâneas prévias e de pele clara sensível à ação dos
raios solares (fototipo I e II de Fitzpatrick), cicatrizes de queimadura, úlceras
crônicas, exposição ao arsênico, radiação ionizante, xeroderma pigmentoso, infecção
pelo HPV e síndromes de Gorlin e Bazex são fatores de risco que podem estar
relacionados com o surgimento do CBC e CEC1-4.
As regiões da cabeça e pescoço são as mais acometidas pela exposição solar, a ação
crônica dos raios ultravioleta B (UVB), especialmente em países tropicais como
o
Brasil1-4.
O câncer de pele mais comum é o CBC, responsável por 70-80% dos casos. Seu subtipo
mais comum é o nodular e o menos agressivo. Para 2018, estimou-se 165.580 novos
casos, sendo 85.170 homens e 80.410 mulheres. Sendo responsável por 1.769
óbitos.
O segundo mais frequente é o CEC. O melanoma é mais raro, representa apenas 3% das
neoplasias malignas, vale ressaltar que é o mais agressivo devido à sua alta
possibilidade de metástase, dados deste estudo revelam semelhança com a
literatura1-7.
O diagnóstico precoce é fundamental para se evitar grandes deformidades decorrentes
do tumor, assim como reduz a necessidade de métodos agressivos no tratamento.
O diagnóstico sugestivo é clínico e a dermatoscopia pode colaborar. A definição do
tipo histológico é feita por meio de biópsia incisional ou excisional para lesões
acima de 1,0cm8,9.
O tratamento é o procedimento cirúrgico da retirada tumoral com margem de segurança
ou utilizar o auxílio de congelação da peça no intraoperatório ou cirurgia
micrográfica de Mohs, resultando em alta eficácia com baixa recidiva10-11.
A curetagem, eletrocoagulação, criocirurgia com nitrogênio líquido, o uso de
imiquimod 5% e 5-fluoracil tópico podem ser opções para CBC superficial menor
que
1,0 cm8.
Nos pacientes sem condições clínicas para ressecção cirúrgica com tumores extensos,
a
radioterapia pode ser uma alternativa.
A margem preconizada pela literatura no CBC encontra-se entre 3-4mm para lesões
circunscritas, como na forma nodular, e com tamanho menor que 2cm, e entre 5-6mm
para tumores com margens pouco definidas, como os superficiais e infiltrativos,
ou
com tamanho maior que 2cm.
Enquanto que para o CEC, geralmente as margens são de 4mm para os bem diferenciados
e
de 6mm para os indiferenciados.
Em CEC com metástases e tumores agressivos com metástases linfonodais, deve-se
realizar linfadenectomia e radioterapia complementar1-10.
Identificamos 11% de comprometimento de margem nos espécimes, igualmente ao relatado
por Su et al., em 20179. O índice de margens
comprometidas na literatura varia entre 4% a 18%, sua conduta é controversa na
literatura10.
No melanoma a biópsia excisional é recomendada como abordagem inicial e a biópsia
incisional é aceitável frente a lesões extensas e/ou em locais em que a extração
de
toda a lesão acarrete defeito funcional ou estético.
A ampliação de margens da lesão primária no melanoma varia conforme a profundidade
de
invasão em milímetros (Índice de Breslow - Tabela 3)11-18. A biópsia de linfonodo sentinela está
indicada se há ausência de sinais clínicos de envolvimento linfonodal e um dos
seguintes fatores: Breslow > 1mm; entre 0,8mm e 1mm se índice mitótico ≥
1/mm2, pre sença de ulceração ou invasão angiolinfática; e Breslow
subestimado por margem profunda positiva (Tabela 3)11-18.
Tabela 3 - Ampliação de margens no melanoma segundo a AJCC, 8ª edição
16.
Espessura tumoral (mm) |
Margens (cm) |
Melanoma in situ |
0,5 a 1cm |
Breslow ≤ 1mm |
1cm |
Breslow de 1,1 a 2mm |
1 a 2cm |
Breslow > 2mm |
2cm |
Tabela 3 - Ampliação de margens no melanoma segundo a AJCC, 8ª edição
16.
Embora existam condutas consagradas para o tratamento de câncer de pele, não há
consenso absoluto para todas as situações conforme tipo histológico, tamanho,
profundidade ou localização da lesão, devendo-se considerar aspectos como a idade,
condições clínicas do paciente, resultado estético, número de lesões e se o tumor
é
primário ou recidivado.
CONCLUSÃO
No tratamento do câncer de pele é importante a participação multidisciplinar e o
cirurgião plástico atuando com princípios oncológicos, realizando a exérese tumoral,
reconstrução da área afetada, visando manter a função e restaurar a estética.
Nosso estudo demonstrou prevalência do sexo feminino, com média de idade de 68 anos.
A face é o local mais acometido, sendo o nariz a topografia mais comum. O carcinoma
basocelular sólido circunscrito foi o subtipo mais frequente e o tipo de
reconstrução mais utilizado foi o fechamento primário. Tais dados corroboram com
o
principal fator de risco para o câncer de pele não melanoma: exposição solar
crônica.
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1. Hospital Regional da Asa Norte, Unidade de
Cirurgia Plástica, Brasília, DF, Brasil.
Autor correspondente: Altino Vieira de Rezende Filho Neto SMAS
Trecho 1, Lote C, Bloco J, Apart. 703, Park Sul Guara, Brasília, DF, Brasil.
CEP: 71218-010 E-mail: altinofn@hotmail.com
Artigo submetido: 22/09/2019.
Artigo aceito: 15/07/2020.
Conflitos de interesse: não há.