INTRODUÇÃO
As medidas precisas dos seios femininos são difíceis de obter devido à topografia,
volume e projeções presentes1. Portanto, foram
criados parâmetros de referência lineares da mama para analisar diretamente o
tamanho, a forma e o posicionamento1-5.
Na prática clínica, as medidas das mamas são feitas por antropometria direta,
geralmente com fita métrica ou compasso. No entanto, essas medidas podem ser
alteradas devido a oscilações respiratórias ou leves mudanças no posicionamento
corporal6. Apesar das limitações das
medidas antropométricas diretas da mama, elas têm sido o método mais utilizado
para
expressar e comparar resultados de mamoplastia, tanto em publicações científicas
quanto em eventos (conferências, simpósios, fóruns, etc.).
Devido à necessidade de um método que supere as limitações da antropometria direta,
alguns autores têm proposto a fotogrametria7-9. No entanto, na
literatura, os estudos existentes comparando fotogrametria e antropometria direta
não são específicos para a região mamária.
OBJETIVO
Este estudo compara as medidas da região mamária obtidas por antropometria direta
(medição com fita métrica) e indireta (fotogrametria computadorizada, software
Image
Tool®).
MÉTODOS
O estudo foi aprovado e conduzido pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade
Federal de São Paulo (UNIFESP) (1054/10). O consentimento informado por escrito
foi
obtido de todas as voluntárias antes da sua inclusão no estudo.
Foram incluídas no estudo 40 voluntárias, com idade entre 18 e 60 anos, índice de
massa corporal (IMC) <29,9kg / m², entre junho e dezembro de 2018. Foram
recrutadas no Ambulatório da Divisão de Cirurgia Plástica da UNIFESP. Cada lado
do
tórax foi analisado separadamente, totalizando 80 hemicorpos. Não foram incluídas
no
estudo mulheres submetidas à mastectomia, com história de qualquer tipo de cirurgia
conservadora da mama, deformidades torácicas congênitas ou adquiridas e ptose
mamária grave na qual os mamilos cruzam uma linha transversa no limite do
umbigo.
Cada voluntária foi orientado a posicionar os pés em marcas pré-determinadas no chão
com distância de 3 cm entre suas margens mediais e a permanecer em posição
anatômica, com a cabeça na posição de Frankfurt durante as medidas. A distância
entre o ponto mais posterior dos pés da voluntária e o fundo da fotografia foi
de
70cm.
Foram utilizadas etiquetas autoadesivas com 0,6 cm de diâmetro para marcar os pontos
anatômicos utilizados em cada hemicorpo. Esses pontos de referência no sentido
anti-horário foram: centro da papila mamária (PAP), ponto médio da base do processo
xifóide (Xi), centro da incisura jugular (IJ), metade da distância entre o centro
da
incisura jugular e o acrômio (xCl) , borda lateral do acrômio (Ac), ponto mais
cranial da dobra na linha axilar anterior (Ax) e projeção anterior do epicôndilo
lateral (EpL) (Figura 1).
Figura 1 - Demarcação dos marcos anatômicos e pontos antropométricos. Ac: Borda
lateral do acrômio; xCl: Metade da distância entre o centro da incisura
jugular e o acrômio; IJ: Centro da incisura jugular; Ax: Ponto mais
cranial da dobra na linha axilar anterior; yUm: Metade da distância
entre o acrômio e o epicôndilo lateral ao epicôndilo lateral; PAP:
Centro da papila mamária; Xi: Ponto médio da base do processo xifóide;
EpL: Projeção anterior do epicôndilo lateral.
Figura 1 - Demarcação dos marcos anatômicos e pontos antropométricos. Ac: Borda
lateral do acrômio; xCl: Metade da distância entre o centro da incisura
jugular e o acrômio; IJ: Centro da incisura jugular; Ax: Ponto mais
cranial da dobra na linha axilar anterior; yUm: Metade da distância
entre o acrômio e o epicôndilo lateral ao epicôndilo lateral; PAP:
Centro da papila mamária; Xi: Ponto médio da base do processo xifóide;
EpL: Projeção anterior do epicôndilo lateral.
A partir desses pontos, 8 segmentos de reta e 1 ângulo foram formados por hemicorpo.
Apenas o segmento que passava pela linha mediana anterior, do centro da incisura
jugular até a base do apêndice xifóide (segmento IJ-Xi), foi comum a ambos
hemicorpos. Os outros 7 segmentos foram formados bilateralmente: centro da papila
mamária à linha mediana anterior, passando pela base do apêndice xifóide (segmento
PAP-Xi), centro da papila mamária ao centro da incisura jugular (segmento IJ-PAP),
centro da papila mamária até a metade da distância entre o centro da incisura
jugular e o acrômio (segmento xCl-PAP), centro da papila mamária até a borda lateral
do acrômio (segmento Ac-PAP), centro da mamária papila até o ponto mais cranial
da
prega na linha axilar anterior (segmento Ax-PAP), borda lateral do acrômio até
a
projeção anterior do epicôndilo lateral (segmento Ac-EpL), metade da distância
entre
o acrômio e o epicôndilo lateral ao epicôndilo lateral (Ac-yUm). A confluência
dos
segmentos (IJ-Xi) e (IJ-PAP) formou o  ângulo (Figura 2).
Figura 2 - Distância dos marcos anatômicos e pontos antropométricos. Ac: Borda
lateral do acrômio; xCl: Metade da distância entre o centro da incisura
jugular e o acrômio; IJ: Centro da incisura jugular; Ax: ponto mais
cranial da dobra na linha axilar anterior; Â: Ângulo; yUm: Metade da
distância entre o acrômio e o epicôndilo lateral ao epicôndilo lateral;
PAP: Centro da papila mamária; Xi: ponto médio da base do processo
xifóide; EpL: Projeção anterior do epicôndilo lateral.
Figura 2 - Distância dos marcos anatômicos e pontos antropométricos. Ac: Borda
lateral do acrômio; xCl: Metade da distância entre o centro da incisura
jugular e o acrômio; IJ: Centro da incisura jugular; Ax: ponto mais
cranial da dobra na linha axilar anterior; Â: Ângulo; yUm: Metade da
distância entre o acrômio e o epicôndilo lateral ao epicôndilo lateral;
PAP: Centro da papila mamária; Xi: ponto médio da base do processo
xifóide; EpL: Projeção anterior do epicôndilo lateral.
Utilizamos uma câmera digital Sony® DSC-W120, com a distância da
lente à voluntária determinada pelo quadro, sem zoom, em tripé com nível de bolha.
Todas as fotografias foram padronizadas com 7,0 megapixels e formato JPEG. Dois
holofotes foram posicionados a 1,50m de altura do chão e a 1,60m de distância
do
fundo da fotografia, direcionados de forma convergente, cada um angulado a 45º
em
relação ao fundo azul da fotografia (Figura 3).
Figura 3 - Padronização e sistematização fotográfica.
Figura 3 - Padronização e sistematização fotográfica.
O enquadramento fotográfico da região mamária foi delimitado superiormente por uma
linha transversal no gnátio (Gn) e inferiormente por uma linha transversal na
base
do umbigo. Uma régua com escala milimétrica de 0-10cm de comprimento foi fixada
na
região mesogástrica direita da voluntária para a calibração do software Image
Tool® 3.0. Foi escolhida uma escala centimétrica para a
fotogrametria digital.
A antropometria direta foi realizada com fita métrica com escala em milímetros. A
fita métrica foi colocada no centro da etiqueta e direcionada para o centro da
etiqueta no lado oposto do segmento selecionado. Para mensuração do ângulo α,
foi traçada uma linha pontilhada com caneta dermográfica e régua metálica, passando
sobre o segmento IJ-Xi e outra sobre o segmento IJ-Pa. Em seguida, um transferidor
de plástico transparente de 180 ° foi colocado no centro da etiqueta da incisura
jugular (IJ) e obtida a medida correspondente ao ângulo. O mesmo avaliador coletou
todos os dados indiretos (fotografia e software) e antropometria direta.
Análise estatística
Os dados serão analisados usando GraphPad Prism 6.0 para Windows. As variáveis
foram testadas quanto à distribuição normal pelo teste de Shapiro-Wilk. Os dados
são apresentados como média e DP. O teste de correlação de Pearson foi aplicado
para avaliar a correlação entre a antropometria direta (medição com fita
métrica) e indireta (fotogrametria pelo software Image Tool®),
considerando correlação fraca (0,20 a 0,39), correlação moderada (0,40 a 0,69),
correlação forte (0,70 a 0,89) e correlação muito forte (0,9 a 1). Adotou-se
o
nível de significância de 5% (p <0,05) para interpretação dos dados.
RESULTADOS
O estudo incluiu 80 mamas de 40 mulheres voluntárias com idade média de 29,1
(± 10,3) anos, peso de 63,4 (± 5,4), altura de 1,57 (± 0,1) e
IMC de 25,7 (± 2,2). A prevalência da raça branca foi de 65%, negra 2,5% e
outros 32,5%. A Tabela 1 mostra as
características clínicas de todas as voluntárias.
Tabela 1 - Características clínicas de todas as voluntárias.
Média ± DP |
|
Idade (anos) |
29,1 ± 10,3 |
Peso (kg) |
63,4 ± 5,4 |
Altura (m) |
1,57 ± 0,1 |
IMC (kg/m2)
|
25,7 ± 2,2 |
Raça (%) |
|
Branca |
65% |
Negra |
2,5% |
Outras |
32,5% |
Tabela 1 - Características clínicas de todas as voluntárias.
As médias dos segmentos obtidas usando da fita métrica (medidas antropométricas
diretas) e fotogrametria pelo software Image Tool® (medidas
antropométricas indiretas) foram 16,35 (± 1,14) e 12,90 (± 1,69) de
IJ-Xi, 11,16 (± 1,07) e 10,98 (± 1,30) de PAP-Xi, 22,08 (±
3,08) e 18,24 (± 2,65) de IJ-PAP, 21,46 (± 3,54) e 15,66 (±
2,82) de xCl-PAP, 22,00 (± 3,45) e 14,29 (± 2,82) de Ac-PAP, 14,44
(± 3,28) e 8,57 (± 2,52) de Ax-PAP, 29,12 (± 1,58) e 24,53
(± 1,91) de Ac-EpL, 14,49 (± 0,95) e 12,30 (± 1,00) de Ac-yUm e
29,90 (± 2,91) e 37,82 (± 4,60) de ângulo. As medidas de todos os
segmentos obtidas com a fita métrica (medidas antropométricas diretas) apresentaram
diferenças significativas quando comparadas com a fotogrametria do software Image
Tool® (medidas antropométricas indiretas) (Tabela 2).
Tabela 2 - Média, Desvio padrão (DP), Correlação de Pearson (r), Intervalo de
confiança (IC) e valor-p das medidas obtidas com fita métrica e
fotogrametria da Image Tool®.
Segmentos |
Fita métrica |
Fotogrametria |
R |
IC |
Valor-p |
Média ± DP |
Média ± DP |
IJ-Xi |
16,35 ± 1,14 |
12,90 ± 1,69 |
0,64 |
0,50 a 0,76 |
< 0,0001 |
PAP-Xi |
11,16 ± 1,07 |
10,98 ± 1,30 |
0,91 |
0,86 a 0,94 |
< 0,0001 |
IJ-PAP |
22,08 ± 3,08 |
18,24 ± 2,65 |
0,86 |
0,78 a 0,90 |
< 0,0001 |
xCl-PAP |
21,46 ± 3,54 |
15,66 ± 2,82 |
0,83 |
0,75 a 0,88 |
< 0,0001 |
Ac-PAP |
22,00 ± 3,45 |
14,29 ± 2,82 |
0,79 |
0,69 a 0,86 |
< 0,0001 |
Ax-PAP |
14,44 ± 3,28 |
8,57 ± 2,52 |
0,79 |
0,70 a 0,86 |
< 0,0001 |
Ac-EpL |
29,12 ± 1,58 |
24,53 ± 1,91 |
0,66 |
0,52 a 0,77 |
< 0,0001 |
Ac-yUm |
14,49 ± 0,95 |
12,30 ± 1,00 |
0,64 |
0,49 a 0,75 |
< 0,0001 |
Ângulo  |
29,90 ± 2,91 |
37,82 ± 4,60 |
0,46 |
0,27 a 0,62 |
< 0,0001 |
Tabela 2 - Média, Desvio padrão (DP), Correlação de Pearson (r), Intervalo de
confiança (IC) e valor-p das medidas obtidas com fita métrica e
fotogrametria da Image Tool®.
Houve correlação positiva moderada e estatisticamente significativa entre as medidas:
 ângulo (r = 0,46; p <0,0001), Ac-yUm (r = 0,64; p <0,0001), IJ-Xi (r = 0,64;
p <0,0001) e Ac-EpL (r = 0,66; p <0,0001) (Tabela 2 e Figura 4); correlação
positiva forte e estatisticamente significativa entre as medidas: Ac-PAP (r =
0,79;
p <0,0001), Ax-PAP (r = 0,79; p <0,0001), xCl-PAP (r = 0,83; p <0,0001) e
IJ -PAP (r = 0,86; p <0,0001) (Tabela 2 e
Figura 5); e correlação positiva muito
forte e estatisticamente significativa entre a medida: PAP-Xi (r = 0,91; p
<0,0001) (Tabela 2 e Figura 6).
Figura 4 - Correlação moderada entre fotogrametria e fita métrica.
Figura 4 - Correlação moderada entre fotogrametria e fita métrica.
Figura 5 - Forte correlação entre fotogrametria e fita métrica.
Figura 5 - Forte correlação entre fotogrametria e fita métrica.
Figura 6 - Correlação muito forte entre fotogrametria e fita métrica.
Figura 6 - Correlação muito forte entre fotogrametria e fita métrica.
DISCUSSÃO
Os seios são considerados um símbolo de feminilidade, sensualidade e maternidade;
portanto, desempenham papel fundamental na saúde física e mental da mulher10. Em 1955, Penn2 coletou medidas de 150 mulheres; apenas 20 consideraram ter seios
simétricos e esteticamente perfeitos. Dessa forma, buscou-se estabelecer um padrão
de normalidade para as medidas das mamas. Desde então, diversos autores
desenvolveram protocolos para medidas antropométricas diretas das mamas1-5. Quando utilizados os mesmos pontos antropométricos para medida direta
da região mamária, por meio de diferentes instrumentos de medida (compasso e fita
métrica), pode haver diferenças nas medidas encontradas6. Nechala et al., Em 19998, compararam a antropometria direta com a fotogrametria para medidas
faciais e concluíram que não havia consenso sobre a determinação do melhor método
de
medida.
Diante da falta de consenso da fotogrametria nas diferentes áreas corporais, este
estudo teve como objetivo investigar as diferenças entre as medidas obtidas pela
antropometria direta (medição com fita métrica) e indireta (fotogrametria digital)
da região mamária, tema de grande importância na cirurgia plástica. A padronização
de posições, medidas relativas e ângulos, e marcadores fotográficos nos pontos
antropométricos e/ou anatômicos trazem confiabilidade e reprodutibilidade ao estudo
científico11-15. A sistematização e padronização do
enquadramento fotográfico, distância e altura da câmera e refletores para o
posicionamento do paciente são procedimentos necessários para avaliações
sequenciadas, por exemplo, para comparações pré e pós-operatórias, permitindo
assim
validar a comparação de técnicas e resultados, preservando o rigor científico13.
Um método alternativo é a antropometria indireta por meio da fotogrametria
computadorizada, que realiza a mensuração das fotografias com auxílio de um software
gráfico e não requer a presença física do paciente para a coleta de dados8,9. Este método permite precisão centesimal, reduzindo erros, além de
possibilitar medições ao longo do tempo. Assim, é possível comparar
quantitativamente as diferenças pré e pós-operatórias.
O tempo médio gasto com a coleta de dados de cada voluntária, do início ao final da
entrevista de mensuração, foi de 34 minutos, sendo 10 minutos despendidos apenas
para as medidas com fita métrica. Quatro voluntárias relataram desconforto durante
a
realização das medições. Este evento não permitiu uma recomendação tácita de rigor
científico quanto à necessidade de duas medidas intra-avaliador para verificar
a
acurácia ou o grau de reprodutibilidade do método utilizado.
O fator determinante para o uso das etiquetas foi o fato de minimizarem o desconforto
e a dor sentida ao marcar com caneta o centro da papila mamária. Christie et al.,
em
200516, utilizaram essa mesma tática,
relatando que o uso de etiquetas autoadesivas no momento das sessões fotográficas
diminuía o desconforto de demarcar pontos antropométricos, além de reduzir as
chances de erros.
De acordo com Westreich, em 19971, as medidas
mais desafiadoras eram o segmento da axila ao centro da papila mamária e o segmento
do ponto lateral do sulco mamário, uma vez que as marcações feitas em tecidos
moles
são muito variáveis para serem incluídas em estudos de medidas da mama. Essas
marcações podem variar de mulher para mulher e mudar mesmo com os pequenos
movimentos da paciente, podendo, portanto, ser imprecisas, o que também foi
destacado no estudo de Smith et al. (1986)4.
Até agora, os seios são medidos por meio de fotografia digital. No entanto, os
estudos não são claros e uma padronização reproduzível para a medição da mama
deve
ser realizada. A literatura utiliza a antropometria direta(1,4,6,7) ou os
estudos avaliaram mastectomia e mama volumosa17,18. O teste de
correlação de Pearson demonstrou que medidas diretamente relacionadas à mama
apresentam correlação forte ou muito forte. No entanto, as medidas relacionadas
ao
braço e ao tórax apresentaram correlação moderada. Portanto, para medidas
relacionadas às mamas, principalmente a papila, o uso de fita métrica e fotografia
digital realizada pela Image Tool® pode ser uma opção na avaliação
das mamas em mulheres. Assim, o desconforto relatado pelas voluntárias poderia
ser
minimizado porque a fotografia digital é mais rápida do que uma fita métrica.
Embora as fotografias clínicas tenham sido tiradas em 5 posições diferentes -
anteroposterior (AP), perfis direito e esquerdo e oblíquo direito e esquerdo,
conforme as diretrizes da literatura(1,14,15) - neste estudo, visto que
todos os pontos determinados para avaliação também poderiam ser avaliados em posição
frontal, apenas a posição AP foi padronizada. Como foi demonstrado por Quieregatto
et al., em 201519, nossos resultados
demonstram que a associação entre antropometria direta e indireta não poderia
ser
utilizada indiscriminadamente. O presente estudo demonstra duas formas de avaliar
a
mama saudável. Estamos procurando a melhor forma de sugerir uma avaliação das
mamas.
Outros estudos são necessários para comparar diferentes softwares de medição de
mama.
CONCLUSÃO
Houve correlação entre a antropometria direta (medição com fita métrica) e indireta
(fotogrametria pelo software Image Tool®) nos segmentos que
envolvem diretamente a mama, principalmente a papila. Porém apesar de haver
correlação entre as medidas, elas são estatisticamente diferentes quando obtidas
por
antropometria direta e indireta
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1. Universidade Federal de São Paulo, São
Paulo, SP, Brasil.
Autor correspondente:
Paulo Rogério Quieregatto do Espirito Santo, Rua Napoleão de
Barros, 715, 4º andar, Vila Clementino, São Paulo, SP, Brasil. CEP: 04023-002
E-mail: contato@pauloquieregatto.com.br
Artigo submetido: 29/03/2020.
Artigo aceito: 04/06/2020.
Conflitos de interesse: não há.