INTRODUÇÃO
A classificação da Sociedade Internacional para o Estudo de Anomalias Vasculares (ISSVA)
categoriza anomalias vasculares (AV) em 2 grupos principais: tumores e malformações.
Hemangioma infantil (HI) é o tumor vascular mais comum, enquanto malformações são
definidas de acordo com a presença de componente venoso, linfático, arteriovenoso,
capilar ou da combinação entre eles1-5. Durante muito tempo não houve consenso quanto à terminologia e classificação dessas
lesões, com impacto negativo nas indicações terapêuticas, muitas vezes aplicadas de
forma heterogênea e não parametrizada, aumentando a probabilidade de condutas iatrogênicas.
Após a padronização do ISSVA, as diferentes opções de tratamento foram comparadas
e cada diagnóstico etiológico foi associado a um procedimento padrão-ouro. O diagnóstico
de uma AV é essencialmente clínico, baseado na anamnese e exame físico cuidadoso.
Exames complementares radiológicos são necessários em situações selecionadas3,6.
As AVs são as anormalidades congênitas mais comuns dos tecidos moles, afetam até 10%
dos recém-nascidos. Sua ocorrência é variável, podem ocorrer em qualquer região do
corpo, mas são mais comuns na cabeça e no pescoço do que nas extremidades. Os lábios
são a unidade do corpo mais frequentemente acometida por anomalias vasculares5,7,8. Em posição central na face, são notadamente visíveis, o que cria um estigma estético
importante, que tende a piorar com o crescimento do paciente. Além disso, potencialmente
podem envolver a musculatura oral, acarretando em problemas funcionais, como fala
imprópria, incontinência oral e prejuízo à mímica facial5,7,9.
O padrão de acometimento no lábio pode ser relacionado à etiologia da lesão, mas poucos
estudos foram publicados com enfoque nesta perspectiva7,10,11. Baseado em um grande número de casos, este estudo objetiva avaliar esta correlação
e contribuir para um melhor diagnóstico e manejo de pacientes com anomalias vasculares
dos lábios.
MÉTODOS
Esta é uma série de casos de pacientes atendidos entre 1997 e 2017 em um único serviço
de Anomalias Vascular em São Paulo, Brasil. O estudo presente foi aprovado pelo Comitê
Ético Institucional (número de protocolo 1.630.646) e foram obtidos consentimentos
informados de pais ou responsáveis.
Um total de 150 pacientes com lábio AVs foram incluídos e avaliados por análise fotográfica.
Baseado na classificação de 2018 da ISSVA, o diagnóstico etiológico foi definido através
de avaliação clínica, exames complementares e biópsias, conforme a necessidade. Foram
coletados os seguintes dados: tipo de AV, idade, gênero, lábio envolvido (superior/inferior/ambos),
envolvimento de comissura oral (central, lateral, central-lateral, inteiro), extensão
(25% até 100%), acometimento além do vermelhão e a presença de distorção do lábio
(Figura 1). Para isolar a prevalência de IH, pacientes eram divididos por idade em dois grupos:
menores e maiores que 7 anos de idade. Foi realizado um mapeamento anatômico das lesões
e correlacionado com o diagnóstico etiológico. Para melhor visualização, os valores
individuais foram reunidos de forma a criar mapas de calor. As cores mais quentes
representam as áreas de maior incidência da anomalia vascular representada.
Figura 1 - Marcos anatômicos dos lábios.
Figura 1 - Marcos anatômicos dos lábios.
Os dados foram agrupados no MS – Office 2013 e analisados com o Pacote estatístico
IBM SPSS (Pacote Estatístico para Ciências sociais), versão 2 - 3.0. O Teste de Razão
de Probabilidade foi utilizado, adotando um nível de significação de 5% (0.050).
RESULTADOS
De um total de 150 pacientes, 95 eram do sexo feminino e 55 masculinos. Destes, 76
foram diagnosticados como HI, malformações venosas e venolinfática (MVs) em 35 pacientes,
malformações arteriovenosas (MAVs) em 20 pacientes, malformações capilares (MCs) em
16 pacientes e malformações linfáticas exclusivas (MLs) em 3 casos. O predomínio feminino
foi relacionado à prevalência mais alta de HI (60% dos 95 casos, razão feminino:masculino
= 1,7:1). Não houveram casos de outros tumores vasculares além de HI. Os resultados
estão expostos na Tabela 1 e resumidos na Figura 2.
Tabela 1 - Padrões anatômicos das anomalias vasculares dos lábios.
Lábio acometido
|
HI |
MV |
MAV |
MC |
ML |
Total |
Freq. |
% |
Freq. |
% |
Freq. |
% |
Freq. |
% |
Freq. |
% |
Freq. |
Superior |
38 |
46,91 |
23 |
28,40 |
13 |
16,05 |
4 |
4,94 |
3 |
3,70 |
81 |
Inferior |
38 |
55,88 |
12 |
17,65 |
7 |
10,29 |
11 |
16,18 |
0 |
0,00 |
68 |
Ambos |
0 |
0,00 |
0 |
0,00 |
0 |
0,00 |
1 |
100,00 |
0 |
0,00 |
1 |
Total |
76 |
50,67 |
35 |
23,33 |
20 |
13,33 |
16 |
10,67 |
3 |
2,00 |
150 |
Localização |
HI |
MV |
MAV |
MC |
ML |
Total |
Freq. |
% |
Freq. |
% |
Freq. |
% |
Freq. |
% |
Freq. |
% |
Freq. |
Central |
25 |
83,33 |
5 |
16,67 |
0 |
0,00 |
0 |
0,00 |
0 |
0,00 |
30 |
Lateral |
16 |
45,71 |
13 |
37,14 |
6 |
17,14 |
0 |
0,00 |
0 |
0,00 |
35 |
C+L |
26 |
42,62 |
17 |
27,87 |
13 |
21,31 |
4 |
6,56 |
1 |
1,64 |
61 |
Inteiro |
9 |
37,50 |
0 |
0,00 |
1 |
4,17 |
12 |
50,00 |
2 |
8,33 |
24 |
Total |
76 |
50,67 |
35 |
23,33 |
20 |
13,33 |
16 |
10,67 |
3 |
2,00 |
150 |
Envolvimento comissura oral
|
HI |
MV |
MAV |
MC |
ML |
Total |
Freq. |
% |
Freq. |
% |
Freq. |
% |
Freq. |
% |
Freq. |
% |
Freq. |
Sim |
7 |
15,91 |
13 |
29,55 |
9 |
20,45 |
15 |
34,09 |
0 |
0,00 |
44 |
Não |
69 |
65,09 |
22 |
20,75 |
11 |
10,38 |
1 |
0,94 |
3 |
2,83 |
106 |
Total |
76 |
50,67 |
35 |
23,33 |
20 |
13,33 |
16 |
10,67 |
3 |
2,00 |
150 |
Extensão |
HI |
MV |
MAV |
MC |
ML |
Total |
Freq. |
% |
Freq. |
% |
Freq. |
% |
Freq. |
% |
Freq. |
% |
Freq. |
< 25% |
31 |
63,27 |
13 |
26,53 |
5 |
10,20 |
0 |
0,00 |
0 |
0,00 |
49 |
25-50% |
27 |
56,25 |
10 |
20,83 |
8 |
16,67 |
3 |
6,25 |
0 |
0,00 |
48 |
> 75% |
9 |
31,03 |
12 |
41,38 |
6 |
20,69 |
1 |
3,45 |
1 |
3,45 |
29 |
100% |
9 |
37,50 |
0 |
0,00 |
1 |
4,17 |
12 |
50,00 |
2 |
8,33 |
24 |
Total |
76 |
50,67 |
35 |
23,33 |
20 |
13,33 |
16 |
10,67 |
3 |
2,00 |
150 |
Envolvimento de pele
|
HI |
MV |
MAV |
MC |
ML |
Total |
Freq. |
% |
Freq. |
% |
Freq. |
% |
Freq. |
% |
Freq. |
% |
Freq. |
Sim |
53 |
51,46 |
19 |
18,45 |
15 |
14,56 |
15 |
14,56 |
1 |
0,97 |
103 |
Não |
23 |
48,94 |
16 |
34,04 |
5 |
10,64 |
1 |
2,13 |
2 |
4,26 |
47 |
Total |
76 |
50,67 |
35 |
23,33 |
20 |
13,33 |
16 |
10,67 |
3 |
2,00 |
150 |
Distorção |
HI |
MV |
MAV |
MC |
ML |
Total |
Freq. |
% |
Freq. |
% |
Freq. |
% |
Freq. |
% |
Freq. |
% |
Freq. |
Sim |
62 |
48,44 |
32 |
25,00 |
19 |
14,84 |
12 |
9,38 |
3 |
2,34 |
128 |
Não |
14 |
63,64 |
3 |
13,64 |
1 |
4,55 |
4 |
18,18 |
0 |
0,00 |
22 |
Total |
76 |
50,67 |
35 |
23,33 |
20 |
13,33 |
16 |
10,67 |
3 |
2,00 |
150 |
Tabela 1 - Padrões anatômicos das anomalias vasculares dos lábios.
Figura 2 - Resumo do padrão anatômico de acometimento das malformações vasculares.
Figura 2 - Resumo do padrão anatômico de acometimento das malformações vasculares.
Quanto à distribuição por faixa etária, 82 casos (54%) eram menores do que 7 anos.
Dentro deste subgrupo, 79% dos casos foram diagnosticados como HI. Malformações vasculares
foram mais prevalentes nos pacientes acima de 7 anos: 71,4% das MVs, 85% das MAVs
e 87,5% das MCs.
As AVs foram encontradas em ambos os lábios, mas ligeiramente mais frequente no lábio
superior (54%). A maioria dos casos (64,6%) apresentou-se com acometimento de até
50% extensão do lábio. O segmento mais comumente acometido foi a porção centro-lateral
(40,6%), seguido pelo envolvimento apenas da porção lateral do lábio (23,3%). Envolvimento
de comissura aconteceu em 29,33% dos 150 casos. Envolvimento de pele, isto é, além
do vermelhão, aconteceu em 68,6% dos casos. A distorção do lábio foi observada em
85,33% dos pacientes.
Considerando apenas o grupo de tumores vasculares, 85% dos pacientes eram menores
que 7 anos de idade. O padrão de acometimento para HI foi o envolvimento de apenas
um lábio, igualmente distribuído entre lábio superior e inferior. A maioria das deformidades
causou distorção dos lábios e extensão além do vermelhão. Foram observadas algumas
diferenças entre o lábio superior e inferior: no lábio superior, as lesões eram frequentemente
menores, mais centralmente localizadas, enquanto as de lábio inferior apresentaram
maior grau de heterogeneidade. Pacientes mais velhos foram diagnosticados com HI em
sua fase involuída. O padrão de acometimento de HI está exposto na Tabela 1 e resumido na Figura 3.
Figura 3 - Padrão de acometimento de hemangiomas infantis.
Figura 3 - Padrão de acometimento de hemangiomas infantis.
Dentre as malformações vasculares, foram observados diferentes padrões para cada etiologia
específica. A maioria de pacientes eram maiores de 7 anos (77%). Malformações venosas
e venolinfáticas aconteceram predominantemente no lábio superior, mais lateralmente
localizadas. Foi observado acometimento de 25 a 75% da extensão do lábio, com deformidade
significativa de sua estrutura. Quase a metade dos pacientes teve malformações que
se estenderam além das margens do vermelhão. A Tabela 1 expõe os dados e a Figura 4 resume o padrão de acometimento das MVs.
Figura 4 - Padrão de acometimento de malformações venosas e venolinfáticas.
Figura 4 - Padrão de acometimento de malformações venosas e venolinfáticas.
As MAVs apresentaram-se ligeiramente mais frequentes no lábio superior. A maioria
dos casos acometeram a porção centro-lateral, de 25 a 75% de extensão. Foi observado
um acometimento frequente da comissura oral e distorção do lábio. A maioria das MAVs
estenderam-se além do limite do vermelhão. O padrão anatômico é descrito na Tabela 1 e ilustrado na Figura 5.
Figura 5 - Padrão de acometimento de malformações arteriovenosas.
Figura 5 - Padrão de acometimento de malformações arteriovenosas.
MCs acometeram predominantemente o lábio inferior. Todos os pacientes tiveram envolvimento
inteiro do lábio e 75% apresentaram distorção de volume (Figura 6). Houveram apenas 3 casos de ML, todos eles no lábio superior, com extensão quase
inteira e grande distorção.
Figura 6 - Padrão de acometimento de malformações capilares.
Figura 6 - Padrão de acometimento de malformações capilares.
Comparando-se tumores a malformações vasculares, algumas diferenças estatisticamente
significativas foram observadas. Os HIs localizaram-se mais centralmente (p=0,001), com raro envolvimento da comissura oral (p=0,001) e de menor tamanho que as malformações vasculares (p=0,02). Estes resultados estão demonstrados na Figura 7.
Figura 7 - Comparação entre hemangiomas infantis e malformações vasculares.
Figura 7 - Comparação entre hemangiomas infantis e malformações vasculares.
DISCUSSÃO
Mais de dois terços de anomalias vasculares são encontradas na região da cabeça e
pescoço. Quando se considera os lábios como uma única unidade, é a região do corpo
de maior prevalência5,7. Um diagnóstico adequado é determinante para o correto manejo do paciente, a fim
de minimizar o acometimento estético e o prejuízo funcional5,6,7. Na prática clínica, o primeiro atendimento das AVs é frequentemente realizado por
não-especialistas. Consequentemente, qualquer ferramenta médica que auxilie no diagnóstico
diferencial permitirá referenciar mais rápido ao profissional especializado e um melhor
atendimento a este paciente.
A localização anatômica pode auxiliar na definição da etiologia de uma AV. O tratamento
das AVs difere consideravelmente de acordo com o diagnóstico. Se, por um lado, o tratamento
expectante é preferido em tumores vasculares, como HI, a falta de tratamento de malformações
vasculares permite sua expansão, deformando o local e acarretando em um aumento notável
na dificuldade do tratamento12,13,14. O tratamento farmacológico hoje é de grande relevância no tratamento de anomalias
vasculares e a escolha do medicamento é específica para cada etiologia15.
A resseção cirúrgica de anomalias vasculares dos lábios pode ser uma opção de tratamento.
O local anatômico é determinante para planejar o procedimento. A reconstrução após
a ressecção visa corrigir deformidades de contorno, reconstruir a comissura oral e
restabelecer a competência do lábio. O tipo de resseção (completa ou parcial) e a
perspectiva de recorrência da lesão também depende do tipo etiológico da lesão13.
Este estudo revelou o padrão anatômico de acometimento das AVs dos lábios e, mais
intensamente, sua correlação com o diagnóstico etiológico (Figura 2). A apresentação inicial das AVs muitas vezes consiste em pequenas alterações, desafiadoras
ao diagnóstico assertivo. Neste sentido, o padrão anatômico de acometimento pode ser
útil, sobretudo nas malformações mistas em que um componente profundo da lesão pode
ser negligenciado. Assim, a combinação de características clínicas e localização anatômica
potencialmente reduz o erro diagnóstico e promove melhor tratamento ao paciente14,15.
O uso de imagens para resumir conceitos clínicos está ganhando terreno na medicina
moderna. Mapas de calor são frequentemente utilizados para representar dados estatísticos
complexos. Neste estudo, foram utilizados para expor a distribuição complexa de anomalias
vasculares de uma forma concisa e prática16.
Embora existam algumas limitações neste estudo, como o padrão retrospectivo de coleta
de dados, um padrão anatômico de distribuição pode ser identificado. A meta principal
foi alcançada e espera-se minimizar o erro diagnóstico e um rápido direcionamento
do paciente ao seu tratamento.
CONCLUSÃO
Foram identificados padrões anatômicos de acometimento dos lábios para cada anomalia
vascular. Cria-se, assim, uma ferramenta para auxiliar no diagnóstico dos pacientes
e um melhor manejo terapêutico.
COLABORAÇÕES
RFZ
|
Análise e/ou interpretação dos dados, Análise estatística, Aprovação final do manuscrito,
Coleta de Dados, Concepção e desenho do estudo, Gerenciamento do Projeto, Redação
- Revisão e Edição
|
DCG
|
Análise e/ou interpretação dos dados, Aprovação final do manuscrito, Concepção e desenho
do estudo, Gerenciamento do Projeto, Redação - Preparação do original, Redação - Revisão
e Edição, Supervisão
|
AK
|
Análise e/ou interpretação dos dados, Aprovação final do manuscrito, Coleta de Dados,
Concepção e desenho do estudo, Realização das operações e/ou experimentos
|
EMC
|
Análise e/ou interpretação dos dados, Aprovação final do manuscrito, Coleta de Dados,
Concepção e desenho do estudo
|
RG
|
Aprovação final do manuscrito, Redação - Revisão e Edição, Supervisão
|
REFERÊNCIAS
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1. Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, São Paulo, SP, Brasil.
Autor correspondente: Dov Charles Goldenberg Rua Arminda, 93, Itaim Bibi, São Paulo, SP, Brasil. CEP: 04538-100. E-mail: drdov@terra.com.br
Artigo submetido: 1/7/2019.
Artigo aceito: 21/10/2019.
Conflitos de interesse: não há.