INTRODUÇÃO
O processo de envelhecimento é multifatorial, sendo o resultado de uma somatória de
alterações simultâneas dos diversos componentes da face, bem como a interação desses.
A patogênese do envelhecimento facial é explicada em uma base anatômica, sendo resultante
da interação de fatores intrínsecos (maturação das partes moles, atrofia/mudança esquelética
e hiperatividade muscular) e fatores extrínsecos (gravidade e dano solar). Como consequência,
a aparência lisa confluente da face é lentamente reposta por ângulos pontudos, rugas,
concavidades e proeminências. As mudanças esqueléticas levam à diminuição geral na
altura facial e moderados alargamentos e aprofundamento da estrutura facial. A diminuição
na altura maxilar e o aumento no volume orbitário resultam em olhos afundados e menos
espaço para a inserção do tecido mole disponível.
Linhas superficiais que atravessam o limite superior da derme são responsivas a dermoabrasão,
peeling e lasers. Porém, rugas dinâmicas respondem a inativação muscular com toxina botulínica
ou miectomia/miotomia e podem ser melhoradas pelo uso de preenchimentos dérmicos.
Preenchimentos são também úteis no tratamento de sulcos durante suas fases iniciais
ou como uma modalidade adjuvante à cirurgia.
O preenchimento de partes moles é uma alternativa para pacientes que procuram rejuvenescimento
facial com mínimo tempo de inatividade. Para pacientes jovens, essa talvez seja a
modalidade ideal, enquanto para pacientes mais velhos, a combinação de preenchimento
e cirurgia se mostre mais efetiva. Até hoje o preenchedor ideal não foi encontrado
e não houve consenso sobre as características ideais desse (Quadro 1).
Quadro 1 - Características do preenchimento ideal.
Características do preenchimento ideal |
Não tóxico |
Produz mudança natural e perceptível. |
Biocompatível |
Tempo mínimo de inatividade. |
Duradouro |
Previsível. |
Reversível |
Funciona bem conforme o indivíduo envelhece. |
Autólogo |
Não perceptível ao toque. |
Fácil de usar |
Seguro. |
Quadro 1 - Características do preenchimento ideal.
A história do preenchimento facial se inicia em 1830, quando o químico alemão Karl
Ludwig, em 18301, descobriu a parafina. Dispondo desse material, em 1899, Gersuny2, um austríaco, fez o primeiro relato do uso da substância com finalidade estética,
quando criou uma prótese testicular para um paciente que havia sido tratado com orquiectomia
devido à tuberculose. Daí em diante a parafina passou a ser amplamente utilizada nas
rinomodelações, até que em 19112 surgiu uma lista das complicações que o uso desse material poderia gerar, sendo então
abandonado para fins cosméticos.
O enxerto de tecido adiposo foi inicialmente desenvolvido no final do século 19 para
reconstruções faciais. Neuber, em 18933, descreveu o enxerto de gordura autóloga, proveniente do braço, de fragmentos de
tecido adiposo para correção de defeito facial. Porém, esse método só se tornou popular
em 1982, após Illouz4 descrever o uso de cânulas para aspiração à vácuo e a enxertia do produto aspirado.
Várias técnicas já foram propostas desde então e essa modalidade de enxertia continua
sendo amplamente estudada e utilizada pelos cirurgiões plásticos nos preenchimentos
faciais e em outras áreas do corpo. Na década de 40, no Japão, o silicone líquido
injetável foi utilizado para o aumento mamário. Esse produto ganhou destaque após
ser introduzido nos EUA na década de 60, porém nos anos seguintes surgiram relatos
de complicações e sequelas do uso de silicone líquido, sendo o uso para fins cosmético
condenado pela FDA em 1979.
Experimentos clínicos com colágeno bovino ocorreram entre os anos de 1977-1978, no
intuito de tratar as rugas relacionadas ao envelhecimento. Após 6 anos de pesquisa,
a substância foi aprovada pela FDA para fins estéticos com o nome de Zyderm. Apesar
do sucesso desse material na década de 80 e de ter se tornado o padrão ao qual todos
os outros injetáveis foram comparados, ainda assim não era o produto ideal, pois apresentava
inconvenientes, além da sua curta duração, assim como todos os materiais biológicos
derivados de fontes orgânicas, podendo levar à sensibilização a proteínas estranhas
de animais ou humanas, transmissão de doenças e imunogenicidade. Durante os anos seguintes,
houve uma evolução dos materiais de colágeno, conforme o Quadro 2 abaixo:
Quadro 2 - Evolução dos preenchedores a base de colágeno.
Preenchimento biológico à base de colágeno |
Zyderm(1981)/Zyplast (1985) |
Colágeno (bovino) |
Dermalogen (1998) |
Matriz de colágeno humano |
Surgisis (1998) |
Matriz de colágeno suíno |
CosmoDerm/CosmoPlast (2003) |
Colágeno (humano) |
Quadro 2 - Evolução dos preenchedores a base de colágeno.
O ácido hialurônico é um polissacarídeo encontrado naturalmente nos tecidos conjuntivos
de mamíferos (pele, cartilagem, osso e fluido sinovial), de consistência gelatinosa,
alta viscoelasticidade e alto grau de hidratação devido suas características estruturais5. Esse material foi descrito pela primeira vez em 1934, por Meyer e Palmer6, durante a análise do humor vítreo bovino, que em seu estado natural é um ótimo preenchedor,
porém apresenta meia-vida curta. Após alterações químicas mínimas (cross-linking), foi possível criar um material tolerado pelo sistema imune, não reativo e com maior
longevidade. Duas técnicas foram desenvolvidas para comercialização do produto: fermentação
bacteriana ou extração da crista do galo. Por razões óbvias de produção em larga escala,
a primeira técnica é a mais utilizada atualmente.
Desde a aprovação da FDA em 2003, o AH se tornou o preenchimento mais utilizado no
mundo devido às suas propriedades, como biocompatibilidade e reversibilidade. Segundo
a Sociedade Americana de Cirurgia Plástica, em 2014, o preenchimento de tecido moles
aumentou 253% quando em relação ao ano de 2000, sendo que o AH responde por 78,3%
de todos os preenchimentos injetáveis.
MÉTODOS
Realizado uma pesquisa extensa na base de dados da MEDLINE, Cochrane e PubMed no período
entre janeiro de 2003 e janeiro de 2018. As palavras chaves utilizadas foram “dermal fillers”, “vascular complications”, “acid hyaluronic” e “hyaluronidase”. Inicialmente foram selecionados 49 artigos.
Os critérios de inclusão foram:
- Ano entre 2003-2018;
- Ensaios clínicos e estudo de caso;
- Preenchimento com ácido hialurônico em face;
- Complicações vasculares;
- Tratamento com hialuronidase.
Os critérios de exclusão:
- Relatos de caso;
- Preenchimento com outros materiais além do ácido hialurônico;
- Foco em outras complicações.
- O resultado foram 19 artigos.
DISCUSSÃO
Apesar de infrequentes7, podem ocorrer efeitos adversos relacionados ao uso de injeções de ácido hialurônico.
Aperfeiçoar a técnica de infiltração, bem como reconhecer precocemente as complicações
e dominar o manejo são fundamentais para todos os cirurgiões que trabalham com AH.
As complicações do preenchimento utilizando ácido hialurônico podem ser divididas
entre precoces e tardias, de acordo com o seu tempo de surgimento. Aquelas que são
classificadas como precoce aparecem num período de horas a dias, e dentre elas, as
mais comuns são o edema, dor, hiperemia e equimose8. Essas reações normalmente são autolimitadas e não requerem grandes intervenções.
Por outro lado, uma complicação precoce menos comum, porém mais temida, são as vasculares
que podem resultar em necrose tecidual e perda de visão. Essas requerem maior atenção
e acompanhamento, devido ao alto potencial de sequelas9. Dentre as complicações tardias, merecem destaque os biofilmes, granulomas, despigmentações
e cicatrizes. (Quadro 3)
Quadro 3 - Complicações relacionadas ao uso do ácido hialurônico.
Precoces |
Tardias |
Relacionadas à infiltração: |
Infecções |
Edema |
Granulomas |
Dor |
Nódulos |
Sangramento |
Despigmentação |
Equimose |
Cicatrizes |
Reações Inflamatórias |
|
Reações Alérgicas |
|
Infarto vascular / Necrose tecidual |
|
Quadro 3 - Complicações relacionadas ao uso do ácido hialurônico.
A obstrução venosa é incomum, mas pode ser vista em alguns casos onde já se tem algum
grau de oclusão10. Pode ocorrer quando há infiltração de um grande volume de material em topografias
com significativa tensão, onde o tecido está restrito, com ausência da elasticidade
habitual, como em cicatrizes. A injeção acidental intravenosa pode não apresentar
repercussão, passando muitas vezes despercebida. Em contrapartida, a injeção de material
intra-arterial pode resultar em obstrução de fluxo, levando à hipóxia de determinado
território e isquemia tecidual11.
Os sinais da oclusão vascular são imediatos e habitualmente seguem uma ordem, onde
o tecido inicialmente fica pálido, seguido de livedo reticular, que progride para
isquemia. Se não houver intervenção, formam-se bolhas, úlceras e necrose tecidual
(Quadro 4). A complicação mais temida relacionada à obstrução vascular é a perda da visão,
isso pode ocorrer quando há oclusão da artéria oftálmica ou retiniana, por via retrógrada
de fluxo de material injetado na área supraorbital. Tal fato está associado ao influxo
de um grande volume a uma pressão exagerada de infusão. Os sintomas são imediatos
e incluem dor ocular e distúrbio visual. A necrose tecidual ocorre mais nas chamadas
zona de risco, que são o nariz e principalmente na glabela. A glabela é uma região
suprida por artérias provenientes da supra troclear, que percorrem um trajeto medial
às sobrancelhas e devido a esse curso anatômico, sugere-se que ocorra maior injeção
intra-arterial inadvertida12. A topografia alar do nariz é vascularizada por ramos terminais da artéria angular,
um sítio pobre em ramos colaterais, sendo, portanto, uma área comum de necrose tecidual.
A maioria dos casos reportados na literatura ocorreram na Ásia, onde há alta prevalência
de preenchimento em zonas faciais de risco13.
Quadro 4 - Sinais das complicações x tempo.
Achados clínicos |
Tempo após preenchimento |
Palidez cutânea |
Segundos |
Livedo reticular |
Minutos |
Cianose |
Horas |
Bolhas |
Horas a dias |
Perda da barreira, ulceração |
Dias a semanas |
Quadro 4 - Sinais das complicações x tempo.
A primeira estratégia contra as complicações vasculares do uso de ácido hialurônico
é a prevenção. É fundamental que o médico domine a anatomia vascular da topografia
onde irá infiltrar o material. Durante a entrevista é fundamental que sejam questionados
procedimentos faciais prévios. A maior parte da face é suprida por ramos da carótida
externa, com exceção da testa, parte central entre os olhos e parte superior do nariz,
que são supridas pela artéria oftálmica, ramo da carótida interna. As artérias envolvidas
em complicações na glabela e na testa são a supratroclear e a supraorbital e ambas
podem levar a complicações oculares. A artéria supra troclear é constante na maioria
dos casos, variando sua posição em no máximo 5mm. Inicia profunda na parte superomedial
da órbita e se torna subcutânea 15 a 25mm do rebordo supraorbital à medida que se
desloca superiormente. A artéria supraorbital aparece na borda supraorbital, na vertical
da pupila, tornando-se subcutânea 15 a 20mm acima do rebordo orbital, seguindo em
direção à testa. Preenchimentos da região nasal devem ser realizados no plano supraperiosteal
profundo, abaixo do SMAS, evitando assim a rede venosa anastomótica.
O uso de cânulas para injeção profunda é outra recomendação, uma vez que é menos provável
que uma cânula fina de ponta cega penetre em uma artéria quando comparado à agulha.
É prudente sempre aspirar antes de infiltrar o material, bem como injetar lentamente
executando movimento de retirada da agulha. Evitar a infiltração de um volume muito
grande (<0,1mL) de material a uma pressão exagerada, utilizando seringas menores para
o controle do fluxo, visando livrar-se de uma possível reversão de fluxo e embolia
retrógrada14.
Mesmo após estratégias de prevenção podem ocorrer complicações vasculares que devem
ser tratadas imediatamente. A hialuronidase é uma enzima mucolítica capaz de degradar
o ácido hialurônico tanto na sua forma natural quanto cross-linked. Ela hidrolisa o ácido hialurônico, rompendo suas ligações e gerando aumento da permeabilidade
na pele e tecido conectivo. Sua meia-vida sérica é de aproximadamente dois minutos,
sendo inativada durante sua passagem pelo fígado e rins15. No entanto, seu efeito no tecido subcutâneo é imediato, com longa duração, variando
de 24 a 48h.
Em 2007, Hirsch16 et al., descreveram o primeiro caso de oclusão vasculares por preenchimento com AH
revertido com sucesso após o uso da enzima. Em 2014, DeLorenzi17 desenvolveu estudo in vitro para avaliar se a hialuronidase é capaz de atravessar
a parede intacta da artéria facial humana para hidrolisar o preenchimento de AH por
meio de pequenos segmentos da artéria facial humana, que foram preenchidos com ácido
hialurônico monofásico, adquirindo o aspecto de “salsichas”. Em seguida, foram imersos
em 300UI de hialuronidase (manipulada) ou em solução salina (controle). Apenas as
amostras imersas na hialuronidase apresentaram degradação do preenchedor, ao fim de
4 e 24 horas. Logo, o resulto foi de que a enzima é capaz de hidrolisar o AH mesmo
com a parede do vaso intacta.
Atualmente, o tratamento para acidentes vasculares com o uso de ácido hialurônico
é o uso da enzima em toda extensão da lesão, porém não há na literatura quanto a uma
padronização da dose. Em 2007, Soparkar et al.18, utilizou 375UI de hialuronidase para dissolver um preenchimento de ácido hialurônico
na face de um paciente e, na opinião do autor, a dose recomendada varia de 150 a 200UI
de hialuronidase para cada 1ml de ácido hialurônico a ser removido. Em 2014, Rao et
al.19, expuseram quatro tipos de preenchedores de AH a variadas concentrações de hialuronidase
in vitro e concluíram que a reação enzimática é tempo e dose dependente. A literatura
recomenda o tratamento precoce, demonstrando diminuição considerável da sua eficácia
após 24h do preenchimento20, podendo chegar a 50%.
Sentimos a necessidade de termos em nosso serviço um protocolo de tratamento destas
possíveis complicações, além de se adotar criteriosamente os conhecimentos preventivos
citados. À luz das evidências científicas atuais, nos propusemos a um protocolo de
tratamento das eventuais complicações vasculares:
Parar imediatamente o procedimento;
Utilizar altas doses de hialuronidase na área afetada;
Massagear a área;
Aguardar 60 minutos e reavaliar a possibilidade de nova infiltração.
Ao primeiro sinal de comprometimento vascular durante o uso de ácido hialurônico o
procedimento deve ser interrompido. Mesmo com seu uso off-label para tal finalidade, a ACE GROUP, em 201821, recomenda a infiltração imediata de hialuronidase a fim de prevenir a evolução para
isquemia tecidual e necrose, uma vez que estudos corroboram melhores resultados com
o uso precoce da enzima22 (preferencialmente nas primeiras 4 horas).
A literatura enfatiza que muito mais importante que uma dosagem absoluta do produto
é evitar a subdose, uma vez que a progressão da complicação pode levar a casos graves,
com sequelas irreparáveis23. Altas doses (450-1500UI) devem ser infiltradas em toda área afetada24, seguido de massagem local no intuito de dissipar a obstrução.
No Brasil, temos Hyalozima® 2000utr (Apsen), que deve ser reconstituída em 5mL de diluente que acompanha o produto,
resultando em 400U por mL. Inicialmente é aspirado 1mL e após antissepsia e assepsia
adequada, deve-se infiltrar pontos de 0,1mL por toda extensão da área acometida, com
agulhas de calibre entre 27G e 30G, com um espaçamento de 3 a 4cm entre os pontos.
A aplicação deve ser repetida após 60 minutos, se não houver melhora do quadro inicial,
podendo ser realizada por até 4 vezes25. O produto deve ser mantido resfriado entre 2-8 graus para garantir sua estabilidade
e após aberto deve-se desprezar o restante.
Há relatos de reações alérgicas à enzima, portanto os pacientes devem ser observados
por pelo menos 60 minutos após a aplicação de hialuronidase21 e devido à sua propagação não deve ser infiltrada em áreas onde fora aplicado toxina
botulínica nas últimas 48h.
O paciente deve ser reavaliado diariamente em busca de sinais de melhora ou regressão
da congestão vascular. A medicina hiperbárica pode ser útil, uma vez que atua carreando
oxigênio para os tecidos e vem sendo cada vez mais utilizado para tratamento de isquemias
que evoluíram para necrose26,27.
O acompanhamento do paciente envolve cuidados rotineiros com a ferida, desbridamento
se necessário e vigilância quanto infecções secundárias. Pacientes diagnosticados
precocemente, geralmente evoluem satisfatoriamente, bem como aqueles com atraso de
diagnóstico e conduta estão associados à maiores complicações, exigindo muitas semanas
de cuidados com as feridas, resultando em diferentes graus de cicatrizes12.
CONCLUSÃO
Apesar de pouco comuns, as complicações relacionadas ao uso de ácido hialurônico podem
ser graves e irreversíveis. Dentre as complicações, as mais temidas são as vasculares,
isso visto seu potencial de levar a sequelas irreversíveis. Portanto, todo cirurgião
que trabalha com preenchimento facial e ácido hialurônico deve ter em mãos um protocolo
de tratamento e as medicações ao alcance.
COLABORAÇÕES
JCD
|
Análise e/ou interpretação dos dados, Aprovação final do manuscrito
|
SVS
|
Análise e/ou interpretação dos dados, Coleta de Dados, Concepção e desenho do estudo,
Redação - Revisão e Edição
|
ACC
|
Análise e/ou interpretação dos dados
|
RCSD
|
Análise e/ou interpretação dos dados
|
AAD
|
Análise e/ou interpretação dos dados
|
RSCC
|
Análise e/ou interpretação dos dados
|
REFERÊNCIAS
1. Goldwyn RM. The paraffin story. Plast Reconstr Surg. 1980;65(4):517-24.
2. Glicenstein J. The first “fillers,” vaselin and paraffin. From miracle to disaster.
Ann Chir Plast Esthet. 2007;52:157-61.
3. Klein AW. Techniques for soft tissue augmentation. Am J Clin Dermatol. 2006;7(2):107-20.
4. Illouz YG. The fat cell “graft”: a new technique to fill depressions. Plast Reconstr
Surg. 1986;78(1):122-3.
5. Chong BF, Blank LM, MaLaughlin R, Nielsen LK. Microbial hyaluronic acid production.
Appl Microbiol Biotechnol. 2005;66(4):341-51.
6. Meyer K, Palmer JW. The polysaccharide of the vitreous humour. J Biol Chem. 1934;107:629-34.
7. Alam M, Dover JS. Management of complications and sequelae with temporary injectable
fillers. Plast Reconstr Surg. 2007;120(6 Suppl 1):98S-105S.
8. Lafaille P, Benedetto A. Fillers: contraindications, side effects and precautions.
J Cutan Aesthet Surg. 2010;3(1):16-9.
9. Ozturk CN, Li Y, Tung R, Parker L, Piliang MP, Zins JE. Complications following injection
of soft tissue fillers. Aesthet Surg J. 2013;33(6):862-77.
10. DeLorenzi C. Complications of injectable fillers, part 2: vascular complications.
Aesthet Surg J. 2014;34(4):584-600.
11. Carle MV, Roe RH, Novack RL. Occlusion caused by cosmetic facial filler injection
– reply. JAMA Ophthalmol. 2015;133(2):225.
12. Cohen JL. Understanding, avoiding, and managing dermal filler complications. Dermatol
Surg. 2008;34(Suppl 1):S92-9.
13. Bray D, Hopkins C, Roberts DN. A review of dermal fillers in facial plastic surgery.
Curr Opin Otolaryngol Head Neck Surg. 2010;18(4):295-302.
14. Beleznay K, Carruthers JD, Humphrey S, Jones D. Avoiding and treating blindness from
fillers: a review of the world literature. Dermatol Surg. 2015;41(10):1097-117.
15. Dunn AL, Heavner JE, Racz G, Day M. Hyaluronidase: a review of approved formulations,
indications and off-label use in chronic pain management. Expert Opin Biol Ther. 2010;10(1):127-31.
16. Hirsch RJ, Cohen JL, Carruthers JD. Successful management of an unusual presentation
of impending necrosis following a hyaluronic acid injection embolus and a proposed
algorithm for management with hyaluronidase. Dermatol Surg. 2007;33(3):357-60.
17. DeLorenzi C. Transarterial degradation of hyaluronic acid filler by hyaluronidase.
Dermatol Surg. 2014;40(8):832-41.
18. Soparkar CN, Patrinely JR, Skibell BC, Tower RN. Hyaluronidase and restylane. Arch
Facial Plast Surg. 2007;9(4):299-300.
19. Rao V, Chi S, Woodward J. Reversing facial fillers: Interactions between hyaluronidase
and commercially available hyaluronic-acid based fillers. J Drugs Dermatol. 2014;13(9):1053-6.
20. Oh EJ, Kang SW, Kim BS, Jiang G, Cho IH, Hahn SK. Control of the molecular degradation
of hyaluronic acid hydrogels for tissue augmentation. J Biomed Mater Res A. 2008;86:685-93.
21. King M, Aesthetic Complications Expert - Group (ACE). This month’s guideline: management
of necrosis. J Clin Aesthet Dermatol. 2018;11(7):E53-7.
22. Kim DW, Yoon ES, Ji YH, Park SH, Lee BI, Dhong ES. Vascular complications of HA fillers
and the role of hyaluronidase in management. J Plast Reconstr Aesthet Surg. 2011;64(12):1590-5.
23. DeLorenzi C. New high dose pulsed hyaluronidase protocol for HA filler vascular adverse
events. Aesthet Surg J. 2017;37(7):814-25. DOI: https://doi.org/10.1093/asj/sjw251
24. Landau M. Hyaluronidase caveats in treating filler complications. Dermatol Surg. 2015;41(Suppl
1):S347-53.
25. Cohen JL, Biesman BS, Dayan SH, DeLorenzi C, Lambros VS, Nestor MS, et al. Treatment
of HA filler-induced impending necrosis with hyaluronidase: consensus recommendations.
Aesthet Surg J. 2015;35(7):844-9.
26. Alam M, Dover JS. Management of complications and sequelae with temporary injectable
fillers. Plast Reconstr Surg. 2007;120(6 Suppl 1):98S-105S.
27. Kulikovsky M, Gil T, Mettanes I, Karmeli R, Har-Shai Y. Hyperbaric oxygen therapy
for non-healing wounds. Isr Med Assoc J. 2009;11(8):480-5.
1. Hospital Daher Lago Sul, Brasília, DF, Brasil.
Autor correspondente: José Carlos Daher Quadra 07 SHIS, QI 7 Conjunto F, Lago Sul, Brasília, DF, Brasil. CEP: 71615-660.
E-mail: daher@hospitaldaher.com.br
Artigo submetido: 27/2/2019.
Artigo aceito: 20/10/2019.
Conflitos de interesse: não há.