INTRODUÇÃO
No Brasil, estima-se que o câncer de mama será o câncer que mais acometerá as
mulheres nos anos 2018 e 2019, correspondendo a 29,5% de todos os novos casos de
câncer do país1. O tratamento de pacientes com
câncer de mama e, portanto, sua agressividade, é determinado pelas características
da doença no momento do diagnóstico. Os principais procedimentos que podem ser
realizados, isoladamente ou em combinação, são cirurgia (conservadora ou
mastectomia), radioterapia, quimioterapia e terapia hormonal2.
Entre as complicações ocorridas no pós-operatório do câncer de mama, a mais frequente
é o linfedema, que consiste em uma condição crônica ocasionada pelo acúmulo de
líquido rico em proteínas no espaço intersticial3-6. O desenvolvimento
do linfedema pode acontecer imediatamente após a cirurgia, em casos raros, ou anos
após o tratamento6-10.
A etiologia e os fatores de risco do linfedema parecem ser multifatoriais, não sendo
totalmente reconhecidos. Em geral, é sabido que os principais fatores de risco são
a
linfadenectomia e/ou radioterapia axilar, a obesidade e os procedimentos invasivos
realizados no membro homolateral ao câncer de mama11,12.
Sempre que a mastectomia é indicada, a reconstrução mamária é considerada e pode ser
realizada imediatamente ou após o procedimento inicial (reconstrução tardia da
mama)13. Entretanto, tendo em vista a
queda da morbidade proporcionada pela reconstrução realizada imediatamente após a
mastectomia, reduzindo-se um procedimento cirúrgico e aumentando a satisfação das
pacientes, é importante identificar o índice de ocorrência de linfedema com a
realização desse tipo de procedimento cirúrgico.
OBJETIVO
Este estudo teve o objetivo de analisar, por meio de uma revisão sistemática da
literatura, a influência da reconstrução imediata na prevalência de linfedema após
mastectomia em pacientes portadoras de câncer de mama.
MÉTODOS
Para cumprir com o objetivo proposto, foi utilizado um método baseado no manual
Preferred Reporting Items for Systematic Review and
Meta-Analyses (PRISMA)1
4 para revisões sistemáticas. Analisaram-se os
mais relevantes estudos publicados originalmente em qualquer idioma até agosto de
2018, porém, que estivessem indexados às bases de dados US National Library
of Medicine (PubMed), Cochrane Central Register of Controlled
Trials (CENTRAL), Web of Science e Scientific
Electronic Library Online (SciELO), nas quais as buscas foram
realizadas.
Objetivando selecionar estudos de evidência científica de qualidade, buscou- se
publicações referentes a meta-análises e estudos clínicos controlados e randomizados
(ECCR) em humanos, sem restrição quanto ao ano de publicação.
Foram utilizadas as seguintes palavras-chave, em diferentes combinações:
“lymphedema”, “lymphoedema”, “postmastectomy”, “mastectomy”, “breast cancer
surgery”, “prevalence”, “incidence”.
Os critérios de inclusão e exclusão foram aplicados conforme demonstra o Quadro 1.
Quadro 1 - Critérios de inclusão e exclusão das publicações.
Critérios de Inclusão |
|
|
|
Delineamento |
• |
ECCR |
• |
Meta-análise |
|
• |
Série de casos |
|
Amostra |
• |
Humanos |
|
|
|
Intervenção |
• |
Apenas mastectomia |
• |
Mastectomia associada à reconstrução imediata |
|
• |
Comparativo entre as referidas abordagens |
|
Período de publicação |
• |
Não especificado |
Idioma |
• |
Não definido |
Critérios de Exclusão |
|
|
|
Delineamento |
• |
Metodologia mal explicitada e/ou incompreensível |
• |
Relato de caso |
|
• |
Revisão da literature |
|
|
|
|
Intervenção |
• |
Mastectomia associada à reconstrução tardia |
• |
Tratamento não cirúrgico ou não especificado |
|
Forma de publicação |
• |
Apenas resumo |
Quadro 1 - Critérios de inclusão e exclusão das publicações.
A seleção das publicações foi realizada, inicialmente, pela análise do título e
resumo dos estudos obtidos como resultados das buscas (etapa 1), seguindo para a
eliminação dos resultados duplicados obtidos nas diferentes bases de dados
pesquisadas (etapa 2). Posteriormente, procedeu-se à leitura da versão completa das
publicações, sendo realizada a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão (etapa
3), visando estabelecer a seleção final das publicações a serem incluídas na amostra
desta pesquisa.
Ressalta-se que foram incluídas na amostra deste estudo todas as pesquisas que
possibilitaram a coleta de dados referentes à prevalência de linfedema ocorrido em
pacientes portadoras de câncer de mama especificamente após a mastectomia, ou
mastectomia associada à reconstrução imediata, ou comparativo entre ambas as
abordagens cirúrgicas. Foram excluídos os estudos como o de Menezes et al.15, que abordou reconstruções tardias, assim
como estudos que apresentaram a incidência de linfedema apenas de forma cumulativa,
não possibilitando a coleta do número de pacientes totais que desenvolveram a
doença9,16.
Nas publicações que fizeram parte da amostra deste estudo foram coletados os dados
referentes ao tipo e número de cirurgias, média de idade das pacientes, método
diagnóstico, período de acompanhamento, critério de definição do linfedema, além
do
número de pacientes que o apresentaram. Esses dados foram submetidos a uma
meta-análise para a formulação dos resultados desta pesquisa.
A análise estatística dos dados comparando as prevalências de linfedema entre as
pacientes mastectomizadas submetidas ou não à reconstrução imediata da mama foi
feita no softwareSPSS for Windows 15 (IBM SPSS Software, New York,
USA), sendo utilizado o teste Exato de Fisher com nível de significância de
p < 0,05.
RESULTADOS
As buscas nas diferentes bases de dados resultaram em 248 publicações, as quais foram
reduzidas para 71 após a primeira etapa de análise (título e resumo), 33 após a
segunda etapa (remoção das duplicatas) e, finalmente, 10 publicações após a terceira
etapa (análise do conteúdo completo dos artigos), as quais adequaram-se aos
critérios de inclusão e exclusão estabelecidos.
Dos 10 estudos incluídos na amostra desta meta-análise, cinco relacionam-se à
prevalência de linfedema em pacientes submetidos apenas à mastectomia10,17-20, dois
associam-se à sua prevalência em pacientes submetidos à mastectomia e reconstrução
imediata6,21, enquanto outros três estudos realizaram comparativos entre
ambas as abordagens22-24.
No total, as publicações desta amostra incluíram 2.425 pacientes submetidas a apenas
mastectomia, e 2.772 pacientes submetidas à mastectomia associada à reconstrução
imediata da mama, as quais apresentaram idade média de 51,05 e 47,75 anos,
respectivamente. As pacientes submetidas apenas à mastectomia apresentaram índice
de
massa corporal (IMC) médio de 25,97, enquanto as pacientes submetidas à mastectomia
com reconstrução imediata apresentaram média de 23,86 (Tabelas 1 e 2).
Tabela 1 - Características gerais das pacientes submetidas à apenas
mastectomia.
Estudo |
Cirurgias (n) |
Média de idade (anos) |
IMC médio (kg/m2)
|
Follow-up |
Freitas Júnior et al.17 |
109 |
42,0 |
- |
48 meses |
Petrek et al.20 |
263 |
52,3 |
- |
20 anos |
Nesvold et al.18 |
263 |
55,0 |
26 |
Média de 48 meses |
Park et al.19 |
450 |
50,0 |
- |
24 meses |
Avraham et al.22 |
130 |
61 |
26 |
- |
Card et al.23 |
549 |
- |
28,6 |
Média de 59 meses |
Lee et al.24 |
595 |
46,0 |
23,3 |
Média de 53 meses |
Pandey & Shrestha10 |
66 |
- |
- |
12 meses |
TOTAL |
2425 |
- |
- |
- |
MEDIA |
- |
51,05 |
25,975 |
- |
Tabela 1 - Características gerais das pacientes submetidas à apenas
mastectomia.
Tabela 2 - Características gerais das pacientes submetidas à mastectomia associada à
reconstrução imediata.
Estudo |
Cirurgias (n) |
Média de idade (anos) |
IMC médio (kg/m2)
|
Follow-up médio
|
Avraham et al.22 |
186 |
45 |
24 |
- |
Card et al.23 |
541 |
- |
25,7 |
59 meses |
Crosby et al.21 |
1499 |
50 |
25,7 |
56 meses |
Lee et al.24 |
117 |
45,0 |
21,9 |
53 meses |
Lee et al.6 |
429 |
43,0 |
22,0 |
45.3 meses |
TOTAL |
2772 |
- |
- |
- |
MEDIA |
- |
45,75 |
23,86 |
53,3 meses |
Tabela 2 - Características gerais das pacientes submetidas à mastectomia associada à
reconstrução imediata.
Conforme demonstrado nas Tabelas 3 e 4, o linfedema apresentou prevalência de
20,95% nas pacientes submetidas a apenas mastectomia (508/2.425), enquanto nas
pacientes submetidas à mastectomia associada à reconstrução imediata, houve
prevalência de 5,23% (145/2.772); havendo, pelo teste Exato de Fisher, diferença
estatisticamente significativa (p < 0,001).
Tabela 3 - Prevalência de linfedema após apenas mastectomia.
Estudo |
Cirurgias (n) |
Linfedema |
Total |
MS |
MS+ALND |
MRM |
MS (n) |
MS+ALND (n) |
MRM (n) |
Total |
n |
% |
Freitas Júnior et al.17 |
109 |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
15 |
13,76 |
Petrek et al.20 |
263 |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
128 |
48,67 |
Nesvold et al.18 |
263 |
77 |
- |
186 |
6 |
- |
37 |
43 |
16,35 |
Park et al.19 |
450 |
54 |
145 |
251 |
3 |
32 |
77 |
112 |
24,89 |
Avraham et al.22 |
130 |
59 |
71 |
- |
8 |
28 |
- |
36 |
27,69 |
Card et al.23 |
549 |
474 |
100 |
- |
- |
- |
- |
57 |
10,38 |
Lee et al.24 |
595 |
- |
- |
595 |
- |
- |
110 |
110 |
18,49 |
Pandey & Shrestha 10 |
66 |
12 |
- |
54 |
2 |
- |
5 |
7 |
10,61 |
TOTAL |
2425 |
676 |
316 |
1086 |
19 |
60 |
229 |
508 |
20,95 |
Tabela 3 - Prevalência de linfedema após apenas mastectomia.
Tabela 4 - Prevalência de linfedema após mastectomia associada à reconstrução
imediata.
Estudo |
Cirurgias (n) |
Linfedema |
|
|
Total |
MS |
MS+ALND |
MRM |
MS (n) |
MS+ALND (n) |
MRM (n) |
Total |
n |
% |
Avraham et al.22 |
186 |
93 |
93 |
- |
6 |
23 |
- |
29 |
15,59 |
Card et al.23 |
541 |
474 |
100 |
- |
- |
- |
- |
21 |
3;88 |
Crosby et al.21 |
1499 |
1067 |
432 |
- |
7 |
43 |
- |
50 |
3,34 |
Lee et al.24 |
117 |
- |
- |
117 |
- |
- |
11 |
11 |
9;40 |
Lee et al.6 |
429 |
280 |
149 |
- |
- |
- |
- |
34 |
7;93 |
TOTAL |
2772 |
10914 |
774 |
114 |
13 |
66 |
11 |
145 |
5,23 |
Tabela 4 - Prevalência de linfedema após mastectomia associada à reconstrução
imediata.
DISCUSSÃO
O interesse pelo prognóstico de pacientes em tratamento para o câncer de mama tem
aumentado consideravelmente nas últimas décadas, tanto em decorrência do aumento no
número de novos casos quanto devido à busca por melhores alternativas
terapêuticas2,6,8-10. Um dos fatores
que têm motivado a realização de novas pesquisas é a ocorrência de linfedema em
pacientes que são submetidas à mastectomia4-6,11,21,22, temática esta
que ainda apresenta considerável controvérsia na literatura, em especial, quanto aos
fatores associados à sua etiologia.
Ressalta-se que alguns fatores metodológicos podem justificar a controvérsia entre
os
resultados dos diferentes estudos, como os métodos e critérios diagnósticos de
linfedema adotados por diferentes autores. Entre os estudos incluídos na amostra
desta pesquisa, a maioria utilizou o método de medição da circunferência do braço
como o método de diagnóstico do linfedema10,17-19,22, havendo pesquisa que usou o perômetro em associação à medição do
braço18 ou de forma exclusiva24, além daqueles que usaram avaliação
subjetiva por médico especialista (não utilizando instrumento específico, apenas
citando o surgimento de sinais e sintomas clínicos)6,23, um estudo que
usou autoexame20, e outro que não citou o
método usado21.
Já como critério diagnóstico do linfedema, a maioria dos estudos utilizou o aumento
maior que 2cm na circunferência do braço, exclusivamente10,17,19,22 ou em associação ao aumento maior ou igual a
10% do volume do braço1
8; havendo um estudo que utilizou a presença
de edema e diferença maior que 1,27cm entre as circunferências dos braços20; enquanto quatro estudos não descreveram em
suas metodologias o critério diagnóstico utilizado6,21,23,24.
É sabido que o linfedema pode se desenvolver imediatamente após a mastectomia ou até
em anos após a cirurgia6-10, sendo que dois estudos analisados nesta
pesquisa demonstraram que a maioria das pacientes apresentou linfedema ainda no
primeiro ano pós-cirúrgico17,18.
A idade consiste em um fator etiológico controverso, pois, ainda que dois estudos
incluídos nesta pesquisa não tenham encontrado diferenças estatisticamente
significativas em relação a essa variável19,21, outros três
estudos demonstraram que há uma elevação da ocorrência de linfedema relacionada ao
aumento da idade das pacientes mastectomizadas, no momento cirúrgico6,17,24.
Além disso, o desenvolvimento de linfedema em pacientes mastectomizadas tem sido
associado por alguns autores ao sobrepeso e à obesidade11,12. Os
estudos incluídos nesta pesquisa, de forma geral, corroboram essa associação. Além
daquelas pesquisas nas quais o sobrepeso e a obesidade demonstraram-se
estatisticamente como fatores de predisposição17,19, nos estudos em
que a obesidade não se associou estatisticamente ao linfedema houve associação
significativa do sobrepeso como fator etiológico20,22.
Ademais, alguns estudos constataram que IMC mais elevados (> 25) estiveram
significativamente associados à ocorrência de linfedema6,21. Segundo
Freitas Júnior et al.17, uma possível
justificativa para essa associação positiva entre IMC mais altos e o desenvolvimento
de linfedema consiste na maior dificuldade no retorno linfático de pacientes com
maior quantidade de tecido adiposo.
Ressalta-se que, neste estudo, o IMC das pacientes submetidas a apenas mastectomia
foi maior (25,97 Kg/m2) do que o das pacientes
mastectomizadas com reconstrução imediata associada (23,86 Kg/m2), o que demonstra que as pesquisas deveriam padronizar a
seleção ou divisão das pacientes em grupos, de acordo com seu IMC, a fim de
viabilizar a confirmação deste fator como predisponente à ocorrência de linfedema
após mastectomia.
Alguns autores citam que a dissecação do linfonodo axilar também consiste em fator
de
risco para o desenvolvimento de linfedema após mastectomia11,12, o que
foi confirmado por esta revisão sistemática, pois os estudos demonstraram que a
linfadenectomia aumenta significativamente a ocorrência de linfedema6,19, tanto quando realizada a mastectomia simples associada à dissecação
do linfonodo axilar quanto ao ser utilizada a técnica de mastectomia radical
modificada19.
É sabido que a reconstrução imediata da mama consiste em uma técnica que pode
proporcionar muitos benefícios às pacientes, principalmente àquelas com câncer de
mama em estágio inicial, entre os quais, prevenção da desfiguração da parede
torácica, redução de custos, aumento da autoestima e melhoria na qualidade de
vida6,23,25. Essa
técnica tem sido enfatizada na literatura devido ao fato de apresentar os referidos
benefícios, sem afetar o comportamento biológico do câncer de mama, não promovendo
sua recidiva, além de não interferir na quimioterapia adjuvante23,26.
Neste estudo constatou-se que, além dos benefícios relatados na literatura acerca
da
mastectomia associada à reconstrução imediata, essa técnica ainda apresenta o
potencial de reduzir o desenvolvimento de linfedema nas pacientes mastectomizadas.
Corroborando os achados de alguns estudos prévios22-24, os resultados
desta pesquisa demonstraram que a técnica de reconstrução imediata reduziu
significativamente (p < 0,001) a ocorrência de linfedema, o qual
se fez presente em 5,23% das pacientes submetidas à mastectomia associada à
reconstrução imediata, em comparação a uma taxa de 20,95% nas pacientes que não
receberam reconstrução imediata da mama.
É importante esclarecer que a literatura reconhece a radioterapia como um fator
etiológico importante no desenvolvimento de linfedemas nas pacientes mastectomizadas
para o tratamento do câncer de mama2,11,12. Entretanto, dos dez estudos incluídos na
amostra desta pesquisa, a maioria10,17,18,20-23 não discorreu
sobre os protocolos radioterapêuticos aos quais as pacientes foram submetidas ou
não, o que inviabilizou a realização da correlação entre esse fator e o
desenvolvimento de linfedema em ambas as abordagens de tratamento pesquisadas.
Nos três estudos que realizaram essa abordagem6,19,24, houve influência da radioterapia no
desenvolvimento de linfedema, o qual aumentou de acordo com a utilização ou aumento
na quantidade de radioterapia. Nesse sentido, cita-se a importância de padronização
e divisão de grupos de pacientes em novas pesquisas, levando-se em consideração esse
quesito.
Ressalta-se a importância da realização de novas pesquisas acerca da ocorrência de
linfedema em pacientes mastectomizadas, com metodologias padronizadas entre si e com
maior tempo de acompanhamento, principalmente comparando-se a realização de apenas
mastectomia com a associação da mastectomia tanto com a reconstrução imediata quanto
com a reconstrução tardia da mama, o que ainda consiste em uma lacuna literária.
Dessa forma, acredita-se que se pode viabilizar o reconhecimento de técnicas
cirúrgicas que proporcionem um melhor prognóstico às pacientes com câncer de
mama.
CONCLUSÃO
Com base na revisão sistemática realizada, concluiu-se que a mastectomia associada
à
reconstrução imediata influenciou positivamente o prognóstico das pacientes
portadoras de câncer de mama, proporcionando um índice significativamente menor de
linfedema, quando comparada à realização de apenas mastectomia. Desde que não haja
contraindicação, pode-se utilizar da reconstrução imediata após a mastectomia de
pacientes em tratamento contra o câncer de mama, de forma segura e eficaz, com
vistas a reduzir os riscos de desenvolvimento de linfedemas.
COLABORAÇÕES
RVER
|
Análise e/ou interpretação dos dados, aprovação final do manuscrito,
coleta de dados, concepção e desenho do estudo, gerenciamento do
projeto, investigação, metodologia, realização das operações e/ ou
experimentos, redação - preparação do original, redação - revisão e
edição.
|
REFERÊNCIAS
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1. Santa Casa de Montes Claros, Montes Claros, MG,
Brasil
2. Aspirante em Treinamento, Sociedade Brasileira
de Cirurgia Plástica, São Paulo, SP, Brasil.
Autor correspondente: Rafael Vilela Eiras
Ribeiro Avenida Presidente Itamar Franco, nº 4001 - Dom Bosco, Juiz
de Fora, MG, Brasil CEP 36033-318 E-mail:
vilelaeiras@hotmail.com
Artigo submetido: 29/8/2018.
Artigo aceito: 11/11/2018.
Conflitos de interesse: não há.