INTRODUÇÃO
Atualmente na Cirurgia Plástica, a cirurgia do contorno corporal vem se destacando
com a valorização do corpo escultural dos tempos modernos. A lipoaspiração associada
à lipectomia é um dos procedimentos cirúrgicos mais realizados em Cirurgia Plástica.
Apesar de ser considerada uma cirurgia segura, considerações devem ser levantadas
a
respeito dos possíveis efeitos metabólicos que podem causar1.
Hoje, sabemos que o tecido celular subcutâneo atua como um órgão endócrino que produz
adipocitoquinas que ajudam a manter a homeostase. Sabendo disso, alguns cirurgiões
plásticos têm avaliado os efeitos metabólicos da lipoaspiração na redução da
gordura. Outro procedimento associado que remove a gordura do subcutâneo são as
cirurgias de dermolipectomias2.
Com o desenvolvimento da técnica tumescente de lipoaspiração, a mesma permitiu a
remoção de grande quantidade de gordura de forma mais segura. Com mais essa opção,
junto ao conhecimento de que o tecido adiposo é um órgão endócrino, levou os
pesquisadores a acreditarem que a lipoaspiração poderia ser um método viável para
melhoria do perfil metabólico por meio de imediata perda de massa de gordura
corpórea, funcionando assim como um possível coadjuvante no tratamento da obesidade
e comorbidades3, associado à realização de
atividade física e mudança de hábitos de vida.
Estudos em seres humanos sugerem que em lipoaspiração de grande volume pode aumentar
a proporção de tecido adiposo visceral comparado ao abdominal, o que nos leva a
pensar em possíveis complicações metabólicas secundárias ao procedimento4.
Será que a lipoaspiração promove repercussões no perfil lipídio das paciente
submetidas à cirurgia do contorno corporal? Na literatura médica há vários trabalhos
que mostram conclusões dissonantes e por vezes contraditórias em relação às
alterações do perfil lipídico de pacientes que foram submetidas a lipoaspirações e
dermolipectomias3,4.
OBJETIVO
O objetivo do trabalho é comparar as variações do perfil lipídico no pós- operatório
precoce e tardio das pacientes submetidas à lipoaspiração e dermolipectomia.
MÉTODOS
Entre outubro de 2006 e junho de 2012, foram avaliadas 40 pacientes do sexo feminino
submetidas à lipoaspiração e dermolipectomia e analisado o perfil lipídico através
de exames no pré-operatório e no pós-operatório.
As cirurgias realizadas foram: mamoplastia + lipoaspiração, abdominoplastia +
lipoaspiração e lipoabdominoplastia + mamoplastia. Os pacientes foram divididas em
2
grupos:
- Grupo 1: Dez pacientes tiveram exames coletados no pré-operatório e
repetidos após 3 meses de pós-operatório.
- Grupo 2: Trinta pacientes tiveram exames coletados no pré-operatório e
repetidos após 1 ano de pós-operatório.
Foi realizada análise comparativa de colesterol total, HDL, LDL, Triglicerídeos entre
os grupos. Três comparações foram realizadas: No grupo 1 foram comparados os
resultados de exames de pré-operatório com o terceiro mês de pós-operatório. No
grupo 2 foram comparados os resultados de exames de pré-operatório com o do primeiro
ano de pós-operatório. Após essa análise, foi feito um comparativo dos resultados
do
terceiro mês do grupo 1 com os resultados com 1 ano de pós-operatório do grupo
2.
Todas as pacientes do trabalho estavam cientes da necessidade de retornarem
periodicamente ao consultório com o objetivo de se fazer exames de sangue e
avaliações clínicas no pós-operatório.
Os critérios de inclusão e exclusão foram:
As pacientes só foram incluídas no trabalho se não se opusessem e se
estivessem dispostas a executar os exames complementares pertinentes ao
trabalho nos tempos pré-determinados.
Os volumes lipoaspirados não ultrapassaram 5-7% do peso corpóreo como
recomenda a Resolução Nº 1711, de 10 de dezembro de 2003, do Conselho
Federal de Medicina (CFM) e usou-se a técnica tumescente em todos os
casos5.
Somente pacientes saudáveis com risco cirúrgico ASA I ou ASA II foram
operados.
Pacientes com índice de massa corporal (IMC) acima de 30 não foram
operadas antes da reeducação alimentar e da redução ponderal, associado
a atividade física.
Nenhuma paciente submetida à gastroplastia redutora foi incluída no
trabalho.
Não foram feitas cirurgias combinadas com outra especialidade.
Pacientes com gigantomastias (peso da ressecção estimado maior que 800 a
1000g) associado a abdome em avental (em que se estimava ressecções
maiores que 2000g) e lipodistrofia em flancos e dorso (em que se
estimava lipoaspirar volumes e áreas grandes) não foram operadas, exceto
se concordassem em fazer apenas a lipoabdominoplastia e lipoaspiração
dos flancos no primeiro tempo e a mamoplastia em outra época.
Pacientes que mudaram o status físico no período de 1 ano de pós-
operatório ou que apresentaram elevação de 2 pontos ou mais no IMC foram
excluídas.
Pacientes que ficaram gestantes após a cirurgia foram excluídas do
trabalho.
Pacientes portadoras de dislipidemia que fazem uso de medicação para tal
patologia foram excluídas.
Todas as pacientes foram operadas por um único cirurgião plástico utilizando sempre
a
mesma técnica cirúrgica e provenientes de seu consultório privado. Os exames
laboratoriais foram feitos no pré e pós-operatórios no mesmo laboratório.
Foram realizados testes estatísticos e com significância de p <
0,05. Todas as pacientes foram orientadas quanto ao pós operatório e a importância
da realização de atividade física antes e depois da cirurgia.
RESULTADOS
Das 40 pacientes que foram acompanhadas no estudo, 20 pacientes do sexo feminino
foram selecionadas (após a aplicação dos critérios de exclusão).
Das 20 pacientes excluídas: 7 obtiveram alteração do IMC; 6 pacientes perderam o
seguimento e não realizaram os exames de pós-operatório; 5 alteraram o
status físico e 2 pacientes foram excluídas por serem
portadoras de dislipidemia em uso de estatina.
As pacientes analisadas possuem entre 30 e 59 anos, IMC abaixo de 30, sendo em média
26,4 kg/m2 (dp = 2,2). O volume médio lipoaspirado foi de 3.415 ml (dp =
1,024). As pacientes possuíam um colesterol total médio de 197,7 mg/dL (dp = 34,3),
LDL de 118,4 mg/dL (dp = 24,6), HDL de 51,3 mg/dL (dp = 10,7) e triglicerídeos de
127,2 mg/dL (dp = 60,8). Todas as pacientes foram submetidas as cirurgias de
lipoabdome e lipoescultura, sendo que 7 (35%) também foram submetidas a cirurgia de
mama (Tabela 1).
Tabela 1 - Perfil geral da amostra no pré-operatório (n = 20).
|
Média |
DP |
Min |
Max |
Idade |
43 |
9 |
30 |
59 |
IMC |
26,4 |
2,2 |
22,3 |
30,0 |
Volume lipoaspirado |
3.415 |
1.024 |
1.050 |
4.800 |
Colesterol total |
197,7 |
34,3 |
124,0 |
260,0 |
LDL |
118,4 |
24,6 |
80,0 |
174,2 |
HDL |
51,3 |
10,7 |
36,0 |
73,0 |
TRIG |
127,2 |
60,8 |
39,0 |
277,0 |
Cirurgias Realizadas |
|
|
N |
% |
Lipoabdome e Lipoescultura |
|
|
7 |
35% |
Lipoabdome e Lipoescultura e Mama |
|
|
13 |
65% |
Tabela 1 - Perfil geral da amostra no pré-operatório (n = 20).
A Tabela 2 revela dados do perfil das
pacientes analisadas e dados pré-operatórios em cada grupo. Embora não haja
parâmetros pré-operatórios que distingam os grupos 1 e 2, esta análise teve como
testar a homogeneidade entre eles para, posteriormente, comparar as medidas
pós-operatórias de 3 meses com a de 1 ano.
Tabela 2 - Perfil pré-operatório dos pacientes por grupo (G1: n = 10; G2: n =
10).
|
Grupo 1 |
Grupo 2 |
Sig. Teste
Mann-Whitney (p-value)
|
|
Média |
DP |
Min |
Max |
Média |
DP |
Min |
Max |
Idade |
43 |
10 |
30 |
59 |
43 |
10 |
32 |
57 |
0,9710 |
IMC |
26,7 |
2,2 |
|
|
26,0 |
2,3 |
|
|
0,3930 |
Volume lipoaspirado |
3.555 |
993 |
1.050 |
4.800 |
3.275 |
1.088 |
1.400 |
4.600 |
0,4810 |
Colesterol Total |
195,7 |
42,0 |
160,0 |
241,0 |
199,7 |
26,6 |
124,0 |
260,0 |
0,6840 |
LDL |
118,0 |
31,5 |
97,0 |
148,0 |
118,7 |
16,9 |
80,0 |
174,2 |
1,0000 |
HDL |
50,8 |
10,2 |
37,0 |
73,0 |
51,8 |
11,7 |
36,0 |
64,0 |
1,0000 |
TRIG |
112,6 |
61,2 |
66,0 |
277,0 |
141,7 |
60,0 |
39,0 |
221,0 |
0,2180 |
Tabela 2 - Perfil pré-operatório dos pacientes por grupo (G1: n = 10; G2: n =
10).
Como podemos observar, os grupos não apresentam diferenças estatisticamente
significativas (p>0,05) quanto às variáveis analisadas (idade,
IMC, volume lipoaspirado e medidas pré-operatórias de colesterol total, LDL, HDL e
triglicerídeos), podendo assim ser considerados provenientes de uma amostra
única.
As análises a seguir trazem os comparativos das medidas do lipidograma entre o pré-
e
o pós-operatório, sendo o grupo 1 avaliado nos 3 meses de pós operatório, e o grupo
2 com 1 ano de pós-operatório.
Na análise do grupo 1, observa-se que uma diminuição da média do Colesterol Total
e
do LDL, e um aumento do HDL e do Triglicerídeos. Entretanto não foram encontradas
diferenças significativas (p > 0,05) entre as medidas pré-
operatório e 3 meses pós-operatório (Tabela 3).
Tabela 3 - Dados de Colesterol do Grupo 1 (n = 10).
|
Pré operatório |
Pós operatório (3 meses)
|
Sig. Teste
Wilcoxon (p-value)
|
|
Média |
DP |
Média |
DP |
Colesterol Total |
195,70 |
42,02 |
192,80 |
23,87 |
0,799 |
LDL |
118,04 |
31,53 |
117,18 |
21,00 |
0,721 |
HDL |
50,80 |
10,17 |
53,54 |
7,67 |
0,333 |
TRIG |
112,60 |
61,19 |
113,40 |
40,24 |
0,646 |
Tabela 3 - Dados de Colesterol do Grupo 1 (n = 10).
Ao contrário do grupo 1, na análise do grupo 2 observa-se que um aumento da média
do
colesterol total e do LDL, e uma diminuição do HDL e do triglicerídeos.
Entretanto, não foram encontradas diferenças significativas (p
> 0,05) entre as medidas pré- e 1 ano de pós-operatório (Tabela 4).
Tabela 4 - Dados de Colesterol do Grupo 2 (G1: n = 10; G2: n = 10).
|
Pré operatório |
Pós operatório (1 ano)
|
Sig. Teste
Wilcoxon (p-value)
|
|
Média |
DP |
Média |
DP |
Colesterol Total |
199,70 |
26,61 |
202,70 |
20,69 |
0,721 |
LDL |
118,70 |
16,87 |
122,00 |
34,02 |
0,314 |
HDL |
51,80 |
11,66 |
47,90 |
7,08 |
0,138 |
TRIG |
141,70 |
59,96 |
135,60 |
33,96 |
0,760 |
Tabela 4 - Dados de Colesterol do Grupo 2 (G1: n = 10; G2: n = 10).
A análise a seguir reuniu as medidas pós-operatórias de 3 meses do grupo 1 e de 1
ano
do grupo 2. A análise se justificou devido à homogeneidade encontrada entre os
grupos nas medidas pré-operatórias. Entretanto, como as medidas não pertencem ao
mesmo grupo de pacientes nos dois períodos de tempo, optou-se por aplicar o Teste
de
Mann-Whitney, que tem como objetivo testar se as medidas do colesterol
pós-operatório diferem entre os grupos (Tabela 5).
Tabela 5 - Dados de colesterol dos Grupos 1 (3 meses) e 2 (1 ano) (n = 20).
|
Pré operatório |
Pós operatório (1 ano)
|
Sig. Teste
Wilcoxon (p-value)
|
|
Média |
DP |
Média |
DP |
Colesterol Total |
192,80 |
23,87 |
202,70 |
20,69 |
0,9120 |
LDL |
117,18 |
21,00 |
122,00 |
34,02 |
0,6840 |
HDL |
53,54 |
7,67 |
47,90 |
7,08 |
0,1900 |
TRIG |
113,40 |
40,24 |
135,60 |
33,96 |
0,2180 |
Tabela 5 - Dados de colesterol dos Grupos 1 (3 meses) e 2 (1 ano) (n = 20).
Como se pôde observar, nenhuma das medições apresentou diferença estatisticamente
significativa, havendo, entretanto, uma tendência de aumento do colesterol total e
do LDL, e uma diminuição do HDL e do triglicerídeo.
O gráfico a seguir (Figura 1) ilustra as medidas
médias do colesterol nos três momentos avaliados. Como se pode observar, embora
nenhuma comparação entre os períodos tenha se mostrado estatisticamente conclusiva,
observa-se uma tendência de alteração das medidas aos três meses pós-operatório e
uma tendência de equilíbrio das aferições com 1 ano em patamares próximos aos
observados no pré-operatório.
Figura 1 - Medidas do Colesterol médio pré- e pós-operatório.
Figura 1 - Medidas do Colesterol médio pré- e pós-operatório.
A análise a seguir busca identificar possíveis correlações entre o volume
lipoaspirado e as medidas do colesterol.
A análise de correlação é a análise que mede o grau de associação entre duas
variáveis. O coeficiente de Spearman foi utilizado nesta análise.
Foi então realizado um teste de significância, cuja hipótese inicial é de que não
exista associação entre as variáveis. P-values menores que 0,05
indicam uma associação significativa (Tabela 6).
Tabela 6 - Correlação da diferença do colesterol pré e pós com volume lipoaspirado
(G1: n = 10; G2: n = 10).
Correlação |
G1 - Pós operatório (3 meses) |
G2 - Pós operatório (1 ano) |
Coef. Spearman |
p-value
|
Coef. Spearman |
p-value
|
Vol. Lipoaspirado x Colesterol Total |
0,11 |
0,3814 |
0,05 |
0,4433 |
Vol. Lipoaspirado x LDL |
0,17 |
0,3186 |
-0,21 |
0,2769 |
Vol. Lipoaspirado x HDL |
-0,34 |
0,1717 |
-0,34 |
0,1710 |
Vol- Lipoaspirado x TRIG |
0,48 |
0,0793 |
0,03 |
0,4667 |
Tabela 6 - Correlação da diferença do colesterol pré e pós com volume lipoaspirado
(G1: n = 10; G2: n = 10).
As correlações a seguir indicam que a diferença do triglicerídeo pré e pós 3 meses
da
cirurgia possui uma associação direta com o volume lipoaspirado, embora não
conclusiva (p = 0,0793 > 0,05). Já na aferição após 1 ano, não
há nenhuma indicação de tendência (p = 0,4667). Assim, considerando
3 meses de pós-operatório, quanto maior o volume lipoaspirado, maior a diminuição
do
triglicerídeo. E 1 ano depois da cirurgia, o volume lipoaspirado já não influencia
o
triglicerídeo.
Para as demais medidas do colesterol, não foram observadas correlações próximas à
significância. Entretanto, vale ressaltar que, para o HDL, ambos os coeficientes de
3 meses e um ano foram negativos, indicando que existe uma tendência, ainda que
inconclusiva, de que quanto maior o volume lipoaspirado, menor a diminuição do
HDL.
DISCUSSÃO
A remoção de volume significativo de gordura do subcutâneo através de lipoaspiração
cria uma mudança visível na composição corporal através de um rápido declínio do
tecido adiposo subcutâneo. Está claro que há efeitos benéficos acerca das
tradicionais formas de perda de peso, que fazem reduzir tanto o tecido adiposo
subcutâneo quanto intra-abdominal. Porém, os efeitos fisiológicos e metabólicos que
resultam apenas da perda de gordura do subcutâneo ainda não estão bem
estabelecidos.
A gordura do subcutâneo tem diferentes implicações metabólicas quando comparada ao
tecido adiposo visceral, sendo a principal fonte de energia e ácidos graxos
livres.
Apesar de estudos experimentais em animais terem demonstrado que a eliminação de
gordura do corpo melhora os níveis de lipídeos séricos, alguns estudos em humanos
sugerem que um grande volume de lipoaspiração pode aumentar a proporção de tecido
adiposo visceral, o que nos leva a pensar em complicações metabólicas secundárias
à
lipoaspiração e aumento de risco para doenças cardiovasculares4. Matarasso et al.5
avaliaram o impacto da lipoaspiração na gordura corporal e concluíram que,
apesar de um largo volume de gordura lipoaspirado remover uma pequena
quantidade de gordura do corpo, isso conduz a um aumento significativo na proporção
de gordura visceral.
Samdal et al.6 avaliaram pacientes submetidas à
lipoaspiração de grande volume e o perfil lipídico de cada uma no pré-operatório,
e
pós-operatório de 1, 9 e 12 meses. O maior achado do estudo foi um aumento
significativo no HDL colesterol em todas as pacientes. Baseado na média de aumento
do HDL de 0.2mm/l, os autores mostram que um largo volume de lipoaspiração pode
reduzir o risco de doença cardiovascular em até 30%. Em nossa casuística não houve
melhora nos níveis de HDL com 1 ano de pós-operatório.
Capla & Rubin7 analisaram prospectivamente
322 pacientes que realizaram lipoaspiração e ou abdominoplastia e seu impacto no
perfil lipídico após 3 meses. O estudo mostrou redução significativa nos níveis de
triglicerídeos e nenhuma alteração nos níveis de colesterol. Em nosso estudo
observamos que, apesar da melhoria dos níveis de LDL e colesterol total e piora dos
níveis de triglicerídeo com 3 meses de pós-operatório, essas alterações não se
mostraram estatisticamente significante.
Em consonância com nosso estudo, Cazes, em 1996, demonstrou que após 12 meses de
pós-operatório de lipoabdominoplastia não houve alteração do perfil lipídico das
pacientes. Associado a isso foi comprovada também a eficácia do exercício físico no
perfil lipídio dos pacientes que após estresse metabólico cirurgia de lipoaspiração,
reduz o lipidograma8,9.
CONCLUSÃO
Após análise pré- e pós-operatória de 20 pacientes submetidas à lipoaspiração e
dermolipectomias observamos que não há alterações estatísticas significantes em
relação ao perfil lipídico com tendência de equilíbrio das aferições em um ano em
patamares próximos aos observados no pré-operatório.
COLABORAÇÕES
LDPB
|
Análise e/ou interpretação dos dados; análise estatística; aprovação
final do manuscrito; aquisição de financiamento; coleta de dados;
conceitualização; concepção e desenho do estudo; gerenciamento de
recursos; gerenciamento do projeto; investigação; metodologia;
realização das operações e/ ou experimentos; redação - preparação do
original; redação - revisão e edição; software; supervisão; validação;
visualização.
|
JDLGA
|
Análise e/ou interpretação dos dados; análise estatística; aprovação
final do manuscrito; aquisição de financiamento; coleta de dados;
conceitualização; concepção e desenho do estudo; gerenciamento de
recursos; gerenciamento do projeto; investigação; metodologia;
realização das operações e/ ou experimentos; redação - preparação do
original; redação - revisão e edição; software; supervisão; validação;
visualização.
|
MB
|
Análise e/ou interpretação dos dados; análise estatística; aprovação
final do manuscrito; aquisição de financiamento; coleta de dados;
conceitualização; concepção e desenho do estudo; gerenciamento de
recursos; gerenciamento do projeto; investigação; metodologia;
realização das operações e/ ou experimentos; redação - preparação do
original; redação - revisão e edição; software; supervisão; validação;
visualização.
|
GCS
|
Análise e/ou interpretação dos dados; análise estatística; aprovação
final do manuscrito; aquisição de financiamento; coleta de dados;
conceitualização; concepção e desenho do estudo; gerenciamento de
recursos; gerenciamento do projeto; investigação; metodologia;
realização das operações e/ ou experimentos; redação - preparação do
original; redação - revisão e edição; software; supervisão; validação;
visualização.
|
ACC
|
Análise e/ou interpretação dos dados; análise estatística; aprovação
final do manuscrito; aquisição de financiamento; coleta de dados;
conceitualização; concepção e desenho do estudo; gerenciamento de
recursos; gerenciamento do projeto; investigação; metodologia;
realização das operações e/ ou experimentos; redação - preparação do
original; redação - revisão e edição; software; supervisão; validação;
visualização.
|
RCSD
|
Análise e/ou interpretação dos dados; análise estatística; aprovação
final do manuscrito; aquisição de financiamento; coleta de dados;
conceitualização; concepção e desenho do estudo; gerenciamento de
recursos; gerenciamento do projeto; investigação; metodologia;
realização das operações e/ ou experimentos; redação - preparação do
original; redação - revisão e edição; software; supervisão; validação;
visualização.
|
JGOJ
|
Análise e/ou interpretação dos dados; análise estatística; aprovação
final do manuscrito; aquisição de financiamento; coleta de dados;
conceitualização; concepção e desenho do estudo; gerenciamento de
recursos; gerenciamento do projeto; investigação; metodologia;
realização das operações e/ ou experimentos; redação - preparação do
original; redação - revisão e edição; software; supervisão; validação;
visualização
|
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vivo study Aesthetic Plast Surg. 2002;26(1):17-9. PMID:
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Aesthetic Plast Surg. 1995;19(2):131-5.
7. Capla JM, Rubin JP. Discussion: Prospective clinical study reveals
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liposuction and abdominoplasty and no change in cholesterol levels. Plast
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1. Hospital Daher Lago Sul, Brasília, DF,
Brasil
2. Clínica Di Lamartine e Galdino de Cirurgia
Plástica, Brasília, DF, Brasil.
Autor correspondente: Jefferson Di Lamartine
Galdino Amaral SCN QD.02, Torre A, Salas 1121 e 1123 - 11º Andar -
“Shopping Liberty Mall” - Brasília, DF, Brasil CEP 70712-903 E-mail:
jefferson@dilamartine.com.br
Artigo submetido: 18/03/2018.
Artigo aceito: 11/11/2018.
Conflitos de interesse: não há.