INTRODUÇÃO
As estrias distensas são dermatoses atróficas lineares comuns que, devido ao caráter
inestético que conferem à pele, acarretam em implicações psicossociais, interferindo
na qualidade de vida do paciente. Observa-se prevalência duas vezes maior em
mulheres do que em homens, e preferência pela etnia caucasiana. Sua maior incidência
se dá na puberdade, afetando por volta de 30% da população mundial desse grupo,
e,
também, durante a gravidez, acometendo aproximadamente 75% das gestantes1.
Obesidade, gravidez, rápido ganho ou perda ponderal, crescimento na adolescência,
síndromes endócrino-metabólicas e exposição prolongada aos corticosteroides fazem
parte do grupo de fatores desencadeantes da afecção, embora seu mecanismo etiológico
não esteja totalmente esclarecido2.
O estiramento mecânico da pele constitui o mecanismo fisiopatológico mais provável,
por meio da estimulação dos mastócitos que liberam enzimas proteolíticas, como
as
elastases, que levam à elastólise das fibras elásticas e colágenas já existentes
e à
redução da atividade dos fibroblastos na síntese de matriz extracelular de boa
qualidade, culminando na reorganização da matriz e suas fibras e em um déficit
significativo de fibras colágeno e elastina, contribuindo para aparência atrófica
das estrias3.
Inicialmente, elas se apresentam como placas lineares eritematosas e edemaciadas,
em
decorrência do processo inflamatório desencadeado pela distensão e degeneração
das
fibras elásticas e degranulação dos mastócitos, caracterizando as chamadas estrias
rubras ou imaturas. Com o passar do tempo, tais estrias passam por um processo
de
amadurecimento, tornando-se atróficas e hipopigmentadas, com a disposição horizontal
de finos feixes de colágeno denso, caracterizando as estrias albas ou maduras1.
Embora não ofereçam riscos à vida, melhorar o aspecto estético das estrias é
essencial para autoestima e adequada interação social dos pacientes. Porém, as
estrias oferecem desafios à terapêutica clínica, principalmente em relação às
estrias albas. A literatura descreve diversas modalidades de tratamento para estrias
de distensão, como peelings químicos (ácido glicólico),
medicamentos tópicos (tretinoína), placas de silicone, microdermoabrasão,
radiofrequência, fototerapia (raios UVA e UVB) e lasers4.
Nesse contexto, os lasers têm-se mostrado promissores por alcançarem bons resultados
com métodos pouco invasivos, reduzindo a vascularização excessiva das estrias
rubras
e estimulando a produção de colágeno e elastina nas estrias albas5.
OBJETIVO
O objetivo deste trabalho é realizar revisão bibliográfica sobre aspectos mais
relevantes do tratamento a laser das estrias de distensão, entre janeiro de 2000
e
dezembro de 2016.
MÉTODOS
A revisão literária incluiu apenas artigos originais, relatos de casos e revisões
sistemáticas, publicados entre janeiro de 2000 e dezembro de 2016. Foram
considerados os periódicos indexados na base de dados do PubMed (Public
Medical Literature Analysis and Retrieval System Online).Os descritores
utilizados para a busca de artigos foram laser treatment e
striae distensae.
RESULTADOS
Na pesquisa inicial, realizada no PubMed, foram encontrados 36 artigos, dos quais
28
foram selecionados para revisão por abordarem sobre o tratamento das estrias com
laser, e terem sido publicados no período entre os anos de 2000 e 2016, sendo
incluídos os artigos originais, séries de casos e artigos de revisão.
DISCUSSÃO
O laser não fracionado libera feixe único de luz que dispersa energia a partir de
um
ponto central. Já o laser fracionado libera energia para o tecido através de
múltiplas colunas microscópicas rodeadas por áreas não tratadas. Acredita-se que
esse padrão de zonas microtérmicas de calor entrega energia à pele de maneira
mais
homogênea. A possibilidade de fracionar ou não o feixe de luz existe tanto para
laser ablativo como não ablativo. Lasers ablativos usam comprimentos de onda longos
para alvejar a água presente tanto na epiderme como na derme, vaporizando as
células5.
Segue discussão sobre as diferentes categorias de lasers encontrados nessa revisão
para tratamento de estria por distensão.
Lasers Não Ablativos
308-Nanômetros(nm) Xenon Chloride (XeCl) - Excimer Laser
O laser de excímero classicamente trata lesões hipopigmentadas, psoriáticas,
e despigmentação por vitiligo por meio de lesões dérmicas que estimulam
formação de colágeno e elastina. Em ensaio clínico randomizado foi observado
68% de repigmentação após média de nove sessões mensais de
excimer laser6.
Outro estudo também avaliou o uso do laser de excímero em 10 pacientes com
estria alba. Os pacientes receberam por volta de 9 sessões semanais usando
50 mJ/cm2. A terapia a laser mostrou aumento da pigmentação,
apesar de apenas um paciente ter apresentado resolução quase completa e dois
tiveram melhora moderada (26 a 50%). Ao seguimento, a aparência clínica
retornou ao padrão inicial após 6 meses, sugerindo a necessidade de terapia
de manutenção frequente. O laser de excímero não melhora significativamente
a textura, nem tão pouco remove a vermelhidão das estrias rubras, assim como
não é opção terapêutica de escolha para repigmentação da estria alba7.
577-Nanômetros (nm) Cooper Bromide (CuBr) Laser
Um estudo de série de casos relatou que 5 pacientes alcançaram melhora
“completa” do aspecto das estrias, enquanto que 10 pacientes alcançaram
melhora de “50% a 90%” baseado em medidas histológicas8.
585 e 595 Nanômetros(nm) – Pulsed Dye Laser (PDL)
O PDL tem como cromóforo a hemoglobina dos vasos, portanto, é um tratamento
efetivo para eritema. Seu mecanismo de ação também estimula a reorganização
de colágeno e elastina na pele, melhorando a aparência das lesões9. Todavia, essa modalidade não é
indicada para tipos de pele mais escura, pois os pacientes podem desenvolver
hiperpigmentação pós-inflamatória. Jiménez et al.10 estudaram o PDL de 585-nm em 20
pacientes portadores de estria por distensão, que receberam dois tratamentos
com seis semanas de intervalo entre eles, e foram analisados clínica e
histologicamente seis semanas após o segundo tratamento. Apenas quatro
estrias rubras revelaram mudança na pigmentação após o tratamento. Nenhuma
melhora foi observada na estria alba. Entretanto, a análise histológica
revelou aumento de colágeno tanto na estria alba como na rubra10.
1.064 Nanômetros (nm) – Neodymium-doped yttrium aluminum garnet (Nd:YAG)
laser
Uma série de casos demonstrou melhora das estrias rubras após cerca de 4
sessões, com satisfação classificada como “excelente” por 55% dos pacientes
tratados e 40% dos médicos observadores11.
Outro estudo envolvendo 45 pacientes com tipo de pele Fitzpatrick III a V (23
com estrias rubras e 22 com estrias albas) foram tratados com laser Nd:YAG
1.064- nm com duas fluências diferentes: 75 J/cm2 e 100
J/cm2. O spot utilizado foi de 5 mm e a
duração de pulso de 15 ms. Todos o s pacientes receberam 4 sessões com
intervalo de 3 semanas entre cada. Três semanas após a última sessão, os
resultados foram avaliados clinicamente por fotos e biópsias. A aparência da
estria alba melhorou significativamente com laser de Nd:YAG pulso longo com
fluência de 100 J/cm2, enquanto que a aparência da estria rubra
melhorou mais com a fluência de 75 J/cm2
12.
1.410, 1.450, 1.540 e 1.550 Nanômetros(nm)– Erbium: Glass (Er: Glass)
Laser
Lasers fracionados liberam energia que penetra na derme superficial
produzindo colunas de calor, denominadas zonas microtérmicas, que são
distribuídas através da área tratada em padrão pontilhado. As áreas de pele
preservada ao redor do pontilhado servem como reservatório nutricional e
estrutural para que a cicatrização ocorra mais rapidamente5. Um estudo clínico randomizado e oito
séries de casos sobre Er:Glass laser foram identificados nessa revisão.
O ensaio clínico randomizado utilizando o Er:Glass laser de 1.450-nm não
ablativo e não fracionado demonstrou nenhuma melhora significativa 2 meses
após o tratamento. Esse estudo examinou 11 pacientes com 3 configurações de
fluências (4,8 ou 12J/cm²) aplicadas em 3 sessões de tratamento durante 18
semanas. Não houve diferença entre as 3 configurações de fluência do ponto
de vista de melhora do aspecto das estrias. Além do que, 64% dos pacientes
apresentaram hiperpigmentação pós-inflamatória13.
Entretanto, séries de casos e ensaios comparativos usando os lasers
fracionados não ablativos (LFNA) de 1.410, 1.540 e 1.550 nanômetros
demonstraram maior melhora no aspecto da estria, e, dentre esses, os autores
recomendam o LFNA de 1.540 nanômetros para tratamento das estrias distensas.
Uma série de casos comparativos investigou tratamento com LFNA de 1.540 e
1.410 nanômetros e relatou significante melhora clinica por meio dos dois
sistemas de laser14. Sendo que o LFNA
de 1.540 nanômetros revelou melhora ainda maior do aspecto das estrias em
relação ao tratamento com o LFNA de 1.410-nm14. Uma outra série de casos reportou melhora do aspecto das
estria entre 1% a 24%, 4 sessões mensais de tratamento com LFNA de 1.540, em
relação ao aspecto da estria antes do tratamento, enquanto que 2 series de
casos de tratamento da estria distensa por meio do laser Er:Glass 1.540-nm
demonstraram melhora das estrias após 2 a 4 sessões15-17. Quatro séries de casos e um relato de caso demonstraram “melhora
marcante“ das estrias após 3 a 8 usando LFNA Erbium de 1.550-nm18-21. Uma série de casos demonstrou boa melhora clínica
em até 75% das estrias tratadas e a maioria das estrias apresentaram melhora
da textura e da cor22. Baseado nos
resultados promissores dos LFNA de estudos comparativos e relatos de casos,
pesquisas futuras devem considerar realizar estudos clínicos randomizados de
ampla escala para determinar e estabelecer a segurança e eficácia dos LFNA
para recomendá-los como modalidade terapêutica para estrias distensas.
Lasers Ablativos
10.600 Nanômetros (nm) – CO2 Laser
Lasers ablativos são tratamentos efetivos para processos cicatriciais, uma
vez que causam ablação na camada epidérmica e conseguem penetrar
profundamente na derme. A ablação e coagulação de tecidos estimulam a
neocolagênese e deposição de elastina durante da cicatrização. Todavia, é
necessário cautela quando for tratar pacientes com pele mais escura, já que
os mesmos possuem maior risco de hiperpigmentação pós-inflamatória. Essa
revisão encontrou três estudos randomizados e duas séries de casos usando
laser ablativo de CO2 .
Um ensaio clínico randomizado tratou 22 pacientes com laser de
CO2, e laser 1.550-nm fracionado não ablativo Er:Glass e relatou
redução significativa no comprimento e largura das estrias23. Três tratamentos com intervalos de
4 semanas entre eles tanto com o laser de CO2 ablativo 10.600-nm
(40 a 50 mJ, densidade do spot de 75 a 100
spot/cm2) ou laser fracionado não ablativo
1.550-nm (50 mJ, densidade do spot de 100
spot/cm2). Outro ensaio clínico randomizado
envolvendo seis pacientes investigou o resultado estético das estrias
submetidas ao tratamento com laser de CO2 fracionado 10.600-nm,
comparado com o tratamento das estrias com ácido glicólico24. O decréscimo médio da superfície de
área, e a pontuação média de melhora foram maiores no grupo tratado com
laser de CO2 fracionado, quando comparado com grupo tratado com
ácido glicólico24. Um ensaio
randomizado comparativo revelou melhora significante com apenas 5 sessões de
tratamento com laser de CO2 fracionado comparado com 10 sessões
de luz intensa pulsada após 5 meses, avaliados por avaliador que não
participou das aplicações dos lasers e pela medida da largura da estria3. Um diferente ensaio clínico
randomizado comparativo relatou o tratamento com laser fracionado de
CO2 combinado com PDL resultando em melhora
significativamente maior comparado com tratamento com laser de
CO2 fracionado isolado25.
Duas séries de casos mostraram excelente melhora do aspecto estético das
estrias após tratamento com laser de CO2 ablativo. A primeira
série de casos demonstrou 75% a 100% de melhora em 7,4% (2 de 27) dos
pacientes, 51% (14 de 27) dos pacientes tiveram 50% a 75% de melhora, 3,3%
(9 de 27) dos pacientes tiveram 25% a 50% de melhora e 7,4% (2 de 27)
tiveram 0% a 25% de melhora26.
Hiperpigmentação pós-inflamatória ocorreu em poucos pacientes (número não
definido) e foi resolvida dentro de 4 semanas26.
A segunda série de casos investigou succinilato de atelocolágeno em
combinação com laser ablativo de CO2 para estrias distensas e
relataram melhora das estrias com o tratamento27. O tratamento de estrias distensas com laser
ablativo de CO2 demonstrou melhoras clínicas promissoras em
ensaios randomizados e estudos observacionais, e pesquisas futuras devem
incluir ensaios clínicos randomizados com amostras maiores para desenvolver
protocolos de configurações para o laser para maximizar os resultados
positivos, e minimizar os riscos de hiperpigmentação pós-inflamatória.
2.940 Nanômetros (nm) – Erbium:YAG Laser
Foi identificado apenas um relato de caso que demonstrou que pacientes
preferem os resultados cosméticos do laser ablativo 2.940-nm Er:YAG do que
com PDL28.
Após a revisão realizada fica a sugestão de tratamento combinado com PDL e
LFNA para estrias rubras, e tratamento com LFNA para estrias albas. A maior
parte dos pigmentos vermelhos das estrias rubras é absorvida pelo
Pulsed Dye Laser ou outros lasers vasculares. A
aparência e textura das estrias distensas podem ser significativamente
melhoradas com LFNA 1.540-nm.
Por causa da geração das zonas microtérmicas e da habilidade de estimular o
crescimento de colágeno, lasers fracionados ablativos e não ablativos têm o
potencial para transformar-se em promissora modalidade terapêutica para
tratamento de estrias distensas, uma vez que auxiliam na remodelação da
matriz extracelular, incluindo colágeno e elastina14,29. O aumento da quantidade de fibras de elastina reorganizadas,
remodeladas, normalizadas e saudáveis na derme foi associado com melhora
clínica do aspecto das estrias distensas30,31.
Estudos recentes demonstraram que o laser fracionado não ablativo pode levar
a melhores resultados para estrias distensas, além da recuperação ser mais
precoce do que com os lasers ablativos. Por essas razões, o laser fracionado
não ablativo 1.540-nm se mostrou modalidade terapêutica interessante como
linha de frente no combate as estrias. Porém, estudos futuros mais amplos
são necessários para padronizar doses e protocolos.
Pesquisadores futuros devem considerar maior foco na melhoria do desenho de
estudo, incluindo maior amostragem, estudo comparativo randomizado de longa
duração, com medidas de resultados objetivas como biópsias de pele e estudos
moleculares demonstrando aumento das fibras de colágeno e elastina que
correlacione com melhoras clínicas.
CONCLUSÃO
A prevenção e tratamento das estrias distensas permanecem um desafio clínico como
evidenciado pela variedade de métodos alternativos existentes para prevenir e
tratar
as estrias distensas. As limitações incluem poucos ensaios clínicos randomizados
para avaliar a eficácia a longo termo e segurança que comparem diferentes
modalidades de tratamento que usam métodos de avaliação padronizados universalmente
validados.
Os lasers fracionados não ablativos, em especial o 1.540-nm, destacam-se como
modalidade terapêutica interessante para o tratamento das estrias distensas.
COLABORAÇÕES
ACN
|
Análise e/ou interpretação dos dados; análise estatística; aprovação
final do manuscrito; coleta de dados; concepção e desenho do estudo;
gerenciamento do projeto; investigação; metodologia; redação -
preparação do original; redação - revisão e edição; supervisão;
validação; visualização.
|
LCS
|
Análise e/ou interpretação dos dados; aprovação final do manuscrito;
coleta de dados; investigação; redação - preparação do original; redação
- revisão e edição; validação; visualização.
|
REFERÊNCIAS
1. Bolognia JL, Jorizzo JL, Schaffer JV. Dermatologia. 3a ed. Rio de
Janeiro: Elsevier; 2015. p. 1635.
2. Al-Himdani S, Ud-Din S, Gilmore S, Bayat A. Striae distensae: a
comprehensive review and evidence-based evaluation of prophylaxis and treatment.
Br J Dermatol. 2014;170(3):527-47. DOI: http://dx.doi.org/10.1111/bjd.12681
3. El Taieb MA, Ibrahim AK. Fractional CO2 laser versus intense pulsed
light in treating striae distensae. Indian J Dermatol. 2016;61:174-80. DOI:
http://dx.doi.org/10.4103/0019-5154.177774
4. Alves RO1, Boin MF, Crocco EI. Striae after topical corticosteroid:
Treatment with nonablative fractional laser 1.540nm. J Cosmet Laser Ther.
2015;17(3):143-7.
5. Aldahan AS, Shah VV, Mlacker S, Samarkandy S, Alsaidan M, Nouri K.
Laser and Light Treatments for Striae Distensae: A Comprehensive Review of the
Literature. Am J Clin Dermatol. 2016;17(3):239-56. DOI: http://dx.doi.org/10.1007/s40257-016-0182-8
6. Alexiades-Armenakas MR, Bernstein LJ, Friedman PM, Geronemus RG. The
safety and efficacy of the 308-nm excimer laser for pigment correction of
hypopigmented scars and striae alba. Arch Dermatol. 2004;140:955-60. PMID:
15313811 DOI: http://dx.doi.org/10.1001/archderm.140.8.955
7. Ostovari N, Saadat N, Nasiri S, Moravvej H, Tossi P. The 308-nm
excimer laser in the darkening of the white lines of striae alba. J Dermatol
Treat. 2010;21:229-31. DOI: http://dx.doi.org/10.3109/09546631003592044
8. Longo L, Postiglione MG, Marangoni O, Melato M. Two-year follow-up
results of copper bromide laser treatment of striae. J Clin Laser Med Surg.
2003;21:157-60. DOI: http://dx.doi.org/10.1089/104454703321895617
9. Michel JL. ED2000: 585 nm collagen remodelling pulsed dye laser. J
Cosmet Laser Ther. 2003;5(3-4):201-3. DOI: http://dx.doi.org/10.1080/14764170310021887
10. Jimenez GP, Flores F, Berman B, Gunja-Smith Z. Treatment of striae
rubra and striae alba with the 585-nm pulsed-dye laser. Dermatol Surg.
2003;29:362-5.
11. Goldman A, Rossato F, Prati C. Stretch marks: treatment using the
1.064-nm Nd:YAG laser. Dermatol Surg. 2008;34:686-91; discussion
691-682.
12. Elsaie ML, Hussein MS, Tawfik AA, Emam HM, Badawi MA, Fawzy MM,
Shokeir HA. Comparison of the effectiveness of two fluences using long-pulsed
Nd:YAG laser in the treatment of striae distensae: histological and morphometric
evaluation. Lasers Med Sci. 2016;31(9):1845-53. DOI: http://dx.doi.org/10.1007/s10103-016-2060-2
13. Tay YK, Kwok C, Tan E. Nonablative 1.450-nm diode laser treatment of
striae distensae. Lasers Surg Med. 2006;38:196-9. DOI: http://dx.doi.org/10.1002/lsm.20281
14. Wang K, Ross N, Osley K, Sahu J, Saedi N. Evaluation of a 1.540-nm
and a 1.410-nm nonablative fractionated laser for the treatment of striae.
Dermatol Surg. 2016;42:225-31. DOI: http://dx.doi.org/10.1097/DSS.0000000000000629
15. Malekzad F, Shakoei S, Ayatollahi A, Hejazi S. The safety and
efficacy of the 1.540nm non-ablative fractional XD Probe of star Lux 500 device
in the treatment of striae alba: before-after study. J Lasers Med Sci.
2014;5:194-8.
16. de Angelis F, Kolesnikova L, Renato F, Liguori G. Fractional
nonablative 1.540-nm laser treatment of striae distensae in Fitzpatrick skin
types II to IV: clinical and histological results. Aesthet Surg J.
2011;31:411-9. DOI: http://dx.doi.org/10.1177/1090820X11402493
17. Bak H, Kim BJ, Lee WJ, Bang JS, Lee SY, Choi JH, Chang SE. Treatment
of striae distensae with fractional photothermolysis. Dermatol Surg.
2009;35:1215-20. DOI: http://dx.doi.org/10.1111/j.1524-4725.2009.01221.x
18. Guimaraes PA, Haddad A, Sabino Neto M, Lage FC, Ferreira LM. Striae
distensae after breast augmentation: treatment using the nonablative
fractionated 1550-nm erbium glass laser. Plast Reconstr Surg. 2013;131:636-42.
PMID: 23446573
19. Kim BJ, Lee DH, Kim MN, Song KY, Cho WI, Lee CK, Kim JY, Kwon OS.
Fractional photothermolysis for the treatment of striae distensae in Asian skin.
Am J Clin Dermatol. 2008;9:33-7.
20. Katz TM, Goldberg LH, Friedman PM. Nonablative fractional
photothermolysis for the treatment of striae rubra. Dermatol Surg.
2009;35:1430-3. DOI: http://dx.doi.org/10.1111/j.1524-4725.2009.01252.x
21. Stotland M, Chapas AM, Brightman L, Sukal S, Hale E, Karen J,
Bernstein L, Geronemus RG. The safety and efficacy of fractional
photothermolysis for the correction of striae distensae. J Drugs Dermatol.
2008;7:857-61. DOI: http://dx.doi.org/10.1002/lsm.20659
22. Clementoni M, Lavagno R. A novel 1.565-nm nonablative fractional
device for stretch marks: a preliminary report. J Cosmet Laser Ther.
2015;17:148-55.
23. Yang YJ, Lee GY. Treatment of striae distensae with nonablative
fractional laser versus ablative CO2 fractional laser: a randomized controlled
trial. Ann Dermatol. 2011;23:481-9. DOI: http://dx.doi.org/10.5021/ad.2011.23.4.481
24. Naein FF, Soghrati M. Fractional CO2 laser as an effective modality
in treatment of striae alba in skin types III and IV. J Res Med Sci.
2012;17:928-33.
25. Naeini FF, Nikyar Z, Mokhtari F, Bahrami A. Comparison of the
fractional CO2 laser and the combined use of a pulsed dye laser with fractional
CO2 laser in striae alba treatment. Adv Biomed Res. 2014;3:184. DOI: http://dx.doi.org/10.4103/2277-9175.140090
26. Lee SE, Kim JH, Lee SJ, Lee JE, Kang JM, Kim YK, Bang D, Cho SB..
Treatment of striae distensae using an ablative 10.600-nm carbon dioxide
fractional laser: a retrospective review of 27 participants. Dermatol Surg.
2010;36: 1683-90.
27. Shin JU, Roh MR, Rah DK, Ae NK, Suh H, Chung KY. The effect of
succinyl atedatelocollagen and ablative fractional resurfacing laser on striae
distensae. J Dermatolog Treat. 2011;22:113-21. DOI: http://dx.doi.org/10.3109/09546630903476902
28. Gauglitz GG, Reinholz M, Kaudewitz P, Schauber J, Ruzicka T.
Treatment of striae distensae using an ablative Erbium: YAG fractional laser
versus a 585-nm pulsed-dye laser. J Cosmet Laser Ther. 2014;16:117-9. DOI:
http://dx.doi.org/10.3109/14764172.2013.854621
29. Gungor S, Sayilgan T, Gokdemir G, Ozcan D. Evaluation of an ablative
and nonablative laser procedure in the treatment of striae distensae. Indian
J
Dermatol Venereol Leprol. 2014;80:409-12. DOI: http://dx.doi.org/10.4103/0378-6323.140296
30. Aust MC, Knobloch K, Vogt PM. Percutaneous collagen induction
therapy as a novel therapeutic option for striae distensae. Plast Reconstr Surg.
2010;126:219e-220e. DOI: http://dx.doi.org/10.1097/PRS.0b013e3181ea93da
31. Suh DH, Chang KY, Son HC, Ryu JH, Lee SJ, Song KY. Radiofrequency
and 585-nm pulsed dye laser treatment of striae distensae: a report of 37 Asian
patients. Dermatol Surg. 2007;33:29-34. DOI: http://dx.doi.org/10.1097/00042728-200701000-00005
1. Pontifícia Universidade Católica de Campinas,
Campinas, SP, Brasil.
Autor correspondente: André Coelho Nepomuceno, Av. Dr. José
Bonifácio Coutinho Nogueira, nº 214, Sala 435 - Jd. Madalena - Campinas, SP,
Brasil, CEP 13.091-611. E-mail: andreconep@yahoo.com.br
Artigo submetido: 26/7/2018.
Artigo aceito: 11/11/2018.
Conflitos de interesse: não há.