INTRODUÇÃO
O câncer de mama é atualmente um dos principais problemas de saúde do mundo e, no
Brasil, sua incidência vem aumentando gradativamente. Excluindo os de pele, o câncer
de mama é o tipo que mais acomete as mulheres em todo o mundo1.
A mastectomia total, principalmente em alguns países subdesenvolvidos e nos centros
mais afastados, ainda é um tratamento bastante empregado para o tratamento do câncer
da mama. Essa cirurgia e as terapias adjuvantes podem contribuir para o
desenvolvimento de complicações físicas e transtornos psicológicos, que podem
influenciar negativamente a qualidade de vida2-4. Após a
mastectomia, a ausência da mama altera a imagem corporal da mulher, produz uma
sensação de mutilação e perda da feminilidade e sensualidade5,6.
Na tentativa de reduzir os sentimentos negativos desencadeados pela doença e seu
tratamento, melhorar a autoestima e suprir a falta da mama, muitas mulheres optam
pela reconstrução cirúrgica7. Trata-se de um
procedimento seguro, que não aumenta o risco de recorrência nem interfere na
detecção da doença, além de não levar ao atraso para terapias adjuvantes. Existem
vários procedimentos cirúrgicos descritos para sua realização, tais como técnicas
conservadoras, retalhos de vizinhança, materiais aloplásticos, retalhos miocutâneos
pediculados e microcirúrgicos8-12.
A Lei 12.802/2013 obriga o Sistema Único de Saúde (SUS) a fornecer a cirurgia
plástica reparadora da mama logo em seguida à mastectomia, quando houver condições
clínicas. Todavia, muitas vezes não há estrutura nos hospitais públicos para
realizar o que orienta a lei. As deficiências vão da falta de centro cirúrgico à
ausência de médicos qualificados e material adequado. Assim, muitas vezes a
reconstrução fica para um segundo tempo. Entretanto, devido à alta demanda do SUS,
muitas dessas pacientes ficam esperando pela reconstrução em filas, as quais muitas
vezes parecem intermináveis12.
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) estima que o tempo médio de espera
para a reconstrução é de dez anos, sendo que em 2015 apenas 1100 cirurgias de
reconstrução de mama foram feitas pelo SUS12.
Muitas instituições civis, como a SBCP, em parceria com o SUS, frequentemente
oferecem soluções para amenizar tais situações. Dentre estas soluções, podemos citar
os mutirões12.
Em 2016, a SBCP promoveu o 2º Mutirão Nacional de Reconstrução Mamária (MNRM), entre
os dias 24 e 29 de outubro e foi incluída a participação de mais de 800
profissionais da área especializada. Cerca de 840 mulheres que passaram por
mastectomia foram atendidas gratuitamente por cirurgiões plásticos, visando a
possibilidade da reconstrução mamária12.
O Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Universitário Walter Cantídio
(SCPMR-HUWC), em Fortaleza, CE, também colaborou neste sentido, no ano de 2016, com
a realização de 16 cirurgias de reconstrução mamária, com participação de grupo
heterogêneo de cirurgiões plásticos.
OBJETIVO
O objetivo deste trabalho foi analisar os resultados referentes ao 2º MNRM com grupo
heterogêneo de cirurgiões plásticos, realizado em outubro de 2016 no SCPMR-HUWC.
MÉTODO
Foi realizado um estudo de coorte prospectiva, no qual foram avaliadas as 16
pacientes submetidas à reconstrução mamária no SCPMR-HUWC no 2º MNRM realizado em
outubro de 2016.
O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa CAAE: 69439917.0.0000.5045,
sendo conduzido de acordo com a resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, a
qual aprova as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo os seres
humanos.
O mutirão em questão incluiu todas as pacientes que se encontravam na fila de
cirurgia para reconstrução mamária do SCPMR-HUWC. Foram coletados os seguintes
dados: idade, tempo de espera na fila, tipo de reconstrução mamária realizada, tempo
de internação e complicações pós-operatórias.
Os pacientes foram acompanhados pelo período de 6 meses e os dados obtidos foram
tabulados e analisados pelos pesquisadores com o programa estatístico
Epi-info®, sendo consideradas significativas: p <
0,05, com intervalo de confiança de 95%.
RESULTADOS
Ao total, 16 pacientes, do sexo feminino, foram submetidas à reconstrução mamária
pós-mastectomia. Todas as pacientes passaram por avaliação cardiovascular e de risco
cirúrgico, estando aptas para a reconstrução.
Nenhuma paciente encontrava-se sob tratamento de quimioterapia (QMT) ou radioterapia
(RTX). Ou seja, todos os casos se tratavam de reconstrução tardia, todos com mais
de
1 ano de pós-operatórios de mastectomia e mais de 1 ano livre de procedimento
adjuvante (QMT e RTX).
A idade das pacientes variou entre 39 e 72 anos, com média de 49 anos no momento da
reconstrução (Figura 1).
Figura 1 - Idade das pacientes submetidas à reconstrução mamária
pós-mastectomia.
Figura 1 - Idade das pacientes submetidas à reconstrução mamária
pós-mastectomia.
Nenhum dos casos apresentou distúrbios cutâneos, radiodermites, piodermites,
tumorações ou deformidades significativas no sítio cirúrgico.
Quanto ao tipo de reconstrução, foram realizadas: uma (6%) com retalho miocutâneo
do
músculo reto abdominal (TRAM), nove (56%) com retalho miocutâneo do músculo grande
dorsal (RGD), cinco com próteses [três (19%) com troca de expansor com prótese
unilateral, duas (12,5%) com prótese direita unilateral] e seis (37,5%) simetrização
(Figuras 2 a 6).
Figura 2 - Número de reconstruções mamárias realizadas no Mutirão Nacional de
Reconstrução Mamária de acordo com a técnica. RGD=retalho miocutâneo do
músculo grande dorsal; TRAM=retalho miocutâneo do músculo reto
abdominal.
Figura 2 - Número de reconstruções mamárias realizadas no Mutirão Nacional de
Reconstrução Mamária de acordo com a técnica. RGD=retalho miocutâneo do
músculo grande dorsal; TRAM=retalho miocutâneo do músculo reto
abdominal.
Figura 3 - Reconstrução mamária com retalho miocutâneo do músculo grande dorsal
pós-mastectomia.
Figura 3 - Reconstrução mamária com retalho miocutâneo do músculo grande dorsal
pós-mastectomia.
Figura 4 - Reconstrução mamária, troca de expansor por implante de silicone e
simetrização pós mastectomia.
Figura 4 - Reconstrução mamária, troca de expansor por implante de silicone e
simetrização pós mastectomia.
Figura 5 - Reconstrução mamária com retalho miocutâneo do músculo grande dorsal
pós-mastectomia.
Figura 5 - Reconstrução mamária com retalho miocutâneo do músculo grande dorsal
pós-mastectomia.
Figura 6 - Reconstrução mamária com retalho do músculo reto abdominal
pós-mastectomia.
Figura 6 - Reconstrução mamária com retalho do músculo reto abdominal
pós-mastectomia.
Analisando o tempo de internação, observou-se que o período variou de 1 a 5 dias,
sendo que 82% delas passaram 4 dias ou menos.
As complicações foram divididas em precoces (aquelas que ocorreram em até 30 dias
de
pós-operatório) e tardias (após 30 dias). Dentre as precoces, foram observados casos
de seroma em região dorsal (13%), necrose parcial da pele da mastectomia (6%),
deiscência parcial da ferida operatória (13%) e necrose do retalho de grande dorsal
(6%) (Figuras 7 e 8).
Figura 7 - Complicações precoces da reconstrução mamária com músculo grande
dorsal pós-mastectomia.
Figura 7 - Complicações precoces da reconstrução mamária com músculo grande
dorsal pós-mastectomia.
Figura 8 - Complicações precoces da reconstrução mamária com músculo grande
dorsal pós-mastectomia.
Figura 8 - Complicações precoces da reconstrução mamária com músculo grande
dorsal pós-mastectomia.
Não se observaram fatores de risco (hipertensão arterial sistêmica, diabetes
mellitus, tabagismo, índice de massa corporal elevado, idade) com significância
estatística para as complicações precoces. Todas as complicações precoces ocorreram
apenas nos casos de RGD.
Nenhuma das 16 pacientes estudadas nesta série apresentou complicações tardias, tais
como alterações de cobertura do implante, retração capsular, atrofia muscular e
cutânea.
DISCUSSÃO
A reconstrução mamária vem, cada vez mais, assumindo importante papel no tratamento
do câncer de mama, em decorrência dos comprovados benefícios psicológicos e físicos
para as pacientes. Esse procedimento favorece o retorno mais rápido dessas pacientes
ao convívio social, com melhora da imunidade e, consequentemente, oferecendo melhor
prognóstico no tratamento dessa doença13,14.
Muitas técnicas de reconstrução vêm sendo desenvolvidas ao longo dos anos. Os
procedimentos mais comumente empregados são:
Retalhos miocutâneos pediculados, como os do músculo grande dorsal;
Retalho transverso do músculo reto abdominal;
Uso de materiais aloplásticos, como expansores teciduais temporários ou
definitivos;
Implantes de silicone.
Dentro deste panorama, observou-se aumento das indicações de reconstruções mamárias
com retalhos locais, materiais aloplásticos e com o RGD, em detrimento do TRAM, que
apresenta maior morbidade local e sistêmica15.
No artigo de Cosac et al.16 a técnica mais
usada foi a reconstrução TRAM, com 31,3%; seguida da RGD, com 30%; e prótese em
17,7% dos casos. Reconstrução com troca de expansor por prótese e simetrização não
foram realizadas. No nosso estudo quanto ao tipo de reconstrução, foi realizada 1
(6%) com TRAM, 56% com RGD, 13% com próteses e 37,5% simetrizações (Figura 9).
Figura 9 - Número de reconstruções mamárias realizadas de acordo com a técnica.
Em azul: Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Universitário Walter
Cantídio; Em vermelho: Estatística do artigo do Dr. Cosac
16. RGD=retalho miocutâneo do
músculo grande dorsal; TRAM=retalho miocutâneo do músculo reto
abdominal.
Figura 9 - Número de reconstruções mamárias realizadas de acordo com a técnica.
Em azul: Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Universitário Walter
Cantídio; Em vermelho: Estatística do artigo do Dr. Cosac
16. RGD=retalho miocutâneo do
músculo grande dorsal; TRAM=retalho miocutâneo do músculo reto
abdominal.
No cenário do tratamento do câncer de mama, a radioterapia adjuvante à mastectomia
é
frequentemente realizada em mulheres com diagnóstico de câncer de mama em estádio
II
e III. Isto aumenta o controle local, a sobrevida livre de doença e a sobrevida
global17-20.
Apesar da melhora dos resultados oncológicos, a radioterapia adjuvante em mulheres
com câncer de mama pode piorar os resultados estéticos com atrofias teciduais e
contraturas capsulares e aumentar o risco de perda da reconstrução mamária21.
Seroma na área doadora do músculo grande dorsal é a complicação mais comum do
procedimento. As taxas desta complicação publicadas na literatura variam de 16% a
79%22-25.
No entanto, a significância do seroma como uma complicação maior, que necessite de
nova intervenção cirúrgica, é baixa. No presente estudo, foi observada uma taxa de
13% de seroma. Gart et al.15, em artigo que incluiu 1079 pacientes submetidas a RGD da base de dados
American College of Surgeons National Surgical Improvement
Program (ACS-NSQIP), observaram em relação às complicações precoces
5,7% de reoperações, 3,3% de infecções cutâneas, 1,3% de necrose do retalho, 0,6%
de
deiscência da ferida operatória e 3,2% de complicações clínicas26.
As complicações precoces observadas nesse mutirão foram de 1 caso (6%) de necrose
parcial da pele da mastectomia e 2 casos (13%) de deiscência parcial da ferida
operatória. Estas intercorrências provavelmente ocorreram devido à necessidade de
eficácia oncológica local, acarretando retalhos de mastectomia delgada e
hipoperfundidos. Observou-se 1 caso de necrose do retalho de grande dorsal, mas
nenhum caso com infecções, nem outras complicações clínicas.
Em uma série de 100 casos, Perdikis et al.22 relataram uma taxa de contratura capsular em pacientes
submetidas a RGD e implante de silicone de 6%. Em outra série com 53 casos, Venus
& Prinsloo26 observaram 7,4% de
contratura capsular que necessitou capsulotomia e 33% de contratura capsular que não
necessitou cirurgia.
Nas 16 pacientes estudadas nesta série, não se observou casos de alterações de
cobertura do implante, com atrofia muscular e cutânea.
Salientamos que bastaram 5 dias para zerar a fila de pacientes do SCPMR-HUWC à espera
de reconstrução mamária (16 pacientes).
A grande maioria das pacientes teve alta em menos de 4 dias, o que demonstra que esse
tipo de mutirão não atrapalha de forma considerável o funcionamento da estrutura de
hotelaria hospitalar.
Como as cirurgias foram realizadas no fim de semana (2 consecutivos), o funcionamento
do bloco cirúrgico também não foi afetado, uma vez que no SCPMR-HUWC as cirurgias
eletivas são em sua maioria realizadas durante a semana.
Graças ao fato de o grupo responsável pelo mutirão ser composto de um grupo
heterogêneo de cirurgiões plásticos, provenientes de outras instituições, isso torna
possível o intercâmbio de experiências e das novidades na área, além de novas
parcerias serem estabelecidas e laços antigos, fortalecidos.
A cirurgia plástica tem papel importantíssimo no tratamento das pacientes portadoras
de câncer de mama. Neste trabalho, foi verificado alto grau de satisfação por parte
das pacientes operadas e bons resultados obtidos, com poucas repercussões
funcionais. Destacamos ainda que, além do fato das cirurgias terem sido realizadas
por cirurgiões plásticos seniors e, mesmo sendo cirurgias eletivas,
tivemos um número elevado de complicações. Todavia, tal taxa mostrou-se compatível
com a literatura, tratando-se, provavelmente, no estudo em questão, de natureza
fortuita. Assim, concluímos que os mutirões de reconstrução mamária pós mastectomia
são, mesmo nos casos tardios, uma alternativa viável em termos de saúde pública.
COLABORAÇÕES
AM
|
Análise e/ou interpretação dos dados; análise estatística; concepção e
desenho do estudo; realização das operações e/ou experimentos; redação
do manuscrito ou revisão crítica de seu conteúdo.
|
SGPP
|
Análise e/ou interpretação dos dados; aprovação final do manuscrito;
concepção e desenho do estudo; realização das operações e/ou
experimentos; redação do manuscrito ou revisão crítica de seu
conteúdo.
|
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2. Hospital Universitário Walter Cantídio,
Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.
Autor correspondente: Aleksandra Markovic, Av. Beira Mar, 4260 -
Praia de Mucuripe - Fortaleza, CE, Brasil. CEP 60165-121. E-mail:
19quepasa19@gmail.com
Artigo submetido: 27/9/2017.
Artigo aceito: 22/6/2018.
Conflitos de interesse: não há.