RESUMO
O trabalho objetivou apresentar o emprego de retalhos glúteos em V-Y, sem desinserção ou secção muscular, para cobertura de úlceras sacras, isquiáticas e trocantéricas. Após excisão das úlceras, os retalhos eram planejados e dissecados com incisões que abrangiam pele, panículo adiposo e fáscia, sem atingir o músculo glúteo máximo (MGM), constituindo um bloco fasciocutâneo. Os retalhos tiveram suas extremidades mais próximas às lesões descoladas no plano entre a fáscia e o músculo para facilitar o posterior avançamento e fechamento da área cruenta. Foram operados 22 pacientes, num total de 24 úlceras, das quais 12 eram sacras, 7 isquiáticas e 5 trocantéricas; sendo empregados 26 retalhos, com todos mostrando-se viáveis, sem qualquer sofrimento ou complicação significativa. Menor tempo cirúrgico, menor sangramento, manutenção da integridade do MGM, permitindo sua utilização em eventual reintervenção, assim como a permanência de sua função, o que representa enorme benefício quando imaginamos seu emprego em pacientes sem lesão neurológica permanente, demonstraram ser o método uma vantajosa alternativa na reparação de ferimentos complexos nas regiões mencionadas.
Palavras-chave: Retalhos glúteos; retalhos em V-Y; úlceras de pressão.