INTRODUÇÃO
Cultuado por muitos, o abdome é uma região central no corpo humano que apresenta
grande plasticidade e, portanto, é passível de sofrer grandes alterações.
A abdominoplastia é um dos procedimentos mais realizado no mundo e tem como objetivo
restabelecer a harmonia abdominal tanto no plano estético (contorno corporal
abdominal, aparência natural do umbigo e adequada localização das cicatrizes),
quanto reconstrutor (posicionamento anatômico da fáscia e musculatura, correções
de
hérnias ou outras deformidades que possam estar presentes)1.
A cirurgia consiste na dermolipectomia abdominal baixa, associada à reparação ou
“plástica” musculofascial, o que se consegue com a plicatura das aponeuroses dos
músculos retos abdominais e oblíquos externos, além do reposicionamento umbilical,
associado à lipoaspiração do abdome. Muitas variações das incisões, do reparo
musculofascial e da remodelagem do umbigo têm sido descritas2,3.
Desde 1899, diversos autores vêm descrevendo suas técnicas sobre a abdominoplastia,
com variantes táticas que muito colaboram com os especialistas. Em 1965, Callia4,5 fez incisão sobre o púbis com prolongamentos laterais, que passou a
ser utilizada pelos cirurgiões. Pitanguy3,6 (1967) fez incisão
horizontal baixa com as extremidades para fora e para baixo. Além disso, promoveu
a
plicatura dos músculos retos abdominais sem a abertura da aponeurose, contribuindo
com a melhora do resultado final da abdominoplastia.
Franco & Rebello7,8 (1970) realizaram dermolipectomia com incisão
[RPS1] inframamária, denominada de abdome invertido. Sinder9,10 (1975)
publicou a marcação prévia do abdome com triângulo, só retirando o retalho inferior
após o descolamento do retalho superior, posicionado a partir daí a cicatriz.
Planas11 (1978) descreveu técnica
semelhante à de Sinder9,10, que a chamou de “vest over
pants”. Psillakis12 (1978)
descreveu o tratamento da flacidez musculoaponeurótica, realizando a sutura do
músculo oblíquo na aponeurose do músculo reto abdominal.
Yves Gerard Illouz13,14 (1980) apresentou pela primeira vez no
Brasil, no Congresso Brasileiro de Cirurgia Plástica, em Fortaleza, a técnica
de
lipoaspiração, que então passou a fazer parte das dermolipectomias abdominais
para
obter resultado estético mais satisfatório. Hakme & Wilkinson15 (1985) associaram a lipoaspiração à
abdominoplastia parcial, denominando-a minilipoabdominoplastia e
miniabdominoplastia.
Avelar16-18 (1985) descreveu a associação de lipoaspiração à
abdominoplastia para pacientes com abdome protruso, gordura localizada supra e
infraumbilical e flacidez muscular. Baroudi 2017•13(1).19,20 (1998) defenderam o emprego de pontos capitonados unindo o retalho à
parede abdominal, a partir do processo xifoide até a do púbis, com o intuito de
prevenir seroma. Matarasso21 (2000) descreveu
a associação de lipoaspiração à abdominoplastia como forma de preservação do
suprimento sanguíneo do retalho abdominal.
Avelar16,17 (2000) publicou seu trabalho de lipoaspiração associada à
abdominoplastia sem descolamento. Saldanha 2017•13(1). e
Avelar16,17,22,23 (2001), em
trabalhos paralelos, divulgaram técnicas de abdominoplastias, sem descolamento,
introduzindo as técnicas de lipoabdominoplastias em nosso meio. Nahas24 (2001) mostrou a plicatura dos músculos
oblíquos externos nas regiões das linhas semilunares e posteriormente apresentou
estudo para determinar técnicas eficazes para correção de defeitos e deformidades
da
parede abdominal. Bozola25-28 (2003) enfatizou a classificação das
alterações estéticas no tratamento do abdome, com seus tratamentos específicos.
OBJETIVO
A proposta deste estudo foi demonstrar a experiência do autor na realização da
abdominoplastia clássica associada às plicaturas mediana e das linhas semilunares
para recuperar a tensão da parede abdominal com o descolamento seletivo do andar
superior do abdome, associado à lipoaspiração ao final do procedimento, buscando
tanto melhora do contorno do corpo feminino quanto facilidade e segurança do
procedimento.
MÉTODO
Entre maio de 2014 e fevereiro de 2016, foram operados, no Hospital Mater Dei, Belo
Horizonte, MG, 22 pacientes de abdominolipoplastia com plicatura das linhas medianas
e de Spiegel, em associação a outras cirurgias ou como único procedimento. Todas
as
pacientes foram do sexo feminino, com idades entre 24 e 53 anos (média de 38,5
anos).
Os procedimentos foram realizados pela mesma esquipe cirúrgica. Todos os casos foram
encaminhados para preparo clínico pré-operatório, com avaliação do risco [RPS1]
cardíaco e avaliação pré-anestésica. Foi aferido o peso, bem como realizada
documentação fotográfica. Todas as pacientes assinaram Termo de Consentimento
Informado após esclarecerem todas as dúvidas em relação ao procedimento, sendo
consideradas aptas para a cirurgia.
As marcações (Figura 1) foram feitas com as
pacientes em posição supina e as cirurgias foram realizadas sob bloqueio peridural
e
sedação, ou sob anestesia geral, com profilaxia antimicrobiana na indução anestésica
e a cada três horas durante o procedimento. Utilizaram-se, de rotina, meias de
compressão 3⁄4 e dispositivo de compressão venosa intermitente a 60mmHg. Profilaxia
antitrombótica medicamentosa (enoxaparina 40mg) foi realizada segundo protocolo
de
Sandri modificado29-32 (Anexo 1) e mantida diariamente até deambulação habitual da paciente.
Figura 1 - Marcação pré-cirúrgica.
Figura 1 - Marcação pré-cirúrgica.
Em decúbito dorsal, foi realizada infiltração prévia do abdome com solução de 500ml
de SF 0,9% 500 mL e 1 ml de adrenalina (1:1000). A área demarcada foi incisada
com
bisturi de lâmina 22 (periumbilical e abdominal baixa). Com eletrocautério, fez-se
o
descolamento sobreaponeurótico até cerca de 4 cm acima do umbigo (Figura 2). Iniciou-se a confecção de túnel
mediano com exposição somente das bordas mediais dos músculos retos abdominais
até o
apêndice xifoide.
Figura 2 - Descolamento abdominal conservador com marcação das linhas mediana e
de Spiegel.
Figura 2 - Descolamento abdominal conservador com marcação das linhas mediana e
de Spiegel.
Neste momento a cabeceira da mesa foi elevada em ângulo de aproximadamente 40º e o
retalho abdominal tracionado até a incisão inferior, sendo retirado o excesso
do
tecido dermogorduroso.
Procedeu-se, então, a plicatura mediana dos retos abdominais com chuleio, supra e
infraumbilical, com fios de mononylon 2.0. Após a plicatura mediana, realizou-se
o
descolamento sobre a linha de Spiegel até a margem costal. Essa manobra mantém
intactos [RPS2] vasos perfurantes provenientes dos vasos epigástricos superiores
que
nutrem o retalho.
A seguir, iniciaram-se as plicaturas laterais com fios de mononylon 2.0 por chuleio.
As suturas são finalizadas próximo à região suprapúbica, quando se encontram.
O próximo passo foi marcar a nova posição do umbigo e iniciar o reposicionamento do
retalho dermogorduroso com pontos de Baroudi com Vicryl 2.0. O fechamento das
bordas
é feito em quatro planos, sendo os dois primeiros com Vicryl 2.0 abrangendo a
fáscia
de Scarpa, a gordura lamelar e a gordura areolar. A sutura subdérmica feita com
mononylon 3.0 e intradérmica com mononylon 4.0.
Realiza-se a incisão para o novo posicionamento do umbigo em losango e incisão
pubiana na linha média entre a fúrcula vaginal e a cicatriz horizontal
recém-formada. A seguir, fez-se nova infiltração com solução salina a 0,9% com
adrenalina 1:500.000 UI e lipoaspiração do abdome e púbis, utilizando-se estas
duas
incisões (umbilical e pubiana) para entrada da cânula 5 ou 6 (Figura 3).
Figura 3 - Lipoaspiração abdominal após abdominoplastia.
Figura 3 - Lipoaspiração abdominal após abdominoplastia.
Colocou-se o dreno aspirativo pela incisão pubiana, que permaneceu com a paciente
em
torno de quatro a sete dias e realizou-se a sutura da cicatriz umbilical em seu
novo
local com fixação da subderme do retalho à aponeurose da musculatura dos retos
abdominais.
Ainda no centro cirúrgico, foi feito curativo nas cicatrizes e procedeu-se o
enfaixamento da paciente com atadura de crepom de 20cm. As cirurgias tiveram duração
aproximada de quatro a sete horas, dependendo do procedimento associado. As
pacientes foram estimuladas a deambular no mesmo dia da cirurgia e receberam alta
no
dia seguinte pela manhã.
RESULTADOS
Dos 22 casos operados, não houve nenhum caso de hematoma ou infecção. Apenas 2
(9,09%) pacientes evoluíram com epiteliose em região hipogástrica, seguida de
deiscência, o que necessitou de desbridamento associado a sutura local após 10
dias
para síntese local.
Observaram-se 6 (27,27%) casos de cicatrizes inestéticas (hipertróficas ou alargadas)
e foram feitas revisões cirúrgicas sob anestesia local após três meses de cirurgia.
Notou-se, também, que 3 (13,63%) pacientes tiveram estenose do umbigo, apesar
da
utilização de órteses locais. Estes casos também necessitaram de revisão
cirúrgica.
Todas as pacientes mostraram-se muito satisfeitas com os resultados obtidos, embora
esta satisfação não tenha sido dada em resposta a questionários individuais, mas
somente pela entrevista entre o médico e as pacientes. Mesmo naquelas em que foram
necessários procedimentos complementares, o nível de satisfação foi muito alto
(Figuras 4 e 5).
Figura 4 - Pré-operatório (visão anterior).
Figura 4 - Pré-operatório (visão anterior).
Figura 5 - Pós-operatório (visão anterior).
Figura 5 - Pós-operatório (visão anterior).
DISCUSSÃO
A artéria epigástrica superior é o ramo medial dos dois ramos terminais da artéria
torácica interna e é o que segue a direção primitiva desta. Nasce no sexto espaço
intercostal, desce posterior às cartilagens costais. Após passar pelo trígono
esternocostal (cujos limites são as partes esternal e costal do diafragma e o
apêndice xifoide e o arco costal), penetra na bainha do músculo reto do abdome.
Tem início posterior a esse músculo e, após perfurá-lo em sua espessura, emite
numerosos ramos. Alguns destes ramos suprem o músculo reto do abdome, enquanto
outros perfuram o folheto anterior da sua bainha e irrigam os músculos e os planos
superficiais da parede anterolateral do abdome. Um pequeno ramo (ramo xifoide)
passa
anterior ao apêndice xifoide, anastomosando-se com seu correspondente
contralateral.
A realização de descolamento no andar superior do abdome visando a preservar ao
máximo os vasos epigástricos superiores e seus ramos permitiu maior segurança
na
abdominolipoplastia com plicaturas mediana e laterais, uma vez que é mantida a
principal nutrição do retalho dermoadiposo. É importante ressaltar que a linha
de
Spiegel é um plano avascular e, portanto, o traumatismo vascular ao dissecar sobre
esta área é mínimo.
A inclusão da plicatura das linhas semilunares associada à plicatura da linha mediana
proporcionou maior tensão da musculatura abdominal e assim um tratamento mais
eficaz
à flacidez abdominal residual à plicatura mediana como tratamento único.
A realização de lipoaspiração do retalho ao final do procedimento diminuiu sua tensão
após a síntese da parede abdominal, com provável melhora da circulação, além de
uniformização do retalho com o púbis. Por outro lado, parece aumentar a drenagem
pós-operatória, sendo necessária drenagem aspirativa.
Nos casos de epiteliose em região hipogástrica, as pacientes em questão eram
tabagistas (+ 5 cigarros/dia), sendo que uma paciente ainda apresentava incisão
de
Kocher devido à cirurgia de colecistectomia complicada há 5 anos.
Outra questão levantada é que se consegue visualizar e corrigir possíveis hérnias
durante a abdominoplastia, antes da lipoaspiração, sem o risco de entrada da cânula
pelo orifício da hérnia.
CONCLUSÃO
Segundo experiência do autor, a técnica descrita é de fácil reprodução e eficaz no
tratamento estético da região abdominal. As pacientes candidatas à abdominoplastia
clássica e com excesso de tecido adiposo no abdome superior e/ou com grande flacidez
musculoaponeurótica podem ser beneficiadas por ela. O descolamento seletivo do
andar
superior do abdome proporciona maior segurança quanto à vascularização do tecido
remanescente, mantendo baixos os riscos de complicações associadas a perfusão
abdominal. A lipoaspiração, realizada no final da abdominoplastia, mantém a
naturalidade dos resultados, pois promove uniformidade do tecido adiposo em toda
região abdominal e pubiana.
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http://dx.doi.org/10.1097/PRS.0000000000001200
Anexo 1 - Protocolo de Sandri Modificado.
PROTOCOLO Sandri
M Fatores de risco: Idade >60 anos:
2 Idade entre 40 e 60 anos: 1 Obesidade
(IMC1>30): 1 Insuficiência venosa ou
edema de membros: 2 TVP ou EP prévia: 2 Uso de
ACHO/TRH2: 1 Fumante: 1 Queimadura:
2 Viagens longas 10 dias antes: 1 Imobilização
prévia à cirurgia>24h: 2 Posição Fowler:
1 Dermolipectomia abdominal ou coxa: 1 Prótese em
glúteo coxa ou perna: 1 Lipoaspiração: 1 Cirurgias
estéticas associadas: 1 Reconstrução de mama com retalho:
1 Outras cirurgias associadas: 2 Cirurgia >1h
ou anestesia geral: 1 Restrição ao leito maior que 72h:
2 Malignidade: 2 BAIXO RISCO: 1
ponto MODERADO RISCO: 2 a 4 pontos ALTO RISCO:
> 4 pontos MEDIDAS DE
PROFILAXIA: - Não farmacológicas: se aplicam a TODOS os
pacientes: • Compressão pneumática intermitente
(Iniciada antes da indução anestésica) •
Mobilização precoce • Meias elásticas (Iniciar
antes da indução anestésica e manter até a deambulação
cotidiana) - Farmacológicas: nos pacientes
de risco alto: • HBPM - Enoxaparina (Clexane) 40
mg subcutâneo, com inicio 12h após a cirurgia, mantendo dose
diária até a
deambulação cotidiana. 1
Índice de massa corpórea 2 Anticoncepcional
hormonal oral/ Terapia de reposição hormonal
|
Anexo 1 - Protocolo de Sandri Modificado.
1. Hospital Mater Dei, Belo Horizonte, MG,
Brasil.
2. Santa Casa de Montes Claros, Montes Claros, MG,
Brasil.
Endereço Autor: André Luis Mourão de Oliveira
Melo
Rua Dom Expedito Lopes, nº 2371, apt. 302 - Dionisio Torres
Fortaleza, CE, Brasil CEP 60135-410
E-mail: andremelo84@hotmail.com