RESUMO
INTRODUÇÃO: Pacientes com gigantomastia apresentam múltiplos sintomas físicos e psicossociais. Várias técnicas foram propostas para o seu tratamento. A amputação mamária, descrita por Torek em 1922, apresenta com excelente alternativa, porém com prejuízo na funcionalidade mamilar e no formato da mama. Liacyr Ribeiro, em 1975, descreveu o retalho inferior dermoglandular não areolado a fim de proporcionar tecido de segurança para ressecção mamária, facilitar a montagem da mama e melhorar sua projeção. Este trabalho propôs unir estas duas consagradas técnicas, visando aprimorar os resultados das amputações mamárias.
MÉTODOS: Foram operadas 11 pacientes com gigantomastia com prole definida, pela técnica de amputação mamária associada ao pedículo inferior não areolado.
RESULTADOS: Distância média da fúrcula esternal ao mamilo foi de 35,6 centímetros na mama direita e 35 centímetros na mama esquerda, variando de 30 a 44 centímetros. A ascensão do complexo areolomamilar foi em média de 16,9 centímetros na mama direita e 16,4 centímetros na mama esquerda, variando de 12 a 25 centímetros. A quantidade de ressecção média de tecido mamário por paciente foi de 3559,5 gramas, variando de 1600 a 5890 gramas. A hipopigmentação do complexo areolamamilar esteve presente em três (27%) pacientes. A deiscência do T foi observada em dois (18%) pacientes. A não integração parcial do enxerto ocorreu em três (27%) das pacientes, com perdas estimadas de 10%, 30% e 80% do enxerto.
CONCLUSÃO: A associação da amputação mamária com o pedículo dermoglandular inferior não areolado nos oferece um melhor remodelamento da mama, segurança na montagem desta, além de proporcionar uma adequada projeção da mesma.
Palavras-chave: Mama/anormalidades; Mamoplastia; Hipertrofia; Amputação.