RESUMO
INTRODUÇÃO: Tendo em vista o número de cirurgias plásticas e a busca por melhores resultados estético-funcionais fazem-se necessárias pesquisas para encontrar meios para melhorar a cicatrização e as cicatrizes. O objetivo é avaliar os efeitos de três sessões de radiofrequência na cicatrização da pele de ratos.
MÉTODOS: Quarenta e oito ratos machos foram divididos em quatro grupos conforme ao grupo que pertenciam e o dia do sacrifício (grupo radiofrequência - GR - e grupo controle - GC). Realizada a dissecação da ferida excisional de 2 cm x 2 cm (4 cm²) e utilizou-se um punch de 6 mm para a realização de duas feridas excisionais de 0,6 cm de diâmetro. Após 24 h, foi realizada a radiofrequência com o equipamento Spectra® na região dorsal, diretamente sobre as feridas por 7 minutos, com temperatura de 38ºC. Repetida por três vezes, em dias alternados. No grupo controle foi realizada com o aparelho desligado.
RESULTADOS: Foi encontrada área maior na ferida quadrada, no 3º dia pós-operatório do GR (GR7 3,3 cm² ± 0,7 cm² vs. GC7 2,4 cm² ± 0,4 cm², p = 0,009). No 14º dia a ferida quadrada do GR foi maior do que no GC (GR14 1,9 cm² ± 0,5 cm² vs. GC14 1,0 cm² ± 0,3 cm², p = 0,001). Houve fechamento de 90% das feridas no GC14. No GR14, 60% das feridas foram reepitelizadas enquanto 40% permaneceram ulceradas. No GC7, 70% das feridas de permaneceram ulceradas e 30% foram reepitelizadas. Já no GR7, 8%, foram reepitelizadas e 92% permaneceram ulceradas.
CONCLUSÃO: A radiofrequência tem influência negativa no processo cicatricial, mostrando que, nos ratos que receberam a radiofrequência, o quadrado permaneceu ulcerado.
Palavras-chave: Cicatrização; Cicatriz; Fibroblastos; Reepitelização.