RESUMO
INTRODUÇÃO: Avaliar cinco anos de análise epidemiológica e tratamento cirúrgico atualizado das queimaduras elétricas por alta voltagem.
MÉTODOS: Foi realizado um estudo descritivo, retrospectivo de corte transversal, no Centro de Terapia de Queimados Dr. Oscar Plaisant, do Hospital Federal do Andaraí, Rio de Janeiro, Brasil, no período de janeiro de 2009 a dezembro de 2014. Foi aplicado um formulário nos prontuários dos 38 pacientes incluídos no estudo, a fim de avaliar as variáveis definidas.
RESULTADOS: Foram analisados 38 pacientes por queimadura elétrica de alta voltagem, sendo 95% dos casos do sexo masculino, com faixa etária entre 21-42 anos. O local de ocorrência mais frequente foi o trabalho, em 55,3%. A porcentagem de SCQ variou de 1-60%. A parte do corpo mais acometida foi a mão esquerda, em 55,26%. O preparo pré-cirúgico para autoenxertia foi necessário em 34,21%, sendo a média de tempo transcorrido 37,5 dias, o tipo de tratamento cirúrgico foi desbridamento seriado sob anestesia geral em 100%, autoenxertia em 31,6%, amputação em 18,4% e fasciotomia em 5,3% dos pacientes. A taxa de óbito foi de 0%.
CONCLUSÕES: O estudo observou que as queimaduras elétricas ocorrem mais frequentemente em adultos jovens no local de trabalho, portanto, é necessário desenvolver políticas de sensibilização para a segurança no local de trabalho. Apesar da gravidade da lesão, pacientes com suporte clínico adequado e avaliação cirúrgica precoce têm mais probabilidade de sobreviver, mesmo com altas taxas de amputação, confirmando a necessidade de mais pesquisas sobre a eletroporação.
Palavras-chave: Queimaduras; Queimaduras elétricas; Acidentes de trabalho; Epidemiologia.