RESUMO
INTRODUÇÃO: As queimaduras elétricas correspondem de 5 a 15% dos casos de acidentes com queimaduras. A maioria está associada a acidentes do trabalho, nos quais predominam as lesões com alta voltagem (acima de 1.000 Volts), em pacientes do sexo masculino. As taxas de mortalidade variam de 2 a 15%, nos mais diversos centros de queimados. O objetivo é revisar padronização das etapas cirúrgicas na fase aguda de desbridamento (primeiros 15 dias) pela comparação de dosagem de creatofosfoquinase, hidratação venosa e fotografias para a aplicação de uma rotina de etapas cirúrgicas.
MÉTODOS: Trata-se de um estudo quantitativo, prospectivo, realizado em um hospital público da cidade de Fortaleza, CE, entre julho de 2013 a dezembro de 2015. A população foi composta por adultos jovens, entre 15 e 50 anos, de ambos os sexos, vítimas de queimaduras por choque elétrico, com lesão de terceiro grau, no mínimo muscular.
RESULTADOS: Foram realizados 12 procedimentos cirúrgicos de amputações nos 15 pacientes do estudo (60%). Seis pacientes não sofreram amputação (40%). Um paciente sofreu três procedimentos de amputação no mesmo membro (pododáctilo, pé e coxa esquerdos) e outro, duas amputações em membros superiores distintos.
CONCLUSÃO: O tratamento na fase aguda do choque elétrico deve incluir uma imediata e adequada reposição líquida venosa, associada com procedimentos cirúrgicos de desbridamentos e de amputações, o mais precoce possível, em etapas com intervalos de 48 a 72 horas.
Palavras-chave: Queimaduras elétricas; Choque elétrico; Desbridamento; Hidratação; Amputação.