RESUMO
INTRODUÇÃO: A região cefálica está exposta a insultos de ordem variada por parte do meio ambiente. As lesões extensas no couro cabeludo representam um grande desafio ao cirurgião plástico devido à pouca mobilidade da pele nesta região, o que dificulta o seu fechamento. Uma grande variedade de técnicas tem sido utilizada para o fechamento de defeitos no couro cabeludo e na fronte. A técnica ideal deve visar o melhor resultado funcional, estético e baixa morbidade do sítio doador.
MÉTODOS: Foi realizado um estudo clínico retrospectivo no período de janeiro de 2006 a dezembro de 2014, de uma série de 22 casos com tumores avançados do couro cabeludo e da fronte e perda cutânea extensa pós-trauma.
RESULTADOS: Foram realizados 11 retalhos locais de couro cabeludo (bi ou tripediculados), três retalhos coronais da fronte e oito retalhos livres. Houve um caso de perda parcial tardia de um retalho livre pós-radioterapia.
CONCLUSÃO: Diferentes técnicas para a reconstrução do couro cabeludo e da fronte são possíveis, cada caso deve ser avaliado individualmente. Os retalhos apresentados foram considerados seguros e com pouca morbidade da área doadora. Os resultados obtidos foram satisfatórios e estão de acordo com a literatura analisada.
Palavras-chave: Couro cabeludo/cirurgia; Microcirurgia; Retalhos cirúrgicos; Neoplasias de cabeça e pescoço; Procedimentos cirúrgicos reconstrutivos.