RESUMO
INTRODUÇÃO: O câncer de pele na população brasileira é a neoplasia mais comum. Localiza-se com mais frequência na face, causando morbidade tanto funcional quanto estética aos pacientes. O tratamento consiste na ressecção oncológica da lesão, preservando a função com a menor deformidade possível. O câncer de pele mais comum é o carcinoma basocelular (CBC), correspondendo entre 70-80% dos casos.
MÉTODO: Avaliamos retrospectivamente 73 pacientes com 95 carcinomas basocelulares no período de março de 2010 a maio de 2012. Foram analisados os seguintes critérios: idade, sexo, cor, comorbidades, exposição solar, presença de consulta prévia com dermatologia, localização da lesão, tamanho da lesão, tipo clínico, tipo histológico, tipo de reconstrução, complicações cirúrgicas, margem cirúrgicas, conduta na margem cirúrgica comprometida, anatomopatológico após reintervenção, presença de recidiva e aparecimento de outra lesão primária no mesmo paciente.
RESULTADOS: A idade média foi de 60,73 anos. O sexo feminino correspondeu a 56,16%. A Exposição solar foi referida em 73,97% dos casos. O tamanho médio da lesão foi 0,91 cm. O local mais frequente foi a face (71,58%). O retalho local foi utilizado em 54,74% dos casos. O CBC sólido circunscrito foi o mais frequente. As margens comprometidas ocorreram em 8,42% dos casos, demonstrando relação com lesões maiores de 2cm e com o nariz sem significância estatística.
CONCLUSÃO: No tratamento do carcinoma basocelular é importante a participação do cirurgião plástico, objetivando a ressecção sob princípios oncológicos, realizando a reparação da área afetada, a manutenção funcional e a menor alteração estética possível.
Palavras-chave: Carcinoma; Terapêutica; Pele; Epidemiologia; Neoplasias cutâneas.