RESUMO
INTRODUÇÃO: Na prática da remoção de tatuagem, já foram utilizadas a dermoabrasão e a cirurgia. Atualmente, se utiliza o laser. O objetivo deste trabalho foi avaliar a remoção de tatuagens utilizando-se o laser Q-switched NdYAG.
MÉTODO: Estudo retrospectivo, com pacientes tratados com laser Q-switched NdYAG. Foram coletados dados a partir de prontuários e fotos dos pacientes, e de contato por telefone ou e-mail. A análise estatística foi feita através da análise de distribuição, regressão multivariada e regressão logística.
RESULTADOS: Foram avaliados 304 pacientes com média de idade de 29,8 anos (±7,86), sendo que 297 (97,69%) foram classificados como brancos (fototipos I, II e III); destes, 270 (88,81%) haviam feito tatuagens profissionais. A tatuagem mais antiga tinha 360 meses e a mais recente, um mês, obtendo-se uma média de 64,56 meses (± 63,54). O tamanho das tatuagens foi, em média, de 12,92 cm, sendo preta a cor predominante, estando presente em 291(86,51%) tatuagens. A média de sessões por paciente foi de 3,77 sessões (±2,99) e o intervalo entre estas foi de 49,23 dias. Com isso, foi observado, pelo terapeuta, que 52,96% das tatuagens foram parcialmente removidas; 21,38%, não removidas; 86,51%, cicatrização normal; 8,55%, cicatriz hipertrófica, e 3,29%, queloide. Dos 304 pacientes, 26,64% (81) relataram estar satisfeitos e 58,88% (179) relataram estar parcialmente satisfeitos com o resultado. A hipocromia esteve presente em 33,55% (102) dos indivíduos.
CONCLUSÕES: O laser Q-switched NdYAG é um método seguro e eficaz, apresentando bom grau de satisfação e poucos efeitos indesejáveis na remoção de tatuagem.
Palavras-chave: Lasers; Tatuagem; Lasers de Nd-YAG; Cicatriz.