RESUMO
INTRODUÇÃO: A blefaroptose ou ptose palpebral caracteriza-se pelo posicionamento anômalo da pálpebra superior em relação à sua posição normal, que é de 1 a 2 mm abaixo do limbo superior da íris; pode variar, apresentando desde uma queda discreta, até a oclusão total da fenda palpebral. Em geral, trata-se de deficiência muscular ou nervosa, de etiologia congênita ou adquirida, que resulta na impossibilidade de elevação completa da pálpebra superior, podendo também ocorrer por desinserção aponeurótica. Apresenta-se neste trabalho a tática da sutura contínua da aponeurose do músculo levantador ao tarso, ou mesmo na sua plicatura, para o tratamento da ptose leve ou moderada.
MÉTODOS: No período de 2006 a 2012, foram realizadas 26 cirurgias, abordando a aponeurose do músculo levantador com encurtamento na relação 4:1, usando sutura contínua em duplo sentido, finalizando-a com ponto em formato de oito.
RESULTADOS: Em 88,32% dos casos, os resultados foram bons e, em 11,68%, regulares. Apenas um caso evoluiu com retração na pálpebra superior, elevando o sulco palpebral. Observou-se correção incompleta, com ptose residual de 2 a 4 mm em 2 casos, os quais foram submetidos a revisão cirúrgica após 6 meses.
Palavras-chave: Blefaroplastia; Blefaroptose; Ptose congênita; Tipo de sutura contínua.