RESUMO
INTRODUÇÃO: Com o aumento dos índices de obesidade populacional ocorreu um crescimento do número de pacientes ex-obesos, e de cirurgias plásticas nesta população.
OBJETIVOS: Apresentar a sistematização e conduta adotada nos pacientes submetidos a mamoplastia, após grande perda ponderal, operados no Hospital Geral de Goiânia (HGG) nos últimos 10 anos, bem como avaliar os resultados obtidos.
Método: Foi realizado um estudo retrospectivo dos casos de mamoplastia após grande perda ponderal, operados no Serviço de Cirurgia Plástica do HGG, de janeiro de 2002 a dezembro de 2011. As pacientes foram analisadas individualmente no pré-operatório e submetidas à classificação de Kaluf, para dismorfias mamárias após grande emagrecimento. A técnica operatória variou em função da classificação do tipo de mama.
RESULTADOS: A casuística totalizou 73 pacientes, do sexo feminino, com faixa etária média de 44 anos, e perda ponderal média de 48 Kg. Em 41 pacientes (56,16%) foi utilizada a técnica com inclusão de próteses, e em 32 (43,83%) optou-se por não incluir os implantes de silicone. As complicações ocorreram em oito pacientes (10,95%), sendo um caso de hematoma (1,36%), dois casos de sofrimento parcial do complexo aréolo-mamilar (2,73%), cinco casos de pequenas deiscências de sutura ou retardo de cicatrização (6,84%) e um caso de ptose de mama no pós-operatório imediato (1,36%).
CONCLUSÃO: Devido à grande variação de dismorfismos em pacientes emagrecidos, em especial as alterações mamárias, notamos que se torna necessário o estabelecimento de protocolos e rotinas para avaliações e tratamentos eficazes, com a menor morbimortalidade possível, associados aos melhores resultados estéticos.
Palavras-chave: Mamoplastia, Ex-obeso, Cirurgia plástica