RESUMO
INTRODUÇÃO: A úlcera de pressão é o resultado de insuficiência vascular em tecidos localizados preferencialmente em áreas de proeminência óssea. O tratamento cirúrgico dessa lesão abrange fases mais avançadas dessa ferida, podendo ser realizados vários retalhos de origem local ou mesmo distante, por meio do uso da microcirurgia. Este estudo relata a experiência com o uso de retalhos da região glútea no tratamento da úlcera de pressão nas regiões sacral e isquiática.
MÉTODO: Foram estudados 29 pacientes portadores de úlcera de pressão com estágios III e IV (National Pressure Sore Advisory Panel Consensus - 1989), acompanhados em hospital terciário da região metropolitana de Goiânia no período de maio de 2010 a abril de 2012.
RESULTADOS: Dos 29 pacientes submetidos a cirurgia, 10 (34,5%) eram do sexo feminino e 19 (65,5%), do masculino, com idade variando de 17 anos a 67 anos (média, 37,82 anos), com paraplegia decorrente, em grande parte (79%), de acidente motociclístico. As úlceras eram de estágios III (27,5%) e IV (72,5%), e foram tratadas com retalhos fasciocutâneos (38%) ou miocutâneos (62%).
CONCLUSÕES: O uso de retalhos da região glútea no tratamento da úlcera de pressão nas regiões isquiática e sacral é uma ótima opção, podendo beneficiar o paciente em sua recuperação e reabilitação.
Palavras-chave: Úlcera por pressão. Retalhos cirúrgicos. Procedimentos cirúrgicos reconstrutivos. Retalhos da região glútea.