RESUMO
INTRODUÇÃO: A ausência da cicatriz umbilical causa alteração importante na forma do abdome, tornando-se, desse modo, imprescindível na anatomia do mesmo. Sua reconstrução deve seguir seus aspectos anatômicos, conferindo aspecto natural ao final do tratamento. A nova cicatriz umbilical deve ter boa forma, bom posicionamento, não apresentar cicatriz estigmatizante, estenose ou alargamentos, e ter aspecto natural.
MÉTODO: Foram operados 162 pacientes submetidos previamente a gastroplastia aberta para tratamento de obesidade mórbida e 2 pacientes submetidos a cirurgia videolaparoscópica. Foram utilizados 2 retalhos retangulares paralelos, medindo 2 cm x 1,5 cm, que foram suturados entre si e fixados à aponeurose dos músculos reto abdominais. Os retalhos apresentavam a transição com a pele em forma curvilínea. A fixação dos retalhos foi realizada com 2 pontos paralelos, que atingiam a derme do retalho de um lado, a derme do retalho do lado oposto e a aponeurose. Desse modo, foi obtida a união dos 2 retalhos, comprimindo-se levemente a porção distal dos mesmos. Em seguida, foi realizada aproximação do tecido gorduroso ao redor da nova cicatriz umbilical.
RESULTADOS: Com a técnica apresentada, obteve-se a formação de todas as unidades anatômicas (mamelão, sulco e rodete), além de profundidade adequada em todas as cicatrizes umbilicais reconstruídas. Não foi observado nenhum caso de estenose umbilical, cicatriz hipertrófica ou queloide nas novas cicatrizes umbilicais.
CONCLUSÕES: A técnica apresentada para reconstrução da cicatriz umbilical, respeitando as unidades anatômicas, proporciona forma bem natural e, com o passar do tempo, ocorre uma sobra de pele em sua porção superior, conferindo graciosidade à mesma.
Palavras-chave: Umbigo/cirurgia.Abdome/cirurgia.Cirurgiabariátrica.Cirurgiaplástica/métodos.