RESUMO
INTRODUÇÃO: As grandes perdas ponderais pós-cirurgia bariátrica resultam, nos ex-obesos mórbidos, em grande flacidez cutânea nas áreas mais volumosas, com maiores depósitos adiposos nos membros, nas diversas regiões do tronco e, particularmente, na parede anterior do abdome. A abdominoplastia em âncora, também chamada tipo T invertido, tem sido o procedimento de eleição pelos especialistas, com ressecção concomitante do umbigo, seguida da neoumbilicoplastia no ato operatório. O objetivo do presente estudo é descrever nossa experiência com a técnica de neo-onfaloplastia no decurso das abdominoplastias em âncora em pacientes pós-cirurgia bariátrica, que consiste, basicamente, na utilização de 2 retalhos cutâneos, bilateralmente posicionados nas bordas da pele incisada, que, suturados à fáscia, determinam a umbilicação de aspecto natural.
MÉTODO: Entre março de 2011 e junho de 2012, foram operados, pela Disciplina de Cirurgia Plástica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de Campinas, 50 pacientes submetidos a cirurgia bariátrica prévia, com estabilização do peso corpóreo por, no mínimo, 6 meses.
RESULTADOS: Nos 50 pacientes operados, o neoumbigo ficou posicionado no local estabelecido pré-operatoriamente, apresentando características semelhantes às de indivíduos sem histórico de cirurgia abdominal prévia. Não ocorreram deiscência, necrose, estenose, alargamento das linhas de sutura no neoumbigo ou seromas nessa série de casos.
CONCLUSÕES: A neo-onfaloplastia com emprego de 2 retalhos cutâneos e padronização de seu posicionamento na parede abdominal, distante 16 cm a 18 cm do apêndice xifoide, permitiu resultado estético compatível com o aspecto natural da cicatriz umbilical. Essa abordagem técnica é de fácil e rápida execução.
Palavras-chave: Umbigo/cirurgia. Abdome/cirurgia. Cirurgia bariátrica. Cirurgia plástica/métodos.