RESUMO
INTRODUÇÃO: Com o advento da técnica de mastectomia conservadora de pele (skin-sparing mastectomy), em que muitas vezes há impossibilidade de implante de prótese com volume final definitivo, sob risco de deiscência e extrusão posterior da mesma, surge a situação ideal para se optar pela introdução de um implante expansor definitivo. Este artigo demonstra a utilização do implante expansor definitivo, suas indicações, incisão cutânea, segurança, vantagens e complicações.
MÉTODO: Trinta implantes expansores definitivos (estilo 150) foram utilizados em 27 mulheres submetidas a mastectomia, no período de março de 1998 a março de 2012.
RESULTADOS: Vinte e nove reconstruções foram imediatas pós-mastectomia com economia de pele e apenas uma foi tardia pós-mastectomia tipo Halstead. Os índices de complicação encontrados foram baixos: seromas (20%), deslocamento da válvula (13,3%), dor no local da válvula (10%), contratura capsular pós-radioterapia (3,3%), infecção (3,3%) e extrusão tardia (3,3%). Não houve complicações como hematomas, necroses cutâneas e extrusões precoces, bem como necessidade de cirurgias para reposicionar o expansor.
CONCLUSÕES: O baixo índice de complicações e a facilidade de realização da técnica são fatores importantes para a decisão de sua utilização, apesar do custo ainda elevado. A adequada indicação e a incisão cutânea sistematizada, combinadas a uma variedade de formatos e volumes dos expansores definitivos, permitiram resultado estético satisfatório, num único estágio cirúrgico.
Palavras-chave: Neoplasias da mama. Mastectomia. Mamoplastia. Dispositivos para expansão de tecidos. Procedimentos cirúrgicos reconstrutivos/métodos.