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Body and Chest - Year2011 - Volume26 - (3 Suppl.1)

INTRODUÇÃO

A gordura corporal está distribuída em compartimentos subcutâneo, intramuscular e visceral, cada um destes locais armazena tecido adiposo com perfil hormonal diferente. Ao fazermos uma cirurgia de retirada de tecido adiposo subcutâneo, como se comporta a gordura visceral? Sabemos que esta é a mais deletéria à nossa saúde quando falamos de alterações cardiovasculares.


OBJETIVO

Sabemos que a gordura visceral é a mais deletéria à saúde do ser humano, estando muito relacionadas com o risco de apresentarmos doenças cardiovasculares (DCV). Neste ponto, as medidas do perímetro da cintura (PC) e o índice de massa corporal (IMC) são importantes índices de predição destes riscos. Após uma cirurgia de contorno corporal, o que ocorre com estas medidas antropométricas? E com a gordura visceral? Quais são os cuidados que temos que tomar com relação a estes pacientes? Como orientá-los corretamente para que possam desfrutar dos benefícios da cirurgia sem descuidar da saúde?


MÉTODOS

Grupo 1: 20 pacientes, com PC pré-operatório maior ou igual a 80 cm, submetidas à cirurgia de lipoaspiração ou lipoabdominoplastia, foram avaliadas com relação às suas medidas antropométricas. Grupo 2: 7 pacientes foram selecionadas segundo os mesmos critérios que o grupo 1 e foram submetidas à tomografia computadorizada no pré e pós-operatório, para determinar o que ocorre com a gordura visceral. Todas as pacientes foram orientadas a manter a mesma dieta que adotavam antes da cirurgia e a não fazer exercícios no período de 30 dias.


RESULTADOS

Observamos que todas as pacientes apresentaram diminuição significativa de suas medidas antropométricas, normalizando suas medidas ou migrando para um grupo de risco inferior ao seu. Porém, quando avaliamos a espessura intra-abdominal (EIA), observamos aumento ou manutenção nos números avaliados, demonstrando que a paciente não foi efetivamente emagrecida, pois o conteúdo intra-abdominal se manteve ou aumentou (aumento da gordura visceral).


DISCUSSÃO

Todas as pacientes após uma cirurgia de modelagem do contorno corporal (lipo ou lipoabdominoplastia) têm suas medidas diminuídas, mascarando dados importantes com relação à predição do conteúdo de gordura visceral e risco cardiovascular. É importante esclarecermos aos nossos pacientes a importância de se mudar os hábitos de vida (reeducação alimentar e atividades físicas). Cirurgias plásticas são métodos eficazes de modelagem corporal, não de emagrecimento.


CONCLUSÃO

Devemos ter sempre em mente que, ao realizarmos cirurgias de modelagem corporal, o paciente deve ser orientado a promover uma mudança de hábitos alimentares (reeducação alimentar) e de vida (atividades físicas) para que possamos manter a qualidade do resultado obtido, tanto quanto melhorar a sua relação de risco cardiovascular, e até mesmo diminuí-lo haja vista que é comum encontrarmos pacientes achando que, ao fazer cirurgias de contorno corporal, não serão mais necessárias atividades físicas ou dietas alimentares.


Figura 1


Figura 2


Figura 3


Figura 4

 

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