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Mamoplastia de aumento no Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo: qual é a complicação mais frequente?
Body and Chest -
Year2011 -
Volume26 -
(3 Suppl.1)
Raidel Deucher Ribeiro; José Augusto Calil; Marcos Eduardo Bercial; Dácio Yoshikasu Ogata; Leonardo Gabeira Secco; Bruno Henrique Pagnoncelli
INTRODUÇÃO
O aumento de mamas com uso de implantes de silicone é uma das cirurgias plásticas mais realizadas no mundo. No Brasil, cerca de 100.000 procedimentos são registrados ao ano. Apesar da evolução das táticas de prevenção, complicações não são raras. A análise de resultados e complicações é extremamente importante na curva de aprendizado do residente de Cirurgia Plástica.
OBJETIVO
Avaliar a incidêcia de complicações de mamaplastias de aumento com implante de silicone realizadas por residentes sob supervisão adequada de Cirurgião Plástico Membro Titular da Sociedade Brasileira em Serviço Credenciado, no período de janeiro de 2010 a julho de 2011.
MÉTODOS
Em estudo retrospectivo foram analisados 210 prontuários referentes às pacientes submetidas a mastoplastia de aumento com implantes de silicone redondo texturizado por residentes sob supervisão adequada de Cirurgião Plástico Membro Titular da Sociedade Brasileira em Serviço Credenciado, no período de janeiro de 2010 a julho de 2011. Não foram incluídas pacientes submetidas à reconstrução de mama e pacientes submetidas à mastopexia. Foram obtidas informações sobre a paciente (idade e tempo de seguimento), procedimento cirúrgico (técnica anestésica, via de acesso e plano cirúrgico para inclusão do implante, volume) e as complicações. A escolha do volume dos implantes foi baseada nos princípios do High Five, associados ao desejo da paciente. A via de acesso foi escolhida conforme opção da paciente, sendo a condição para a via areolar o complexo aréolo-papilar ter diâmetro mínimo de 4 cm. O plano de inclusão do implante foi determinado pelo "pinch test": 2 cm subglandular. A técnica anestésica foi determinada conforme plano e via de acesso, sendo o plano submuscular e a via axilar as indicações adotadas para anestesia geral. Não foram utilizados drenos no pós-operatório. O seguimento pós-operatório foi realizado após a cirurgia 7 dias, 15 dias, 1 mês, 3, 6 e 12 meses.
RESULTADOS
A média de idade das 210 pacientes submetidas ao aumento de mamas com implantes de silicone foi de 31 anos e 4 meses (17 a 51 anos). A anestesia geral foi aplicada a 27 (12,86%) pacientes e a anestesia local sob sedação a 183 (87,14%). As vias de acesso foram: 163 (77,62%) pelo sulco inframamário, 25 (11,9%) periareolar e 20 (9,52) axilar. Cento e quarenta e três (68,1%) pacientes tiveram seus implantes incluídos em plano subglandular, 42 (20%) subfascial e 14 (6,67%) submuscular. O volume dos implantes variou de 175 a 400 ml (média aproximada de 280 ml). Foram observados 4 (1,90%) casos de hematomas e 1 (0,48%) de seroma, que necessitaram drenagem. Três (1,43%) pacientes desenvolveram estrias; ocorreram 2 (0,95%) casos de síndrome de Mondor; houve 1 (0,48%) caso de pneumotórax; duas (0,95%) pacientes necessitaram reabordagem por assimetria de sulco e uma (0,48%) desenvolveu pseudoptose, mas por estar satisfeita com o resultado, não recusou a reabordagem. Não houve caso de infecção e/ou contratura capsular. As complicações em 15 (7,14%) casos, no período de seguimento com mediana de 126 dias.
CONCLUSÃO
A complicação mais comum em mastoplastia de aumento, no período de janeiro de 2010 a julho de 2011, no HSPM-SP, foi hematoma.
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