RESUMO
Introdução: A incidência de lesões traumáticas localizadas na face é elevada comparada a injúrias em outras áreas. O Hospital Maria Amélia Lins da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG) é referência para o atendimento de vítimas de trauma bucomaxilofacial em Belo Horizonte. Objetivo: O principal objetivo desse trabalho foi verificar características epidemiológicas, etiológicas, socioeconômicas e terapêuticas do trauma bucomaxilofacial em pacientes atendidos nesta instituição. Método: Foi realizada análise retrospectiva de prontuários de pacientes, durante o período de 2004 e 2005, além de entrevista prospectiva e randomizada de pacientes atendidos em 2006. Os dados coletados foram descritos em valores absolutos e porcentagens. O teste qui-quadrado foi utilizado para comparar o sexo e a idade dos pacientes, sendo considerado significante um p-valor < 0,05. Resultados: A etiologia do trauma facial foi, nesta ordem, acidentes de trânsito, agressões e quedas. Houve uma prevalência masculina de 4:1, com predomínio de pacientes entre 20 e 29 anos. Com relação à cor da pele, houve prevalência de leucodérmicos, seguidos de feodérmicos e melanodérmicos. Os tipos de lesões mais encontradas foram fraturas de nariz, de mandíbula, de complexo zigomático e de maxila. O tempo de permanência hospitalar variou de 0 a 14 dias. O tratamento utilizado não diferiu do preconizado na literatura. A maioria dos pacientes apresentava baixa condição social e uma saúde bucal ruim, entretanto, isso não afetou de maneira significativa o tratamento. Conclusão: As características dos pacientes do Hospital Maria Amélia Lins com trauma bucomaxilofacial assemelham-se às descritas na literatura.
Palavras-chave: Traumatismos maxilofaciais, cirurgia. Ossos faciais, lesões. Traumatismos mandibulares