RESUMO
Introdução: Na procura de segmentos de pele que permitam o transporte entre regiões próximas ou distantes, surgiu o retalho fáscio-cutâneo de antebraço, conhecido por retalho chinês, que teve sua origem em estudos anatômicos realizados por Fan, Qui e Zi, no Shenyang Military Hospital, em 1978. O objetivo deste trabalho é demonstrar as múltiplas aplicações e os resultados obtidos com o retalho antebraquial. Método: A amostra contou com dados referentes a 89 pacientes. Destes, 84,26% eram do sexo masculino e 15,74% do sexo feminino. O retalho foi utilizado para cobertura na mão e punho em 61 pacientes, para reconstrução de polegar em 10, como retalho livre em 15 e, em 3 pacientes, foi usado com fluxo anterógrado (direto), para cobertura de exposição óssea no cotovelo e em terço proximal de antebraço. Resultados: Entre os 89 pacientes operados, 2 evoluíram para necrose total do retalho. Em um caso houve necrose da pele, permanecendo a fáscia íntegra. Nenhum dos pacientes apresentou alteração na vascularização da mão após a ligadura da artéria radial ou da artéria ulnar. Houve cobertura satisfatória das áreas, com bons resultados. Conclusão: O retalho antebraquial ou "chinês" é indicado para coberturas tegumentares em qualquer região do corpo humano, com bons resultados estéticos e funcionais, tanto para a área doadora quanto para a área reconstruída.
Palavras-chave: Retalhos cirúrgicos. Lesões dos tecidos moles. Avaliação de resultados (cuidados de saúde). Anatomia.