RESUMO
Introdução: O excesso de pele redundante após a cirurgia bariátrica acomete vários segmentos corpóreos, no entanto, a região abdominal representa o ponto crítico na perda de peso maciça. Objetivo: Avaliar o planejamento, táticas cirúrgicas, complicações e resultados obtidos em pacientes que obtiveram perda de peso maciça. Método: Foram realizadas 23 abdominoplastias em 22 pacientes, sendo avaliados: sexo, idade, IMC (índice de massa corpórea) pré-gastroplastia e pré-abdominoplastia, perda de peso, tempo de internamento, tempo e volume total de drenagem pós-operatória, peso da peça cirúrgica, tempo cirúrgico, classificação de risco cirúrgico (ASA), tipo de abdominoplastia realizada, presença de hérnias, tipo de anestesia, principais índices hematológicos pré e pós-operatórios e doenças concomitantes. Resultados: Não encontramos relação entre o aumento do índice de complicações e sexo, idade, táticas cirúrgicas ou cirurgias combinadas; mas ocorreu aumento da incidência de complicações relacionadas com o IMC pré-abdominoplastia, classificação de risco cirúrgico, presença de hérnias, assim como presença de doenças concomitantes, especialmente hipertensão arterial. A complicação mais comum foi o seroma. A maioria absoluta dos pacientes apresentou alto grau de satisfação e melhoria da qualidade de vida. Conclusão: A conclusão mais importante foi a associação de complicações e resultados estéticos ruins em pacientes com IMC pré-abdominoplastia maior que 35, presença de doenças clínicas de difícil controle (especialmente hipertensão) e de hérnias ventrais. a satisfação dos pacientes e a melhora na qualidade de vida foram muito gratificantes.
Palavras-chave: Obesidade mórbida/cirurgia. Perda de peso. Cirurgia plástica.